PROMETEU E A CAIXA DE PANDORA - Edição Gradiva. Autores: Luc Ferry (coordenador e autor do dossiê histórico), Clotilde Bruneau (guionista), Didier Poli ("story board"), Giuseppe Baiguera (traço), Simon Champelovier (cores),
Fred Vignaux (capa) e Maria de Fátima Carmo (tradução).
Em "Breves (72)" do nosso post de 24/Julho, espevitámos a curiosidade e o interesse dos bedéfilos, anunciando que a série coordenada por Luc Ferry ia aparecer em português. Aí está o primeiro álbum de "A Sabedoria dos Mitos"!
É uma colecção-série magnífica, preciosa, fortemente cultural, diremos, de luxo. À editora Gradiva, os nossos quase infindáveis aplausos por ter tomado esta brilhante iniciativa. Para além de Luc Ferry, Clotilde Bruneau e Giuseppe Baiguera, são os nomes de mais destaque em toda esta equipa.
Zeus, com a sua "divina" família, reina tranquilo (porém, prepotente e quiçá, cruel) no Olimpo. Tudo está em paz e em ordem. No entanto, o tédio vai incomodando os deuses. Para o quebrar, Zeus ordena que o titã Prometeu crie vida, sobretudo o ser humano. Porém, Prometeu, amigo da Humanidade, dá a esta o fogo e as técnicas das artes. Zeus não tolerou esta leviandade, pois previa que os homens, embebidos pela húbris (ou hibris), ambicionassem desmedidamente igualar-se aos deuses… E decretou um sinistro castigo eterno a Prometeu.
E inventou também uma caixa (ou ânfora) que é entregue à enigmática Pandora, caixa essa que jamais deveria ser aberta… A sua curiosidade feminina foi mais forte: abriu a caixa e de lá se soltaram todos os males e pragas que se espalharam pelo mundo…
Luc Ferry, no seu belo texto, baseia-se nos escritos, com interpretações diferentes, de Hesíodo, Ésquilo e Platão. Cada leitor tirará as suas pessoais conclusões…
"A Sabedoria dos Mitos" é uma série de leitura e colecção obrigatórias!
Ao abordar-se o genial e humaníssimo Federico Garcia Lorca, seja em que vertente for, parece que já tudo foi dito e que nada foi autenticamente dito…
Nasceu em Fuente Vaqueros (Granada) a 5 de Junho de 1898 e foi assassinado (fuzilado?!…), também em Granada, a 18 de Agosto de 1936.
A sua morte continua um mistério absoluto, pois não se sabe quem o assassinou e porque motivo tal foi imbecilmente feito!!!... Tão pouco se sabe onde está enterrado!...
A sua morte continua um mistério absoluto, pois não se sabe quem o assassinou e porque motivo tal foi imbecilmente feito!!!... Tão pouco se sabe onde está enterrado!...
Há muitas teorias onde cada um "puxa a brasa à sua sardinha", mas nenhuma conclui todo este enigma sem deixar a mínima dúvida, pois são teorias mais ou menos convenientes. Este belo álbum-BD, editado originalmente pela Norma Editorial em 2011, mostra-nos uma dessas teorias.
TINTIN E A LUA - Edição Asa (do Grupo Leya). Autor: Hergé. Tradução de Maria José Pereira e Paula Caetano.
Comemorando os cinquenta anos da chegada à Lua por astronautas norte-americanos na Missão Apolo 11, a Asa teve o belo gesto de reeditar, agora num só álbum, "Tintin e a Lua", as duas aventuras do popular Tintin, na sua ida e volta ao nosso satélite natural: "Rumo à Lua " (Objectif Lune) e "Explorando a Lua " (On a Marché Sur la Lune).
Tintin e alguns dos seus habituais parceiros (Comandante Haddock, o cachorrito Milu, o Prof. Girassol e os pândegos e trapalhões detectives Dupond e Dupont), chegam e poisam e caminham pela Lua, QUINZE anos antes dos verdadeiros astronautas tal tenham feito. Nesta ideia, imaginem apenas, Hergé, mesmo involuntariamente, acabou por ser um misto de Nostradamus, Leonardo da Vinci e Jules Verne!
Consta, na contracapa deste álbum, uma curiosa frase que Hergé escreveu: " À força de acreditar nos seus sonhos, o homem converte-os em realidade". Que bela mensagem!...
Estas duas espantosas aventuras, duas das mais belas e conseguidas de Tintin, galvanizaram doidamente os leitores quando, semanalmente, começaram a ser publicadas na revista "Cavaleiro Andante". Bons anos mais tarde, foram
publicadas em álbuns separados, primeiro pela Verbo e depois, pela Asa. Estas versões, estarão (a priori) esgotadas, pelo que este recente gesto da ASA, merece os mais quentes aplausos.
Atenção bedéfilos tintinófilos: esta é uma edição a não perder!
Em 2018, surgiu outro similar álbum-BD (inédito em Portugal), "Vida y Muerte de Federico Garcia Lorca", com texto de Ian Gibson e arte gráfica de Quique Palomo. No Cinema, destaca-se "Morte em Granada", realizado em 1996 pelo porto-riquenho Marcos Zurinaga e com o actor cubano Andy Garcia no principal papel; o respectivo DVD já foi editado em Portugal.
Garcia Lorca foi (e é) extraordinário poeta (poesia sua está editada em português, traduzida por Eugénio de Andrade e por José Bento) e dramaturgo, cujas peças têm sido postas em palco por todo o mundo: "As Bodas de Sangue", "Yerma", "A Casa de Bernarda Alba", "Dona Rosinha, a Solteira", "A Sapateira Prodigiosa", etc.
Garcia Lorca foi (e é) extraordinário poeta (poesia sua está editada em português, traduzida por Eugénio de Andrade e por José Bento) e dramaturgo, cujas peças têm sido postas em palco por todo o mundo: "As Bodas de Sangue", "Yerma", "A Casa de Bernarda Alba", "Dona Rosinha, a Solteira", "A Sapateira Prodigiosa", etc.
Há quem afirme que foi assassinado por razões politicas, em plena Guerra Civil de Espanha, pois era claramente um homem de Esquerda, sem nunca se confirmar como comunista. Que estranho, pois Lorca tinha bons e poderosos amigos de ambos os lados da "barricada"! É preciso saber-se esta verdade!...
Outras versões, apontam o seu assassinato ante o facto de Lorca ser homossexual assumido, o que era um "incómodo" para a Espanha conservadora e católica de então… Todo o mistério continua!
Lorca conviveu com Luis Buñuel, Salvador Dali, Pablo Picasso e outros notáveis dessa época cultural. Viajou pelos Estados Unidos, Cuba e Argentina. Foi também um exímio pianista e cantante.
Terminando este apontamento sobre o álbum "O Rasto de Garcia Lorca", um dos seus pensamentos: "Olha à direita e à esquerda do tempo, e que o teu coração aprenda a estar tranquilo".
Lorca conviveu com Luis Buñuel, Salvador Dali, Pablo Picasso e outros notáveis dessa época cultural. Viajou pelos Estados Unidos, Cuba e Argentina. Foi também um exímio pianista e cantante.
Terminando este apontamento sobre o álbum "O Rasto de Garcia Lorca", um dos seus pensamentos: "Olha à direita e à esquerda do tempo, e que o teu coração aprenda a estar tranquilo".
TINTIN E A LUA - Edição Asa (do Grupo Leya). Autor: Hergé. Tradução de Maria José Pereira e Paula Caetano.
Comemorando os cinquenta anos da chegada à Lua por astronautas norte-americanos na Missão Apolo 11, a Asa teve o belo gesto de reeditar, agora num só álbum, "Tintin e a Lua", as duas aventuras do popular Tintin, na sua ida e volta ao nosso satélite natural: "Rumo à Lua " (Objectif Lune) e "Explorando a Lua " (On a Marché Sur la Lune).
Tintin e alguns dos seus habituais parceiros (Comandante Haddock, o cachorrito Milu, o Prof. Girassol e os pândegos e trapalhões detectives Dupond e Dupont), chegam e poisam e caminham pela Lua, QUINZE anos antes dos verdadeiros astronautas tal tenham feito. Nesta ideia, imaginem apenas, Hergé, mesmo involuntariamente, acabou por ser um misto de Nostradamus, Leonardo da Vinci e Jules Verne!
Consta, na contracapa deste álbum, uma curiosa frase que Hergé escreveu: " À força de acreditar nos seus sonhos, o homem converte-os em realidade". Que bela mensagem!...
Estas duas espantosas aventuras, duas das mais belas e conseguidas de Tintin, galvanizaram doidamente os leitores quando, semanalmente, começaram a ser publicadas na revista "Cavaleiro Andante". Bons anos mais tarde, foram
publicadas em álbuns separados, primeiro pela Verbo e depois, pela Asa. Estas versões, estarão (a priori) esgotadas, pelo que este recente gesto da ASA, merece os mais quentes aplausos.
Atenção bedéfilos tintinófilos: esta é uma edição a não perder!
LB