domingo, 28 de fevereiro de 2016

UMA OBRA... VÁRIOS ESTILOS (6) - ATRAVÉS DO DESERTO

Henryk Sienkiewicz (de nome completo Henryk Adam Aleksander Pius Oszyk-Sienkiewcz), é dos grandes escritores polacos do século XIX.
Nasceu em Wola Okrzejska (Polónia) a 5 de Maio de 1846 e faleceu em Vevey (Suíça) a 15 de Novembro de 1916.
Foi galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1905.
Várias obras suas foram adaptadas ao Cinema, sendo a mais famosa, “Quo Vadis?”, também com versões em Banda Desenhada.
Mas é com “Através do Deserto” (no original, W Pustyni i w Puszczy), que aqui nos focamos, tanto mais que daqui nos consta algo muito interessante: esta obra parece que  foi adaptada à 9.ª Arte, em Portugal e em EspanhaSerá que não há mais nenhuma versão, nem mesmo na sua natal Polónia?!...
A história narra as aventuras por uma África agitada pelos anos de 1881 e 1899, durante a rebelião político-religiosa mahadista no Sudão, do adolescente polaco Stás e da adolescente inglesa Nell.
Em Portugal, “Através do Deserto” teve uma brilhante adaptação à Banda Desenhada por José Garcês e foi então publicada na revista “Cavaleiro Andante”, do #340 ao #394 (1958-1959). Em 1993 foi publicada em álbum pelas edições Asa.


Em Espanha, “A Traves del Desierto”, esta aventura foi publicada em 1971, sendo o #22 da colecção “Joyas Literarias Juveniles” da Editorial Bruguera.
O guião foi elaborado por Armonía Rodriguez e a arte gráfica coube a José Grau e Antonio Bernal.



RODAPÉ: Esta narrativa foi adaptada em 2002 para uma série televisiva sob a direcção de Gavin Hood e teve como principais actores, Karolina Sawka (Nell) e Adam Fidusiewicz (Stás). Sériado televisivo este, que teve exteriores rodados na Namíbia, República Sul-Africana e Tunísia.

Nota: Agradecemos o apoio prestado por Juan Espallardo.
LB

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

OBRAS RARAS (3)

Noël Gloesner (1917-1995)
MAUPRAT
Embora relativamente conhecido em Portugal, Noël Gloesner (1917-1995), é um dos mais perfeitos desenhistas da Banda Desenhada Francesa. A sua obra “Mauprat”, baseada num romance da escritora George Sand, foi inicialmente publicada na revista “Djin” em 1980/1981.
Com quarenta e oito pranchas, só em 2008 conheceu a versão álbum (quase esgotada) pelas Éditions du Triomphe. É uma obra exemplar de arte gráfica, que não se encontra facilmente.
Na bibliografia de Gloesner, contam-se títulos como “Boule de Neige”, “Sissi”, “Jane Eyre”, “Mademoiselle Demi-Solde”, “Dolores de Villafranca”, “Marie Antoinette” e, sobretudo, a deslumbrante obra-prima, “Perdida na Tempestade”, publicada no “Cavaleiro Andante”com pleno êxito, que tem dois títulos nas respectivas versões francesas: “Mademoiselle Ci-Devant” ou “Les Enfants de la Tourmente”... Consta que esta obra de alta excepção, nem em França foi editada em álbum!!!... Será?
Se “Les Enfants de la Tourmente”, como álbum, se encontra ignobilmente no esquecimento, em França e em Portugal o álbum “Mauprat, em francês, talvez ainda possa ser achado...








René Giffey (1884-1965)
CINQ  MARS
Foi pelos anos 40 (século XX) que René Giffey (1884-1965),criou com o seu fino e elegante traço, a obra “Cinq Mars”, com base no romance homónimo de Alfred de Vigny. O enredo, tal como o romance original, tem muitas falhas históricas e está, por apetite novelesco,  com as mesmas falhas. Porém, o traço de Giffey, é pura e simplesmente... maravilhoso!
Esta obra-BD foi publicada em álbum, em 1978, pelas Éditions Glénat.
Na bibliografia de René Giffey, contam-se, entre outras obras, os títulos : “Vidocq”, “Les Misérables”, “Le Capitaine Fracasse”, Buffalo Bill”, “Surcouf”, “Les Compagnons de Jéhu”, etc.







José Manuel Soares (1932)
A ALA DOS NAMORADOS
Com argumento de Artur Varatojo e segundo a obra do escritor Campos Júnior (Luiz de Camões, A Estrela de Nagasaqui, A Filha do Polaco, Santa Pátria, Pedras Que Falam, etc), o nosso digno artista José Manuel Soares, que há longos anos se encontra rigorosamente acamado, criou com o seu belo e rigoroso traço, esta obra em BD (segundo Campos Júnior/Artur Varatojo), “A Ala dos Namorados”, que foi originalmente publicada em 1956 no “Cavaleiro Andante”, do n.º 218 ao 249.
Em 1985, saiu finalmente em álbum pelas edições Futura, com uma capa espantosa e explicita do próprio mestre José Manuel Soares. Teoricamente, este precioso álbum da BD portuguesa, está considerado como... “esgotado”. Estará?
Na grata bibliografia de José Manuel Soares contam-se títulos, como “De Angola à Contra-Costa”, “Zeca”, “A Lenda do Palácio de Cristal”, “O Morcego de Veludo”, “Luís de Camões”, “Rasto de Fogo”, etc.
LB



sábado, 20 de fevereiro de 2016

TALENTOS DA NOSSA EUROPA (1) - JEAN PLEYERS (Bélgica)

Nota prévia
Aqui começa hoje um novo tema do BDBD, "Talentos da Nossa Europa" (não exclusiva à confusa União Europeia), donde excluiremos os valores portugueses (que a NOSSA Europa vai do português Cabo da Roca aos russos Montes Urais e da república-ilha da Islândia à república-ilha de Malta), porque os nossos estão sempre constantes nos nossos horizontes e nas nossas apostas concretas. Esclarecidos?
Nestes talentos europeus, focaremos valores-BD que, em certos e maioritários casos, são quase nada conhecidos ou publicados em Portugal, por absoluta miopia das nossas editoras-BD... Queixem-se agora!
Aí vamos com a nossa primeira escolha, que nesta primeira fase, comportará vinte talentos.



Jean Pleyers 
JEAN PLEYERS (Bélgica)
Nascido na cidade belga de Verviers a 27 de Junho de 1943, é um  talento admirável e digno seguidor do estilo de seu mestre, o francês Jacques Martin.
É justamente famoso e digno de admiração pela sua já extensa obra produzida e não só pela sua linha “martiniana”...
Cresceu num mundo artístico: seu pai era escultor e sua mãe era música. Ele, por sua vez, instruiu-se na cidade de Liège, tão famosa pelas suas Artes.
E começou muito cedo a sua aventura entusiasta pela Ilustração e pela Banda Desenhada, com as oportunidades de se ir sempre publicando aqui ou ali, sempre atento a melhorar-se e nuns constantes aperfeiçoamentos.
Um dia, já com obra feita e demonstrada, mestre Jacques Martin reparou nele e encarregou-o de desenhar a série “Jhen” (chamada “Xan” na primeira versão dos dois primeiros tomos), um herói (arquitecto italiano) em plena Idade Média europeia. A série (incrivelmente não apostada pelas editoras portuguesas!), já tem mais de uma dezena da álbuns, com uma maioria desenhada por Pleyers.

Por sua vez, na série pedagógica paralela “As Viagens de Jhen”, apenas um tem ilustrações de Pleyers, o oitavo: “Gilles de Rais”. Justamente,o famoso Gilles de Rais, que foi um tenebroso personagem nos três primeiros tomos desta série (da qual já existe um integral...em francês): De Rais, é figura real, foi amigo pessoal de Joana d’Arc, um condestável heróico e também amigo pessoal do ficcionado Jhen Roque, mas também um cruel e tenebroso pedófilo. Uma realidade terrivelmente amarga, mas histórica!...


Mas Jan Pleyers tem mais obra valorosa.
Ainda sob o “clima Jacques Martin”, apostou-se na série “Keos” (por ora, apenas com três tomos), localizado no entusiasmante Antigo Egipto.



Todavia e mesmo assim, há  outras “loucuras maravilhosas” pela arte de Jean Pleyers:
- “Les Êtres de Lumières”, em dois tomos (“L’Exode” e “Le Péril Extrazorien”), como autor total e versando a ficção-científica.




- “Giovanni”, uma bela e atrevida série “medieval” em três tomos. Olá, se é atrevida!...
 
 

- “Les Crânes de Cristal” é, até agora, o único tomo da série de ficção e insólito, sob o nome de “Salt”. Continuará?...


Quem tem a coragem e o bom senso de editar Jean Pleyers em Portugal?
LB

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

NOVIDADES EDITORIAIS (87)

DILEMMA - Edição Lombard. Autor: Clarke (aliás, Frédéric Séron).
Este é um álbum muito especial e de alta força em desafio aos julgamentos de cada um. Não é uma obra de Banda Desenhada, com mais ou menos força rotineira...
O que é que na longínqua clássica Grécia, quatro veneráveis filósofos, na onda  do “líder” já quase lendário (Demócrito), discutindo entre si, têm a ver com o destino da Humanidade num bem distante futuro? São eles: Diógenes de Sinope, Xenofonte (sempre um tanto militarão), Platão (também conhecido como Aristócrates) e o então ainda jovem Aristóteles.
E desse futuro bem distante, com base no Determinismo apregoado por Demócrito, esse futuro virá a ferir escabrosamente a Humanidade sob a batuta de um trio
de horror: Adolf Hitler, Hemann Göring e Heinrich Himmler.
Clarke, autor absoluto desta obra tão aplaudível, obriga-nos a ler e a discutir as propostas apresentadas, e sobretudo, a tentar saber (com vã resposta) o que fazemos nesta vida...
Pois é: às vezes, a BD faz-nos destes desafios!


OLD PA ANDERSON - Edição Lombard. Autores: argumento de Yves H. (ou seja, Yves Huppen) e a arte gráfica de Hermann (ou seja, Hermann Huppen, pai de Yves).
Volta não volta, somos agradavelmente surpreendidos com obras de luxo destes geniais Huppen. Agora, na versão álbum único (“one shot”), mais uma obra de peso e acusatória: “Old Pa Anderson”. Angustiante e belíssimo!
Que benesse esperam de todos nós os Estados Unidos da América do Norte, mentalmente entupidos e convencidos que são os “divinos donos do Mundo?!...
Neste “Old Pa Anderson”, Yves recriou um realista e amargo facto daquela tipagem “made in Washington”, que quase exterminou os povos autênticos desse continente: os pele-vermelhas. E em relação aos negros, a paranóia continua...
Para já, o nosso sincero “Bravo!” a Yves e a Hermann!


PAR-DELÀ LE STYX - Edition Casterman. Argumento de Mathieu Bréda, traço de Marc Jailloux e cores de Robin Le Gall.
E cá estamos nós, felizmente, na sensata continuação da bela série “Alix” , agora com o 34.º álbum da série em questão.
O heróico Alix (gaulês romanizado) e o seu inseparável e íntimo amigo, o príncipe egípcio Enak, aventuram-se aqui e ali, para proteger o jovem nobre grego Héraklion...
Uma narrativa empolgante, com a força da mitologia greco-romana através do rio Styx, que separa e marca esta vida... e o outro lado. Pela regra, ninguém volta a atravessar o Styx para tornar à vida...
Vamos na leitura deste assunto?

 LB

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

BREVES (23)

"O MOSQUITO" VAI VOAR NA RTP 2
A RTP fez há poucos dias uma reportagem na sede do Clube Português de Banda Desenhada, acerca da exposição comemorativa dos 80 anos de "O Mosquito".
José Ruy e José da Luz foram alguns dos entrevistados.
A transmissão será no próximo dia 16 (terça-feira), por volta das 22:45, no programa "Literatura Aqui", na RTP 2.
José da Luz (o primeiro impressor da máquina de offset que "O Mosquito" viria a adquirir quando a tiragem aumentou significativamente) e José Ruy, visitam a exposição enquanto são captados pelas câmaras da equipa de reportagem da RTP. 


AINDA OS 80 ANOS DE "O MOSQUITO"

No dia 17 (quarta-feira), vão realizar-se, na Biblioteca Nacional, entre as 17:00 e as 20:00, colóquios e palestras relacionados ainda com a exposição dos 80 anos de "O Mosquito". José Ruy, António Martinó Coutinho, Carlos Gonçalves e João Manuel Mimoso serão alguns dos intervenientes.



COIMBRA BD
Eis uma excelente novidade: segundo o "Diário de Viseu", entre os próximos dias 3 e 5 de Março, vai decorrer a primeira edição da Coimbra BD, "uma Mostra Nacional que visa promover e dar a conhecer a banda desenhada e todas as actividades que com ela estão relacionadas".
A autarquia conimbricense, que pretende "colocar a cidade de Coimbra na rota dos eventos nacionais dedicados à banda desenhada", apresentará, em breve, o programa definitivo.


Foto: Madalena Alcantara







JOSÉ BAPTISTA HOMENAGEADO NO CARNAVAL DE LOULÉ
José Baptista (ou Jobat, como também assinava), banda desenhista de renome na BD portuguesa, que infelizmente nos deixou há cerca de três anos, foi alvo de uma bonita homenagem no Carnaval da sua cidade.
Um dos carros alegóricos do cortejo apresentava uma imponente caricatura de Jobat sentado ao estirador, rodeada de desenhos e capas de revistas BD, recordando, assim, a figura de um homem que dedicou grande parte da vida à chamada 9.ª Arte.
Um belo gesto da organização do evento, que aqui registamos. 

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

A ILHA DO CORVO QUE VENCEU OS PIRATAS (1)

Nota prévia: 
Depois de "A Vida Interior das Redações dos Jornais Infanto-Juvenis", iniciamos hoje uma nova rubrica da responsabilidade do nosso querido amigo José Ruy.
Trata-se de uma espécie de "diário de campo", onde José Ruy nos manterá ao corrente de um trabalho que, neste momento, está a desenvolver sobre a Ilha do Corvo (Açores), situação sem dúvida invulgar na nossa blogosfera, pelo menos no que concerne a um autor tão consagrado.
Ao longo destes artigos, José Ruy mostrar-nos-á pranchas ainda em esboço, esquiços, apontamentos, notas e muitas curiosidades que recolheu na Ilha, até chegar ao resultado final, isto é, ao álbum pronto para ser lido pelo público.
Não duvidamos que esta será mais uma rubrica de sucesso no nosso blogue, em especial entre os corvinos (assim se chamam os habitantes da Ilha do Corvo) que, por certo, seguirão estes artigos com redobrado interesse.
Sem mais delongas, vamos, então, começar.
BDBD 




A Ilha do Corvo que venceu os Piratas

O cocoordenador do Ecomuseu do Corvo, Dr. Eduardo Guimarães, conhecedor e colecionador da minha obra, contactou-me para um desafio: desenvolver em Banda Desenhada um episódio histórico que celebrizou a Ilha do Corvo em 1632.
Explanou-me então o que é um Ecomuseu, por meio de um gráfico simples e claro que partilho convosco.

Palavras suas:
"O Ecomuseu do Corvo é um projeto de intervenção museológica que visa garantir a salvaguarda e a afirmação do património natural, histórico, paisagístico e cultural da ilha do Corvo, nas suas dimensões tangível e intangível, e, concomitantemente, promover o desenvolvimento local e a qualidade de vida da população. Quer
Eduardo Guimarães, numa das muitas
visitas guiadas que me fez aos locais
importantes para a banda desenhada a realizar.
dizer, não se trata de preservar de forma cristalizada e inerte o património mas sim de o mobilizar na construção de um presente e de um futuro melhor para a ilha do Corvo. O desenvolvimento local é um processo voluntário de domínio da mudança cultural, social e económica, enraizado num património vivenciado, nutrindo-se deste e gerando património.
O Ecomuseu do Corvo estrutura-se como um sistema de redes multirrelacionais que articula pólos, recursos e complexos de valor patrimonial, geridos nos respetivos contextos ecológicos e numa perspetiva de desenvolvimento social e local. A Banda Desenhada que José Ruy tem em curso insere-se neste plano".

O Arquipélago dos Açores era habitualmente assolado por piratas argelinos que faziam escravos e roubavam bens.
Numa dessas investidas, os corvinos resolveram fazer frente aos atacantes defendendo-se unicamente com pedras e rudimentares alfaias agrícolas. E de tal sorte que as dez naus pejadas de piratas foram literalmente derrotadas atribuindo-se o feito a milagre da Santa Padroeira.
Este episódio foi escrito pelo padre que testemunhou o sucedido e passado depois a letra de imprensa. O documento chegou aos nossos dias.
Empolgado com mais este desafio criei um argumento, não me circunscrevendo ao episódio histórico, mas aproveitando para descrever a maneira sub-humana como os corvinos no século XVII viviam. O Dr. Eduardo Guimarães forneceu-me vastíssima documentação e delineou deslocar-me à Ilha, que não conhecia, para colher elementos indispensáveis para a obra, o que aconteceu neste janeiro de 2016.
E como um Ecomuseu funciona envolvendo a população, tive a grata oportunidade de interagir com os simpáticos corvinos e corvinas, não só beneficiando do seu generoso contributo para o conhecimento de práticas laborais, como na escolha dos nomes para as personagens, e até nas decisões destas no decorrer do argumento. Também, pacientemente, deixaram-se desenhar, servindo de modelo para as figuras, embora as cenas se passem no século XVII. E foram muitos os preciosos depoimentos que registei.
Faço aqui a comparação do esboço de uma prancha desenhada antes de ir ao Corvo, e a mesma depois do conhecimento adquirido com a visita. Uma coisa é a ideia formada através de fotografias e outra a vivência nos locais da ação. Só desta maneira podemos dar autenticidade ao que pretendemos.
Eis a mesma página ainda em esboço, em duplicado, mas a do lado direito tem já o enquadramento real da paisagem conforme a observei no local.
Percorri os trilhos que as personagens que criei fazem na história, reconstituindo a vila como era no século XVII, com a ajuda preciosa do Coordenador do Ecomuseu e dos especialistas contactados por ele.
Por exemplo, na parte final da página da esquerda há o enterro da personagem que morre; fiz uma alteração na página da direita, pois disseram-me que na época, o caixão era levado em ombros e não por meio de um carro de bois, como mais tarde acontecia.
Irei mostrando aos  nossos leitores do BDBD como este trabalho vai decorrendo, e a participação da população da Ilha.
José Ruy
27 janeiro 2016