sábado, 27 de fevereiro de 2021

BREVES (91)

CORONAVÍRUS COM HUMOR (6) - Mais uma dose de cartunes subordinados ao tema do momento, o coronavírus. Sem mais palavras, aqui vos deixamos trabalhos com a visão própria de alguns cartunistas por esse mundo fora. Como sempre, aproveitamos para apelar ao cumprimento das medidas de prevenção e segurança por parte dos nossos leitores (distanciamento social, lavagem frequente das mãos e uso de máscara)...
Cartune de Sanouni Imad (Marrocos)
Cartune de Rob Tornoe (E.U.A.)

Cartune de Joe Heller (E.U.A.)

Cartune de Zack (Filipinas)
Cartune de John Darkow (E.U.A.)
Cartune de Marco de Angelis (Itália)
Cartune de Kléber (Brasil)

Cartune de Carlos Rico (Portugal)
Cartune de Ricardo Galvão (Portugal)


ANIVERSÁRIOS EM MARÇO
Dia 04 - Carlos Baptista Mendes
​Dia 05 - Vítor Borges
​Dia 06 - Paul Teng (holandês)
​Dia 07 - Florence Magnin (francesa) e ​Peter Gross (norte-americano)
Dia 10 - Jorge Miguel
Dia 11 - Marc Bourgne (francês)
Dia 15 - Francisco Ibañez (espanhol)
Dia 17 - Yves H. (belga)
Dia 23 - Miguel Ramos
Dia 24 - Godard (francês)
Dia 26 - Ângela Gouveia
Dia 29 - Fern (luxemburguês)
Dia 31 - Kas (polaco)

CR/LB

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

NOVIDADES EDITORIAIS (213)

RETOUR SUR ALDEBARAN / 3 - ​Edição Dargaud. Autor: Leo.
A espantosa saga de ficção-científica "Les Mondes d'Aldebaran", parece que chegou ao fim. Tem cinco ciclos: "Aldebaran" (5 tomos), Betelgeuse (5 tomos), "Antares" (6 tomos), "Survivants" (5 tomos) e por fim, "Retour Sur Aldebaran " (3 tomos).
É uma saga fascinante e fantástica que o brasileiro Leo (aliás, Luís Eduardo Oliveira) nos propõe com os seus enredos e a sua arte. Leva-nos a mundos (planetas) bem distantes da Terra, onde os personagens vão viver e sofrer por situações e encontros inesperados.
Recorde-se que Leo, que é casado com uma madeirense, vive em Paris e que foi homenageado ao vivo na "Sobreda-BD/2000".
Agora, há que aguardar que esta saga tenha a sorte de aparecer com edição portuguesa...


FOLIA DE REIS - ​Edição Polvo. Autor: Marcello Quintanilha.
Nascido em Niterói (Brasil) em 1971, Marcello Quintanilha, reside em Barcelona (Catalunha) desde 2002. Tem obra sua editada em Espanha e na Bélgica. Já esteve no Festival-BD ​de Beja. A sua oba tem sido publicada entre nós pela Polvo. Tem uma arte cativante, realista e dramática, onde nos vai relatando muitos aspectos do Brasil real e sofredor, bem distante das imagens turístico-carnavalescas. É um Brasil amargo, mais autêntico no dia-a-dia.
Importa bem conhecer e continuar a acompanhar a arte deste talento brasileiro.


STRANGER THINGS EM CHAMAS - ​Edição Asa (Leya). Autores principais: Jodi Houser (argumento), Ryan Kelly (traço), Triona Farrell (cores) e Kyle Lambert, que nos apresenta uma belíssima capa. Tradução de Luís Santos.
Com base na série televisiva da Netflix, a obra oscila entre o fantástico e o terror e agarra bem o leitor desde o início. Muita aventura, muito mistério, muita angústia e muito sufoco. Para quem gosta do género, é uma obra imperdível. 
Trata-se de uma boa aposta das edições Asa, que no entanto, não se livra das nossas amigas perguntas: para quando a publicação de desenhistas portugueses, mesmo em outros temas e estilos? Vamos apostar?...
LB

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

​CAPAS (15) - FRANÇOIS CRAENHALS

François Craenhals (1926-2004)
Pelos tão notáveis desenhistas francófonos que admiro, três belgas se demarcam em absoluto e acima de outros seus compatriotas: Hergé (falecido), Hermann (felizmente ainda vivo, activo e em constante contacto) e o malogrado François Craenhals.
Nasceu em Ixelles (Bélgica) a 15 de Novembro de 1926 e faleceu em Paris (França) a 2 de Agosto de 2004, vítima de uma cirurgia que correu mal. Acontece!...​
Foi o primeiro desenhista estrangeiro a ser homenageado ao vivo, em 1986, na edição desse ano do salão "Sobreda-BD".
​Extraordinariamente afável, logo se apaixonou sem reservas por Portugal. 
Tornou à Sobreda, como convidado de honra, em 1990 e em 1992, e em 1998, para "Viseu-BD". Pela Sobreda, nos tempos disponíveis, perdia-se a admirar o sol e a contemplar o Oceano Atlântico nas praias da Costa da Caparica. Adorava comer o nosso peixe, pois confessou que o peixe português tinha a fama e o proveito de ser o melhor peixe da Europa. Foi também, desde a primeira hora, que provou o nosso vinho verde, do qual ficou adepto.
Em relação a Portugal, para além de alguma obra sua editada em periódicos e/ou álbuns, saliento o seu carinho e arte na colaboração amiga para publicações do Grupo Bedéfilo Sobredense. Tem obra imensa, como as famosas séries, "Chevalier Ardent", "Pom et Teddy" (incrivelmente inédita, via álbuns, em Portugal), "Os Quatro Ases", "Karzan", "Fantômette" (que ele detestou desenhar, o que só fez por imposição contratual da editora) e, uma variada construção de histórias curtas, donde também, a adaptação de filmes, como "Fort Bravo", "Ivanhoe", "A Oeste de Zanzibar", "Scaramouche", "O Prisioneiro de Zenda", etc.
Casou com a sua colorista, Martine Boutin, depois de ter enviuvado da primeira esposa.
Registam-se agora, algumas das suas marcantes capas.

LB

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

NOVIDADES EDITORIAIS (212)

O HEROÍSMO DE UMA VITÓRIA - Edição Âncora. Autor: José Ruy, com apoio especial do Instituto Açoriano de Cultura.
É a mais recente obra editada sob criação bem empenhada de mestre José Ruy.
Aqui se narra a bravura dos liberais (por D.Pedro IV e por D. Maria II) contra os absolutistas (por D. Miguel I), numa guerra civil que bem poderia ter sido evitada. Mas o destemido heroísmo está no povo da ilha Terceira dos Açores. Era preciso salvar a liberdade e os terceirenses liberais conseguiram-na.
Curioso e positivo, aqui se narra também uma outra heroicidade dos terceirenses, bons anos atrás, na Batalha da Salga, entre os portugueses (por D. António I, vulgo o "Prior do Crato" ou o "Rei Efémero") contra a ganância de Castela (pelo Filipe II... lá deles). Nos anos 80 do século passado, esta Batalha da Salga teve um álbum editado pela Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, elaborado pelo então ainda jovem terceirense Zé (ou José) Parreira, que veio gentilmente apresentá-lo na edição de 1984 dos salões-BD da Sobreda.
O imparável José Ruy tem-se dedicado aos Açores, pois já focou as ilhas do Faial, do Corvo e agora, foi a vez da Terceira. Bravo, mestre!


BOB MORANE, INTÉGRALE 16 - ​Edição Lombard. Autores: o argumentista belga Henri Vernes e o desenhista espanhol Felicisimo Coria.
Um álbum integral que, com uma boa dose de ficção-científica, nos entusiasma em pleno. No seu conjunto, quatro títulos agora reunidos: "L'Exterminateur", "Les Larmes du Soleil", "La Guerre du Pacific n'Aura pas Lieu" (que, na primeira edição, saiu com dois tomos) e "Les Berges du Temps".
São narrativas que bem nos agarram no respectivo decorrer, onde brilha em cheio, o belo traço de Coria.
Uma obra muito aconselhável para os fãs de Bob Morane e os respectivos coleccionadores.


TINTIN ET LE TRÉSOR DE LA PHILOSOPHIE - ​Edição Philosophie Magazine. Autores: apresentação de Sven Ortoli e fenomenais e conscientes estudos e interpretações de sete filósofos através das aventuras de Tintin: Manon Garcia, Felwine Saar, Laurence Devillairs, Alexis Lavis, Isabelle Sorente, Raphaël Enthoven e Jean-Luc Marion.
Esta obra é muito especial e põe-nos a par de todo qualquer aspecto filosófico (ele existe!) nos enredos, personagens e povos que se registaram para sempre, segundo Hergé, nestas aventuras inesquecíveis que se marcaram muito mais para além de uma leviana e fácil leitura.
Imperioso conhecer esta obra!


BELGIUM RHAPSODY - ​Edição Lombard. Autores: argumento de Benec, traço de Thomas Legrain e cores por Elvire De Cock e Marete Jepsen. Trata-se do décimo primeiro tomo da série "Sisco". 
Nem só do "divinizado" James Bond e parceiros paralelos funciona este tipo de aventuras. Pela França (e Bélgica associada), existe um destemido e rebelde herói: Sisco (aliás, Vincent Sisco-Castiglioni). Ele é um implacável (quase) agente secreto do governo francês. Atreve-se corajosamente às mais variadas complicações no combate a qualquer tipo de crime. Sofre as consequências, mas acaba por sair sempre triunfante, o que é natural nestas confusões...
Tem um senão, contra e/ou a favor dele próprio: não suporta ordens pouco sensatas e prefere agir, por norma, por sua própria vontade...
Cautela, Sisco!


A HERANÇA DAS CORES - Edição: FA. Autor: David Revoy. Adaptação: Flávio C. Almeida.
“A Herança das Cores” conta uma história através da perspectiva de uma criança que nos mostra como o mau ambiente em casa é impactante, transformando a vida num mundo monótono em tons de cinza, mas também como a esperança está sempre lá, nos pequenos aspectos quotidianos da vida, como o afecto de um animal de estimação ou o canto de um pássaro, transformando tudo numa história maravilhosa!
Um livro em banda desenhada com uma narrativa visual, para retratar a maneira como as crianças são afetadas por um ambiente negativo em casa, as dificuldades sociais e como suportam as consequências. Uma obra bonita, triste e alegre ao mesmo tempo.
Disponível em edição física e digital em www.fabd.pt
LB/CR

domingo, 7 de fevereiro de 2021

CAPAS (14) - JEAN GRATON

Jean Graton (1923-2021)
Grande valor da Banda Desenhada europeia, nasceu em França (Nantes) a 10 de Agosto de 1923. Após o seu serviço militar, foi residir para a Bélgica, onde faleceu recentemente com 97 anos, a 21 de Janeiro de 2021.
Apaixonado por motores, por aqui criou duas séries famosas: "Michel Vaillant" (que prossegue com continuadores) e "Julie Wood". Esta série foi curta e a motociclista em questão, integrou-se na de Michel Vaillant, vindo a apaixonar-se por Steve Warson, o amigo e rival do dito Michel.
Jean Graton esteve sempre muito activo com o seu grafismo, abarcando histórias curtas sobre os mais diversos temas, tendo chegado a laborar em simultâneo para duas revistas concorrentes: "Spirou" e "Tintin".
Com argumentos de sua esposa Francine, criou a série "Les Labourdet".
Com seu filho Philippe, fundou as Éditions Graton.
Abaixo publicamos algumas das suas sugestivas capas que seleccionámos.
LB