domingo, 31 de maio de 2015

EVOCANDO (14)... EDUARDO TEIXEIRA COELHO

Eduardo Teixeira Coelho
(1919-2005)
Faz hoje dez anos que Eduardo Teixeira Coelho nos deixou...
Considerado o maior dos banda desenhistas portugueses, justamente o primus inter pares, confesso  com tristeza, que foi o único dos nossos grandes da BD que eu (LB) não tive o prazer de conhecer pessoalmente. Paciência!
Nasceu em Angra do Heroísmo a 4 de Janeiro de 1919 e faleceu a 31 de Maio de 2005 em Florença (Itália), onde residia.
Assinou por vezes como ET Coelho, outras apenas como ETC. No estrangeiro, chegou a assinar com o pseudónimo Martin Sièvre.
Foi ilustrador, pintor e desenhista. Estreou-se a 16 de Abril de 1936. Depois, tornou-se um dos autores fixos da revista “O Mosquito”, que deixou de se publicar em 1953 e, no ano seguinte, agastado com as limitações do regime de Salazar, emigrou: Espanha, França, Inglaterra e novamente França, onde teve também uma brilhante carreira.
Nos inícios dos anos 70, radicou-se em Itália, mas criando apenas para a França.
Em 1973 recebeu o prémio “Yellow Kid” no Salão Internacional de Lucca e, em 1986, recebeu o troféu “Mosquito Especial”.
Em 1997, foi-lhe atribuído o “Grande Troféu” do Festival Internacional da Amadora.
É ilimitado o que se pode contar da sua vida e obra, mas devido às circunstâncias e também porque não sabemos tudo, nesta sentida evocação, apenas registamos os aspectos fundamentais.
Da sua enorme bibliografia, salientamos algumas obras ou séries estreadas em Portugal: “Os Guerreiros do Lago Verde”, “Os Náufragos do Barco Sem Nome”, a trilogia das “Mouras”, a série “Falcão Negro”, “Os Doze de Inglaterra “ (uma maravilhosa obra-prima!), alguns contos de Eça de Queiroz (“A Aia”, “Suave Milagre”, “A Torre de D. Ramires”, “O Defunto” e “O Tesouro”), etc, etc.
"Falcão Negro" (in "Cavaleiro Andante" #135)
"Os Doze de Inglaterra", com texto de Raúl Correia (in "O Mosquito", 1950-51)
"O Defunto" (in "O Mosquito")
"O Suave Milagre" (in "O Mosquito")
E ainda “Fátima”, estreada em álbum pela Futura.
Capa e prancha de "Fátima" (Edições Futura, 1985)

Em Espanha: “XA-39”, “Bodas Índias”, “El Hechicero de los Matabeles”, “El Dios de la Montaña”, etc.

Em Inglaterra: “Bowmen of King Harry”, “The Story of the Sleeping Beauty” e “Knights of the Red Eagle” (nova versão de “A Torre de D. Ramires”, segundo Eça de Queiroz).
"Bowmen of King Harry" (in "Comet" #380, 1955)
No Brasil: com belas capas de Jayme Cortez, publicaram-se os contos de Eça, “nascidos” em “O Mosquito” (Portugal).
Na República de San Marino: “Marino, il Santo del Titano”.
"Marino, il Santo del Titano" (AEIP Editore, 1996)
E, finalmente em França, entre outras, as séries “Cartouche”, “Robin dos Bosques”, “Ragnar, o Viking”, “David Crockett”, “Yves, le Loup”, “Ayak, le Loup Blanc” e “Decameron”, para além de narrativas soltas como “Vasco da Gama”, “S. Francisco Xavier”, “La Traversée de l’Australie” e “Till Ulenspiegel”.
Pranchas de "Ayak, le Loup Blanc" (in "Mundo de Aventuras" #400, 1981)
Prancha de "Ragnar, le Viking: Sur la Terre des Francs" (in "Vaillant" #1065, 1965) 
Prancha de "Robin des Bois: La Torque d'Or" (in "Pif Gadjet" #1543, 1974)
Algumas das criações de ET Coelho foram também traduzidas e publicadas na Alemanha, Itália e no Líbano. E várias histórias originalmente estreadas em França, tiveram também a sua versão em português em alguns dos nossos periódicos do género.
Com alguns álbuns ou mini-álbuns que por cá se editaram (muito poucos), destacam-se os dois tomos de “Decameron”, segundo Giovanni Boccaccio, sob edição da Futura...
Capa e prancha do primeiro tomo de "Decameron" (edição Futura, 1988)
Capa e prancha do segundo tomo de "Decameron" (edição Futura, 1988)

... e os seis tomos de "O Caminho do Oriente", com texto de Raúl Correia.
As seis capas de "O Caminho do Oriente" (edição Futura, 1984)

Que mais haverá para se dizer sobre Eduardo Teixeira Coelho?... Tudo!...
A finalizar, solicitámos a mestre José Ruy, que foi grande amigo de ETC, que para aqui desse em curtas palavras um parecer que definisse o nosso evocado de hoje:
"Eduardo Teixeira Coelho produziu uma pedrada no charco no campo da ilustração narrativa, não só em Portugal. Tive o privilégio de ser o único autor português de histórias em quadrinhos a trabalhar com ele numa íntima colaboração durante muitos anos. É um artista único, com um estilo próprio e inconfundível".
LB


Capa de "ET Coelho: A Arte e a Vida" (Edições Época de Ouro, 1998)

quinta-feira, 28 de maio de 2015

BREVES (9)

Cartaz de Susa Monteiro
BEJA BD - Com início amanhã, 29 de Maio, e encerramento a 14 de Junho, decorrerá em Beja o XI Festival de Banda Desenhada daquela cidade alentejana. Como sempre, muitos são os motivos para visitar o festival: exposições, sessões de autógrafos, apresentação de projectos, lançamento de livros, workshops, concertos desenhados, cinema e várias conversas à volta da BD...
O Festival terá também à disposição dos visitantes o Mercado do Livro (a maior livraria do país durante esse período) e o Mercado Geek (um amplo espaço comercial com várias tendas instaladas - venda de action figures, arte original, jogos, posters, prints, etc).
O primeiro fim-de-semana (29, 30 e 31 de Maio) contará com a presença de autores de todo o Mundo! E com a programação paralela a acabar às 4:30 da manhã!
Um Festival sem sono que atrai milhares de visitantes todos os anos...

HUMOR A VERDE E BRANCO - Entre 6 e 24 de Junho decorrerá em Moura a exposição de cartunes de Carlos Rico "Humor a Verde e Branco".
A mostra refere-se a uma selecção de cartunes, sob a forma de tiras, publicados semanalmente no jornal do Sporting, entre 2005 e 2012.
A produção da exposição é tripartida entre o Núcleo Sportinguista de Moura, a Câmara Municipal de Moura e o jornal do Sporting, tendo ainda a colaboração da Inovinter.
A inauguração está prevista para as 18:00 horas de dia 6, sábado, e contará com a presença de algumas personalidades do clube leonino.


Desenho de Eugénio Silva
VIRIATO NA BD - Ainda em Moura, de 16 de Julho a 2 de Agosto, decorrerá no Espaço Inovinter a exposição "Viriato na Banda Desenhada".
Comissariada por Luiz Beira, a exposição é uma co-produção entre a Câmara Municipal de Moura e o Gicav, dentro da linha que, nos últimos anos, tem pautado a estreita colaboração entre Moura e Viseu.
A mostra é constituída por dezena e meia de painéis onde se podem apreciar diversas adaptações da vida de Viriato à BD por desenhistas como José Garcês, Victor Mesquita, Baptista Mendes, Artur Correia ou Eugénio Silva, entre outros.
A exposição seguirá depois para Viseu, onde será apresentada, em meados de Agosto, na Feira de São Mateus.


Fernandes Silva (1931-2010)
FERNANDES SILVA:
O MISTÉRIO RESOLVIDO
Na sequência do nosso post de 23 de Fevereiro de 2014, “O Mistério Fernandes Silva”, que havia ficado no ar com a intrigante situação do que lhe teria acontecido... e ante um birrento acto de um certo e arrogante fulano que deambula pelo nosso mundo BD, que sabia que o nosso artista falecera, mas que se recusava a dizer a data enquanto não tivesse a “honra vaidosa” de tal divulgar num livro dele a publicar e que nunca mais dá à estampa (uma atitude mesquinha e repulsiva, por todos condenada!), nós, o BDBD, podemos hoje informar os bedéfilos (afinal, nós em avanço...) que, de fonte oficial e fidedigna, sabemos que o grande Fernandes Silva (aliás, António Fernandes da Silva) faleceu no dia 30 de Janeiro de 2010. O “mistério” está, portanto, resolvido!

segunda-feira, 25 de maio de 2015

UMA OBRA... VÁRIOS ESTILOS (2) - AS MINAS DO REI SALOMÃO

Descendente de uma família dinamarquesa, Henry Rider Haggard, nasceu em Inglaterra a 22 de Junho de 1856, onde faleceu a 14 de Maio de 1925.
De 1875 a 1882, viveu na África do Sul, onde exerceu cargos de cariz político. Mas foi sobretudo um notável romancista, de cuja obra se salientam alguns títulos: “She”, “Cleópatra”, “Nada the Lily”, “Ayesha”, “As Aventuras de Allan Quatermain, “A Filha de Montezuma”, “O Anel da Rainha de Sabá”, etc, tendo como “cereja no topo do bolo”, o admirável romance “As Minas do Rei Salomão”, com primeira publicação em 1885.
Esta obra teve (e terá?) várias adaptações, muito bem aldrabadas, diga-se em boa verdade, ao Cinema e à Televisão.
Com correcto rigor, a Banda Desenhada também tem adaptações diversas  deste romance de aventuras. Destas, salientamos as três mais dignas de aplausos.

HENRY C. KIEFER adaptou para a série anglófona “Classics Illustrated“ #97, "As Minas do Rei salomão" (depois publicada em português no Brasil na colecção da EBAL, “Edição Maravilhosa” #85).
"As Minas do Rei Salomão", por Henry C. Kiefer (in "Edição Maravilhosa" #85, EBAL, 1954)

Porém, em beleza gráfica e de melhor fidelidade à obra original, ombro a ombro, registam-se as criações do argentino José Luís Salinas e do português Fernando Bento.
JOSÉ LUIS SALINAS, o mesmo que desenhou “Cisco Kid”, tem uma bela versão em álbum, editada em Espanha em 1982, pela Totem Comics na “Coleccion Grandes Maestros”.
"Las Minas del Rey Salomón", por José Luiz Salinas (Edição "Totem Comics", 1982)

FERNANDO BENTO, numa admirável criação que incompreensivelmente ainda não existe em álbum, publicou no “Diabrete”, do #716 ao #817 (1950-1951), a sua versão com o seu atento e elegante estilo. Um encanto que um bom e honesto bedéfilo não se cansará de reler (ou descobrir)... no “Diabrete”, claro.
"As Minas de Salomão", por Fernando Bento (in "Diabrete" #716 a #817, 1950-51)

Já este post havia sido editado, quando descobrimos mais alguns desenhistas ante este mesmo tema. Um deles foi o espanhol Angel Pardo (1924-1995), que elaborou o #156 da série “Joyas Literarias Juveniles”, sob edição Bruguera.
"Las MInas del Rey Salomón", por Angel Pardo (in "Joyas Literarias Juveniles" #156, Ed. Bruguera)

Uma nota também para os Estúdios Disney que, sem surpresa, também já adaptaram esta obra. Por curiosidade, deixamos aqui apenas duas capas (com pouca resolução, infelizmente) das quais desconhecemos os autores.
Capas de "Tio Patinhas e as Minas do Rei Salomão", por Walt Disney (editora Abril - Brasil)

Por último, descobrimos neste excelente blogue uma versão inédita, desenhada por Frank Bellamy, projectada para a revista Eagle mas que não chegou a ser publicada.
"King Solomon's Mines", por Frank Bellamy (inédito)

Rodapé:
1 - O nosso Eça de Queiroz traduziu tão admiravelmente esta obra, que alguns “tontos” se atreveram a exagerar e a especular que “As Minas do Rei Salomão” era da autoria de Eça e não de Haggard!...
2 - O Cinema e a Televisão, de um modo mais ou menos espalhafatoso, fizeram adaptações em 1937, 1950, 1985 e 2004, para além de uma versão inglesa em Cinema de Animação em 1986.

Registamos o nosso agradecimento pelo apoio prestado por Carlos Gonçalves.
LB

quinta-feira, 21 de maio de 2015

LITERATURA E BD (8) - WILLIAM SHAKESPEARE

William Shakespeare (1564-1616)
Pelo Destino, este real personagem nasceu e morreu com a cidadania inglesa. Viu a luz do dia na localidade de Stratford-Upon-Avon a 23 de de Abril de 1564, onde morreu a 23 de Abril de 1616, apesar de largos e trabalhosos anos vividos em Londres. Curioso: faleceu no dia do seu aniversário!...
O seu percurso pela vida e pela sua obra é apaixonante e maravilhoso.
Terá sido admirado e sempre bem recebido pela terrível rainha Elizabeth I de Inglaterra.
Constam intrigantes mistérios na sua vida, sobretudo nos aspectos sexuais e religiosos e também pelos seus enigmáticos poemas... No entanto, o mais importante é o imenso e admirável legado da sua obra literária pelo Teatro, onde foi também actor e encenador.
É tão intensa e maravilhosa esta obra (comédias, dramas e tragédias) que, desde o ano passado (2014) e até 2016, todo o mundo - o culto e civilizado claro - o manterá em dignos festejos evocativos. Daí que William Shakespeare não seja apenas um mero autor inglês, mas uma honrosa figura da cultura mundial.
Na sua obra, apostou sem medo em críticas severas à política e à sociedade mesmo que por vezes, jogasse com simbolismos ou determinadas “camuflagens”... Estes seus textos têm sido inúmeras vezes adaptados ao Cinema, Televisão, Banda Desenhada, Ópera e Bailado. Um glorioso esplendor!
Se “Romeu e Julieta” encanta sempre os adolescentes e as mentes melodramáticas, por ser talvez a “mais bela história de amor”, no plano mais contundente há a força política, feroz e angustiante em “Júlio César”, “Macbeth” e, terrivelmente arrasador, em “Hamlet”, talvez a sua verdadeira obra-prima.
E uma vez que aqui estamos com o “Billy” Shakespeare, vamos lá ver o que conseguimos apurar da sua vida e obra pela Banda Desenhada:

Existe uma biografia em quatro pranchas, elaborada pelo casal Liliane e Fred Funcken, publicada no Álbum do "Cavaleiro Andante" #78 (Novembro de 1960) e depois, na revista “Camarada” (2.ª série), a 13 de Junho de 1964.
"William Shakespeare", por Liliane e Fred Funcken, in "Camarada" (2.ª série)

Diversos desenhistas por aqui apostaram, muitos deles dos Estados Unidos, de Inglaterra e das Filipinas, havendo também algumas versões bem no estilo da BD japonesa. E claro, por dois grandes de Itália.
Pelas Filipinas, indicamos: Vicatan (“Júlio César”, “Othelo” e “Macbeth”), Nestor Redondo (“Romeu e Julieta”), Fred Carrilho (“Sonho de uma Noite de Verão”), Gerry Talaoc (“O Rei Lear” e “A Tempestade”), Nestor Leonidez (“Como Vos Agradar”), E.R. Cruz (“Noite de Reis”) e Juan Lofania (“O Mercador de Veneza”).

Pelo Japão, no melhor estilo mangá, há pelo menos uma versão de “Romeu e Julieta” por Adam Sexton e Yali Lin...
Capa de "Romeu e Julieta", por Adam Sexton e Yali Lin

No mesmo estilo temos, também, vários volumes da colecção "Manga Sheakespeare", onde diversas obras são ilustradas por autores britânicos como Sonia Leong, Emma Vieceli, Paul Duffield, Kate Brown, Faye Yong, Ylia, entre outros. 
Capa e prancha de "Romeu e Julieta" (colecção Manga Sheakespeare), por Sonia Leone
Capa e prancha de "Hamlet" (colecção Manga Sheakespeare), por Emma Vieceli
Outras capas da colecção britânica "Manga Shakespeare": "A Tempestade",
"Sonho de Uma Noite de Verão", "O Mercador de Veneza" e "O Rei Lear" 

Pela Itália, com arte gráfica de mestre Gianni De Luca, regista-se o deslumbrante álbum “Shakespeare na Banda Desenhada” (que, em português, ainda se pode encontrar entre nós... com uma aturada procura), que contém as peças, “Romeu e Julieta”, ”Hamlet” e “A Tempestade”.
Capa de "Shakespeare em banda desenhada", de Gianni de Luca
Prancha de "Romeu e Julieta"
Prancha de "A Tempestade"
Prancha de "Hamlet"


Outro grande desenhista italiano, Dino Battaglia, também “puxou” Shakespeare à sua arte na revista inglesa "Look and Learn"...
Duas pranchas de "Othello" (infelizmente com pouca resolução), por Dino Battaglia
Duas pranchas (também com muito pouca resolução) de "Péricles, Príncipe de Tiro", por Dino Battaglia

Pelos anglófonos, o panorama é vastíssimo, donde se salientam dois admiráveis norte-americanos: Henry C. Kiefer (“Júlio César”, “Sonho de uma Noite de Verão”, “Romeu e Julieta”, “Hamlet” e “ Macbeth”)...
Prancha de "Júlio César", por Henry C. Kiefer
Prancha de "Sonho de Uma Noite de Verão", por Henry C. Kiefer
Prancha de "Romeu e Julieta", por Henry C. Kiefer
Prancha de "Hamlet", por Henry C. Kiefer
Prancha de "Macbeth", por Henry C. Kiefer

...e Alex Blum (“Hamlet”, “Macbeth”, etc.).
Capa e prancha de "Hamlet", por Alex Blum (in "Classics Ilustrated" #99)

 
Capas de "Romeu e Julieta" e "Macbeth", por Alex Blum (in "Classics Ilustrated", #5 e #128)

E, alguns outros mais: Jon Haward ilustrou “A Tempestade”... 
Pranchas de "A Tempestade", com arte de Jon Haward e adaptação de John Mc Donald

...e "Macbeth".
Capa e prancha de "Macbeth", com arte de Jon Haward e adaptação de John Mc Donald

Jason Cardy/Kat Nicholson adaptaram “Sonho de uma Noite de Verão”...
Capa e prancha de "Sonho de Uma Noite de Verão"

...e Neil Cameron fez o mesmo com “Henrique V”... entre outros mais talentos.
Capa e prancha de "Henrique V"

O grande Will Eisner desenhou em dez pranchas "Hamlet on a Rooftop" ("Hamlet no Arranha-céu"!).
Pranchas de "Hamlet on a Rooftop", por Will Eisner (in revista "The Spirit" #29, 1981)

No Brasil, Maurício de Sousa transportou os seus famosos personagens Mónica e Cebolinha para o Mundo de "Romeu e Julieta"...
"Monica e Cebolinha no Mundo de Romeu e Julieta", por Mauricio de Sousa
(Revista "Cebolinha" #82, Editora Abril, 1979)

Também no Brasil, vários autores do país irmão adaptaram à BD as mais famosas obras de William Shakespeare numa interessante colecção editada pela Nemo.
Capas dos seis volumes da colecção Sheakespeare, publicada pela Editora Nemo

Desta colecção deixamos três exemplos: "A Tempestade"... 
Capa e prancha de "A Tempestade", por Lillo Parra (argumento) e Jefferson Costa (desenhos)

..."Macbeth"...
Capa e prancha de "Macbeth", por Lillo Parra (argumento) e Jefferson Costa (desenhos)

 ...e "Sonho de Uma Noite de Verão".
Capa e prancha de "Sonho de Uma noite de Verão", por Lillo Parra (argumento) e Wanderson de Sousa (desenhos)

A dupla Gotlib e Alexis publicou na revista "Pilote" uma versão hilariante de "Hamlet" que foi mais tarde inserida no primeiro tomo de "Cinemastock".
"Hamlet", por Gotlib e Alexis (in revista "Pilote" #640, 1972)

Na Bélgica, Denis Deprez adaptou "Othello"...
"Othello" por Denis Deprez - "Casterman"

Em Portugal, João Mascarenhas adaptou, numa aventura do Menino Triste, parte do diálogo inicial de "O Mercador de Veneza".
"O Menino Triste - A Essência", por João Mascarenhas (Edição "Qual Albatroz", 2008)

Fica aqui a homenagem do BDBD ao tão respeitável William Shakespeare (acrescentaremos outras prováveis achegas que nos forem chegando), informando ainda que em Londres, na Leicester Square, existe uma honrosa estátua deste autor.

Deixamos aqui a nossa gratidão à sempre amiga colaboração e devido apoio de Carlos Gonçalves. Agradecemos, ainda, os apoios de João Mascarenhas e de Carlos Carvalheiro.
LB