sexta-feira, 31 de maio de 2013

A VEZ DE BEJA FESTEJAR A BD!

Cartaz do FIBDB 2013, da autoria de Susa Monteiro

Tem início no próximo sábado, 1 de Junho, e prolonga-se até dia 16, o IX Festival de Banda Desenhada de Beja.
Apesar da malfadada crise, o Festival promete manter a qualidade a que nos tem habituado desde a primeira edição, fruto de um trabalho aturado, desenvolvido pelo seu Director Paulo Monteiro e respectiva equipa.
O leque de exposições é extenso e variado, sendo repartido por 9 núcleos (Casa da Cultura, antigo Posto de Turismo, Espaço Os Infantes, Biblioteca Municipal José Saramago, Cine-Teatro Pax Julia, Museu/Casa das Artes Jorge Vieira, Museu Regional de Beja - incluindo o Espaço Expositivo da Rua dos Infantes - e Castelo de Beja). Esta opção de distribuir as exposições do Festival por vários núcleos (opção seguida, aliás, por muitos dos salões e festivais congéneres) acaba por funcionar como um convite aos visitantes para percorrerem o magnífico centro histórico da cidade de Beja. 
Nas 21 exposições em exibição, estarão representados autores da Argentina, Brasil, EUA, França, Grécia, Japão e, naturalmente, Portugal.
Dos autores presentes no primeiro fim-de-semana, o destaque maior vai para o francês Jean-Claude Mézières (co-autor da excelente série de ficção-científica Valérien), que será, por certo, alvo do interesse dos "caçadores de autógrafos".
Na programação paralela poderemos assistir a sessões de autógrafos, workshops, apresentação de projectos, lançamentos, cinema, música, visitas guiadas e muita animação.
O Mercado do Livro funcionará nas arcadas exteriores da Casa da Cultura, numa tenda gigante instalada propositadamente para o efeito que também contemplará as sessões de autógrafos.
Informação detalhada sobre o FIBDB poderá ser consultada em www.facebook.com/festivalbdbeja

domingo, 26 de maio de 2013

EVOCANDO (8)... FRED FUNCKEN

ADEUS, FRED FUNCKEN!


Fred Funcken com a esposa, Liliane
Pelas 16 horas do passado dia 16 de Maio, faleceu em Bruxelas, aos 91 anos, um dos  mais admiráveis gigantes da Banda Desenhada europeia: FRED FUNCKEN.
Nasceu em Verviers (Bélgica) a 5 de Outubro de 1921. 
Aos 13 anos, já colaborava com desenhos seus. Mas esteve para ser músico e, no Conservatório, chegou a receber o 2.º prémio como violoncelista. 
Aos 19 anos, colaborava para os periódicos "Spirou" e "Bonnes Soirées". E a sua carreira torna-se imparável, colaborando para as mais diversas publicações, quer com ilustrações quer com as suas primeiras bandas desenhadas.
Usou vários pseudónimos, como Fred Gu, Dick John's, Fred Dye, Ranch, Mac Bones, Leo Lyon, Hector Hugo, etc. Nas suas primeiras bandas, com colaboradores nos argumentos, contam-se "Bob Hunter", "Akkor, Roi de la Planète", "Robin Moderne", etc. E por essa altura, adapta obras de Jack London e Rosny Aîné.
Em 1949, é contratado como decorador para os Grandes Armazéns L'Innovation (Bruxelas). Aí encontra Liliane Schorils, secretária da direcção, e... foi um amor à primeira vista! Casados, Liliane seria não só uma maravilhosa esposa como a sua constante e mais directa colaboradora nas obras que, tão gloriosamente, foram elaborando.
Em 1952, Fred Funcken, ingressa nos quadros da revista "Tintin". E aqui, no ano seguinte e segundo uma ideia de Raymond Machérot, surge a primeira aventura da emblemática série "Cavaleiro Branco", que conta com 13 álbuns.
Em paralelo, Funcken, colabora com histórias curtas para a revista "Spirou".
Aliás, há uma imensidão de narrativas curtas, tanto para a "Spirou" como para a revista "Tintin". Desta imensidão pelos Funcken, salientam-se duas que tocam a História de Portugal: "A Lenda d'El Rei D. Sebastião", em seis pranchas e com argumento de Yves Duval, publicada no "Mundo de Aventuras" n.º 326 (Janeiro/1980); e, "Henrique, o Navegador", em quatro pranchas e publicada, também no "Mundo de Aventuras", no n.º 504, em Julho de 1983.

Nos anos 1954/1955, não usando balões nas vinhetas, adaptou alguns clássicos da Literatura, como "As Aventuras do Cavaleiro Lagardère", "Os Três Mosqueteiros", "Vinte Anos Depois", "O Conde de Monte-Cristo" e "A Tulipa Negra".


 

Em 1956, sua esposa Liliane, integra-se em parceria absoluta e para sempre, na sua carreira. E assim, já neste ano, iniciam a série "Harold, o Viquingue" (4 tomos); em 1959, "Jack Diamond" (4 tomos); em 1962, "Tenente Burton" (3 tomos, com argumento de Duval); em 1963, "Capitan" (9 tomos); em 1969, "Doc Silver" (5 tomos, com argumentos de Duval); em 1974, "A Maior História de Mundo"; em 1993, "Napoléon" (com os tomos, " Waterloo, la Chute de l'Aigle" e "Le Sultan de Feu"). 

  

 

Na vertente "álbum único", na sua obra, salientam-se: "Le Ciemitière des Baleines" (1947) e "Flambèrge au Vent" (2008).


Investigadores incansáveis e exigentes na sua arte... (quase nunca se sabe onde acaba Fred e começa Liliane e vice-versa), de 1965 a 1982, resultando numa invejável e tão aplaudível obra de 17 tomos, criaram "L' Encyclopédie des Uniforms et des Armes de Tous les Temps". É obra!... E a esta se junta, em 1988, "Les Soldats de la Révolution".


 

Muito e muito haveria por contar... mas fica-nos para sempre a admiração sem medida pela Arte fulgurante de Fred Funcken (e de sua parceira Liliane,obviamente).
Criações de Fred Funcken foram, dispersamente, publicadas em Portugal: "Cavaleiro Andante", " O Falcão " (1.ª série), "Mundo de Aventuras" (2.ª fase), "Pisca-Pisca", "Tintin" e "Zorro", onde, para além de muitas das histórias curtas, também se publicaram episódios das séries "Cavaleiro Branco", "Capitan", "Harald, o Viking", "Jack Diamond" e "Doc Silver".

"Harald, o Viking", na revista Tintin.
Fred Funcken brindou o mundo com a sua extensa, elegante, firme, maravilhosa e tão didáctica Arte. De facto, um imenso Artista da Banda Desenhada!...
E agora que "Alguém" olhou para ele e decretou que devia parar, só nos resta, bem emotivamente, lançar-lhe este voto sincero: Muito obrigado, Fred Funcken! Descansa em paz!


 



Prancha da série "Capitan"
"Cavaleiro Andante" (1957)
"Cavaleiro Andante" (1960)
"Cavaleiro Andante" (1960)
O casal Funcken

terça-feira, 21 de maio de 2013

NOVIDADES EDITORIAIS (33)

MACHA - Com edição Casterman, "Macha", é o primeiro tomo da breve série "Les Cosaques d'Hitler", com argumento de Valérie Lemaire e traço de Olivier Neuray.
Quando  imaginávamos que já tudo fora contado e recontado sobre a Segunda Grande Guerra Mundial, no espaço europeu, eis que nos surge uma bem inquietante narrativa... Ficção pura? História escondida? Ambas as coisas?... Pois, os lendários (mas autênticos) cossacos têm servido, como pano para mangas, para muitos romances e filmes. Tudo bem novelesco, até certo ponto, claro.
Nesta recente série, confrontamos com um bizarro e amargo drama desse povo: vilmente perseguidos pelo bolchevismo do cruel e sinistro José Estaline, aliaram-se, bem iludidos, ao nazismo de Adolfo Hitler. Sofredor povo, entalado entre duas paranóias ditatoriais e genocidas, ainda são canalhamente traídos pelos "libertadores" hipócritas, que outros não foram senão os ingleses...
A série "Les Cosaques d'Hitler" terá apenas dois tomos, mas é e será, uma série que convida a uma correcta leitura.


LE PLAN DU SERPENTAIRE - E, de repente, a Astrologia explodiu!... Cá por nós e através desta pertinente série-BD, "Zodiaque", sob as Éditions Delcourt, já esperávamos este estranho desafiio para auto-questões... Crendo ou não, há perguntas a fazer, no mínimo, à razão da nossa existência.
O "safado" do argumentista Éric Corbeyran, foi por aí e a todos nós desafia. E foi mais longe: quando tomo após tomo, nos obrigou a esperar e a encarar (ler) pelo décimo terceiro: "Le Plan du Sepentaire".
Há que ler, cronologicamente, estes 13 tomos e, só então, cada um por si, clamar ou reclamar...
O tal "planeta" Ofiúco, será ou não o "gerente" de um novo e possível signo, o Serpentário, encaixado paulatinamente através dos séculos por lógicas mudanças cósmicas, entre o Sagitário e o Capricórnio?... Fantasias?!...


KARMA SALSA / 2 - Tem edição Dargaud. Segundo uma ideia de  Frédéric Campoy (e com o seu grafismo), o argumento é de Joël Callède e Philippe Charlot.
Num novo espaço da sua vida, aqui se relata o atravessar dramático e violento de um condenado que se procura redimir dos seus crimes... mas que uns certos patifes, bem mais selvagens, procuram levar adiante as suas cobiças e "justiça" pessoais.
Uma série escaldante a acompanhar com um bom espírito bedéfilo.


MORPHÉE - Com edição Casterman, "Morphée", é o primeiro tomo da trilogia "Virginia", com argumento de Sévérine Gauthier e arte gráfica de Benoît Blary.
Um acre e fantasmagórico enredo que nos intriga até certo ponto. Uma arte gráfica não menos intrigante e sedutora... A ler!...

KITO - Trata-se de uma compilação de cartunes de F. Santos. Usando a ironia e o trocadilho como armas preferenciais, F. Santos obriga-nos a rir e, ao mesmo tempo, a pensar com os seus desenhos. E não é essa a verdadeira essência do cartune?
A edição é do próprio autor que aceita pedidos para o seguinte contacto: ferrsantos@netcabo.pt

quarta-feira, 15 de maio de 2013

NA SOMBRA DE HERGÉ...

Hergé, criador de Tintin
Só de passagem, lembramos aqui, essa aparatosa e repulsiva obra cinematográfica spielberguiana (obrigado, Manuel Caldas, por teres compreendido a nossa opinião nada frouxa) que foi o filme "Tintin e o Segredo do Licorne". Um desastre, uma traição!...
Muita gente sabe, e também muita gente não sabe, que há outros três filmes (longas metragens) feitos anteriormente.
Em Cinema de Animação (incorrectamente insultado como "Desenhos Animados"), "Tintin e o Lago dos Tubarões", e com o actor belga Jean-Pierre Talbot, digno, fisionómicamente, após alta pesquisa, com parecenças que não traíssem o aspecto de "Tintin". 
Com este "actor" belga aconteceram apenas duas fitas (uma terceira, ao que consta, ficou apenas idealizada...): "Tintin e o Mistério do Tosão de Oiro" e "Tintin e as Laranjas Azuis".
Agora, vamos lá por partes, sem vaidades intelectualóides:


TINTIN E O LAGO DOS TUBARÕES, foi realizado em 1972, na versão de Cinema de Animação, por Raymond Leblanc e com argumento de Michel Régnier, ou seja, o famoso argumentista Greg (amigo pessoal de Hergé).
Em cima do acontecimento (mesmo assim, o filme que estreou em Portugal no ex-Cinema Condes de Lisboa, era fraco...), esta fita foi directamente adaptada para álbum de Banda Desenhada. E foi publicada, entre nós, sob o denodado empenho de José Luís Fonseca (a propósito, que é feito deste "editor" consciente?!).
O álbum esgotou e, quando a Verbo o quis reeditar, tal foi imbecilmente proibido pelos "patrões hergeanos" da Bélgica!...
Entretanto, ainda nos anos 60 (dos nossos passados recentes milénio e século), surgiram os dois únicos filmes com actores de carne-e-osso.
O problema maior foi o "descobrir" um "Tintin"!... Foram bem aturadas as devidas buscas, até que, numa praia de Ostende (Bélgica), ele lá estava! Tratava-se do jovem desportista Jean-Pierre Talbot, singularmente aproximando-se de como idealizaríamos um "Tintin" de carne-e-osso! Foi, correcto, o actor certo (mesmo que algumas mentes frouxas tal o contestem) para ser um "TINTIN"!
Tais filmes foram: "Tintin et le Mystère de la Toison d'Or" ("Tintin e o Mistério do Tosão de Oiro" - com cenas rodadas na Grécia e na Turquia) e "Tintin et le Mystère de les Oranges Bleues" ("Tintin e as Laranjas Azuis" - rodado parcialmente em Espanha)...
Antes de prosseguirmos, fazemos notar que Hergé não foi tido e quase não achado nos argumentos destes três filmes. Apenas autorizou que usassem os seus personagens. Bravo, Hergé!...
Jean-Pierre Talbot e Hergé
Mas... e Jean-Pierre Talbot?
Pois, nasceu na belga Spa a 12 de Agosto de 1943. Foi na praia belga de Ostende (Bélgica), quando era monitor desportivo, que ele foi "descoberto" para ser... "Tintin". Apresentado a Hergé, este aceitou-o de imediato, pois era fisicamente, um "Tintin" perfeito, um Tintin ado-adulto, não mais uma criança de temerárias atitudes...
Nestes dois filmes, apenas dois actores foram os mesmos: Jean-Pierre Talbolt (Tintin) e Max  Eloy (o mordomo Nestor) e, em ambos, o argumentista  fundamental foi André Barret.
Em 1961, foi realizado "TINTIN ET LE MYSTÈRE DE LA TOISON D'OR" (Tintin e o Tosão de Oiro) por Jean-Jacques Vierne, donde se destacam as interpretações do grande actor clássico francês Georges Wilson (1921-2010)  como "Comandante Haddock" e ainda, Charles Vanel, em participação especial, como "Padre (Ortodoxo) Alexandre" e Georges Loriot como "Professor Tournesol".
Georges Wilson, Charles Vanel e Jean-Pierre Talbot
numa cena de "O Mistério do Tosão de Oiro"
Em 1964, Philippe Condroyer, realizou "TINTIN ET LE MYSTÈRE DES ORANGES BLEUES" (Tintin  e o Mistério das Laranjas Azuis)... que quase deu num fiasco. O argumento não pegou. O talento do actor Jean Bouise (1929-1989), como "Comandante Haddock", foi aqui muito apalhaçado... No primeiro filme "Tournesol" é vivido pelo actor Georges Loriot e no segundo pelo actor espanhol Félix Fernandez, onde aparece também a tremenda Bianca Castafiore, interpretada por Jenny Orléans.
Pedro Mari Sánchez e Jean-Pierre Talbot
em "Tintin e o Mistério das Laranjas Azuis"
Estes três filmes, apesar da sua discutível qualidade, não deixam ser importantes e fundamentais no coleccionismo dos verdadeiros tintinófilos... Ora, pois!
De qualquer modo, para tristeza nossa, tais respectivos DVD's só se encontram em França, Bélgica, Luxemburgo, Suíça... pois, entre nós, nem a "francesa" FNAC os consegue importar!... Uma lástima de todo incompreensível!
Quanto aos respectivos álbuns-BD, directamente adaptados dos filmes, mesmo nos mercados francófonos, são caras raridades....
  

Recordamos, em "fim-de-festa", que... "O Templo do Sol", na Bélgica, foi triunfalmente adaptado a opereta (e gravado, mas num esgotadíssimo DVD) e, há poucos anos, também foi levado ao Teatro (não sabemos se há alguma gravação em DVD de tal espectáculo), na Suíça, a narrativa tintinesca "As Jóias da Castafiore".

"Kuifje en de Zonnetempel" (Tintin e o Templo do Sol),
um dos mais famosos álbuns da série, foi adaptado
a opereta, em 2001, na Bélgica.

Até lá, fiquemo-nos por estas "doideiras" (cremos que positivas, apesar de tudo) na... sombra de Hergé.


Cena de "O Mistério do Tosão de Oiro"

Jean-Pierre Talbot na actualidade
George Wilson, o 1º. "Haddock"
Jean Bouise, o 2º "Haddock"

sexta-feira, 10 de maio de 2013

NOVIDADES EDITORIAIS (32)

GUYANACAPAC - Com edição Dargaud, "Guyanacapac", é o quarto e último tomo da série "Long John Silver", elaborada por Xavier Dorison e Mathieu Laffray, numa espectacular viagem aos tempos da flibusta, com uma visão muito peculiar sobre os últimos tempos e última aventura do famoso pirata Long John Silver, personagem imaginado por Robert Louis Stevenson no seu célebre romance "A Ilha do Tesoiro".
Para além de certas ideias versando indicações filosóficas e esotéricas no argumento, são de notabilizar alguns momentos soberbos e espectaculares no grafismo de Mathieu Lasffray.

EDIÇÕES MOURA BD 2013 - Três edições patrocinadas pela Câmara Municipal de Moura, foram lançadas no salão Moura BD 2013, a saber:
JOAQUIM COSTA - POETA DE MOURA, por Carlos Rico, em homenagem ao poeta local Joaquim Costa, cujo primeiro centenário do seu nascimento se comemora precisamente este ano.
EROS UMA VEZ... O HUMORISTA ZÉ MANEL, por Osvaldo M. de Sousa. Extraordinário tomo biográfico (vida e obra) de Zé Manel, grandioso humorista, caricaturista e, às vezes, desenhista BD, que foi homenageado ao vivo neste Salão, tendo recebido o troféu "Balanito Especial".
CADERNOS MOURA BD (n.º 9) - Versão integral de "O Cabo das Tormentas" por Vassalo de Miranda, que foi o homenageado nacional, recebendo o troféu "Balanito de Honra". Esta épica narrativa da nossa História foi inicialmente publicada em 1989 no "Jornal do Exército". Merecia o álbum e ele aí está. 
Os interessados nestas obras deverão contactar a Câmara Municipal de Moura (telef. 285 250 400) ou enviar e-mail para: carlos.rico@cm-moura.pt


A COBRA - Tem edição NetCom2 Editorial. Trata-se do segundo e penúltimo tomo da série "Keos", da autoria de mestre Jacques Martin e com o precioso grafismo de Jean Pleyers. E vale bem a pena viajar por aqui, pelos mistérios, lendas e vivências do sedutor Antigo Egipto. E, claro, admirar a arte de Pleyres!


HENRICK - Com edição Delcourt, "Henrick", é o segundo tomo da série "Le Royaume de la Borée", com argumento de Jean Raspail e arte de Jacques Terpant.
A ideia é curiosa e a arte de Terpant tem o seu encanto, mas no todo, o tomo torna-se um tanto bocejante, o que não significa porém, que seja uma obra medíocre.

TAMOS TRAMADOS - O cartunista e banda desenhista Mário Teixeira lança o seu primeiro trabalho no mercado com título muito apropriado aos tempos que correm. Com um humor corrosivo e acutilante, Mário Teixeira mistura cartunes com bandas desenhadas curtas, conseguindo um equilíbrio agradável em todo o álbum. Com edição de autor, os pedidos podem ser feitos para o seguinte e-mail: m.tex@hotmail.com

sábado, 4 de maio de 2013

MOURA BD 2013: A REPORTAGEM FINAL

Chegou ao fim a 18ª. edição do Salão Internacional de Banda Desenhada de Moura. Durante os 13 dias que durou o certame, Moura voltou a ser a capital da banda desenhada.
No último fim de semana, muitos bedéfilos da nossa praça (desenhadores, argumentistas, editores, críticos, investigadores, coleccionadores, etc) se deslocaram à bela cidade alentejana para visitar as exposições do Moura BD e assistir à sessão de entrega de prémios e troféus, no Cine-Teatro Caridade.
Deixamos hoje aqui algumas das melhores imagens do certame e o desejo de que a BD continue em grande na cidade de Salúquia.
Por último, uma referência muito especial à Vereadora Maria José Silva que deu, de facto, um apoio extraordinário ao Moura BD e à Feira do Livro, empenhando-se de corpo e alma para que estas duas iniciativas tivessem o sucesso que tiveram. É de toda a justiça realçar aqui o seu trabalho.


Vassalo de Miranda (de boné), Osvaldo de Sousa, Nélson Dona, a Vereadora Maria José Silva e Carlos Rico
atentos aos Gigabombos (que animaram a Feira do Livro, o Moura BD e as ruas da cidade). 
Os Gigabombos.
Balcão à entrada da tenda gigante. Ao fundo, as exposições do Moura BD 2013.
Pedro Bouça e Leonardo De Sá na zona comercial, procurando algumas novidades.
O Jeep Willy (à entrada da tenda gigante) foi uma das atracções do salão.


Aspecto da exposição de Vassalo de Miranda.
Antes da sessão de homenagens, o almoço-convívio ocorreu, como habitualmente, no Restaurante "O Celeiro".
Luíz Beira (de camisa azul) foi o "tradutor oficial" de Hugues Barthe durante os dias em que o autor francês
esteve em Moura e foi, também, comissário das exposições "Eça de Queiroz na BD" e "Centenário de Willy Vandersteen", que agora seguirão para o salão de Viseu.
Alguns dos premiados do 16.º Concurso de BD & Cartune
(dois concorrentes não puderam estar presentes para receber o prémio).
O Cine-Teatro Caridade estava praticamente cheio para assistir à entrega de Prémios e Troféus.
Na primeira fila, e da esquerda para a direita, Zé Manel, Luíz Beira, Hugues Barthe, Vassalo de Miranda,
a Vereadora Maria José Silva, o Presidente Pós-de-Mina e o Vereador Santiago Macias.
Zé Manel, Hugues Barthe e Vassalo de Miranda foram as estrelas do salão
e receberam merecida ovação no momento da entrega dos Troféus "Balanito"

Vassalo de Miranda autografando um desenho a uma das premiadas no Concurso Escolar de BD,
enquanto é atentamente observado por Hugues Barthe
A série de tiras "RIbanho" passou aos palcos, numa adaptação do Grupo de Teatro "Al-Manijah" (Moura).
Luís Afonso e Carlos Rico, durante a apresentação de "O Comboio das Cinco".
As sessões contínuas de cinema de animação, no Espaço Inovinter...
...divertiram os espectadores (mesmo os mais crescidos).
Paulo Gameiro, Carlos Laranjeira, Osvaldo de Sousa, Carlos Rico, Nélson Dona e Vassalo de Miranda,
num momento de confraternização junto à Fonte de Salúquia, no Jardim Dr. Santiago.
Aspecto da exposição "Saramago em Caricaturas", uma das mais apreciadas pelo público.
Exposição de alguns dos trabalhos concorrentes ao 16º. Concurso de BD & Cartune
(que registou participações de Espanha, Brasil e, pela primeira vez, Uruguai)...
...lado a lado com os trabalhos participantes no 13.º Concurso Escolar de Banda Desenhada.
A exposição "Eça de Queiroz na Banda Desenhada", que seguirá brevemente para o salão de Viseu
Susa Monteiro, Paulo Monteiro e Francisco Paixão, à conversa no Espaço Inovinter,
durante a visita à exposição sobre o Centenário de Willy Vandersteen
Aspecto da exposição sobre o Centenário de Vandersteen (que também será incluída no salão de Viseu).
Carlos Rico, Osvaldo de Sousa e Nélson Dona observando a exposição de Zé Manel

Fotos: Orlando Fialho (CM Moura), Jorge Machado-Dias, Margarida de Sousa e Carlos Rico