Cães, gatos e cavalos, são frequentíssimos, em diversos aspectos, na Banda Desenhada. E os patos?... Não tão frequentes, mas também têm o seu razoável lugar na 9.ª Arte.
(E não se ponham já a babar a imaginar um tentador e apetitoso "arroz de pato"... Há que ter cuidado, pois a sua carne tem alto teor de gordura e aumenta bem o colesterol de cada um. Mais: que a vossa gula não se excite já com um patê de pato barrado numa apetitosa tosta! Se imaginassem a tortura cruel que este palmípede sofre para que o seu fígado rebente e daí resulte um patê "delicioso"!... Comam antes as tostas com patês de sardinha, atum ou salmão...).
Mas vamos lá então aos patos mais famosos na BD, dois dos quais apareceram primeiro no Cinema de Animação: o Donald e o Daffy.
DONALD - surgiu a 9 de Junho de 1934, no Cinema de Animação pelas Produções Walt Disney, desenhado por Art Babbit. É um pato branco, vestido à marujo, azarado e refilão. Seu nome completo é, Donald Fauntleroy Duck. A sua popularidade subiu em flecha, vindo a ultrapassar a do Rato Mickey. Tem uma extensa família e uma boa lista de amigos.
DONALD - surgiu a 9 de Junho de 1934, no Cinema de Animação pelas Produções Walt Disney, desenhado por Art Babbit. É um pato branco, vestido à marujo, azarado e refilão. Seu nome completo é, Donald Fauntleroy Duck. A sua popularidade subiu em flecha, vindo a ultrapassar a do Rato Mickey. Tem uma extensa família e uma boa lista de amigos.
A 16 de Setembro desse mesmo 1934, sob grafismo de Al Taliaferro, estreia-se na Banda Desenhada. Porém, só em 1962, sob o talento de Carl Barks, surge o seu verdadeiro e primeiro grande triunfo nesta Arte.
Traduzido em inúmeros idiomas, teve e tem desenhadores próprios em certos países, como na Itália (Federico Pedrocchi, Mario Pinochi ou Giovan Battista Scarpi) e no Brasil (Bruno Pombo Lemos, Gonçalves Santos ou Vítor Siqueira Gonçalves).
TIO PATINHAS - no original, Uncle Scrooge.
É um dos parentes de Donald. De origem escocesa, é empresário multimilionário e doentiamente avarento. E irascível também.
É um dos parentes de Donald. De origem escocesa, é empresário multimilionário e doentiamente avarento. E irascível também.
Criado por Carl Barks directamente para a Banda Desenhada e inspirado no sovina Ebenezer Scrooge do "Conto de Natal" de Charles Dickens, surgiu em Dezembro de 1947.
Keno Don Hugo Rosa, continuador de Barks, vem a anunciar o falecimento de Patinhas com cem anos de idade... Mas, mesmo assim, ele vai aparecendo em episódios posteriores.
Curiosidade: pelos anos 60/70, os países da Escandinávia, mormente a Suécia, proibiram as vendas de BD com o Tio Patinhas, pois este personagem induzia e influenciava as crianças à ganância e à sovinice!...
DAFFY - este pato negro surgiu em 1937 no Cinema de Animação pelos estúdios da Warner Bros, criado por Tex Avery.
Porky, Bugs Bunny e Speedy Gonzalez, são outros personagens com quem ele contracena com frequência, nem sempre com honestidade e lealdade...
Não tardou que Daffy Duck passasse à 9.ª Arte, mantendo em paralelo, as suas tropelias pelo Cinema de Animação. No papel, Tony Strobl e Phil De Lara, são os principais responsáveis.
De um modo ou de outro, Daffy, é absolutamente irresistível.
WLADIMYR - é uma ternura encantadora, este patinho filósofo que troca ideias com seus amigos, a rã Elodie e o cão Igor. Criadores do personagem-série, o casal Roque: Carlos Roque (1936-2006), português e desenhista, e sua esposa belga Monique, como argumentista. Apenas em brevíssimas ocasiões, houve argumentos por Raoul Cauvin e por Marck.
WLADIMYR - é uma ternura encantadora, este patinho filósofo que troca ideias com seus amigos, a rã Elodie e o cão Igor. Criadores do personagem-série, o casal Roque: Carlos Roque (1936-2006), português e desenhista, e sua esposa belga Monique, como argumentista. Apenas em brevíssimas ocasiões, houve argumentos por Raoul Cauvin e por Marck.
Wladimyr estreou-se, com "gags" quase sempre em sequência-tiras (duas por "gag") na revista belga "Spirou" a 3 de Abril de 1969. Muitos anos mais tarde, a extinta revista portuguesa "Selecções BD", publicou alguns episódios, dos muitos que existem com este pato. Não se compreende que, tanto na Bélgica como em Portugal, até hoje, não haja um álbum reunindo todas as graças de Wladimyr!...
CANARDO ou "Inspector Canardo" - há uma certa tangência entre este pato "inspector Canardo" e a série televisiva do "inspector Colombo" magistralmente interpretado pelo actor Peter Falk, sobretudo no uso da gabardina branca (?!) e na constante aparência desleixada. Sob o talento de Benoît Sokal, Canardo, surgiu a 2 de Março de 1978.
CANARDO ou "Inspector Canardo" - há uma certa tangência entre este pato "inspector Canardo" e a série televisiva do "inspector Colombo" magistralmente interpretado pelo actor Peter Falk, sobretudo no uso da gabardina branca (?!) e na constante aparência desleixada. Sob o talento de Benoît Sokal, Canardo, surgiu a 2 de Março de 1978.
É um bizarro detective, bem "série negra", inveterado fumador e viciado sem qualquer moderação pelas bebidas alcoólicas.
Atravès de Canardo, Sokal traça, a seu modo, um retrato sombrio da nossa sociedade actual.
Pascal Regnaud prossegue a série, seguindo de perto a ideia de Sokal.
KVACK - é uma patinha simpática e personagem secundária, mas notória, da série "Hägar", criada em 1973 pelo norte-americano Dik Browne e continuada, a partir de 1989, por seu filho Chris Browne.
Atravès de Canardo, Sokal traça, a seu modo, um retrato sombrio da nossa sociedade actual.
Pascal Regnaud prossegue a série, seguindo de perto a ideia de Sokal.
KVACK - é uma patinha simpática e personagem secundária, mas notória, da série "Hägar", criada em 1973 pelo norte-americano Dik Browne e continuada, a partir de 1989, por seu filho Chris Browne.
Kvack é a fiel amiga e confidente de sua dona Helga (aliás, Hildegarde).
O termo, aqui o nome, "kvack" é uma paródia: a patinha é alemã e a sua dona é norueguesa e daí que a simpática ave grasne com sotaque, pois em vez de "quak", o som será "kvack".
O PATINHO FEIO - é quase uma "missão impossível", distinguirmos quem é o maior: se o escritor dinamarquês Hans Christian Andersen (1805-1875) se o desenhista português Fernando Bento (1910-1996). Dois génios!
Dois génios que, nas devidas circunstâncias, formaram parceria.
O palmípede "O Patinho Feio", não é um herói-BD, mas a sua "vida" existe em emotiva lição para a vida no texto de Andersen e no admirável traço de Bento.
Esta belíssima adaptação à Banda Desenhada Portuguesa, pertence à série "As Mais Belas Histórias Para Crianças", que foi publicada no saudoso "Diabrete", nos anos 40. Em dez pranchas (capa incluída), "O Patinho Feio" foi editado na citada revista, em 1949, do n.º 635 ao n.º 645. Uma espantosa e comovente maravilha!
LB