sábado, 10 de outubro de 2020

NOVIDADES EDITORIAIS (204)

A BATALHA DE TRANCOSO - Edição Município de Trancoso. Autor: Santos Costa. E prefácio de Amílcar José Salvador, Presidente da ​Câmara Municipal de Trancoso.
Pelas refregas de Portugal contra Castela na Guerra da Independência, quatro batalhas foram notáveis para glória da nossa Pátria: Atoleiros (6 de Abril de 1384), Trancoso (29 de Maio de 1385), Aljubarrota (14 de Agosto de 1385) e Valverde (14 de Outubro de 1385), esta já em território castelhano.
A de Trancoso foi a única onde não participou D. Nuno Álvares Pereira. As forças portuguesas eram comandadas por Gonçalo Vasques Coutinho (pai do famoso "O Magriço"), João Fernandes Pacheco e Martim Vasques da Cunha.
Em boa hora, Fernando Santos Costa, que reside nesta urbe, teve o bom senso e o entusiasmo de registar em Banda Desenhada, a história desta refrega. E os tais "nuestros hermanos"(?!...) lá fugiram com "as calças nas mãos", como nas batalhas seguintes. "Hermanos, hermanos", teimam em não nos devolver Olivença!...Querem Gibraltar (com toda justiça) que os ingleses abarbataram, mas, hipocritamente, não devolvem a Portugal o território que nos é devido. Que cinismo!
Adiante!... Fiquemo-nos, por agora, por este álbum tão histórico como didáctico, de Santos Costa. Quem o desejar, deve solicitá-lo para: 
Câmara Municipal de Trancoso - Praça do Município - 6420.107 TRANCOSO,
​ou via e-mail para: geral@cm-trancoso.pt

BOB MORANE, INTÉGRALE 15 - Edição Lombard. Autores: textos de Henri Vernes e arte de Felicisimo Coria. Neste "Integral", constam as seguintes cinco narrativas: "Yang-Yin", "Le Pharaon de Venise", "L'Oeil de l'Iguanodon", "Les Deserts de l'Amazonie" e "La Panthère des Hauts Plateaux". 
Ambos os autores merecem o nosso pleno aplauso!
As aventuras mágicas que nos aliviam do cinzento quotidiano não acontecem apenas na Literatura e no Cinema. Também se afirmam na Banda Desenhada. 
Pela Banda Desenhada, Bob Morane e o seu quase inseparável Bill Ballantine, são pilares de uma série de luxo, menos em Portugal, onde a série é pavorosamente ignorada!...
Neste 15.º integral, curiosamente, o heróico e sarcástico Bill Ballantine está ausente em quatro das cinco narrativas acima citadas, só figurando em "Les Deserts de l'Amazonie", aliás, um bem actual e inquietante tema.
Um álbum a ler com todo o bom gosto pelas belas aventuras.


HAVERÁ UM AMANHÃ?! - Edição Escorpião Azul. Autor: Véte, pseudónimo de Silvestre Augusto da Rosa Francisco, nascido e residente em Beja. 
É um dos já notáveis valores de uma nova geração de desenhistas portugueses. Sendo também um dos elementos fundadores do famoso Grupo Toupeira, tem exposto em diversas localidades, incluindo no estrangeiro. 
Colaborou para diversos fanzines de Portugal, Espanha, México e Estados Unidos.
Com este álbum, "Haverá um Amanhã ?", somos agradavelmente levados para um enredo insólito e inquietante, com a arte vigorosa e ao mesmo tempo elegante, de Véte. Obra a ler com entusiasmo, e os nossos aplausos plenos ao autor e à editora.


OS RAPAZES ZOMBIES - Edição Asa. Autores: argumento de Greg Pak, traço de Valeria Favoccia, cores de Dan Jackson e tradução de Luís Santos.
Numa ficção especulativa pelo mundo do susto e do terror, a narrativa é medíocre, roçando pelo pseudo-humor e pela ingenuidade. Desta vez, não é possível sermos benevolentes e não podemos felicitar a editora que já tem publicado tão boas obras-BD. Temos pena...
E se a Asa/Leya aplicasse, do seu orçamento, verbas para séries de prestígio (Luc Orient, Jhen, Bob Morane, Valhardi, Jeremiah, Chevalier Blanc, Chevalier Ardent, etc) e/ou a recuperar com a devida dignidade, obras de grandes e inolvidáveis talentos portugueses, como Fernando Bento, Vítor Péon, Fernandes Silva, José Antunes, Baptista Mendes, José Pires, etc?... 
Fica-nos a positiva e sensata sugestão, valeu?


HOMEM-GRILO - Edição FA. Autores: Cadú Simões (texto) e Ricardo Marcelino e Alex Rodrigues (ilustrações). 
Carlos Parducci era um jovem como outro qualquer até ser mordido por um grilo radioativo (se é que os grilos mordem) e receber habilidades proporcionais às desse inseto, além do sensacional sentido de grilo (que ele não sabe para que serve, mas tudo bem). Carlos, então, resolveu fazer bom uso dos seus novos poderes e, assumindo o nome de Homem-Grilo, começou a combater o crime e a proteger os fracos e indefesos em Osasco City. Mas para ele, mais do que uma grande responsabilidade, ser o Homem-Grilo é uma grande diversão, principalmente quando se tem a oportunidade de chutar no rabo vilões megalomaníacos que querem dominar o mundo (e está cheio deles por aí, mas... onde é que eu já ouvi isto tudo antes?!).
Criação do argumentista Cadu Simões, o Homem-Grilo, a princípio, estava destinada a ser um super-herói sério com aventuras on-line. No entanto, o bom-senso venceu e o herói com aspeto cómico prevaleceu. O Homem-Grilo fez a sua estreia em 2000, assinalando este ano os 20 anos da sua criação, estando esta publicação disponível em www.fabd.pt e em várias plataformas on-line.
LB/CR

5 comentários:

  1. Estou plenamente de acordo com o que disse sobre a editora Asa/Leya.

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    1. Caro Auros Faber
      Muito obrigado por este seu Comentário. Repare, no entanto, que eu não quis, gratuitamente, atacar a Asa/Leya... A Asa, acompanho-a desde muito longa data, ainda com sede no Porto. A Leya também abarcou a Caminho, que chegou a editar dois álbuns do "Pitanga".
      Tudo bem, desde que não se esparramem com a "pata na poça", que foi o caso de agora. Que pena!...
      Um abração amigo e bedéfilo do
      Luiz Beira

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  2. Estou plenamente de acordo com o que disse sobre a editora Asa/Leya.

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  3. Saudações, apenas uma pequena correção ao e-mail de contacto da Câmara Municipal de Trancoso. Não é "geral@cm.trancoso.pt" mas sim "geral@cm-trancoso.pt". (um hífen em vez de um ponto, que faz toda a diferença). Continuação deste ótimo trabalho, do qual sou leitor assíduo. Cumprimentos

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    1. Muito obrigado pela oportuna observação (que já corrigimos no texto) e pelas suas palavras de incentivo.
      Saudações bedéfilas.
      BDBD

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