sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

HERÓIS INESQUECÍVEIS (34) - THE FLASH

Em Janeiro de 1940, com o aparecimento pela DC Comics da revista "Flash Comics", com argumento de Gardner Fox e grafismo de Harry Lampert, surgiu pela primeira vez o herói ou super-herói "The Flash" (O Raio ou O Relâmpago).
Mantendo-se ainda vivo e activo, talvez se possa afirmar que Flash não se resume a um único, mas sim a uma "dinastia", pois eles sucedem-se e, às vezes, até se encontram. Pelo menos, constam quatro e apenas o segundo morre em acção na aventura "Crisis on Infinite Earths".
O primeiro Flash foi Jay Garrick, um jovem químico que, por um acidente no laboratório, ganha altos poderes, sendo o mais notável, a sua imbatível rapidez, chegando a ultrapassar a do Super-Homem. 
A primeira aparição de Flash, na revista
"Flash Comics" (Janeiro de 1940), com a

indumentária azul e vermelha. 
Tomando consciência desses seus poderes, assume-se como um implacável justiceiro contra o crime organizado. Seguindo as "regras do jogo" neste tipo de aventuras, ele tem também indumentária específica, acontecendo que esta também vai sendo um tanto modificada com o evoluir dos tempos e dos Flash sucessores.
Em 1949, Flash/Jay Garrick retira-se, embora ainda venham a surgir acções suas até 1951.
Em 1956, surge o segundo Flash, ou seja, Barry Allen. A fantasia dos autores inventa duas Terras e logo, cada uma tem o seu Flash, que por vezes se encontram e até se tornam amigos. Este segundo Flash tem Robert Kanighter e John Broome como argumentistas e, no traço, Carmine Infantino. O personagem tem agora mais um poder: consegue atravessar a matéria sólida. 
Em 1985, "morre" heroicamente na aventura "Crisis on Infinite Earths". No entanto, em 2009, ele "ressuscita", sob argumento de Geoff Johns e traço de Ethan Van Sciver. Porém, o seu sobrinho Wally West, que já tivera as suas aparições e que começou por ser tratado como Kid Flash, vem a assumir-se como o terceiro Flash. Teoricamente, é o único que casa e se torna pai de dois gémeos, pelo que ,com a família, se afasta para uma dimensão desconhecida...  Claro que não é um afastamento definitivo!
Nesta balbúrdia dos Flash, que aparecem, desaparecem e reaparecem, há que contar com o quarto, Bart Allen, neto de Barry Allen...
Pelos caminhos e descaminhos dos Flash, este super-herói pertence à "Liga da Justiça", ao lado de Aquaman, Lanterna Verde, Mulher Maravilha, Super-Homem, Homem-Morcego e Cyborg.
Na construção das aventuras em papel, há outros nomes que participaram como argumentistas (Frank Robbins, Len Wein, Mike Friedrich, Cary Bates e Mark Waid) e na ilustração (Gil Kane, Ross Andru, Irv Novick, George Perez, Paul Ryan, Scott Kollins, etc).
No início dos anos 90, foi realizado um seriado para a Televisão por Danny Bilson e Paul De Meo, com o actor John Wesley Shipp no protagonista.
Em 2013, Shawn Shaman realizou uma curta-metragem com Jordan Webb como Flash.
Em 2014, surge o seriado (estreado há poucos dias na nossa RTP), com realização de David Nutter e Jesse Warn, tendo  o actor Grant Gustin como Flash/ Barry Allen (que já participara assim em dois episódios do seriado "Arrow").
Trailer da série "The Flash", estreada há poucos dias na RTP1

Ainda em 2004, em ocasional episódio do seriado "Smallville", Flash foi interpretado por Kyle Gallner.
Para os ecrãs, grande ou pequeno, ao que parece, Grant Gustin será o Flash por largo tempo.
E por aqui se fica, de um modo necessariamente resumido, a evocação do super-herói Flash, que não é um, mas... quatro.
LB

O primeiro Flash, com um uniforme inspirado nas representações clássicas
de Mercúrio, o mensageiro dos deuses.



O primeiro episódio de uma série animada de Flash, estreada em 1967

A "Justice League of America":
Aquaman, Green Lantern, Wonder Woman, Superman, Batman, Flash e Cyborg

Os 4 actores que encarnaram "Flash": John Wesley Shipp, Kyle Gallner, Jordan Webb e Grant Gustin

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

NOVIDADES EDITORIAIS (67)

O BASTÃO DE LICURGO - Edição Asa. Segundo os personagens de Edgar-Pierre Jacobs, este 23.º tomo da série “Blake e Mortimer”, tem argumento de Yves Sente e traço de André Juillard, não sendo a primeira vez que estes autores fazem parceria para episódios desta série.
Série esta que começou com “O Segredo do Espadão” sob argumento e grafismo do saudoso mestre Jacobs. Pois com o conseguido tomo “O Bastão de Licurgo”, a narrativa precede e prepara justamente, “O Segredo do Espadão”.
André Juillard esmerou-se, com o seu traço, em seguir a linha original de Jacobs no modo de retratar Blake Mortimer nos seus primeiros tempos, aspecto que o próprio criador foi “afinando”, a pouco e pouco, em episódios futuros.

LOUIS DE FUNÈS - Edição Delcourt /Mirages. Argumento de François Dimberton, traço de Alexis Chabert e cores por Magali Paillat.
Trata-se de “Louis de Funès: Une Vie de Folie e de Grandeur”, uma conseguida e emotiva biografia, em Banda Desenhada, versando a vida intensa do grande actor cómico francês Louis de Funès.
Brevemente, na nossa rubrica “De Actores a Heróis de Papel”, voltaremos a este assunto.

SANS PARDON - Edição Lombard. Argumento de Yves H. e arte gráfica de Hermann, que volta a usar a cor directa com toda a mestria.
Mais: é um regresso abordando, de um modo áspero e violento, a linha “western” e, após quarenta anos (série “Comanche”) aos cenários espectaculares e agressivos do estado do Wyoming.
O personagem principal é o crápula Buck Carter, cruel, impiedoso e, de certo modo, também cobarde e que só pensa em si próprio, desprezando qualquer outro humano, mesmo a sua família.
“Sans Pardon”, com toda a tradicional dureza dos Huppen (Yves e Hermann), é uma obra que merece calorosos aplausos.

RABBI JACOB À LA FOLIE! - Edição Jungle. Textos de Philippe Chanoinat e ilustrações, na linha da caricatura, por Charles Da Costa.
No mesmo estilo de outro álbum já por nós aqui focado, “De Funès & Bourvil”, desta vez, com “Louis de Funès Rabbi Jacob à la Folie!”, são focados dois grandes êxitos cinematograficos de Funès: “As Aventuras do Rabi Jacob” e “A Mania das Grandezas” (onde teve como parceiro directo, Yves Montand).
Um divertido álbum-documento!

ARMANDINHO / ZERO - Edição "O Castor de Papel / 4 Estações-Editora, Lda." Autor: o brasileiro Alexandre Beck.
No sistema de tiras humorísticas, o fedelho Armandinho, ora pertinente ora impertinente, lembra-nos séries similares como a da famosa Mafalda.
Bem pândego, este álbum, sendo o primeiro está indicado como sendo o zero, ou seja, o ante-primeiro. Pela leitura das suas páginas, o sorriso acompanha-nos.
Parabéns, Alexandre Beck!
LB

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

BD E HISTÓRIA DE PORTUGAL (8): PORTUGAL NA GUERRA 1914-1918


Desde 2014 (que agora se despediu de nós) e até 2018, o mundo evoca (não se comemora o que foi tão trágico e sangrento... apenas se evoca) a Primeira Grande Guerra Mundial (1914-1918), em que o nosso cinzento Portugal também participou, tão heróica como dramaticamente.
Portugal, que então ainda gatinhava pelo seu jovem e confuso regime republicano adoptado em 1910, não sabia bem para onde se virar... Havia um certo tipo de ideias em balbúrdia!
Teoricamente e em princípio, a nossa Pátria tomaria uma posição neutra. Pois sim! A própria Inglaterra, tão nossa "amiga", a tal nos aconselhou e a mesma própria Inglaterra depois nos incentivou a entrar na guerra. Daí que Portugal, de facto, só tenha participado no conflito a partir de 1916.
Acontece que por esses nefastos tempos, África era um continente apetecido e dominado por várias nações europeias: Portugal, Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica... Foi o tempo em que Portugal fazia fronteiras directas com a "inimiga" Alemanha (no norte de Moçambique e no sul de Angola) e daí que, já em 1914, portugueses e alemães, nessas regiões, andassem "à pistolada". A Alemanha a querer esticar-se nos seus territórios africanos. Portugal a querer salvaguardar o que era seu... Por aí, a vizinha mais próxima dos dois era a Inglaterra, que mudou de rumo e, por óbvias razões, acabou por solicitar (ou intimar?) que Portugal entrasse em força pelos cenários das infernais "bordoadas" que grassavam... tanto mais que o nosso derradeiro monarca, D. Manuel II, estava exilado e protegido pela monarquia inglesa. Daí que na 1.ª Grande Guerra, o termos combatido com toda a coragem, em África e na Europa. Se há factos referentes localizados na Ásia e na Oceania (Timor), não é do nosso conhecimento.
Para chegarmos aos "finalmentes", há quatro pontos a registar:
1 - Angola (Sul): Aqui, a fronteira  era com o Sudoeste Africano Alemão ou Darmalândia, hoje Namíbia.O registo maior, mas histórico e autêntico, foi o nosso "desastre de Naulila" (Dezembro de 1914), com os portugueses entre dois fogos: os alemães e os povos nativos da região. Neste período ficaram notáveis, entre outros, o general José Augusto Alves Roçadas e o tenente Manuel Sereno.
2 - Moçambique (norte): O território a norte do rio Rovuma era o Tanganica (alemão) que, nos tempos actuais e por conveniente união com o sultanato-ilha de Zanzibar é agora a Tanzânia. Nessa fronteira, os combates maiores andavam pela zona de Quionga, com tantos altos e baixos... Por esses tempos e espaços se distinguiram, entre outros, os altos oficiais do Exército, Moura Mendes, Sousa Rosa e Ferreira Gil e o comandante de Marinha, João Belo.
O Soldado Milhões
3 - E chega a vez da Europa... Completamente impreparado, o governo português obriga-se ao envio apressado de tanta tropa portuguesa para ir para a Flandres e a França, que tanto luto causou à nossa infeliz Pátria. 
Por cima deste imenso e sanguinário sacrifício-hecatombe, aconteceram heroicidades invejáveis, donde se distinguiu a imensa bravura, quase louca e temerária, do soldado transmontano Aníbal Augusto Milhais (1895-1970), conhecido como "o Soldado Milhões". E a nossa Marinha também regista um notável combate nas águas do Atlântico, entre a Madeira e os Açores, pelo gesto corajoso e sacrificado do comandante José Carvalho de Araújo (1985-1918) e do seu bravo imediato Armando Ferraz (1897-1971).
4 - Aqui, o registo de todo o constante, sofredor e patriótico gesto de El-Rei D. Manuel II (1889-1932) que, exilado e amargurado em Londres, tanto fez por Portugal (quis mesmo alistar-se, o que não lhe foi permitido), donde o seu cognome "O Patriota". 
Que a grassante ignorância ante a nossa História investigue e saiba o que deve saber, salvo se optar por continuar entupida...
E a Banda Desenhada registando esse momentos? Temos:

JOSÉ GARCÊS e A. DO CARMO REIS - uma prancha no 4.º volume de "História de Portugal em BD".
Prancha de "História de Portugal em BD" (volume 4),
com texto de A. do Carmo Reis e desenhos de José Garcês (Edições Asa)


ARTUR CORREIA e ANTÓNIO GOMES DE ALMEIDA registam esta feroz crise no 2.º tomo de "História Alegre de Portugal".
Prancha de "História Alegre de Portugal" (volume 2),
com texto de António Gomes de Almeida e desenhos de Artur Correia (Bertrand Editora)

AUGUSTO TRIGO adaptou um texto de A. GUILHERMINO PIRES e desenhou primorosamente "O Soldado Milhões", publicado no #334 do "Jornal do Exército" (1987-1988), reeditado no #1 dos "Cadernos Moura BD" (1999).

"O Soldado Milhões", adaptação de um texto de Guilhermino Pires,
com desenhos de Augusto Trigo (in "Jornal do Exército" #334)

VASSALO DE MIRANDA, no álbum "O Sacrifício" regista a admirável acção do comandante Carvalho de Araújo e sua tripulação, sob publicação de Edições Culturais da Marinha, em 2011.

Duas pranchas de "O Sacrifício", por Vassalo de Miranda ("Edições Culturais da Marinha")

BAPTISTA MENDES: tem muitas narrativas curtas, originalmente publicadas no "Jornal do Exército" e na "Revista da Armada". Desta primeira publicação, regista-se agora o álbum "Portugueses na Grande Guerra 1914-1918", pela Arcádia (2014). Aqui se inclui também a sua versão-BD sobre "O Soldado Milhões".
"Amizade", por Baptista Mendes
(in "Portugueses na Grande Guerra", Edições Arcádia, 2014)

"O Soldado Milhões"", por Baptista Mendes
(in "Portugueses na Grande Guerra", Edições Arcádia, 2014)

"Os Bravos da Serra Mecula", por Baptista Mendes
(in "Portugueses na Grande Guerra", Edições Arcádia, 2014)


"Naulila", por Baptista Mendes
(in "Portugueses na Grande Guerra", Edições Arcádia, 2014)

Quanto ao nosso Cinema, apenas se regista o filme "João Ratão", realizado em 1940 por Jorge Brum do Canto. Apenas ...
LB

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

NOVIDADES EDITORIAIS (66)

HARALD, le Viking - Edição Lombard. Autores: Liliane e Fred Funcken. Com um bem precioso prefácio/dossiê por Jacques Pessis. Trata-se  da versão integral desta breve e bela série, “Harald”.
Aqui constam os episódios “L’Île de la Brume”, “La Lueur Verte”, “L’Escadre Rouge”, “L’Escale de la Peur”, “Le Fils de Thorolf “ (com argumento de J.Acar), “Pour un Peu de Cuivre” e, sem Harald, a curta e elucidativa “L’Étonnant Exploit des Vikings”, num relato histórico sobre a época e países dos “ferozes” viquingues.
Um álbum-BD a não perder!


LE  MALFORMÉ - Edição Soleil. Tem argumento de Patrice Lesparre e grafismo de Nicolas Demare. “Le Malformé” é o quarto e penúltimo tomo da série “Oracle”, versando num certo modo de ver e no contexto histórico-ambiental da Grécia Antiga, os desafios entre os homens e os deuses.
Ao fim e ao cabo, uma interessante aposta da e na Banda  Desenhada... sobretudo para as editoras que forem culturalmente conscientes...
Neste tomo relata-se a ousada aventura do jovem Melos, que se julgava belo e irresistível. Pois!... Mas cometeu o erro de se apaixonar pela bela  e divina Afrodite... Mas o deus Apolo também tem a sua “olímpica” paixão por Afrodite... Poupa a vida ao atrevido Melos, mas transforma-o numa medonha e execrável criatura, mas feia que a própria fealdade.
No entanto, há bizarras hipóteses de Afrodite se apaixonar por Melos, imaginando-o belo, altamente sensual e bem capaz e hábil para os êxtases erótico-sexuais...



LE COUTEAU DANS LA PLAIE - Edição Casterman. Argumento de Bladine Le Callet, traço de Nancy Peña e cores de Sophie Dumas e Céline Badaroux-Denizon. “Le Couteau dans la Plaie” é o segundo tomo da série “Medée”.
Quatro mulheres (as co-autoras) “combatendo” a favor de uma quinta, a lendária e determinada Medeia. E é bem preciso ler-se tudo sobre a história (lenda) da coragem de Medeia, traindo seu régio pai, apaixonadíssima pelo valente Jasão, por este depois traída e abandonada e daí a sua cruel e implacável vingança.
Nesta série, as autoras dão uma interpretação diferente ao que é hábito narrar-se...



DEUX CORNIAUDS EN VADROUILLE - Edição Jungle. Autores: Philippe Chanoinat (texto) e Charles Da Costa (desenho/ilustrações).
Mesmo os mais sisudos e/ou sempre do contra, não se livram, no mínimo, a uns bons risos, ao visualizarem os filmes bem pândegos, com Louis de Funès (1914-1983). E quando ele faz parceria (que magnífica parceria!...) com Bourvil (aliás, André Zacharie Raimbourg, 1917-1970), acontece algo de impagável.
E assim sucedeu por duas vezes, sob realização de Gérard Oury, com os filmes “Le Corniaud “(O Oportunista) e “La Grande Vadrouille” (A Grande Paródia).
Entretanto, o argumentista Chanoinat e o desenhista (e magnífico caricaturista) Da Costa e a editora Jungle, apostaram por aqui, com o álbum “De Funès & Bourvil - Deux Corniauds en Vadrouille”, num divertido e peculiar registo versando os citados filmes.
Uma obra imperdível!
LB

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

PELA BD DOS OUTROS (14): A BD DE MADAGÁSCAR

Território insular totalmente banhado pelo Oceano Índico, Madagáscar é uma república africana com a capital em Atananarivo. Línguas oficiais: o malgaxe e o francês. Moeda: Ariary. Pela sua lendária História, terá sido ocupado e povoado por malaio-polinésios há mais de dois mil anos!...
Entretanto, foi sofrendo "ocupações" de árabes e africanos (especialmente escravos). Acontece que os europeus lá chegaram pela primeira vez a 10 de Agosto de 1500, por uma nau "desgarrada" sob o comando de Diogo Dias, irmão de Bartolomeu Dias, que então lhe deu o nome de Ilha de São Lourenço. Porém, os portugueses não se fixaram por aí!... Os ingleses, logo seguidos pelos franceses, em pouco tempo foram dominando Madagáscar, fabuloso território de uma flora e fauna específicas e únicas.
Independente da França desde 26 de Junho de 1960, tenta acertar o passo com o mundo moderno e com o turismo.
Curiosamente, tem uma notável força cultural, especialmente através da Literatura e da Banda Desenhada. A par da República Sul-Africana, será dos países de África com altas e diversas acções pela 9.ª Arte.
Étienne Le Roux, de etnia europeia e considerado "desenhista francês", aí nasceu a 14 de Dezembro de 1966, tendo sido na sua natal terra malgaxe que se iniciou na carreira da Banda Desenhada.

Capas (dois tomos) e prancha de
"Le Dernier Voyage d'Alexandre de Humboldt", com desenho de Étienne Le Roux


Prancha de "Le Temple du Passé", por Étienne Le Roux 
No entanto, o valor malgaxe mais famoso, até internacionalmente, é o jovem Didier Mada (aliás, Didier Randriamanantena), de cuja obra se salienta o álbum "Imboa, le Roi et Ifara".
Prancha de "Imboa, Le Roi et Ifara", por Didier Mada
Prancha de "Kalanara", por Didier Mada
Mas a primeira banda desenhada de Madagáscar, em papel (há versões anteriores em esculturas em madeira) surgiu em 1961, com "Ny Ombalahibemaso" por Jean Ramamoujsoa, com argumento do padre Rahajarizafy.
Nos anos 70 do século passado, revelaram-se muitos valores como  o casal Xhy e M'aa, Christian Razafindrakoto, Tojo Alain Rabemanantsoa, Tsilavo Ramenila, Elisé Ranarievelo, Anselme René Razafindrainibe, Alain Bruno Ranaivonjato, Delano Ranaivo... e um nunca mais parar.
Dos mais novos, salientam-se Dwa, Rado e Ramafa.
Arte de Dwa
Arte de Anselme René Razafindrainibe
Arte de Alain Bruno Ranaivonjato
Prancha de "Historique de la Pauvreté", por Elisé Ranarievelo
Vogando pelos mais diversos estilos e géneros, como citou um crítico e analista: "na BD malgaxe há uma forte incitação à crítica, representando o espelho das crises sociais e culturais contemporâneas do país".
A BD de Madagáscar tem estado representada em salões europeus, como por exemplo, em França, Bélgica e Itália. Em Portugal, nada!... Continua opaco e vendido a "modas"...
 LB