É uma loucura! Uma verdadeira bomba de paródia atravessando o panorama da Banda Desenhada. Começa logo pela capa, “inspirada” na do álbum “La Zizanie” (A Zaragata) da série “Astérix”... Em cheio!
Depois, num rodar sem freios de situações bem divertidas, surgem heróis famosos, muito bem caricaturados, dos quais se salientam aqui alguns (apenas alguns) deles: Thorgal, Robin dos Bosques, XIII, Enak, Alix, Panoramix, Prof.Tournesol, Darth Vader, Philémon, Blacksade, Prof. Mortimer, Cap. Blake, Corto Maltese, Michel Vaillant, Niklos Koda, Lucky Luke, etc, etc. E nesta balbúrdia andam todos à
procura de uma “coisa” especial chamada... CIVILIZAÇÃO!
E mais não contamos. Leiam e alegrem-se com esta obra.
“L’Offrande” é o primeiro tomo da série “L’Ombre Inca”.
Lea é uma adolescente de origem peruana. Reside em França, nos subúrbios da cidade de Lyon, sem amigos e apenas com a sua mãe adoptiva. De repente, começa a sonhar todas a noites com uma rapariga que se parece com ela, que vagueia pelos Andes e que lhe fala numa língua que não entende... Trata-se de uma jovem quéchua (incorrectamente dita, inca) do século XVI, cuja alma errante terá entrado na sua cabeça...
Dois destinos absolutamente ligados?
“Combattans” é o primeiro tomo da série “Le Printemps Humain”, numa bizarra ficção futurista, com o nosso planeta dominado por forças extraterrestres.
A Terra ultrajada? A Terra quebrada? A Terra martirizada... mas a Terra libertada?
Com subentendidas analogias sócio-políticas de uma Terra mais ou menos do presente, o tema desta série entusiasma fortemente ante as situações que expõe.
Obra muito interessante.
Autor francês, nascido em Paris a 5 de Maio de 1978, Riad Sattouf é filho de mãe francesa e de pai sírio. Passou parte da sua infância na Líbia e na Síria. Seu pai, que tinha um fascínio pelo culto pelos ditadores árabes (general Kadafi, presidente Hafez Al-Assad, etc), educou-o à muçulmana, mas...
Autor de BD e cineasta, com prémios recebidos por estas duas vertentes, Riad foi durante dez anos colaborador da revista “Charlie Hebdo”.
“O Árabe do Futuro”, que será uma trilogia (já saiu em França o 2.º tomo), tem sido obra muito aplaudida e com direitos de tradução para dezasseis idiomas,incluindo o árabe.
A obra que é uma maravilhosa autobiografia, plena de uma subtil e arrasadora ironia, encanta-nos em cheio. E merece bem calorosos aplausos, sobretudo porque já tem o primeiro tomo em português.
Como sugere a crítica de uma publicação francófona: "Vivam os dois próximos volumes!"
LB
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