quarta-feira, 1 de julho de 2015

NOVIDADES EDITORIAIS (74)

NAPOLÉON - Edição Lombard. Autores: Liliane e Fred Funcken.
A 18 de Junho de 1815 (fez agora 200 anos), o imperador francês Napoléon Bonaparte foi derrotado na sangrenta e heróica (para ambos os lados) Batalha de Waterloo (zona que hoje pertence à Bélgca).
Contra uma coligação de ingleses (sob o comando do Duque de Wellington), prussianos (sob o comando do general Blücher) e mais pequenas forças de outros países, Napoleão  tinha a secundá-lo generais de nomeada como Michel Ney, Pierre Cambronne e Emmanuel de Grouchy. E, se não fosse um erro estratégico de Ney e a não chegada a tempo das forças sob o comando de Grouchy, muito provavelmente, Bonaparte teria ganho a batalha...
Registando este bicentenário, as Éditions du Lombard (Bélgica) editaram um belíssimo (diríamos, magnífico) álbum integral sob o admirável talento do casal Funcken, de narrativas localizadas no período napoleónico.
Precedido antes das bd's de um extraordinário dossiê, seguem-se duas histórias de 44 pranchas (“Waterloo” e “Le Sultan de Feu”) e mais catorze curtas de quatro pranchas, finalizando com “Quand Leroy Habillait l’Empire”. Destas, onze têm argumento de Yves Duval e uma de Michel Deverchin.
Álbum de luxo e de forte registo histórico, dele se exige uma atenta e apaixonada leitura por todos os bedéfilos.


LE ROI DES CORSAIRES - Edição Glénat. Argumento de Arnaud Delalande e Erick Surcouf e grafismo de Guy Michel, assistido por Steven Cabrol.
Brilhantemente, trata-se do terceiro e penúltimo tomo da série “Surcouf”, narrando a vida e as proezas heróicas do corsário francês Robert Surcouf. E aqui também já entra em cena Napoléon Bonaparte que, ouvindo falar das heroicidades do corsário, fica seriamente interessado em conhecê-lo...
Para além de todo o empolgante enredo com História e alguma ficção, tem momentos gráficos espectaculares.


BALADÁ  EROICÁ - Edição Dodo Nitá. Argumento de Octav Pancu-Iasi e grafismo de Puiu Manu.
Um mini-álbum (por enquanto só em romeno) com um terno e misterioso enredo com a força do elegante traço a preto-e-branco de Puiu Manu, o decano dos desenhistas romenos. O seu belo traço, de certo modo, faz-nos lembrar o do nosso saudoso Fernando Bento.
Pode ser que esta obra apareça em português...


DEIXA-ME ENTRAR - Edição Polvo. Autora: Joana Afonso.
Tem a notória marca gráfica de um dos talentos femininos da nova geração da BD Portuguesa. E... muito bem!
A narrativa é, aparentemente, seca e monótona, mas isso é só aparentemente.
Toda a história é bela e, ante o “aparentemente” atrás focado, há um ponto central que raras vezes é abordado na Banda Desenhada: a solidão humana. E a sensibilidade de Joana Afonso segurou muito bem este tema.
LB

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