sábado, 28 de maio de 2022

NOVIDADES EDITORIAIS (237)

DON VEGA - ​Edição Ala dos Livros. Autor: Pierre Alary. Tradução de Paula Caetano.
Em boa hora, o francês Pierre Alary resolveu pegar e quase reinventar a lenda do famoso "Zorro" (na realidade, Don Diego de la Vega), personagem de ficção criado na Literatura, em 1919, pelo norte-americano Johnston McCludley.
Pelo francês Alary, há uma abordagem muito sua ao mito do lendário Zorro. A obra está bem conseguida, muito embora e por vezes, nos confunda.
Pormenor curioso: todo o povo mexicano-californiano se faz passar pelo idolatrado Zorro... Vimos algo similar no belíssimo filme "Espártaco", realizado em 1960 por Stanley Kubrick: o cruel general romano Crasus, diante de uma infinidade dos escravos revoltados (agora prisioneiros), pergunta: "Quem é Espártaco?"... e todos, um a um, respondem: "Eu sou Espátaco!". Entendem?
Ontem Espártaco, agora Zorro! Belo gesto de não se apostar em qualquer tipo de vil traição! Porém, nem sempre estas magníficas atitudes de lealdade acontecem, seja na História seja na ficção.


A CONJURA DAS RAPACES - ​Edição Gradiva. Autores, segundo o herói original criado por mestre Jacques Martin, com argumento de Valérie Mangnin e arte de Thierey Demarez. Tradução de Jorge Lima.
É o terceiro tomo da magnífica série "Alix Senator".
O todo poderoso imperador Augusto é indiciado numa conjura dos seus senadores, para ser abatido. Todavia, se o senador Alix (com problemas pessoais quanto baste) diz concordar, por outro lado, ele não quer trair Augusto...
Tudo depende do argumento e da acção deste tomo que exige boa leitura.
E, claro, como se cita no álbum: "o mistério, a loucura e a grandeza de Roma!" em pleno. Pois, pois!...


WILD BILL - ​Edição Ala dos Livros. Autores: argumento de Thierry Gloris e arte de Jacques Lamontagne.
O histórico-lendário Wild Bill, pelos seus feitos heróicos e justiceiros, é um herói que importa mais aos Estados Unidos da América do Norte que à Europa. No entanto, há uma imensidão de talentos de argumentos e da arte europeus que, sabe-se lá porque bizarras paixões, gostam de se acocorar aos temas nas pradarias do Distante Oeste!... A notória qualidade de algumas obras não nos tapa a consciência... que não está à venda. Apre!...


AMANI - ​Edição Ala dos Livros. Autor: Miguelanxo Prado. Tradução de Ricardo M. Pereira.
Bravo, digna editora! Cá temos em português, mais uma obra do extraordinário desenhista galego Miguelanxo Prado. Já tardava...
E desta vez, é uma BD dedicada em especial aos leitores mais infantis.
Amani, termo suaíli que significa "pacífico", é um simpático e encantador hipopótamo que escolhe a sua vida e o seu destino.
Precipitadamente, imaginámos que era algo na linha de "Ferdinand, o Touro" de Walt Disney. Mas não é!... Há apenas umas ligeiras aproximações. De resto, o hipopótamo em causa, não é homossexual como o touro Ferdinand. Apenas são amantes da Natureza e dos afectos que a cada um cabe.
E por sua vez, Amani conhece Utamu, uma doce hipopótama, e ambos se apaixonam, formando família e erguem um peculiar mundo de vivência. Que bonito!


MATEI O MEU PAI E FOI ESTRANHO - ​Edição Polvo. Autor: André Diniz.
É uma obra que se aconselha bem à devida leitura... Mas, porém, todavia, contudo... porquê tantos aspectos sinistros? Há que aproveitar o incontestável talento de cada um em obras mais doces, pacíficas, de esperança e tudo mais.
Vale a ideia?


OUTRAS BANDAS #5 – HERÓIS PORTUGUESES - Edição Grupo Tágide. Autores: vários.
O grupo Tágide retomou a actividade editorial no 16.º FIBDB com o lançamento do Outras Bandas #5 – Heróis Portugueses, um fanzine que reúne a fan-art criada pelo colectivo na iniciativa Tágide: Heróis Portugueses.
O projecto, inédito no país, teve o objectivo de prestar homenagem a heróis da Nona Arte portuguesa e seus respectivos criadores. O grupo propôs-se divulgar interpretações fan-art de 100 das principais personagens na banda desenhada nacional, tanto contemporânea como clássica, e abrangendo criações originais assim como adaptações de figuras lendárias, em destaques complementados por notas bibliográficas. Deste modo, o Tágide procurou manter uma memória viva dos heróis das nossas páginas de álbuns, revistas e fanzines, porventura resgatando do esquecimento certas personagens que caracterizaram os quadradinhos portugueses no século passado.
Contribuíram para o projecto os autores António Coelho, Daniel Maia, Eduardo Martins, Filipa Lopes, João Raz, Jorge RoD! Rodrigues, José Bandeira, Maria João Claré, Mário André, Nuno Dias, Patrícia Costa, Pedro Cruz, Rafael Marquês, Rui Serra e Moura, Sérgio Santos, Shania Santos, Susana Resende, Yves Darbos e o jovem honorário João Faial.
LB/CR

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