Através dos anos, o tema da Legião Estrangeira tem entusiasmado uma multidão de leitores, cinéfilos e bedéfilos. Esta organização militar nasceu a 10 de Março de 1831, no reinado do monarca francês Louis Philippe. Tem actuado em diversas regiões, sendo hoje considerada uma tropa de elite. A sempre saudosa Edith Piaf, num dos seus imensos êxitos, tem a famosa canção “Mon Legionaire”...
Na Literatura, destacamos duas obras biográficas: “Doze Anos na Legião Estrangeira” de Sydney Tremayne e “Chegar É Já Em Si Bastante” de José da Câmara Leme. Mas há também romances fantasistas (alguns deles transpostos ao Cinema e à Banda Desenhada), como “Beau Geste” de Percival Christopher Wren e “Sob Duas Bandeiras” de Ouida (pseudónimo de Maria Luisa de la Romée). Ainda pela 9.ª Arte, conta-se o recente álbum “Camerone - Avril 1863”, sob edição Delcourt.
Agora, pela Lombard, uma muito preciosa obra em BD: “Legio Nostra, la Légion Étangère d’Hier et d’Aujourd’hui”. Trata-se da História deste ramo militar, com uma exaustiva e elucidativa documentação a acompanhar, intercaladamente, as páginas preenchidas com heróicas pranchas.
LE HÉROS - Edição Soleil. Autores: argumento de Patrice Lesparre, traço de Fabio D’Auria e Roberto Viacava e cores de Nuria Sayago.
“Le Héros” é o oitavo tomo da série “Oracle”.
Seguindo uma ideia programada de uma viagem pela Grécia Antiga que narra as vinganças dos mortais contra os caprichosos deuses do Olimpo, não é dos mais conseguidos episódios desta série.
Nota curiosa: no fantasista final, marca-se o surgimento, também fantasista, do vampirismo humano... Doideiras da Banda Desenhada!
HENRIQUET, L’HOMME-REINE - Edição Delcourt. Autor: Richard Guerineau.
Numa França dilacerada por uma guerra de religiões e onde muitas intrigas e conspirações se urdiam, é o ambiente que aqui se retrata...
Foca o argumento a vida complicada, devassa e atrapalhada de Henri III de França, quarto filho de Henri II e da terrível e poderosa Catherine de Médicis, tendo nascido em 1551. Como Henryk Walezy (Henri de Valois), era rei da Polónia, que ele detestava. Pela morte de seu irmão, o rei Charles IX, é secretamente chamado, de urgência, a França...para subir ao trono. Com dois favoritos, sem dizer “água vai” a ninguém do reino que dirigia, foge para o seu país. Mas em França, tudo foi um constante e conturbado desassossego!...
Jovem, belo, caprichoso e politicamente sem qualquer devida orientação, ligava pouco e sem consciência devida à sua função, interessando-se muito mais pelos seus favoritos (os mignons), dado que era quase nada viril, apesar de ter casado em 1575 com Louise de Vaudémont, donde não houve descedência. Em 1589, foi assassinado por Jacques Clément, um fanático monge católico.
Com este tomo, Richard Guerineau, apresenta-nos, jocosamente, um divertido e denso romance gráfico, que revela um período histórico tão complexo como apaixonante.
LB
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