LES
SURVIVANTS DE NANKIN - O
agente fiscal Larry B. Max está metido numa situação pouco
agradável: um formidável tesoiro (o oiro de Yamashita)
"desapareceu" pela Segunda Grande Guerra... Inimigos, os
Mayuzumi e os Ianfu, sem olhar a meios, querem recuperar tal fortuna
e Larry está metido à força nesta
embrulhada, com ameaças à sua vida e à sua liberdade.
Com edição
Lombard, "Les Survivants de Nankin" é o 14.º tomo da
série "I.R.$.", com argumento de Stephen Desberg e arte de
Bernard Vrancken.
LA
FILLE DE L'AIR - Com
edição Delcourt, é o primeiro tomo da série " Lady
Spitfire", com guião de Sébastien Latour e traço de Maza
(aliás, Milorad Vicanovic). Laura Chevalier, filha de um às da
aviação da Primeira Grande Guerra, herdou de seu pai a paixão pela
aviação. Cedo começou a pilotar, mas tem de se refugiar em
Inglaterra. Será que aqui poderia ser um piloto de combate, já
que é uma mulher?... Em segredo,com a cumplicidade de um piloto
excêntrico, ela vai tornar-se na primeira francesa piloto de caça
da Royal Air Force.
RETOMBÉES
- Com
guião de Hervé Loiselet e Laurent Queyssy e grafismo de Pasquale
Del Vecchio, "Retombées" é o segundo tomo da série
"Blackline", sob edição Lombard.
Uma aventura
escaldante, maioritariamente passada na selva tailandesa, com
mercenários contratados para salvaguardar políticas ecologistas da avidez
criminosa de certa gente poderosa.
LA
PART DU LION - Com
edição Delcourt, "La Part du Lion" é o 5.º tomo da já
notável série "Zodiaque". Tem argumento de Corbeyran e
arte gráfica de Hugo Palasie.
Tilda Leoni
reside em Chicago e é uma mulher muito rica e poderosa, praticamente
sem preocupantes concorrentes. Mas Tilda tem um outro e estranho
poder: o de dialogar com os mortos. Contudo, o preço a pagar por
tais relações pode tornar-se exorbitante...
L'AMOUR
D'UNE FÉE - Segundo
tomo da série "Carabosse", tem edição Lombard, guião de
Nicolas Pona e grafismo de Jean-Marie Minguez.
A situação é
repetitiva: a fada Carabosse morre e renasce sempre. É amada doentiamente
pelos homens, mas em troca só lhes dá a destruição. Porém, ao
fim de séculos, Carabosse está cansada. Quer voltar à "Fonte",
sossegar e amar em paz.
Quando venho a este blog por um lado fico com vontade de aprender francês devido aos excelentes titulos aqui apresentados, por outro lado uma questão surge-me que gostaria de colocar aos autores do blog que certamente estão mais informados do que eu no que se passa com a Bd Europeia.
ResponderEliminarNos ultimos 10 anos tenho reparado que a Bd Europeia tem alterado a sua vertente mais caricaturial em termos de arte para algo mais realista. Também tenho notado que as histórias de fantasia e ficção cientifica abundam menos e são mais frequentes histórias de acção (mesmo que hajam um outro elemento de fantasia ou FC, são sobretudo de acção ou mistério).
Gostaria de confirmar se realmente a Bd Europeia está a aproximar-se cada vez mais às Bds Americanas em termos de conteudo, salvaguardando só o seu formato. Podem confirmar se isto tem acontecido nos ultimos anos?
Caro Luís Sanches :
EliminarGrato pelas suas visitas ao BDBD e pelas suas dúvidas pertinentes.
Resumidamente, e em minha modesta e pessoal opinião, não me parece que exista, em concreto, essa aproximação que indica. Talvez alguns salpicos intercambiados devido à globalização. A BD norte-americana está muito padronizada (e aparentemente mais fechada), se bem que nela laborem muitos latino-americanos, filipinos, portugueses,etc. Na europeia, o naipe é muito mais vasto e notavelmente diversificado em estilos, temas e
com autores de muitas nacionalidades, mesmo os que funcionam no tradicional eixo franco-belga-suíço. Aqui, também se inclui uma grande produção humorística bem como a de cariz histórico (diversas épocas). Quanto ao ter vontade de aprender francês, tem todo o meu incentivo. Aposte, que só tem a ganhar.
Um grande abraço do
Luiz Beira
A razão da minha pergunta vem do facto de não conhecer ficção cientifica ou fantástica na Bd Europeia contemporanea na tradição de Moebius por exemplo. E digo isto a nivel de arte como de argumento. Também sinto o mesmo em relação a séries que se baseiem na tradição do Uderzo. Eu sei que estou a citar exemplos que são impares, mas não me deixa esta sensação de que já não se vê uma certa tendência na Bd Franco-Belga que antes existia...
EliminarA melhor forma de explicar o que sinto é a seguinte; para mim, Loisel e o seu tipo de obra 'Em Busca do Pássaro do Tempo' ou mesmo 'Peter Pan' seria o que normalmente mais singraria na Bd Europeia. No entanto, este tipo de fantasia e aventura parecem-me cada vez mais raras. Substituidas por histórias de espiões ou de guerra (históricos ou de ficção cientifica). E parece-me que a nivel artistico a tendencia é realista e não cartoon ou, o que me parece que existia mais, uma mistura destes dois extremos (refiro-me há 30 anos atrás, e não 10 como coloquei no meu primeiro comentário).
Mas, sou o primeiro a admitir que posso estar a ser injusto. Como disse, o meu conhecimento da Bd Europeia é limitada. De qualquer forma, e mais uma vez, muito obrigado pela resposta, e uma boa continuação de excelente divulgação de Bd aqui no blog :)
Abraço
Caro Luís Sanches:
EliminarCreio que as suas pertinentes questões seriam mais válidas num debate com mais opiniões e não apenas a duas vozes.Continuo a defender o mosaico precioso da BD que se faz na Europa. E, como breves exemplos, saliento: o belga Didier Comés, o polaco G.Rosinski, o vietnamita Vink, o italiano Enrico Marini, os franceses Séra, Florence Magnin e Joann Sfar,os portugueses Eugénio Silva e Augusto Trigo, etc.
Um abraço do
Luiz Beira
Desde já muito obrigado por esta lista de sugestões. Fiz uma busca rápida pela internet e sem duvida que G.Rosinski é quem mais me agrada. Uma autora que não conhecia e que vou ter de verificar o mais cedo possivel é Florence Magnin. Do breve que vi, penso ser um dos estilos que mais me interessa.
EliminarClaro que há outros autores nesta lista que parecem muitissimo interessantes. Mas para já, e com o meu limitado françês, acho que vou dedicar algum tempo a estes dois autores :)
Mais uma vez muito obrigado pelas sugestões e uma boa continuação de difusão desta bela arte.
Abraço
Caro Luís Sanches:
EliminarFelicito-o pelas suas apostas no Rosinski (está traduzido em português pela Asa) e na Magnin. Dos outros valores que anteriormente citei ao acaso, o Marini, o Sfar e o Comès, também estão editados pela Asa. Dos portugueses, para além do Eugénio e do Trigo, há a acrescentar também a "força" do Pedro Massano.
Votos de boas leituras, belas descobertas e aquele abraço do
Luiz Beira