sábado, 6 de janeiro de 2018

DE ACTORES A HERÓIS DE PAPEL (18) - MARILYN MONROE

Marilyn Monroe (1926-1962)
O Cinema tem criado para a eternidade, os seus valores “divinos”, intensos e inapagáveis que arrastaram multidões e esbanjaram uma infinidade de suspiros. Há uma galeria imensa de mulheres que se acotovelaram para se firmarem no pódio, como há também uma similar galeria de actores. Mas alguns são um tantito mais que os outros e jamais deixarão de estar “vivos”!
Nas mulheres, aparte a misteriosa Greta Garbo, mais a Mae West e a Jean Harlow, temos a bela, sensual e maravilhosa Marilyn Monroe que, se hoje estivesse viva, teria 96 anos! No sector masculino, demarca-se a “lenda” que envolve James Dean, que teria hoje 91 anos...
Marilyn Monroe, nasceu a 1 de Junho de 1926 em Los Angeles, onde foi encontrada morta a 5 de Agosto de 1962. Por esta altura, uma onda de amargura sacudiu os cinéfilos de todo o mundo, tanto mais que, ainda hoje, perdura um mistério: Marilyn suicidou-se, foi vítima de um excesso de barbitúricos ou... ou foi assassinada por razões de política suja, dado que ela se envolvera sexualmente com os irmãos Kennedy (o presidente John, que foi assassinado) e Robert (que era deputado, e foi também assassinado)?...
Seu nome real, antes de usar o que a tornou famosa como actriz, era Norma Jeane Mortenson. Passou a sua infância em lares de acolhimento (onde, ainda menor, foi sexualmente abusada) e em orfanatos. Aos 16 anos, casou pela primeira vez.
Norma Jeane Mortenson 
Foi funcionária fabril numa fábrica onde se laboravam drones durante a 2.ª Grande Guerra. Passou para modelo fotográfico, dando o salto para o Cinema em curtas-metragens e daí, a sua justa glória na carreira, não tardou.
Autenticamente, participou em trinta filmes. O primeiro foi “Idade Perigosa” (Dangerous Years, em 1947) e o último, em 1962, Something’s Got to Give, que ficou incompleto e onde ela contracenaria com Dean Martin, Cyd Charis e Phil Silvers.
Porém, na sua filmografia, há alguns filmes de luxo. Indicam-se alguns deles: “Quando a Cidade Dorme” (The Asphalt Jungle, 1950; com Sterling Hayden), “Eva” (All About Eve, 1950; com Bette Davis), “Niagara” (1953, com Joseph Cotten), “Os Homens Preferem as Loiras” (Gentlemen Prefer Blondes, 1953; com Jane Russell e Charles Coburn), “Como se Conquista um Milionário” (How to Marry a Millionaire, 1953; com Betty Grable e Lauren Bacall), “Rio Sem Regresso” (River of no Return, 1954; com Robert Mitchum), “O Pecado Mora ao Lado” (The Seven Year Itch, 1955; com Tom Ewell; é deste filme a cena mais do que sagrada, onde Marilyn está sobre um ventilador do metropolitano novaiorquino e as suas alvas saias esvoaçam...), “Paragem de Autocarro” (Bus Stop, 1956; com Don Murray), “O Príncipe e a Corista” (The Prince and the Showgirl, 1957; com Sir Laurence Olivier), “Quanto Mais Quente Melhor” (Some Like It Hot, 1959; com Tony Curtis, Jack Lemmon e George Raft ; Que hilariante comédia que jamais se esquece de rever, volta não volta!...), “Vamo-nos Amar” (Let’s Make Love, 1960; com Yves Montand) e, por fim, “Os Inadaptados” (The Misfits, 1961; com Clarke Gable, Montgomery Clift e Eli Wallach). Com “Quanto Mais Quente Melhor”, Marilyn recebeu o famoso Globo de Oiro.
 Cartazes de alguns dos mais famosos filmes onde Marilyn participou.

Marilyn Monroe também está registada na Filatelia, na Estatuária e na Pintura.
Selos oriundos dos Estados Unidos da América, Madagáscar, Tajiquistão, Tanzânia,
República Centro-Africana e Guiné, com a figura de Marilyn como tema. 
A monumental estátua "Forever Marilyn", do escultor Steward Johnson, em Palm Springs, Califórnia (EUA, 2011)
"Marilyn Diptych", pintura de Andy Warol (1962)
Pela Banda Desenhada não faltam algumas belas apostas.
Marilyn contracena com Jimmy Olsen na série homónima norte-americana deste amigo do Superman. Na história, Marilyn (aqui com o apelido "Marlowe", talvez para fugir ao pagamento de direitos autorais) tenta o suicídio, uma trágica premonição do que viria a acontecer quatro anos mais tarde, com a autêntica Marilyn.
 Marilyn Monroe "contracena" com Jimmy Olsen, com arte de Al Plastino, in revista "Jimmy Olsen" (1958)

A vida de Marilyn Monroe está também, contada num dos fascículos da série mexicana “Mujeres Célebres”...
Capa de "Mujeres Célebres" #68, Editorial Novaro (México, 1966)

Dois desenhistas, gigantes da 9.ª Arte Italiana, registaram-na com plena beleza. O primeiro, Gianni De Lucca, com a parceria de Marco di Tillo no argumento...
"Marilyn Monroe" por Marco di Tillo (argumento) e Gianni De Lucca (desenhos)

...e o segundo, Sergio Toppi, com a colaboração de Milo Milani. Esta história foi publicada entre nós no "Jornal do Cuto" #159 (15.02.1977)
"Marilyn Monroe", por Milo Milani (texto) e Sergio Toppi (desenho)

Em 2004, pelas Éditions Nocturne (colecção BD Ciné), Philippe Peseux foi o responsável pela devida biografia em Banda Desenhada.
"Marilyn Monroe", por Peseux (texto e desenhos), CD da série "BD Cine", Edições Nocturne (2004)

Kathryn Hyatt desenvolveu uma novela gráfica sobre Marilyn, publicada originalmente em 1996.
"Marilyn, the Story of a Woman", por Kathryn Hyatt (texto e desenhos), Edição Seven Stories Press (1996)

Bud Fisher, na sua famosa série Mutt & Jeff”, também homenageou Marilyn...
"Mutt e Jeff", por Bud Fisher
...assim como Frank Frazetta (assistente de Al Capp) em "Li'l Abner".
"Li'l Abner", por Frank Frazetta, in The Star Weekly (07.01.1956)
Michel Blanc-Dumont e Dufaux criaram "Marilyn Monroe: a girls best friend", para a Tintin Super #28. Este episódio foi, também, publicado na revista "Selecções BD" #15 (2.ª série), mas em preto-e-branco.  
"Marilyn Monroe, a girls best friend", por Dufaux (texto) e Michel Blanc-Dumont (desenhos), in Tintin Super #28
Ethan Persoff e Scott Marshall publicaram “The Death of Marilyn Monroe”...
"The Death of Marilyn Monroe", por Ethan Persoff e Scott Marshall

Dos mesmos autores, outra curta, em duas pranchas: "John Wilcock in afternoon with Marilyn Monroe". 
"John Wilcock in afternoon with Marilyn Monroe", por Ethan Persof e Scott Marshall

Emmanuel Moynot publicou no #91 da revista "Circus" uma curta de três pranchas.
"Miss Norma Jeane e Doctor Monroe", por Moynot, in revista "Circus" #91

Na vertente super-heróis, a série Deadpool apresenta-nos este personagem-mutante transformado numa Marilyn violenta e horripilante.
 "Deadpool" Vol. 3 #4, por Brian Posehn e Gerry Duggan (argumento) e Tony Moore (arte),
Edição Marvel (Março.2013)

De António Navarro temos "La Primera Marilyn", publicada em Cimoc Especial #7...
"La Primera Marilyn", por Antonio Navarro, in "Cimoc" Especial #7 (1987)
...e, na mesma revista, uma outra versão dos italianos Governi e Buzelli.
"Marilyn", por Guido Buzzeli (desenhos) e Giancarlo Governi (texto), in "Cimoc" Especial #7 (1987)


Dina Gachman e Nathan Girten são os autores de uma biografia de Marilyn, publicada pela Bluewater Productions.
 
"Tribute: Marilyn Monroe", por Dina Gachman (texto) e Nathan Girten (desenhos)
Edição: Bluewater Productions (2013)

Do cartunista turco Devrim Demiral descobrimos na net estas pranchas com Marilyn como protagonista.
 
Arte de Devrim Demiral (2012)

Mike Deodato, Alexander Jubrani e Sam Hart realizaram "Tragic godess: Marilyn Monroe". 
Capa e pranchas de "Tragic godess: Marilyn Monroe" Vol. 1 #1, por Mike Deodato, Alexander Jubrani e Sam Hart, Edição Pop Comic (1995) 

Na revista "Adventures Comics" #294, Marilyn Monroe tem papel de relevo numa história... bizarra.
Capa de "Adventure Comics" #294, por Curt Swan e George Klein (Março de 1962)

E por fim, e até agora, o belíssimo álbum “Shooting Star /Marilyn Monroe”, pelo polaco Kas e argumento de Maryse e J.F. Charles, em 2006, com edição Casterman.
"Shoting Star - Marilyn Monroe", por Kas (desenhos) e Maryse e J.F. Charles (argumento),
edição Casterman (2006)

Cobiçada sexualmente por muitos homens, erradamente alcunhada como "loira estúpida", casou três vezes e três vezes se divorciou: James Dougherty (1942-1946), Joe Di Maggio (1954-1955) e Arthur Miller (1956-19661). Mas teve vários “casos sentimentais”, como por exemplo, com Marlon Brando e Frank Sinatra.
De tudo isto e o que ficou por contar, apenas uma sincera saudação: viva Marilyn Monroe!
LB / CR

2 comentários:

  1. Uma maravilha.
    (o post e Marilym Monroe).
    José Ribeiro Soares

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    1. Caro Zé
      Grato pelo teu comentário. Na verdade, a Marilyn é eterna na nossa admiração e na nossa saudade, pelo menos, para a nossa geração.
      Um abração
      Luiz Beira

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