Dik Browne e os filhos, Bob e Chris |
Entre 1988 e 1995, Chris ocupou-se da série sozinho, escrevendo os argumentos e desenhando as tiras diárias e as pranchas dominicais. Depois, os textos passaram a ser escritos por outros autores, sendo Chris Browne unicamente responsável pelo traço.
O personagem principal, Hägar, é um Viking de pensamento machista e bem pouco atento à higiene pessoal. Embora seja um guerreiro temível (um dos seus grandes prazeres na vida é invadir países como a Inglaterra), em casa as coisas são bem diferentes e Hagar está constantemente envolvido em discussões (das quais sai muitas vezes a perder) com a esposa, Helga, uma mulher de armas, sempre ocupada com as tarefas domésticas, que - em vão - tenta ensinar a Hagar coisas simples como lavar as mãos ou limpar os pés antes de entrar em casa.
Hägar e Helga têm dois filhos: Hamlet (um rapaz que é o contrário do pai - inteligente, limpo, educado e sensível - e para quem ser Viking é um tremendo aborrecimento) e Honi (uma rapariga bonita, ingénua e curiosa, apaixonada por Lute - um bardo sem talento a quem todos abominam a voz, embora ele se considere um génio).
Outro nome a reter é o do melhor amigo de Hägar, Eddie Sortudo (ou Felizardo). O nome é uma ironia já que Eddie é o menos inteligente e o mais azarado dos personagens da série. Usa um capacete em forma de funil ao contrário e com isto está tudo dito…
Em Portugal, para além da publicação de parte da série, em jornais e em revistas de banda desenhada, a "Livros Horizonte" editou, em 1993, o álbum "Hagar Conquista a Europa".
Capa do álbum "Hagar Conquista a Europa" |
Prancha de "Hagar, o Abominável" publicada no n.º 63 do Mundo de Aventuras (V série) |
Em 1989, "Hagar, the Horrible" chegou à televisão através de um desenho animado produzido pela Hanna-Barbera, King Features Entertainment e Hearst Entertainment Inc.
"Hagar, the Horrible" - desenho animado de 1989
A qualidade do trabalho de Dik e Chris Browne em“Hagar, the Horrible” foi reconhecida através da atribuição de distinções como o Prémio de Tira de Jornal de Humor (outorgado pela Sociedade Nacional de Cartunistas dos EUA, em 1984 e 1986), o Prémio Rouben (em 1973) e o Prémio Elzie Segar (também em 1973). “Hagar”, uma série que comemorou há poucos dias 40 anos de existência e que merece uma leitura atenta.
CR
É uma pena o Manuel Caldas não ter continuado. Será devido ao diferendo com... ou será que não tiveram saída suficiente para valer o investimento?
ResponderEliminarOra aí está uma coisa que só o próprio Manuel Caldas lhe poderá responder...
EliminarSaudações bedéfilas,
Carlos Rico