terça-feira, 31 de dezembro de 2013

PELA BD DOS OUTROS (10) - A BD DAS FILIPINAS

Localização das Filipinas na Ásia
Nação-arquipélago com a capital em Manila, é banhada pelo Oceano Pacífico (que não é nada pacífico...). As Filipinas e Timor-Leste são os únicos países da região que seguem a Fé católica. Tornaram-se independentes em 1898. 
A moeda é o peso filipino.
Aqui  chegou em 1521 o nosso épico navegador Fernão de Magalhães, que na região faleceu em combate a 27 de Abril desse ano. É um país sofredor pelos tufões, erupções vulcânicas, terramotos, pelas ditaduras que por lá funcionaram, pelo domínio espanhol e depois pelo dos norte-americanos, suportando ainda a guerrilha de uma minoria islâmica. Como idiomas, predominam o local tagálog e o inglês e ainda, alguns resquícios do castelhano, sobretudo nos nomes e apelidos.
Com uma respeitável força cultural, tem como escritores famosos José Rizal, Antonio Luna, Arturo Relleza Rotor, Antonio M. Molina, etc. 
Nas artes cénicas, distinguem-se os actores Daniel Padilla, Mylene Dizon, Perla Bautista e Derek Ramsay, entre outros.
Pelo mundo dos seus "Komics" (Banda Desenhada), este país é considerado como o que abrange o maior número de desenhistas, depois dos Estados Unidos.
A vasta quantidade também pressupõe um bom lote na qualidade, comprovada nas produções. Daí, vamos citar apenas exemplos, a saber: Tony de Zuñiga, Alfredo Alcala, Mar Amongo, Ernie Chan, Alex Niño (que, de entre as suas criações, regista a bela adaptação do célebre clássico literário, "O Homem Invisível"), Nestor Redondo, Vicatan (que teve o conseguido arrojo de adaptar à BD, três peças de William Shakespeare: "Otelo", "Macbeth" e "Júlio César"), Gerry Talaoc, Lan Medina, Nardo Cruz, Virgilio Redondo, Frank Redondo, Val Calaquian, Fred Carrillo, Eufrónio Reyes Cruz (que assina como E. R. Cruz) e, nos mais novos, Carlo Pagulayan.
Lan Medina, Alex Niño e Carlo Pagulayan - três autores filipinos de muito talento.
Vários desenhistas filipinos ultrapassaram o espaço do seu país e foram aceites e publicados noutros países, mormente nos Estados Unidos da América. Alguns exemplos foram também editados em português pela nossa extinta editora Publica. E ainda na lusofonia, por exemplo, "O Homem Invisível", na versão desenhada por Alex Niño, foi editado no Brasil e em Moçambique.
Prancha de "O Homem Invisível", por Alex Niño
É tempo da BD Filipina ser condignamente "descoberta" pelos bedéfilos portugueses!...
LB

Prancha de "A Ilha do Tesoiro", por Nardo Cruz
Prancha de "O Príncipe e o Pobre", por E. R. Cruz
Prancha de "Caninos Brancos", por Fred Carrillo
Prancha de "O Máscara de Ferro", por Frank Redondo
Prancha de "Viagem ao Centro da Terra", por Val Calaquian
Arte de Tony de Zuñiga
Arte de Nestor Redondo

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