terça-feira, 9 de abril de 2013

EVOCANDO (7)... FRED

Fred (1931-2013)
O ano de 2013 ainda não chegou a meio e ainda não estávamos refeitos do falecimento do belga Didier Comès e do português José Batista (Jobat), e eis que deparamos com a triste notícia de que mais um grande artista da BD se abalou: Fred.
Foi premiado em duas edições do Festival da Amadora (em 95 e 97). Apenas alguns exemplos da sua deliciosa obra foram publicados em Portugal, como "História do corvo de ténis", "A história do contador eléctrico", "O Diário de Jules Renard Lido por Fred" e "Philemon e o náufrago do A".
    

    
 
Francês, se bem que de origem grega, Fred, de seu nome real Frédéric Othon Théodore Aristides, nasceu em Paris a 5 de Março de 1931, onde faleceu a 2 de Abril deste ano. Em 1917, sua avó e filhos, para fugirem à Grande Guerra, escaparam-se da Grécia para França, numa viagem angustiante e não livre de valentes sustos...
Em criança, na sua ânsia de querer saber sempre mais, foi lendo obras famosas ("As Mil e Uma Noites", "Robinson Crusoé", "Jack, o Estripador", etc) e autores também bem famosos, como Oscar Wilde e Edgar Allan Poe.
Imagens de Epinal
Descobre a Banda Desenhada através da revista "Le Journal de Mickey". No entanto, a sua verdadeira descoberta e encontro com a 9.ª Arte, aparece com Mandrake e Popeye, na publicação "Robinson" e ao deparar também com as famosas "gravuras de Epinal". E desata a desenhar nas margens dos seus cadernos. Desenha febrilmente onde quer que haja espaço no seu material escolar. Em 1946, com quinze anos, estreia-se com desenhos humorísticos na publicação "OK".
Por essa época, surge a sua primeira banda desenhada, "Les Joies de l'Alpinisme".
E vai colaborando para outros periódicos, mais ou menos notáveis, como "Quartier Latin", "Baladin de Paris", "Ici Paris", "Paris Match", "Paris-Presse", "Le Hérisson", "France-Soir", "Punch", chegando o seu grande salto para a revista "Hara-Kiri", em 1960, publicação de alta e corajosa paródia, ousada e irreverente.
Em 1966, para mágoa geral, a revista "Hara-Kiri" deixa de se publicar. Fred tenta a "Spirou", que o recusa. Mas logo a seguir, o saudoso René Goscinny, aceita-o para a revista "Pilote". E é aqui, na narrativa "Le Mystère de la Clairière aux Trois Hiboux", que entra em cena o herói Philémon, personagem que deu origem a uma popular série (com histórias longas e curtas, com quinze álbuns e três "integrais"), que se marcou como o seu sedutor cartão de visita.
Prancha de "Le Secret de Félicien" (Philémon/13)
A maioria dos autores de BD (mesmo em Portugal) tem uma ou duas séries-heróis que são o "carimbo de honra" nas respectivas bibliografias. Com Fred, é sem dúvida, Philémon. Tal como Tintin por Hergé, Cisco Kid por José Luis Salinas, Bernard Prince e Jeremiah por Hermann, Tomahwak Tom por Vítor Péon, Corto Maltese por Hugo Pratt, Príncipe Valente por Hal Foster, Luc Orient por Eddy Paape, etc.
Porém, há sempre outras valorosas criações  desses todos autores-BD que funcionam, admitamos o termo, como "maravilhosos satélites". Neste aspecto, na longa obra de Fred, há que contar e conhecer, por exemplo, com "Timoléon", "Ça Va Ça Vient", "Le Manu Manu", "Hum!", "Le Fond de l'Air  Frais", "Y a Plus de Saison", "La Magique Laterne Magique" e "Fredissimo".


    
 
    

A terminar, indicamos ainda que, Fred, recebeu diversos e honrosos prémios e, em 1992, foi agraciado com a condecoração  de "Chevalier des Arts et Lettres".











sábado, 6 de abril de 2013

MOURA BD 2013 QUASE A ABRIR PORTAS...


Faltam apenas 13 dias para abrir portas a 18.ª edição do Salão Internacional de Banda Desenhada de Moura e ainda há muito trabalho pela frente.
Na próxima semana começará a ser montada, no Espaço Inovinter, a exposição comemorativa do Centenário de Willy Vandersteen. Esta exposição, recorde-se, é comissariada por Luiz Beira, sendo uma co-produção entre a Câmara Municipal de Moura e o Gicav. 
Outra co-produção entre estas duas entidades é a exposição (igualmente comissariada por Luiz Beira) sobre as adaptações em banda desenhada da obra de Eça de Queiroz, que já está pronta, esperando, apenas, pela instalação da tenda gigante (três dias antes da abertura ao público) para depois ser fixada numa estrutura de suporte própria. 
Prontas a serem penduradas, estão algumas dezenas de molduras com as restantes exposições do salão: Vassalo de Miranda, Hugues Barthe, Zé Manel, Caricaturas de Saramago e os dois Concursos. Cabe aqui dizer que, por razões alheias à organização, a anunciada exposição "Comic 21" foi cancelada, podendo, eventualmente, ser exibida em Moura noutra ocasião.
Chamamos a atenção para a Sessão de Homenagens e Entrega de Prémios do Moura BD, que será no dia 27 de Abril, sábado, pelas 15:00 horas, no Cine-Teatro Caridade, como habitualmente.
Já na rua está o anúncio de um "Workshop" de Cinema de Animação, que decorrerá, em quatro sessões, nos dias 20 e 21 de Abril. Os interessados deverão inscrever-se rapidamente uma vez que as inscrições são limitadas.


Em breve colocaremos aqui o programa completo e detalhado do salão.

terça-feira, 2 de abril de 2013

EVOCANDO (6)... JOBAT

JOSÉ BAPTISTA (JOBAT) DEIXOU-NOS

José Baptista (1935-2013)
João José André Baptista, conhecido no mundo da BD como José Baptista ou Jobat, nasceu a 18 de Dezembro de 1935, em Loulé.
Como tantos outros autores da sua geração, frequentou a Escola António Arroio, em Lisboa, onde tirou o Curso de Desenhador-Litógrafo.
Fez carreira na Agência Portuguesa de Revistas, onde paginou, legendou, remontou e retocou imagens durante muitos anos nas diferentes publicações da editora. Fez também capas, colecções de cromos e ilustrações para livros da APR.
A sua primeira banda desenhada foi a adaptação do épico filme italiano “Ulisses” (protagonizado por Kirk Douglas, Silvana Mangano e Anthony Quinn). Foi publicada, em 1956, na Colecção Condor (6.º volume, fascículo 57), tendo, em 2004, sido recuperada e publicada, em pranchas semanais, n’ O Louletano e reeditada em formato de fanzine, em 2005, na Colecção Cadernos Moura BD (edição da Câmara Municipal de Moura).

    
Capas da "Colecção Condor" e dos "Cadernos Moura BD", onde Ulisses foi publicado

Realizou também “A Conquista de Lisboa”, “O Voto de Afonso Domingues” e “Luís Vilar” (2 episódios).

    
Pranchas de "O Voto de Afonso Domingues" ("Mundo de Aventuras")

Nos anos 70, fez parte da equipa (chegou a ser director) do “Jornal do Cuto”, onde ilustrou contos de Raul Correia, desenhou capas e publicou “Trinca-Fortes”, uma história curta sobre a vida de Camões. Nesta fase começou a utilizar o pseudónimo "Jobat".


Ilustração para "Trinca-Fortes" ("Jornal do Cuto")
Mais tarde, e já com texto de Michel Gérac, voltou ao tema e trabalhou em quatro dezenas de pranchas “A Vida Apaixonada e Apaixonante de Camões”, que publicaria no Diário Popular, e num álbum em língua francesa.
Desenhou depois, para Inglaterra, uma série de histórias sobre a II Guerra Mundial.
Em 1975 iniciou a publicação, no Diário Popular, da série, em tiras, “Requiem para uma Ditadura”, que ficaria incompleta até hoje.


Tiras de "Requiem por uma Ditadura"

Regressado a Loulé, exerceu funções como professor de Educação Visual, colaborou na decoração de desfiles de Carnaval, foi responsável gráfico da Agenda Cultural do município e, nos últimos anos, dirigia a excelente rubrica "9.ª Arte - Memórias da Banda Desenhada", no jornal O Louletano. Aí divulgou algumas histórias e publicou textos sobre a vida e a obra de muitos dos grandes autores nacionais da sua geração, a maior parte deles seus colegas e amigos como José Antunes, Carlos Alberto, Eduardo Teixeira Coelho, Vítor Péon ou Augusto Trigo, entre outros.
Jobat, durante a Cerimónia de Entrega de Troféus
do Moura BD 2005, ladeado pela neta e por Luiz Beira,
Mara Mendes (autora) e Celeste Barata (da CM Moura)
A 26 de Novembro de 2005 foi homenageado no Salão Internacional de Banda Desenhada de Moura, onde recebeu o Troféu Balanito de Honra pelo conjunto da sua obra.
Nessa noite, e durante o habitual convívio que se estabelece ao jantar, Jobat  recusava-se a desenhar um “boneco” no Livro de Honra do Moura BD (onde os autores que visitam o salão costumam, de modo informal e descontraído, desenhar, escrever e autografar). “Que já não tinha mão” - dizia repetidamente, enquanto se deliciava a folhear o livro e a admirar os desenhos de muitos dos seus colegas.
Por fim, e ante a insistência geral, lá acedeu, ainda que com alguma relutância. E a verdade é que, enquanto Jobat esboçava, em poucos minutos, um duelo de “cowboys”, todos percebemos que continuava a desenhar magnificamente, como sempre fizera.
 Jobat, autografando o Livro de Honra do Moura BD (fotos: Machado-Dias)

Lembro-me que era muito cioso dos seus desenhos. Quando nos deslocámos a sua casa, em Loulé, para ir buscar os originais que expusemos no salão Moura BD 2005, estava à nossa espera com os originais... e com uma lista detalhada de todo o material que nos emprestava. 
Entre esse material contavam-se várias ilustrações a tinta da china com temática "western". Tratava-se de algumas das centenas de desenhos que José Baptista fez para colecções como "Cowboy" ou "6 Balas" (pequenos "livrinhos" com histórias do Oeste que traziam meia dúzia de ilustrações no miolo e que se publicaram entre o princípio dos anos 60 e meados dos anos 80).
Como tantos jovens da minha geração, li e reli muitos dos títulos dessas e de outras colecções e admirei, vezes sem conta, os soberbos desenhos que ilustravam os textos, longe de saber que o ilustrador era o José Baptista. Soube-o nessa altura, quando vi os desenhos e reconheci, imediatamente, o traço do artista.
Troquei algumas impressões com ele acerca disso, tendo-me dito que o método de trabalho era muito simples: a editora fazia-lhe chegar um resumo do texto e ele escolhia meia dúzia de cenas que desenhava a tinta da china (de início em papel Canson, depois em vegetal, por ser mais barato) e que remetia para a editora à razão de algumas dezenas por semana! "Eu fazia aquilo já de forma automática, tantos foram os desenhos que criei!" - dizia-nos.
Exemplos de algumas das ilustrações que Jobat fez para as colecções "Cowboy" e "6 Balas"

Terminado o Moura BD 2005, regressei a Loulé para entregar todo o material. Depois de conferirmos que tudo estava certo, ganhei coragem para lhe pedir um desses desenhos. Dado o cuidado que tinha com os seus originais, pensei que fosse recusar mas, para meu espanto, ofereceu-me dois, quase sem pestanejar, autografando-os na hora. Ainda hoje os mantenho emoldurados no meu ateliê, junto aos desenhos que outros autores me têm oferecido. 
Anos mais tarde, no início de 2009, convidámo-lo a participar no álbum colectivo “Salúquia: a Lenda de Moura em Banda Desenhada”. Dessa vez, infelizmente, José Baptista foi mesmo obrigado a recusar, uma vez que problemas de visão recentes não lhe permitiam desenhar.
Depois disso, encontrámo-lo um par de vezes mais, no Festival da Amadora. Sempre afável e educado. Aqui e ali com o leve sotaque algarvio a denunciar as suas origens. É dessa forma que o recordaremos. 
Deixou-nos na sexta-feira, aos 77 anos, vítima de doença prolongada. Que descanse em paz!
CR

Dados biográficos retirados, com a devida vénia, do Dicionário de Autores Portugueses de Banda Desenhada e Cartoon em Portugal, de Leonardo De Sá e António Dias de Deus, Edições Época de Ouro (1999)




Página de "O Louletano", onde Jobat coordenava a rubrica "9.ª Arte - Memórias da Banda Desenhada", e onde publicou, entre outras, a história "Luís Vilar em Um caso de Contrabando" 

sexta-feira, 29 de março de 2013

NOVIDADES EDITORIAIS (29)

L'AUTOMNE 79 - Admirável! Emotivo! Tocante!... 
Com "L'Automne 79" (Éditions NiL), Hugues Barthe conclui a narrativa autobiogáfica iniciada no tomo anterior, "L'Été 79".
Corajoso e frontal, o autor relata as amarguras e inquietações que viveu, sobretudo a partir dos seus 14 anos, ante uma mãe sofredora, um pai violento e viciado no álcool e dois irmãos não tão fraternos como se poderia imaginar... E Hugues, sobrevivendo calado e numa solidão angustiante. Valeu-lhe bem uma sua tia que o protegia e o acarinhava, e também, a sua teimosia pelo desenho, arte que paulatinamente foi elaborando e que, praticamente, lhe salvou a vida.
Este segundo tomo começa com Hugues ainda na sua adolescência e vem a terminar com ele já jovem adulto... 
Mas, o melhor, é conhecer esta obra em dois tomos.
Recordamos que Hugues Barthe estará presente a 27 e 28 de Abril no Salão "Moura BD 2013", onde será homenageado e autografará vários exemplares da sua obra.


ÉVEIL - Com edição Lombard, "Éveil", é o primeiro tomo da breve série "Klaw", com argumento de Antoine Ozanam e grafismo de Joël Jurion.
Aventura que atravessa o fantástico e o esotérico, entusiasma-nos a ideia que por aí se define: o jovem Ange Tomassini tem um pesado segredo; quando é ameaçado, transforma-se num homem-tigre que provoca resultados sangrentos. Ainda por cima, ele cedo vem a saber que seu pai é um dos mais perigosos e violentos mafiosos da cidade...


LE TIGRE DES MERS - É o segundo tomo da série "Surcouf", com argumento de Arnaud Delalande e Erick Surcouf (sobrinho-neto do famoso corsário Robert Surcouf), traço do jovem haitiano Guy Michel e cores de Sébastien Bouet. Tem edição 12 Bis.
Obra de aplauso, prossegue com a vida e as épicas acções do famoso corsário francês que, pelos mares do Oceano Índico, deu água pela barba aos ingleses invejosos e cobiçosos.
No aspecto gráfico, há cenas verdadeiramente espectaculares!


BOLLYWOOD CONNECTION - Com edição Dargaud, "Bollywood Connection", é o sexto tomo das aventuras do detective privado Tony Corso.
Um certo jovem realizador vindo de Bollywood (réplica indiana da norte-americana Hollywood) pretende realizar um filme internacional em França. A situação é turbulenta, pois a Máfia indiana forja as suas violentas e impiedosas acções, existindo também os conflitos retrógados do conservadorismo das caducas e fanáticas, vivas ainda, de certas gerações indianas...
O autor da série, o consagrado Olivier Berlion, consegue aqui um dos mais intensos e agitados tomos de "Tony Corso".


LE LABYRINTHE - Segundo tomo da série "Les Voiles", com edição Casterman, argumento de Renot, traço de Ersel e cores de Aurélie Lecloux.
Em finais do século XIX, a bela e jovem aristocrata francesa Françoise de Noiselles, refugia-se no Egipto, onde são violentas as rivalidades entre tribos árabes e onde se insinuam as cobiças de algumas nações europeias, sobretudo da parte da Inglaterra e da Alemanha.
Obviamente, também acontecem crimes que Françoise não vai aceitar nem perdoar. E promete a si própria que vingará tais gestos...

quarta-feira, 27 de março de 2013

HERÓIS INESQUECÍVEIS (13) - MANDRAKE

Mandrake, o Mágico é o herói de uma das séries mais lidas em todo o mundo. Foi imaginado, ainda na adolescência, por Lee Falk (1911-1999), mas só seria publicado pela primeira vez a 11 de Junho de 1934, sob os auspícios do King Features Syndicate.
Falk que, entre outras séries, também criou o famoso O Fantasma (do qual falaremos um destes dias), foi também dramaturgo e encenador, tendo dirigido actores como Marlon Brando, Charlton Heston, Chico Marx, Paul Newman, etc. Chegou a desenhar as primeiras tiras de Mandrake, mas como não apreciava o seu próprio grafismo, passou essa responsabilidade para seu amigo Phil Davis (1906-1964). Com o falecimento deste, o grafismo da série prosseguiu segundo a arte de Fred Fredericks, embora sem a elegância a que o grafismo de Phil Davis nos havia habituado e tornando o personagem mais em agente secreto do que em habilidoso mágico.
Lee Falk e Phil Davis
Mandrake é um justiceiro que tem como armas a magia e o hipnotismo, sistema que confunde plenamente os seus adversários. Como seus companheiros, conta com o entroncado africano Lothar e a sua eterna noiva, a bela princesa Narda.
As aventuras de Mandrake, em Portugal, foram sobretudo divulgadas na revista "Mundo de Aventuras" e outras, suas publicações satélites, como "Condor Popular", "Colecção Audácia", "Condor Mensal", "Colecção Tigre", etc. E também se salienta nesta acção, o "Jornal do Cuto".
A nível de álbuns, constam cinco: dois pela Futura, dois pela Portugal Press e mais um pela Agência Portuguesa de Revistas.
Na transposição às outras artes, houve uma série em Cinema de Animação e alguma "coisa" com actores, donde, em 1940, uma série realizada pela cinematografia turca, da qual não temos mais dados. Mas, ainda na Turquia, em 1967, Oksal Pekmezoglu, realizou "Sihirbazlar Krali Mandrake Killing'in Pesinde" com o actor Güven Erte.
Cartaz do filme "Sihirbazlar Krali Mandrake Kiling'in Pesinde" (Turquia)
No entanto, em 1939, Norman Deming e Sam Nelson, realizaram "Mandrake, the Magician" com o actor Warren Hull, uma série de doze episódios para a televisão.
Cartaz da série de televisão "Mandrake, the Magician"
Das outras raras apostas cinematográficas versando este herói-BD, contam-se a realização de Will Jason em 1954, com Coe Norton, e em 1979, o filme de Harry Falk com o actor Anthony Herrera. Cineastas famosos, como o francês Alain Resnais e o italiano Federico Fellini, chegaram a sonhar com a ideia, que em nenhum dos casos teve seguimento. Actores como, Marcello Mastroiani, Dirk Bogarde, Paul Newman e, mais recentemente, o irlandês Jonathan Rhys Meyers (o "Henrique VIII" da série-TV "Os Tudor"), chegaram a ser apontados para vestir o personagem Mandrake, mas tudo se ficou por aí. No entanto, esse sonho cinematográfico mantem-se e, ainda sem dados concretos, fala-se em nova versão para breve, onde o jovem actor canadiano Hayden Chistensen terá a seu cargo o papel de Mandrake... Será desta?
Ao nível da Banda Desenhada, esta série merecia bem entre nós, uma edição digna em álbuns. Por que não?
Um dos episódios da série de televisão "Mandrake, the Magician"

Mandrake no "Mundo de Aventuras", com capas de Carlos Alberto Santos

Mandrake sob o traço de Phil Davis