sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

AS HISTÓRIAS QUE RESIDEM NA GAVETA (19) por José Ruy

Continuamos a contar as peripécias de mais um projeto meu que não chegou à edição. Trata-se da biografia do escritor Alexandre Herculano. 

Quando colaborava no jornal «Cavaleiro Andante», fiz a adaptação para Quadrinhos do romance histórico de Alexandre Herculano «O Bobo», após ter terminado a «Peregrinação» de Fernão Mendes Pinto. 
Publiquei muito mais tarde, em 1986, essa história em livro, mas totalmente redesenhada, em coedição pela Editorial Notícias e a Meribéica/Liber. Desde aí, embora totalmente esgotada, não teve segunda edição, ao contrário de muitos outros livros de minha autoria.

Em 2006, após a «Meribérica» ter sido desativada devido à falência da distribuidora que a servia e que a arrastou, com outras, para esse precipício, dois filhos do Telmo Protásio, entretanto falecido, fundaram uma editora, a «Marginália».
Como estou sempre disponível para ajudar quem começa e precisa, publiquei nessa jovem editora a história do «Peter Café Sport», da ilha do Faial, Açores.
Entretanto o Colégio Alexandre Herculano, na Amadora, o primeiro a ser fundado nessa então Vila, precisamente em 1910 quando foi implantada a República em Portugal, adquirira umas instalações de maior dimensão, as da antiga oficina do jornal O Diário, e convidaram-me a fazer uma exposição de originais na sua nova galeria.
Daí surgiu a proposta da minha parte e da «Marginália» em fazer-se uma edição de «O Bobo» de parceria com o Colégio, que adquiriria exemplares para oferta a alunos que terminassem o curso ou funcionando como prémios.
Para haver uma ligação do Colégio com a obra em questão, lembrei-me de fazer uma biografia do Alexandre Herculano como introito do romance histórico.
Ficaria um livro com um total de 50 páginas.
Mostro a seguir as pranchas em esboço dessa biografia, que já foram expostas em Moura pela iniciativa do meu amigo Carlos Rico, coautor deste Blogue.


Como podem ver a última página da biografia faz a ligação com a obra «O Bobo» que seria contada a seguir no volume.
O Colégio contactou umas empresas, que existiam na altura na Amadora, para uma parceria no projeto, e quando parecia estar tudo bem encaminhado, não chegaram a acordo quanto ao número de exemplares que eram precisos adquirir para defender os custos de produção da edição, e o projeto ficou nesta gaveta que os leitores já conhecem.

No próximo e último artigo desta série mostrarei um projeto em que empenhei todo o meu entusiasmo, mas inexplicavelmente (para mim) foi vítima de um boicote, ainda hoje por compreender.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

TALENTOS DA NOSSA EUROPA (44) - FABIO CIVITELLI (Itália)

Fabio Civitelli no seu estúdio (foto: Laura Bondi)
Nasceu a 9 de Abril de 1955, em Luciguano, na província italiana de Arezzo.
Tem tanto de esmerado talento, sobretudo no seu belo traço a preto-e-branco, como na sua total simpatia em convívio. Esteve várias vezes em Portugal: Moura (2007, onde recebeu o Troféu Balanito de ​Honra), na Amadora (2008), em ​Beja (2010), em Viseu (2011, recebendo ​o Troféu Anim'arte-BD), no Porto (2012) e em Oeiras (2019).
Civitelli autografando, na primeira visita a Portugal, durante o salão Moura BD 2007 (foto: Orlando Fialho)
Desenhos que Civitelli realizou propositadamente em algumas das visitas que fez a Portugal
(Moura, Beja, Viseu e Porto, respectivamente). 

Durante um breve período da sua carreira usou o pseudónimo de Pablo de Almaviva.
​Desde muito jovem que ansiava tornar-se desenhista profissional e, pelo tempo, foi lendo imensa BD, ​observando e comparando os mais diversos estilos.
​Para o Studio Graziano Origa, estreou-se na série ​"Le Avventure di Lady Lust"... bem para adultos. 
E ​depois, participou na série "Doctor Salomon".
Por ​breve tempo, colaborou para a Marvel, desenhando ​"O Homem Aranha" e "O Quarteto Fantástico".
​Em 1979, desenhou para a série "Mister No" (onde, ​às vezes, ainda colabora)...
Este personagem foi pela primeira vez publicado entre nós em 2018, na Colecção Bonelli (Edições Levoir)...
Capa de "Ovnis na Amazónia", desenhada por Civitelli e colorida por Ricardo Venâncio
Colecção Bonelli #9, Edição Levoir (2018)

Pranchas de "Ovnis na Amazónia", por Civitelli (desenhos) e Tiziano Sclavi (texto),
Colecção Bonelli #9, Edição Levoir (2018)

​... e, em 1983, para a revista ​"Orient Express", desenhou "Pomeriggio Cubano" e ​"L'Avana".
Em 1984, o editor Sergio Bonelli, conheceu-o por ​fim e de imediato o contratou. Para esta editora, para ​além de uma curta aventura de "Dylan Dog", passou ​a ser quase exclusivo para o herói "Tex Willer", donde ​duas séries interligadas: "Tex" e "Rodeo".
​A sua perfeita capacidade para retratar rostos de actores ​e actrizes bem conhecidos, leva-o com frequência, a ​usá-los em diversos personagens secundários. Certo é ​que Civitelli não é o único a desenhar "Tex", mas o seu ​traço belo e elegante, é certamente o mais admirado.
"O Sinal de Yama" (com texto de Boselli) na espectacular arte a preto-e-branco de Civitelli.
Apesar de preferirmos o preto-e-branco, a arte de Civitelli admite muito bem a cor, como neste caso em
"O Ouro dos Pawnees", também com texto de Boselli.


​Civitelli adaptou com esmero, o emotivo romance do ​norte-americano Jack London, "White Fang" ("Zanna ​Bianca" em italiano; "Caninos Brancos" em português), localizado no Alasca, num entusiasmante paralelo entre o bicho e o homem, entre a natureza e a civilização.
Para a frente, Fabio Civitelli! És sempre bem-vindo a Portugal.
LB

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

HERÓIS INESQUECÍVEIS (69) - FALCÃO NEGRO

Nesta galeria de heróis inesquecíveis que vamos apresentando ou recordando de vez em quando, Falcão Negro, é o sétimo “português”... Isto porque os anteriores, Ted Kirk e Tomahawak Tom, por Vítor Péon, não tinham a nossa  nacionalidade, o que já acontecia, pressupostamente, com O Ponto por Fernandes Silva, Jim del Mónaco por Luís Louro/Tozé Simões, Tónius, o Lusitano por André e.... Tom Vitoin por Luís Pinto-Coelho.
Eduardo Teixeira Coelho
(1919-2005)
Falcão Negro é uma breve, mas marcante, série no ambiente western, que começou por ser uma longa novela, com texto de Raúl Correia e grafismo do nosso admirável Eduardo Teixeira Coelho, publicada n' "O Mosquito", em 1943.
A novela termina precisamente com o nascimento de Falcão Negro, a quem os pais, Jim West e Louise, deram o nome de Fred. A alcunha de Falcão Negro foi-lhe posta pelos índios.
Alguns anos depois, Raúl Correia e Eduardo Teixeira Coelho pegaram no personagem e transformaram-no numa série em banda desenhada.
A série resume-se a seis narrativas, quatro delas publicadas no jornal "O Mosquito": “Falcão Negro, o Filho de Jim West”, “Tempestade em Forte Benton”, “As Vítimas do Sol” e “Terra Turbulenta”. Em Espanha, na revista "Chicos", foi republicada também a 1.ª aventura, a par de duas inéditas, uma das quais saiu no "Cavaleiro Andante", em 1954.
Vamos por partes:

FALCÃO NEGRO (o Filho de Jim West), é ainda o adolescente aventureiro e corajoso Fred West. Esta narrativa foi publicada em 1946, n' “O Mosquito” (do #713 ao #748), sendo considerada por alguns críticos como a melhor aventura de Falcão Negro. Foi também reeditada, em 1972, no “Jornal do Cuto” (entre o #35 e o #67) e em 1987 surgiu em álbum pelas edições Futura, na colecção "Antologia da BD Portuguesa", com Jorge Magalhães a adaptar o texto e legendagem manual de Catherine Labey.
"Falcão Negro", por ETCoelho, in "Antologia da BD Portuguesa" #17
(Edições Futura, 1987). Capa de Augusto Trigo
 

É já em 1949, e também na revista “O Mosquito” (1.ª fase), que se publicam sucessivamente, as outras três aventuras, já com um Fred West adulto:
TEMPESTADE NO FORTE BENTON, do #1023 ao #1064; foi reeditada no “Jornal do Cuto”, do #68 ao #97, nos anos 72/73. É tida como muito arrastada e de pouca força...

AS VÍTIMAS DO SOL, do #1065 ao #1081. A narrativa entusiasma, mas só até certo ponto. Qualquer coisa escapou no argumento, pois a arte de ETC está bem lá.

TERRA TURBULENTA, do #1083 ao #1098. Segundo o malogrado crítico A. Dias de Deus, é, destas três últimas aventuras, a mais conseguida...


No “Cavaleiro Andante”, do #134 (24.07.1954) ao #141 (04.09.1954), foi publicada uma aventura chamada FALCÃO NEGRO (publicada também em Espanha, na revista "Chicos", como já dissemos).
Capa e prancha de "Falcão Negro", por ETCoelho (desenhos) e Raúl Correia (texto),
in "Cavaleiro Andante"

De qualquer modo, ao leitor sem ideias de preciosismos o que importou e importa é o personagem central e as suas aventuras. Marcaram bem as nossas juventudes!
Para além de Espanha, algumas aventuras de Falcão Negro foram também editadas no Brasil.

Agradecemos a colaboração prestada por Catherine Labey que, com o malogrado Jorge Magalhães, nos ajudaram a recolher alguma informação para este post...
LB/CR
Página da aventura inicial de Falcão Negro publicada em Espanha (totalmente remontada)
sob o título "El Jefe Iroquês", in revista "Chicos" (3.ª série) #5 a #9 (1954)

 
Episódio inédito em Portugal de uma aventura de Falcão Negro, in "Chicos" #17 e #18
Ediciones El Cid (Espanha, 1954)

 
Capas (de Miguel Penteado, a partir de ilustrações internas) das revistas brasileiras
"Falcão Negro" #1 - (Ed. La Selva?) (1953) e "Aventuras no Faroeste" #1 - Ed. Pan Juvenil (anos 60),
onde foram reeditadas algumas aventuras de Falcão Negro

sábado, 25 de janeiro de 2020

ESPÁRTACO NA BD (E NÃO SÓ)

"Espártaco e a Revolta dos Escravos",
ilustração de Angus McBride
​É um magnífico personagem da História europeia.
​Todavia, hoje em dia, relatam-se mais as lendas à ​sua volta, que as verdades históricas. Mesmo os ​cronistas mais ou menos da época (Plutarco, Floro, ​Apiano, Salústio, etc.), têm opiniões divergentes. E ​nos tempos mais recentes, dois romancista, o ​norte-americano Howard Fast e o húngaro Arthur ​Koestler, não fugiram às fantasias, na definição e biografia(?!) deste incrível herói da e pela liberdade.
​Também o escritor Toby Brown, com o seu habitual ​estilo de subtil ironia, escreveu uma biografia de ​Espártaco, acompanhada de ilustrações humorísticas ​de Clive Goddard.
​Espártaco (Spartacus, no original) nem era o seu verdadeiro nome, mas sim uma alcunha que lhe foi dada quando era gladiador. Nasceu na Trácia, a norte da Grécia, extensa região que hoje se divide pela Macedónia, Grécia, ​Turquia e Bulgária, então por volta do ano 109 antes de ​Cristo, e veio a falecer numa violenta batalha, em 71 antes ​de Cristo, enfrentando os Romanos comandados por ​Marco Licínio Crasso.
​Espártaco foi pastor de ovelhas, depois mercenário, sendo aprisionado, feito escravo e enviado para a "academia" de gladiadores dirigida por Lêntulo Batiato.
​Era inteligente e culto e senhor de uma invejável bravura.
​Sempre ansiou por justiça e liberdade, aspectos que não existiam nos caprichos de Batiato. Não suportando mais ​tais crueldades, ele e mais duzentos desses escravos-gladiadores, revoltaram-se e conseguiram escapar. Começava assim a ​sua épica história.
​Era secundado pelos seus companheiros gauleses, Criso e Enomau, ambos falecidos em combate, antes de Esp​ártaco.
​Os Romanos, sucessivamente derrotados pelo "exército" de Espártaco, desunhavam-se para o conhecer. Contudo, quando ​faziam prisioneiros, todos, por si só, diziam que eram Espártaco, ​o que mais confundia e enraivecia os senhores de Roma.

A Via Ápia onde seis mil revoltosos foram cruxificados.
Foram ​cerca de três anos de terríveis batalhas, até que as forças de ​Crasso venceram o libertador trácio, morto e quase esquartejado pelos Romanos. O seu corpo jamais foi encontrado!... Cruel, Crasso, mandou crucificar seis mil dos revoltosos ao longo da Via Ápia, de Cápua a Roma. Uma barbaridade imperdoável!
Espártaco tem uma estátua, por Denis Foyatier, no Museu do Louvre (Paris) e outra, por Louis-Ernest Barrias, nos jardins do Palácio das Tulherias (também em Paris).
Há também estátuas de Espártaco nas cidades de Moscovo (Rússia), Chichester (Inglaterra), Budapeste (Hungria) e Sandanski (Bulgária), pelo menos.
Estátuas de Espártaco em Paris (esq.) e em Chichester (dir.).
À esquerda, estátua de Espártaco, frente ao Estádio do Spartak de Moscovo.
À direita, a gigantesca estátua de Espártaco em Sandanski, na Bulgária.

Das ilustrações, são famosas "A Queda de Espártaco" por Nikolo Sanesi, e "A Morte de Espártaco" por Hermann Vogel.
"A Queda de Espártaco" por Nikolo Sanesi
"A Morte de Espártaco" por Hermann Vogel
Existe uma revista gay com o nome de "Spartacus", assim como existem, ou existiram, vários órgãos de imprensa do Partido Comunista (incluindo o português), com o mesmo nome.
Pelo Bailado, com música de Aram Khachaturyan, registam-se duas notáveis coreografias: uma com o bailarino russo Vladimir Vasiliev, em 1977; e outra, com o cubano Carlos Acosta, em 2008.
Belíssimo cartaz anunciando o espectáculo de bailado dedicado a Espártaco (ou Spartacus)
No cartune, Espártaco é, volta não volta, utilizado como tema por diversos cartunistas.
Tira da série "Frank and Ernest", por Tom Thaves (2015)
Tira da série "Ollie and Quentin", por Piers Baker

Capa e página de "Espártaco e seus Gloriosos Gladiadores", por Toby Brown (texto) e Clive Goddard (ilustrações), in Colecção "Mortos de Fama" - Ed. Companhia das Letras (2009)

Pela 7.ª Arte e afins, há filmes, Cinema de Animação e seriados, ​todos com especulações e exageradas invenções sobre o herói ​trácio. Mesmo assim, talvez o mais conseguido, será a realização ​em 1960, por Stanley Kubrick, e com Kirk Douglas, Tony Curtis, ​Laurence Olivier, Jean Simons, Peter Ustinov, etc.
Cartaz do primeiro filme de "Spartacus" (1913),
com Mario Guaita-Ausonia e realização de Giovanni Enrico Vidale

Cartazes do filme "Spartacus" (1960)
Storyboard de uma cena do filme "Spartacus" (1960), pelo designer norte-americano Saul Bass

O Cinema ​inventou também, em 1962, com realização de Sergio Corbucci ​e interpretação de Steve Reeves, "O Filho de Espártaco"!!!...
​Com este mesmo título, numa fantasia mais suave, Jacques Martin criou um álbum na série "Alix".
Capa e pranchas de "O Filho de Spartacus", por Jacques Martin - Ed. Casterman (1970)

E como chegámos à ​Banda Desenhada, temos:
O cartunista norte-americano J.P. Arnot (1887-1951) incluiu Espártaco num episódio da série "How do they do it?", em 1916...
Espártaco na série "How do they do it?", por J.P.Arnot, in "Sunday Comic Strip" (King, 1916)
Frank Frazetta desenhou uma "Guerra de Gladiadores" onde Espártaco tem o principal papel...
"War of the Gladiators", por Frank Frazetta, in "Real Life Comics" #50 (Outubro de 1949)

​Fred Funcken, criou uma curta de quatro pranchas, história publicada no # 367 do "Tintin" (belga) e no #207 do "Cavaleiro Andante", em 1955.
Pranchas de "Spartacus", por Fred Funcken, in "Cavaleiro Andante" #207 (1955)

No México, a revista "Epopeya" publicou uma versão de Javier Peñaloza e Delia Larios, com posteriores reedições...

Capa e pranchas de "La Rebelion de Espartaco", por Javier Peñaloza (texto) e Delia Larios (desenhos),
in "Epopeya" #8 - Ed. Novaro (México, 1959)

Os italianos Tosi e Papini realizaram uma versão que foi publicada nos números 503 e 504 do "Cavaleiro Andante"...
"Spartacus" por Tosi e Pappini, in "Cavaleiro Andante" # 503 e #504 (1959) 

John Buscema e Gaylord Du Bois publicaram uma adaptação do filme "Spartacus" com Kirk Douglas na revista "Dell Movie Classic".
Capa da revista "Dell Movie Classic" #1139 - Ed. Dell Comics (EUA, Nov. 1960)
Pranchas de "Spartacus", por Gaylord Du Bois (argumento) e John Buscema (desenhos),
in "Dell Movie Classic" #1139 - Ed. Dell Comics (EUA, Nov. 1960)
Capa de uma edição francesa desta mesma história,
in Colecção Eléphant Blanc #15, Ed. ODEJ (França, 1965)

Aqui ao lado, na vizinha Espanha, Espártaco teve direito a uma revista, com desenhos de Claudio Tinoco Caraballo distribuidos por 26 números.
Capa de "Ladrones de Esclavos", #1 da revista "Espartaco", por Claudio Tinoco Caraballo
in "Colección Galaor de Literatura y Acción" - Ed. Galaor (Espanha, 1964)
Capa de "Roma contra Miriades", #4 da revista "Espartaco" - por Claudio Tinoco Caraballo
in "Colección Galaor de Literatura y Acción" - Ed. Galaor (Espanha, 1964)
Esta colecção foi reeditada, também pelas edições Galaor, em apenas seis números, com as histórias remontadas, num formato ao alto. 
Capas de "Espartaco" - Ed. Galaor (Espanha, 1968)

Jimmy Olsen, o famoso amigo de Superman, viajou no tempo e viveu como Espártaco em "A arena da Morte", de Leo Dorfman e Kurt Schaffenberger...
Capa (de Nick Cardy) e pranchas de "The Arena of Death",
por Leo Dorfman (texto) e Kurt Schaffenberger (desenhos),
in "Superman's Pal Jimmy Olsen" #159 - Ed. DC Comics (EUA, 1973)

Da Ásia chega-nos uma versão indonésia da qual só conseguimos a capa, com arte do ilustrador Nurmiadi...
"Spartacus", por Nurmiadi (Capa de San) - Ed. Maranatha (Indonésia, 1974)

Numa técnica semelhante à banda desenhada, Francesco Palma narrou, em imagens sequenciais pintadas em belíssimos quadros a guache, a "História de Spartacus"...
"A História de Spartacus", por Francesco Palma (c. 1975)

Pelas Ed. Soleil, o álbum "Morituri te salutant..." é o primeiro tomo da série "Spartacus Gladiateur", com argumento de Jean-Luc Istin e desenho de Serge Fino. O segundo tomo não chegou a ser publicado até hoje.
Capa e prancha de "Morituri te Salutant..." por Istin (argumento) e Fino (desenho).
Primeiro tomo da série "Spartacus Gladiateur"Ed. Soleil (2004)  

"Blood and Sand" (Sangue e Areia) - publicada em quatro números pela editora norte-americana Devil's Due Publishing, e lançada antes da estreia da série televisiva com o mesmo nome - tem como autores Steven S. DeKnight, Jimmy Palmiotti, Aaron Helbing, Todd Helbing e Miranda Kwok (no argumento), e Adam Archer, Dexter Soy, Guilherme Balbi, Jon Bosco e Alan Jefferson (nos desenhos).
Mais tarde foi também adaptada a uma série de animação.
Capas dos quatro números de "Blood and Sand" - Ed. Devil's Due Publishing (2009/2010)
Prancha de "Blood and Sand" - Ed. Devil's Due Publishing (2009/2010) 

A revista BD "The Simpsons" inspirou-se na figura de Espártaco para um dos seus episódios... 
"O Imaginário de Milhouse van Houten", por Pat McGreal (texto) e
John Delaney e Andrew Pepoy (desenho e cores),
in "Simpsons One-Shot Wonderers" (Maio de 2012)
Entretanto, desconhecemos o autor desta BD, publicada na revista norte-americana "The Phoenix", onde Espártaco é personagem principal...
Prancha de "Corpse Talk", por autor que, por enquanto, desconhecemos,
in "The Phoenix" #85 (17.08.2013)
Em "La République des Esclaves" Espártaco é, de novo, relembrado e homenageado pela sua coragem, num trabalho de Duval e Pécau...
 
Prancha de "Spartacus et ses Partisans", por Fred Duval (texto) e
Jean-Pierre Pécau (desenhos), in revista "Jour J" #23 - Ed. Delcourt (2016) 

Por fim, registo para a colecção "Xtreme Champion Tournament" (XCT), banda desenhada de Shaun Paulet (criador/editor), Jerry Gaylord (lápis), Alex Sollazo (tintas), Gabriel Cassata (cores) e Przemyslaw R. Dedelis (legendas), entre outros, onde o personagem de Espártaco regressa ao presente sendo forçado a participar num torneio de luta... A edição é da editora online australiana C2M...
Capa e prancha de "Spartacus", por Shaun Paulet, Brendan Halyday, Jerry Gaylord e Gabriel Cassata, in Colecção "Xtreme Champion Tournament" - Ed. Comic2Movie (Austrália, 2019) 

​Pelo seu ideal, a sua valentia e seu sacrifício, através de aspectos históricos e alguns salpicos de lenda, Espártaco merecerá sempre a nossa absoluta admiração.

LB/CR