domingo, 17 de janeiro de 2016

PELA BD DOS OUTROS (19) - A BD DE MALTA

Localização de Malta na Europa
Hoje em dia, Malta é uma república, com a capital em Valeta, sendo membro da União Europeia e tendo o euro como moeda. Situada mais ou menos a meio do Mar Mediterrâneo, com a Itália para norte e a Tunísia para sul. Sendo um estado insular, tem como principais ilhas Malta, Gozo e Comino, e mais cerca de doze ilhéus desabitados.
O território terá sido povoado por cerca de 2.500 anos antes de Cristo, durante o Neolítico. Com uma situação estratégica, através dos tempos, foi cobiçada e dominada por diversos povos: fenícios, gregos, cartagineses, romanos, árabes, espanhóis, franceses, italianos e ingleses. O turismo e o seu mel de alta qualidade, são as maiores fontes de rendimento.
Línguas oficiais: maltês e inglês, se bem que o italiano também seja muito usado. Tem uma cultura muita vasta, rica e variada, sobretudo na Arquitectura, Pintura e Escultura, não lhe faltando também um bom lote de escritores em diversas vertentes, como por exemplo: os prosadores Frans Sammut e Joe Camilleri, os poetas Adrian Grima e Norbert Bugeja e os dramaturgos Francis Ebejer, Alfred Sant e Oreste Calleja. Pelas actrizes e actores, entre muitos outros, destacam-se: Roberta Angelica, Veronica Hurst, Sarah Harrison, Joseph Calleia, Lino Grech e Andrei Claude.
Pela religião, é um estado predominantemente católico.
Pelo longo período em que foi governada pela Ordem Soberana e Militar de Malta, na lista dos seus Grão-Mestres, contam-se quatro portugueses: D.Afonso de Portugal (1203-1206), D. Luís Mendes de Vasconcelos (1622-1623), D. António Manoel de Vilhena (1722-1736) e D. Manuel Pinto da Fonseca (1741-1773).
A BD Maltesa começou a afirmar-se tardiamente. O seu pioneiro terá sido Gorg Mallia, nos fins dos anos 60 do século passado. Mas outros mais se foram notabilizando, como: Norman C. Borg, Fabio Agius, Victor Pulis, Guzi Gatt, Mark Scicluna, Samuel Mallia e, o mais internacionalizado de todos, Joe Sacco.

De Gorg Mallia, salientam-se as séries, “One Family” e “Sargento Valleta”...
Tiras de "One Family"
Tira de "(Don't) Think!"

Com Mark Scicluna e Moira Zahra, a criação mais famosa é “A Space Boy Dream”...
Capa de "A Space Boy Dream"
Prancha de "A Space Boy Dream"

Fabio Agius, tem a já célebre “The Golden Lizard”...
Capa de "The Golden Lizard", por Fabio Agius, Le Galle e Ellul

Victor Pulis, “The First Siege”...

Capa e prancha de "The First Siege"

...e Guzi Gatt, “Il-Gawgaw u I-Imlejka” e “Kranium”.
Com Joe Sacco, da sua já grande obra, os títulos mais importantes são: “Palestina”, “The Fixer”, “Gorazde”, “Soba”, “Bumf”, etc.
Capa e prancha de "Palestine"

Capa e prancha de "Gorazde"

Capa e prancha de "Soba"

Vamos conhecer melhor (a Cultura não ocupa lugar e só nos enriquece...) a BD Maltesa e esquecer um pouco os “servilismos” bedéfilos vigentes?
LB

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

A VIDA INTERIOR DAS REDAÇÕES DOS JORNAIS INFANTO-JUVENIS na memória de José Ruy (15)


15) "SELECÇÕES BD"

Em 1988, pouco tempo depois de ter acabado a publicação do «Tintin», a Meribérica/Líber lançou uma revista com bastante qualidade, tanto na parte artística como no aspeto gráfico: «Selecções BD».
Foi nesta revista que publiquei um curso abreviado de BD durante dez números, por sugestão da Maria José Pereira e incentivado pelo Geraldes Lino que assistira durante três anos aos cursos que ministrara no «Instituto Médiocurso», em Lisboa.

Mas não é desta revista que vou falar, pois não tive uma permanência significativa na sua redação, e o propósito destes artigos é contar histórias que passei dentro desses locais onde nascem os sonhos.
Primeira série da revista «Selecções BD»

Vou contar, então, a minha experiência na redação das «Selecções BD», mas na sua segunda série, saída à estampa em 1998.
Esta redação estava instalada no edifício da editora Meribérica, na Avenida Duque d’Ávila, n.º 26, no terceiro e último andar. Era um edifício antigo com pisos de grande pé direito e que o Telmo Protásio havia ligado internamente ao prédio contíguo que também lhe pertencia. Tinha uma claraboia lindíssima que produzia um efeito de salão de exposições na sala de reuniões da editora.
Era diretora da revista a Maria José Pereira que trabalhava na editora havia tempo com a Natália Severino, que entretanto tinha sido colocada no Brasil como diretora da Meribérica nesse país. O chefe de Redação era o Jorge Magalhães que com a sua experiência e saber conseguiu uma seleção muito criteriosa das histórias importadas de quase todos os quadrantes, como dos Estados Unidos da América, de Itália, Espanha e França. Incluía alguma colaboração portuguesa.

O seu formato era fora do normal, 30 x 23 cm, em bom papel e com a particularidade de alguns dos temas do conteúdo roçarem o erótico, portanto para um público mais adulto ou pelo menos mais crescido. Não era uma revista infantil.
Eu de há muito que tinha boas relações com o Telmo Protásio, e nessa altura ele estava interessado em publicar histórias do Eduardo Teixeira Coelho. Sabendo da nossa grande amizade pediu-me se intercedia nesse sentido e efetivamente chegou a fazer um contrato vantajoso para o autor com o objetivo de reeditar toda a sua obra publicada em Portugal e no estrangeiro, embora infelizmente esse projeto não tivesse chegado a concretizar-se.
O Teixeira Coelho entretanto havia doado todos os seus originais, independentemente dos direitos autorais, ao «Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem» fundado recentemente na Amadora.
Vieram pacotes de França e de Itália com mais de 4000 pranchas da série «Ragnar» e outras histórias. Os originais vinham desordenados e como para se fazer o devido registo eram precisos muitos dias, combinou-se depositá-los na redação das «Selecções BD» que os iria utilizar mais tarde para a publicação.
E quem estaria à altura de organizar esses originais? Sem dúvida alguma a única pessoa entre nós com conhecimento e aptidão para tal, o Jorge Magalhães, que se disponibilizou voluntariamente a meter ombros nessa complicada e árdua tarefa.
A redação das «Selecções BD» circunscrevia-se a uma sala, com boas janelas para a Avenida Duque d’Ávila de onde recebia boa luz e nessa altura ficou «atravancada» com todo esse material. Andavam todos sob pressão, pela responsabilidade quanto ao que tinham em mãos. Era como se o prémio de um Euromilhões fabuloso que enchesse vários cofres, se encontrasse depositado numa casa sem as mínimas condições de segurança. O Jorge Magalhães estava apreensivo por isso e o que valeu foi que poucas pessoas se aperceberam do valor daquele acervo. Para muitos eram montes de papel velho e amarelecido com bonecos desenhados.
O Coelho trabalhava os originais ao dobro da publicação, e como o «Vaillant» tinha grande formato, essas pranchas atingiam uma medida maior do que A2. Daí a razão de desenhar em tiras para ser mais cómodo, que eram depois coladas com fita gomada para formarem a página.
As tiras que o Teixeira Coelho desenhava, isoladamente, e unia depois
formando a página para entregar na revista «Vailant» 

Com os anos as fitas tinham perdido a aderência e as tiras haviam-se solto na maior parte dos originais, misturando-se numa confusão tremenda. Como o herói, «Ragnar», era comum a todas as histórias só uma pessoa que conhecesse a fundo essas aventuras saberia localizar a qual pertencia cada tira. Efetivamente esse difícil trabalho de identificação ficou a dever-se ao conhecimento e memória do Jorge Magalhães, que sendo um fervoroso admirador do E T. Coelho conhecia (e conhece) de cor todas as suas histórias.
Depois de agrupadas, essas pranchas seguiram para o «bunker» do CNBDI onde se encontram devidamente acondicionadas em placas de «pH neutro» dentro de armários de aço beneficiando de condições especiais contra ácaros, humidade, inundações e incêndio. É o arquivo mais importante (creio) da Europa, albergando neste momento cerca de 15000 pranchas originais e desenhos de esboços, croquis tirados do natural, estudos, maquetas e capas de livros, de autores nacionais e também alguns estrangeiros.
O Teixeira Coelho iniciou então uma colaboração inédita para as «Selecções BD», com ilustrações e mesmo histórias em quadrinhos.

O ambiente na redação das «Selecções BD» era agradável e calmo, onde o Jorge Magalhães dedicava muitas horas de trabalho. Perto da sua secretária havia mais umas onde se sentavam funcionárias que ajudavam na paginação. A revista era composta por histórias de continuação e algumas que se completavam em cada número, e também por artigos sobre os autores em publicação, notícias de lançamentos de livros e de Festivais de BD.
Duas rubricas interessantes: no verso da capa, em todos os números, o José Carlos Fernandes criava uma ilustração referente ao mês. Na página a seguir, a 3, porque a numeração começava na capa, o Augusto Trigo (a maioria das vezes, mas também, de quando em vez, o Carlos Roque, o Estrompa e outros) encarregavam-se de fazer humor para apresentar o sumário, sob a nota de abertura do Jorge Magalhães.

Em dada altura o Jorge Magalhães mostrou desejo de que eu fizesse uma história para sair completa num número.
Lembrei-me de uma lenda que ouvira contar numa viagem ao Médio Oriente, por um guia, e construí um argumento a partir daí. Chamei-lhe «A Estátua Perdida» e era uma história baseada na célebre cena bíblica da mulher de Loth transformada numa estátua de sal quando da destruição de Sodoma e Gomorra. Tinha 10 páginas.
Uma página de "A Estátua Perdida"
Já no ano 2000, o Jorge Magalhães, que de há muito insistia para que eu retomasse as «Lendas Japonesas» que nos anos 50 do século XX iniciara na revista «Flama», me propôs que as publicasse nas «Selecções BD». Entusiasmei-me e voltei ao tema, pois embora tivesse publicado 9 lendas sobre as traduções de Wenceslau de Moraes, muitas mais tinham ficado por desenhar. Seria interessante continuar a série com novos títulos.
No entanto resolvi refazer a primeira lenda com que tinha iniciado a rubrica em 1949, «Amaterasu a Deusa da Luz do Sol», com uma diferença de meio século.
O Jorge Magalhães fez na sua apresentação essa comparação publicando a reprodução da primeira tira saída na revista «Flama».

Eis a primeira prancha da nova versão de «Amaterasu» e também a primeira de «As Duas Rãs Curiosas», esta desenhada pela primeira vez para as «Selecções BD».

Mais tarde, em 2012, dei cor a estas páginas e iniciei a publicação na revista «Alternativa Espaço Aberto».
Seguiram-se outras lendas, mas entretanto a Editora Meribérica começou a sofrer de desequilíbrios na sua gestão, o Telmo Protásio colocara no departamento de produção uma sua familiar que entendeu de passar a procurar no espaço europeu gráficas que nos seus tempos desocupados pudessem fornecer orçamentos mais em conta. Só que uma revista periódica não pode ficar à espera de uma oportunidade dessas vinda de Espanha, Itália ou de outro país. Tinha de cumprir prazos e mesmo a distância tinha uma grande importância, pois não era o mesmo de acabar a impressão numa oficina em Portugal e na mesma tarde ser entregue na distribuidora. Para ajudar, a distribuidora da editora faliu e feriu de morte a Meribérica. Esta suspendeu as publicações e ainda fez umas tentativas de recuperação, mas sem o retorno das vendas nem tendo acesso ao material distribuído, era difícil cumprir com os deveres para com as gráficas, acabou por se desativar.
As Lendas japonesas foram interrompidas.
Com este triste final da editora, terminam também, mas alegremente, estes artigos que já vão longos.
José Ruy

domingo, 10 de janeiro de 2016

OBRAS RARAS (2)

William Vance
C’ÉTAIENT DES HOMMES
O belga William Vance (aliás, William Van Custen), nascido em 1935, é um dos mais perfeitos e marcantes desenhistas da Europa. Pelos anos 60, para a revista “Tintin”, elaborou diversas histórias curtas, focando grandes homens da História. É a maioria  destas narrativas que em 1976, num exuberante a preto-e-branco, são reunidas em álbum pelas Editions Michel Deligne: “C’Étaient des Hommes”.
É espantosamente belo o traço do desenhista nestas breve biografias sobre personagens autênticos.
Na bibliografia de William Vance, contam-se as séries “Howard Flynn”, “Ringo”, “Bruno Brazil”, “Bob Morane”, “Ramiro”, “XIII”, “Bruce J.Walker”, etc, etc.





Artur Correia e António Gomes de Almeida
O PAÍS DOS CÁGADOS
É o irresistível humor do nosso mestre Artur Correia em plena força. Em hilariante caricatura, com texto de António Gomes de Almeida, relata a nossa História desde a queda da cadeira de António Oliveira Salazar até à eleição do general Ramalho Eanes.
Este divertido álbum, editado pelos autores em 1989, é definido pelos próprios como “um folhetim histórico-cómico contado a passo de cágado”. Em 2012, a Bertrand reeditou este álbum, a cores e com alguma actualização, mas, indubitavelmente, a primeira edição é a mais preciosa.
Na admirável bibliografia de Artur Correia, contam-se álbuns como “Aventuras de D. João e Cebolinha”, “O Romance da Raposa”, “Era Uma Vez Um Leão”, “Era Uma Vez Uma Águia”, “Era Uma Vez Um Dragão” (os três últimos, com argumento de Manuel Dias), “Esta Palavra Concelho” (com texto de Maria Alberta Menéres), “Auto da Barca do Inferno”, “História Alegre de Portugal” (em dois tomos, com texto de Manuel Pinheiro Chagas no primeiro e de António Gomes de Almeida, no segundo), "Os Nabos na Cozinha”, "Os Descobrimentos a Passo de Cágado” (estes, de parceria com António Gomes de Almeida), etc, etc.



Étienne Le Rallic
CAPITÃO FLAMBERGE
O francês Étienne Le Rallic (1891-1968) teve uma certa notoriedade pelas narrativas que foi desenhando com um esmero digno de aplauso. Foi também admirado em Portugal, onde várias das suas obras foram editadas.
Nos anos 50, elaborou exaustivamente, “Capitão Flambèrge” que será talvez, a “cereja no topo do bolo” de toda a sua obra. Foi publicada em álbum, em França, em 1979, pelas edições Glénat. O argumento é de Marijac (aliás, Jacques Dumas).
Este álbum nunca foi editado em Portugal, mas saiu por cá em duas partes: a primeira, semanalmente no “Cavaleiro Andante” do n.º 219 ao 339; a segunda e última parte, editou-se no “Álbum do Cavaleiro Andante” n.º 67.
Para quem gosta de narrativas de capa-e-espada,”Capitaine Flambèrge” é uma das mais belas e conseguidas.
Na bibliografia de Le Rallic, contam-se “Poncho Libertas”, “Les Mousquetaires de l’Océan”, “Jack Carter, Chevalier du Texas”, “Le Chevalier à l’Églantine”, etc.
LB

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

BREVES (20)



3.º SALÃO DE BANDA DESENHADA
DE AVEIRO CELEBRA "O MOSQUITO"
Inaugurou ontem, no Museu de Aveiro - Santa Joana, o 3.º Salão de Banda Desenhada, cujo mote é os 80 anos da revista "O Mosquito".
Destaque para os autores que "nasceram" com aquela revista (onde, obviamente, se inclui Eduardo Teixeira Coelho), mas também para outros autores portugueses que acompanharam a evolução da BD portuguesa noutras publicações como o "Cavaleiro Andante", "Mundo de Aventuras", "Diabrete", "Jornal do Cuto" ou "Tintin".
O salão pode ser visitado até 17 de Janeiro.








EXPOSIÇÃO "ESTÚPIDOS, MALDOSOS E SEMANAIS"... NA BEDETECA DA AMADORA
Também ontem, na cidade da Amadora, inaugurou a exposição documental "Estúpidos, Maldosos e Semanais. Uma Constelação em Torno do Charlie Hebdo".
No dia 23 haverá um debate associado a este evento com hora a divulgar posteriormente.
A exposição ficará patente até 30 de Janeiro e pode ser visitada de terça-feira a sábado, das 10:00 às 18:00 h.



ALMOÇO-CONVÍVIO DOS 80 ANOS DE "O MOSQUITO"
No próximo dia 16, sábado, realiza-se o já tradicional almoço-convívio entre leitores e admiradores da mítica revista "O Mosquito".
Depois do repasto, pelas 16:00 horas, haverá um colóquio com José Ruy ("Como entrei para O Mosquito"), nas novas instalações do Clube Português de Banda Desenhada (antigo CNBDI).



BRONCA EM ANGOULÊME (?)
Trinta nomes, muitos deles de "grandes" do mundo dos quadrinhos como Frank Miller, Chris Ware, Alan Moore, Milo Manara, Stan Lee, Emmanuel Guibert, Quino, Jiro Taniguchi, Joann Sfar ...
Trinta nomes indiscutíveis, mas apenas homens; nenhuma mulher.
O anúncio da lista de autores elegíveis para o Grand Prix no 43.º Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême (entre 28 e 31 de Janeiro próximo) gerou um rebuliço no meio da nona arte, na última terça-feira, ao ponto de o colectivo de autores apelar para um boicote ao voto destinado a designar os três finalistas desta eleição reservada para profissionais da indústria.
A poucos dias da abertura de portas, a organização de um dos mais prestigiados festivais BD do Mundo tem entre mãos uma pequena batata quente...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

OBRAS RARAS (1)

Aviso aos navegantes: para aguçar o “apetite” ou a lógica curiosidade, iniciamos hoje uma nova rubrica, “Obras Raras”, que focará apenas a BD, nacional e não só, que existe em álbum, mas que são obras difíceis de se encontrar, mesmo nos alfarrabistas. Daí o serem classificadas de raras, independentemente da qualidade das mesmas, segundo o estilo dos respectivos criadores.


Claude Auclair
BRAN  RUZ
Maravilhosa narrativa desenhada pelo francês Claude Auclair (1943-1990), com argumento de Alain Deschamps, “Bran Ruz” foi publicado na revista “(A Suivre)” e, em 1981, em álbum pela Casterman.
Com base nos usos e costumes dos celtas, é uma obra que encanta plenamente e que está desenhada com toda a perícia artística de Auclair.
Na bibliografia deste desenhista contam-se outros belos exemplos, como “Os Náufragos do Arroyoka”, “Simon du Fleuve”, “Celui-là”, ”Le Sang du Flamboyant”...









Eugénio Silva
MATIAS SÁNDOR
Com base no romance homónimo (com o apelido Sandorf e não Sándor ) de Jules Verne, é uma das mais belas criações do nosso Eugénio Silva, nascido no Barreiro (onde reside) a 25 de Fevereiro de 1937.
Verne usou o apelido russo para o herói, mas Silva adaptou para o apelido húngaro, já que é esta a nacionalidade do personagem central. Fernando Bento também adaptou esta obra (que não existe em álbum)  para a revista “Diabrete”.
“Matias Sándor” foi editado em álbum pela Publica, em 1983.
Na bibliografia de Eugénio Silva inserem-se obras, como “História de Seia”, “Eusébio, o Pantera Negra”, “Inês de Castro”, “A História do Concelho do Seixal”, “O Crime de Arronches”, “Amoni”, “José do Telhado” (inédito), “O Rapaz da Boina”, etc.
LB