quinta-feira, 10 de abril de 2014

A BD A PRETO E BRANCO (11) - As escolhas de Carlos Rico (1)

Este tema, "A BD a Preto e Branco", surgiu de forma casual, em conversa com Luiz Beira. Na altura, o meu "sócio" do BDBD disse-me (como sempre diz, cada vez que lhe proponho novos temas para o blogue) que "sim senhor, era uma boa ideia mas que o assunto requeria muito tempo para escolher os autores, pesquisar sobre cada um e mais isto e mais aquilo"...  
A verdade é que o tema caiu-lhe de tal forma “no goto” que, poucos dias depois, me enviou uma lista com as suas escolhas, num total de 20 autores.
Começámos de imediato a trocar impressões, logo confirmando aquilo que já antevíamos: a lista pecava por defeito, pois embora estivesse recheada de grandes nomes faltavam muitos e bons desenhadores que, sem dúvida, também mereciam uma referência. 
Seria sempre difícil listar todos os grandes mestres da BD a Preto e Branco, mas a verdade é que faltavam demasiados "monstros sagrados" para deixarmos as coisas tal como estavam. Resolvemos, então, fazer o seguinte: o Luiz Beira escolheria mais 10 autores e eu faria a minha própria lista (também ela de 30 autores), perfazendo as nossas escolhas um total de 60 desenhadores! Desta forma, conseguiríamos ser muito mais abrangentes e, ao mesmo tempo, não se cometeriam tantas injustiças quantas as que, inevitavelmente, se cometerão num leque, ainda assim, bastante curto. 
Da minha lista – que hoje começamos a divulgar – fariam parte muitos dos autores que o Luiz, entretanto, já seleccionara. Nesse aspecto, tive alguma vantagem e acabei por optar por nomes que, por falta de espaço, provavelmente não entrariam numa primeira escolha.
Uma nota final apenas para dizer que, ao contrário de Luiz Beira, que decidiu ordenar alfabeticamente os autores que seleccionou, as minhas escolhas serão apresentadas de forma completamente aleatória.
E chega de conversa. Vamos, então, continuar esta viagem pelo mundo da BD a Preto e Branco.
CR

CARLOS GIMÉNEZ (1941)
É, incontestavelmente, um dos grandes autores espanhóis de sempre. Nascido em Madrid, o seu extraordinário talento espraiou-se em séries como "Gringo" (com vários episódios publicados no saudoso "Mundo de Aventuras"), "Dani Futuro", "Barrio", "Los Professionales", "Pepe", "Kulao, o Leproso" e, acima de todas, a autobiográfica "Paracuellos", onde o autor retrata a infância difícil de um grupo de crianças maltratadas numa instituição social. 
Tem uma carreira recheada de homenagens e distinções, destacando-se as que lhe foram atribuídas nos Salões de Barcelona e Madrid. 
Prancha de "Rambla Arriba Rambla Abajo", da série "Los Professionales"

Prancha de "Paracuellos"




ENRIC SIÓ (1942-1998)
Este versátil autor catalão (para além de banda desenhada, fez ilustração, publicidade e fotografia) publicou histórias em revistas como Valentine (Inglaterra), Pilote (França), Linus (Itália) ou Totem (Espanha). 
A sua obra-prima é a série "Mara". 
Desenhou, também, alguns episódios de "Battler Britton" (conhecido entre nós como Major Alvega). Foi-lhe atribuído, entre outras distinções, o Troféu Yellow Kid para Melhor Autor Estrangeiro, em 1971. Dois anos antes, o Salão de Luca (Itália), já o premiara pelo seu trabalho em "Aghardi".


Prancha de "Mara"

Prancha de "Aghardi"



TONY WEARE (1912-1994). 
Cidadão inglês, com o seu traço (aparentemente) "rude" tão característico, tem como obra de honra a série western "Matt Marriott" (com vários episódios publicados em Portugal no Mundo de Aventuras; actualmente, esta série está a ser recuperada e editada em formato fanzine por José Pires). Por doença que o ia imobilizando, não suportando a situação, suicidou-se a 2 de Dezembro de 1994. Ficou-nos a sua tão apreciada obra.



Duas tiras de "Matt Marriott"

Nota: A rubrica "A BD a Preto e Branco" será subdividida entre as escolhas pessoais de Luiz Beira (10 posts e 30 autores) e de Carlos Rico (idem), num total de 60 autores! As duas imagens que ilustram a obra de cada autor foram criteriosamente escolhidas por Luiz Beira e Carlos Rico e por esta ordem serão sempre apresentadas.

sábado, 5 de abril de 2014

NOVIDADES EDITORIAIS (51)

A BATALHA - Editora: Gradiva. Argumento e arte gráfica de Pedro Massano, com base em textos de Fernão Lopes e Jean Froissart, entre outros.
"A Batalha - 14 de Agosto de 1385" é um espectacular álbum-BD há muito aguardado pelos bedéfilos portugueses, tanto mais que a arte de Pedro Massano merece sempre os mais calorosos aplausos.
E, se a feitura desta obra deu um grande trabalho ao autor, o resultado foi maravilhosamente conseguido. Parabéns, Pedro Massano!
"A Batalha" é um álbum de leitura obrigatória.


 
LE PRIX DU SANG ET DES LARMES - Editora: Lombard. Argumento de Jean-Christophe Darrien e traço de Claude Plumail. É o quarto e último tomo da série "Résistances". Com base histórica no drama da França ocupada pelos nazis, indo até à libertação de Paris, centram-se nesta obra, dois homens e uma mulher... em três modos de resistir durante a sinistra e trágica ocupação da França pelas forças de Hitler. Uma série com alta e emotiva carga dramática.


 
LA CHUTE - Editora: Akileos. Argumento de Jordan Mechner e grafismo de LeUyen Pham e Alex Puvilland. "La Chute" é o primeiro tomo da curta série "Templiers". Empolgante narrativa focando os Templários e as intrigas politicas de Paris (o rei Filipe IV, o Belo) e do Vaticano (o papa Clemente V) que determinaram as crueldades para exterminar os Cavaleiros do Templo na ambição para a posse de um hipotético tesouro...


 
UN VOLEUR DANS LA LOI - Editora: Casterman. Argumento de Jérôme Pierrat e arte gráfica de Vincent Burmeister. "Un Voleur dans la Loi" é o primeiro tomo da série "Vor". Narrativa violenta e escaldante, inspirada em factos reais, é um mergulho ao coração dos clãs mafiosos aparecidos do antigo Bloco Soviético.
Feroz, quanto basta!


 
ET LES EAUX INVAHIRENT LA TERRE - Editora: Lombard. Argumento de Darren Aronofsky e Ari Handel, e grafismo de Niko Henrichon. "Et les Eaux Invahirent la Terre" é o terceiro e penúltimo tomo da série "Noé", contando através de várias cenas espectaculares, o episódio bíblico do famoso Dilúvio.
Neste álbum, precisamente, o início da invasão das imensas águas a dominar a terra e a dizimar os ímpios...

sexta-feira, 28 de março de 2014

HERÓIS INESQUECÍVEIS (26) - BRUNO BRAZIL

A 17 de Janeiro de 1967, na edição belga da revista "Tintin", surgiu a primeira aventura de Bruno Brazilcom argumento de Greg (então assinando como Louis Albert) e arte gráfica de William Vance.
William Vance e Greg, autores de Bruno Brazil
Tratava-se da narrativa em cinco pranchas "Une Fleur Pour Cible", publicada com o título "Objectivo: uma Flor", quando foi editada em 1968 na edição portuguesa da revista "Tintin". Seguiram-se, nesse mesmo ano de 1967, mais quatro histórias curtas, cada uma com sete pranchas: "Piège Sous Globe" (Os Globos da Morte), "Réseau Diamant" (A Rede Diamante), "Le Bouclier de Verre "(O Escudo de Vidro) e "Les Poupées Ont la Vie Dure" (A Vida das Bonecas é Dura).
Bruno Brazil, inspirado em James Bond e com cabelos brancos, tal como o seu "colega" Bernard Prince (desenhado por Hermann), é um agente secreto corajoso, audacioso e atrevido. Trabalha a solo, seguindo de muito perto as instruções do seu enigmático superior, o Coronel L .
O êxito das narrativas é tão grande que, em 1968, vive a primeira grande história (44 pranchas), "Le Requin Qui Mourut Deux Fois" (O Tubarão Que Morreu Duas Vezes).


 
À esquerda, a primeira edição de "Le Requin Qui Mourut Deux Fois" (1968).
À direita, uma reedição da Lombard (1975) 

Mas Brazil, logo a seguir, fica a chefiar uma equipa por decisão do Coronel L: o famoso "Comando Caimão", cuja primeira narrativa tem precisamente este título. Quem são este elementos escolhidos a dedo? Aí vai: o latino-americano e ex-gangster Felipe "Gaúcho" Morales; Whip Rafale, antiga artista de circo e especialista no uso do chicote; Texas Broncorápido pistoleiro que participava em rodeios; Billy Brazilo irmão mais novo de Bruno e acabado de sair da academia militar; e, Lafayette Big Boy, ex-jockey de provas hípicas, exímio no uso de seu io-iô de aço.
O "Comando Caimão"
Seguem-se: "Les Yeux Sans Visage" (Os Olhos Sem Rosto), "La Cité Pétrifiée" (A Cidade Petrificada), "La Nuit des Chacals" (A Noite dos Chacais), "Sarabande à Sacramento" (Sarabanda em Sacramento) e "Des Caïmans Dans la Rizière" (Batalha no Arrozal).

 

 

Greg quis fazer algo diferente nos seus textos, humanizando objectivamente os heróis, que também fracassam, sofrem e morrem. E nesta batalha no arrozal, acontece a primeira baixa: Lafayette Big Boy tem um fim trágico. Este "assassinato" pelo argumentista chocou e revoltou os fiéis bedéfilos da série, mas nada feito!
É ainda neste episódio que Bruno Brazil conta com o apoio do garoto órfão tailandês Maï, que posteriormente virá a adoptar, e que conhece Gina Loudeac, turista-jornalista francesa, por quem se vem a apaixonar e acabará por casar.
Na aventura seguinte, "Orage aux Aléoutiennes" (Tempestade nas Aleutas), um novo elemento vem substituir Big Boy no "Comando": Tony Nomade, de longos cabelos loiros, com aparência de um "hippie"... e que usa uma estranha guitarra que afinal, não é um mero instrumento musical... E, no álbum seguinte (o nono), "Quittte ou Double Pour Alak 6" (Tudo ou Nada: Alak 6), novas baixas no "Comando Caimão"; num acto heróico, morrem juntos, Texas Bronco e Billy Brazil.
A existência da "equipa Caimão" está aparentemente  a chegar ao fim... O próprio Bruno Brazil parece cansado,e desinteressado de aventuras. No entanto, uma décima grande aventura começou a ser elaborada, "La Chaîne Rouge"  (A Corrente Vermelha), mas ficou inacaba. Aqui aparece um novo elemento, a bela loira Cheree Lamour.
A belga Éditions du Lombard, num belo e atento gesto, reeditou na "versão integral" (três tomos) todas as aventuras de Bruno Brazil, incluindo a incompleta "La Chaîne Rouge", a novela "Demandez Papa Confucius" de Jacques Acar (usando os personagens da série e com algumas ilustrações soltas de Vance) e ainda, três histórias curtas: "À Un Poil Près" (13 pranchas), "Ne Tuez Pas Les Immortels (8 pranchas) e "Fausses Manoeuvres et Vraies Embrouilles" (11 pranchas).
Capas dos três volumes da versão integral de Bruno Brazil (Editions Lombard)
Em Portugal, muitas das aventuras de Bruno Brazil foram publicadas na edição portuguesa da revista "Tintin", mas, quanto a álbuns, apenas três (!!!) pela Bertrand: "Batalha no Arrozal", "A Noite dos Chacais" e "Sarabanda em Sacramento". Que pena, da parte editorial portuguesa, esta desfeita a um dos mais encantadores heróis (série) clássicos da Banda Desenhada!..
LB
Prancha de "Sarabanda em Sacramento"
Prancha de "Orage aux Aléoutiennes"
Prancha de "Batalha no Arrozal"




domingo, 23 de março de 2014

A BD A PRETO E BRANCO (10) - As escolhas de Luiz Beira (10)

NOËL GLOESNER (1917-1995). 
Francês, pleno de um invejável, encantador e elegante grafismo, talvez devido à sua natural humildade, quase nunca lhe fizeram (ou fazem) a devida justiça pela sua arte. Algumas obras suas foram logo editadas com côr. Mas, pelo seu tão apreciado preto e branco, temos, por exemplo, "Mademoiselle Demi-Solde", "L'Orpheline du Far-West", "Boule de Neige ", etc., e acima de todas, a espantosa, longa e emotiva narrativa "Perdida na Tempestade" (Mademoiselle Ci-Devant), publicada em Portugal no "Cavaleiro Andante" (do n.º 210 ao n.º 313), tendo então feito um furor imenso no entusiasmo dos bedéfilos portugueses.
Arte de Noël Gloesner
Prancha de "Hello Jim"




PUIU  MANU (1928).  
É um dos mais consagrados desenhistas romenos, sempre jovem e imparável a desenhar. Embora algumas vezes tenha abordado a cor, a sua vastíssima obra assenta sobretudo numa correcta linha a preto e branco. Da sua extensa bibliografia, salientam-se os títulos "Ionita Tunsu", "Trei Luni de Vacantâ in Trecut", "Invincibilul", "Toate Pânsele Sus!", etc.


Prancha de "Ionita Tunsu"
Mais uma prancha de "Ionita Tunsu"



VÍTOR PÉON (1923-1991). 
Um português sempre pleno de entusiasmo criativo. Imenso!... Abordou diversos temas, do humorístico ao histórico e ao "western". Claro que a maioria só o relaciona ao herói "Tomahawak Tom". Mas Péon criou uma infinidade de narrativas (excluindo as que deixou incompletas ou apenas idealizadas), como "Ted Kirk" (duas narrativas), "Pirro", "A Reconquista de Angola", "João Davus", "A Vingança do Jaguar", "Gesta Heróica", "As Viagens de Diogo Cão", etc. Mas, para aqui, escolhi uma prancha de ""Aventura na Selva"...
Arte de Vítor Péon 
Prancha de "Reg Tooper, o Renegado"

Nota: A rubrica "A BD a Preto e Branco" é subdividida entre as escolhas pessoais de Luiz Beira (10 posts e 30 autores) e de Carlos Rico (idem), num total de 60 autores! As duas imagens que ilustram a obra de cada autor foram criteriosamente escolhidas por Luiz Beira e Carlos Rico e por esta ordem serão sempre apresentadas.

quarta-feira, 19 de março de 2014

A BD A PRETO E BRANCO (9) - As escolhas de Luiz Beira (9)



JOSÉ RUY (1930). 
Nascido na Amadora, tem exposto e tem sido publicado nos mais diversos países. É o desenhista português com o maior número de álbuns editados, focando os mais diversos temas. Há bons anos a esta parte, tem apostado na cor, mas não podemos olvidar o seu traço pelo preto e branco.
Prancha de "Porque Não Hei-de Acreditar na Felicidade?"
Prancha de "Amaterasu, a Deusa da Luz do Sol" (da série "Lendas Japonesas")

MILO MANARA (1945). 
É mais um italiano a brilhar com o seu talento gráfico no preto-e-branco. Foi desenhista de alguns argumentos de Hugo Pratt. Tem obra de peso (às vezes, espraiando-se pelo campo erótico-pornográfico), sempre muito aplaudida. Numa vertente menos conhecida, porém marcante, abordou em jeito de julgamento judicial, algumas figuras da História. Daqui, por exemplo, o caso do paranóico e cruel "Robespierre".


Prancha de "Robespierre"
Prancha de "Verão Índio"




MILTON CANIFF (1907-1988). 
Aqui temos um dos mais admirados e clássicos desenhistas norte-americanos, inspirador - e às vezes "copiado" - de tantos outros colegas, fossem ou não seus compatriotas. Fabuloso no seu preto-e-branco!... Para além de "Terry e os Piratas", o seu "Steve Canyon" entusiasmou e ainda hoje entusiasma muito bom bedéfilo.
Prancha de "Steve Canyon"

Prancha de "Terry and the Pirates"



Nota: A rubrica "A BD a Preto e Branco" é subdividida entre as escolhas pessoais de Luiz Beira (10 posts e 30 autores) e de Carlos Rico (idem), num total de 60 autores! As duas imagens que ilustram a obra de cada autor foram criteriosamente escolhidas por Luiz Beira e Carlos Rico e por esta ordem serão sempre apresentadas.

domingo, 16 de março de 2014

HERÓIS INESQUECÍVEIS (25) - IZNOGOUD

"Quero ser primeiro-ministro no lugar do primeiro-ministro!"... Onde será que já ouvimos isto?!... Ou não terá sido em Portugal? 
Não, não foi!... Os personagens são outros e o país é um desses do mundo das "mil e uma noites". Que confusão a nossa!
Afinal, trata-se do mesquinho, ambicioso e pândego grão-vizir Iznogoud, servidor hipócrita do califa Haroun El Poussah, que ele tanto inveja e que por isso, sempre escabuja enraivecido que quer ser "califa no lugar do califa" (Je veux être calife à la place du calife!). Ora pois!...
René Goscinny e Jean Tabary
Esta série apareceu na "Record" (publicação francesa) a 15 de Janeiro de 1962, com argumentos de René Goscinny (1926-1977) e arte gráfica de Jean Tabary (1930-2011). Por sua vez, o nome Iznogoud, deriva da expressão inglesa "He's no good" (Ele não é bom), que tem como seu cúmplice o bronco Dilat Larat. Por outro lado, o bonacheirão do califa Poussah, também não é bem uma flor que se cheire...Enfim, trapalhadas atrás de trapalhadas que resultam no bem divertir os leitores.
Inicialmente como personagem secundário, Iznogoud, caiu cedo na popularidade e daí, o ser eleito como a figura mais grata da série (tal como Haddock em relação a Tintin ou Gaston Lagaffe em relação a Spirou e Fantásio, por exemplo).
 "Le Grand Vizir Iznogoud", o primeiro álbum da série (1966)

Depois do falecimento de mestre René Goscinny, Tabary assumiu-se como autor completo da série, que conta com mais de uma trintena de álbuns, muitos deles traduzidos e editados em diversos países. Em Portugal, foram editados
oito: três pela Meribérica-Líber e os outros cinco pela Asa.
No entanto, em Portugal, a estreia de Iznogoud aconteceu na revista "Pisca-Pisca" em Março de 1968, onde várias "tropelias" suas foram publicadas. Mas também se editaram algumas no "Jornal da BD" e na revista "Flecha 2000".
Nicolas Tabary
E assim é que, em cada episódio, Iznogoud arranja um método infalível para se desembaraçar do califa e tal, sempre se reverterá infalivelmente contra ele. E o gorducho e pouco inteligente Poussah,  persistirá a chamar ao seu vizir de "meu bom Iznogoud"!...
Com a morte de Jean Tabary, é Nicolas Tabary (seu filho) quem, actualmente, assegura a continuação das aventuras de Iznogoud.
Claro que a espantosa popularidade desta série não se limitou à Banda Desenhada.
A partir de 1995, a televisão francesa (via Cinema de Animação), começou a emitir adaptações desta série. 
"Iznogoud" - série de animação realizada por Bruno Bianchi

E, em 2005, Patrick Braoudé, realizou a longa-metragem "Iznogoud" com actores de carne e osso, tendo nos principais papéis Michaël Youn (Iznogoud), Jacques Villeret (Haroun El Poussah) e Arno Chevrier (Dilat Larat). 
Introdução do filme "Iznogoud, Calife a la Place du Calife" (2005)

Não vimos, até ao momento, este filme e tão pouco nos consta que tenha sido exibido em Portugal... Se foi, a publicidade terá sido ínfima, que nem demos por ela.
LB

Cartaz do filme "Iznogoud, Calife a la Place du Calife"




O primeiro álbum desenhado inteiramente por Nicolas Tabary, sendo responsáveis
pelo argumento Muriel Tabary-Dumas e Stéphane Tabary, irmãos de Nicolas.
O último álbum da série (até o momento), com desenho de Nicolas Tabary e
argumento de Nicolas Canteloup e Laurent Vassilian