quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

NOVIDADES EDITORIAIS (46)

ARDALÉN - Editora: Asa. Autor: Miguelanxo Prado.
Já tínhamos boas saudades de ler algo de novo sob a criação deste grande autor da Galiza. E aí está agora nos escaparates este belíssimo álbum, "Ardalén".
Na zona galega onde sopra o estranho vento Ardalén, vindo do Atlântico, a jovem Sabela investiga e tenta reconstruir o que for possível, da sua história... Vai-lhe valendo o velhote Fidel, um tanto louco e um tanto desmemoriado, que vive solitário e tem bizarras  visões.
Como se cita nesta obra, "Somos o que recordamos. Mas a memória não é um registo objectivo e inalterável". Por isto e por aquilo, "quem não recorda, não vive".
"Ardalén" é uma obra encantadora de leitura obrigatória.

CONQUISTADOR / 3 - Edição Glénat. Autores: Jean Dufaux (argumento), Philippe Xavier (traço) e Jean-Jacques Chagnaud (cores).
É o terceiro tomo da série "Conquistador", plena de momentos altamente
violentos, onde coisas muito estranhas vão acontecendo... Os conquistadores
espanhóis, entre si divididos, buscam as riquezas do império azeteca gerido
por Montezuma. Mas a selva dessa região, a América Central, alberga outras
e insólitas forças que sabem actuar na ocasião própria...

L'ONCLE PAUL PAR JEAN GRATON - Edição Dupuis. É um integral compilando as histórias curtas baseadas em factos reais, que Jean Graton elaborou para a revista "Spirou", bem antes de iniciar a famosa série automobilística "Michel Vaillant" para a revista "Tintin": "Les Belles Histoires de l'Oncle Paul par Jean Graton".
Acontece que Oncle Paul  esconde a acção de diversos argumentistas.
Nestas 37 histórias, Dino Attanasio é o argumentista de duas, Jean-Michel Charlier de três  e o "Oncle Paul" das restantes trinta e duas, é Octave Joly.
Em jeito de prefácio, o texto biográfico (e não só) de apresentação é da autoria de Morgan Di Salvia.


L'OMBRE D'HÉCATE - Edição Casterman. Argumento de Blandine Le Callet e grafismo de Nancy Peña. As cores são de Sophie Dumas e Céline Badaroux-Denizon. Ou seja, uma série toda efectuada por mulheres dedicadas à Banda Desenhada.
"L'Ombre d'Hécate" é o primeiro tomo da série "Médée".
Medeia, forte personagem das lendas histórico-mitológicas da Grécia Clássica,
foi celebrada por muitos autores, donde se destaca a tragédia homónima escrita
por Euripides (480-406, AC). Há versões diversas, se bem que próximas, sobre
a lenda de Medeia. Princesa da Cólquida (hoje República da Geórgia), teria alguns poderes pela feitiçaria. Apaixonou-se por Jasão (que comandava os famosos Argonautas), ajudando-o a apoderar-se de Velo (ou Tosão) de Oiro, fugindo com Jasão e os Argonautas. Mais tarde, toma conhecimento que Jasão já não a ama e que a trai e se predispõe a casar com Creusa. Num gesto de cruel vingança, mata os filhos que tivera com Jasão e foge.
As autoras desta série mitológica propõem-se dismistificar a lenda e narrar a
verdade histórica de Medeia...

LE SANG DES INITIÉS - Edição Les Humanoïdes Associés. Argumento de Alain Paris e arte gráfica de Val (aliás, Valérian Taramon). "Le Sang des Initiés" é o segundo tomo da marcante série "Jaemon".
Neste segundo tomo, Jaemon, aparece já como um jovem adulto. Príncipe bastardo, perseguido sempre por uns e zelosamente protegido por outros, ele é, no entanto, um predestinado, pois nasceu com a marca sagrada dos antigos Atlantes nas suas costas... E tudo isto se passa na Antártida, em tempos que o tempo já esqueceu, quando este continente ainda estava longe de ser todo coberto de gelo...
"Jaemon" é uma série sumptuosa, com um certo cariz "histórico" e plena de enigmas. Uma série que terá quatro álbuns no total.

sábado, 4 de janeiro de 2014

A BD A PRETO E BRANCO (4) - As escolhas de Luiz Beira (4)

FERNANDO BENTO (1910-1996). 
É outro incontornável talento português e com uma obra vastíssima, com a maior parte "perdida" e dispersa em revistas da época. Em muitas delas, como no "Diabrete" e no "Cavaleiro Andante", deram cor a variadíssimas pranchas, sem qualquer respeito e atenção pelo traço do artista, o que resultou por vezes numa autêntica "borrada". Da sua obra imensa, salienta-se: "A Ilha do Tesouro", "Serpa Pinto", "Nuno Álvares Pereira", "As Minas de Salomão", "Moby Dick", "A Torre das Sete Luzes", etc, etc. 
Prancha de "As Mil e Uma Noites"
Prancha de "Um Campeão Chamado Joaquim Agostinho"

FRANCO CAPRIOLI (1912-1974).
É um dos maiores desenhistas italianos de sempre. O seu jogo gráfico com o preto e branco é apenas... espectacular. A cor (que foi dada em certas edições ou reedições) só estragou - digamos, "apagou" - o valor refinado do seu traço. Fica aqui um exemplo, ainda puro, da sua criação: "O Elefante Sagrado".
Prancha de "O Elefante Sagrado"
Prancha de "Nell'avventura del Mare"



FRANÇOIS SCHUITEN (1956). 
Belga, tem vasta e esmerada obra, donde se salienta a série de culto, "As Cidades Obscuras", em parceria com o seu amigo de infância, Benoît Peeters. Vários tomos foram editados em Portugal. 


Prancha de "A Febre de Urbicanda"
Prancha de "A Teoria do Grão de Areia"

Nota: A rubrica "A BD a Preto e Branco" é subdividida entre as escolhas pessoais de Luiz Beira (10 posts e 30 autores) e de Carlos Rico (idem), num total de 60 autores! As duas imagens que ilustram a obra de cada autor foram criteriosamente escolhidas por Luiz Beira e Carlos Rico e por esta ordem serão sempre apresentadas.

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

PELA BD DOS OUTROS (10) - A BD DAS FILIPINAS

Localização das Filipinas na Ásia
Nação-arquipélago com a capital em Manila, é banhada pelo Oceano Pacífico (que não é nada pacífico...). As Filipinas e Timor-Leste são os únicos países da região que seguem a Fé católica. Tornaram-se independentes em 1898. 
A moeda é o peso filipino.
Aqui  chegou em 1521 o nosso épico navegador Fernão de Magalhães, que na região faleceu em combate a 27 de Abril desse ano. É um país sofredor pelos tufões, erupções vulcânicas, terramotos, pelas ditaduras que por lá funcionaram, pelo domínio espanhol e depois pelo dos norte-americanos, suportando ainda a guerrilha de uma minoria islâmica. Como idiomas, predominam o local tagálog e o inglês e ainda, alguns resquícios do castelhano, sobretudo nos nomes e apelidos.
Com uma respeitável força cultural, tem como escritores famosos José Rizal, Antonio Luna, Arturo Relleza Rotor, Antonio M. Molina, etc. 
Nas artes cénicas, distinguem-se os actores Daniel Padilla, Mylene Dizon, Perla Bautista e Derek Ramsay, entre outros.
Pelo mundo dos seus "Komics" (Banda Desenhada), este país é considerado como o que abrange o maior número de desenhistas, depois dos Estados Unidos.
A vasta quantidade também pressupõe um bom lote na qualidade, comprovada nas produções. Daí, vamos citar apenas exemplos, a saber: Tony de Zuñiga, Alfredo Alcala, Mar Amongo, Ernie Chan, Alex Niño (que, de entre as suas criações, regista a bela adaptação do célebre clássico literário, "O Homem Invisível"), Nestor Redondo, Vicatan (que teve o conseguido arrojo de adaptar à BD, três peças de William Shakespeare: "Otelo", "Macbeth" e "Júlio César"), Gerry Talaoc, Lan Medina, Nardo Cruz, Virgilio Redondo, Frank Redondo, Val Calaquian, Fred Carrillo, Eufrónio Reyes Cruz (que assina como E. R. Cruz) e, nos mais novos, Carlo Pagulayan.
Lan Medina, Alex Niño e Carlo Pagulayan - três autores filipinos de muito talento.
Vários desenhistas filipinos ultrapassaram o espaço do seu país e foram aceites e publicados noutros países, mormente nos Estados Unidos da América. Alguns exemplos foram também editados em português pela nossa extinta editora Publica. E ainda na lusofonia, por exemplo, "O Homem Invisível", na versão desenhada por Alex Niño, foi editado no Brasil e em Moçambique.
Prancha de "O Homem Invisível", por Alex Niño
É tempo da BD Filipina ser condignamente "descoberta" pelos bedéfilos portugueses!...
LB

Prancha de "A Ilha do Tesoiro", por Nardo Cruz
Prancha de "O Príncipe e o Pobre", por E. R. Cruz
Prancha de "Caninos Brancos", por Fred Carrillo
Prancha de "O Máscara de Ferro", por Frank Redondo
Prancha de "Viagem ao Centro da Terra", por Val Calaquian
Arte de Tony de Zuñiga
Arte de Nestor Redondo

sábado, 28 de dezembro de 2013

LITERATURA E BD (2) - GIL VICENTE NA BANDA DESENHADA

Estátua de Gil Vicente, datada de 1842,
da autoria de Francisco de Assis Rodrigues
Gil Vicente  ou "Mestre Gil", como respeitosamente também é tratado, é uma valorosa figura da nossa Cultura que tem certos aspectos discutíveis a envolvê-lo. Isto, porque o tomam como o grande notável do Teatro Português e também como exímio ourives.
Não há acordo, pois doutos estudiosos divergem nos seus pareceres: o Gil Vicente dramaturgo e ourives, era uma só e mesma pessoa ou havia dois com o mesmo nome e, de certo modo, contemporâneos?
Mas é o Gil Vicente autor-encenador-actor que agora e aqui nos interessa.
Terá nascido pelo ano de 1465, não havendo certezas do local: Guimarães? Lisboa? Ou algures na zona da actual Beira Interior?
Viveu protegido pela Corte (D. Manuel I e D. João III). Frequentou altos estudos em Portugal e em Espanha e é possível que também se tenha cultivado por breve tempo em França. 
Casou com Branca Bezerra (donde dois filhos) de quem enviuvou, casando depois com Melícia Rodrigues, que lhe deu mais três filhos: Paula, Luiz e Valéria. Destes, foram os dois primeiros que compilaram até onde foi possível, os textos dispersos (teatro e poesia) do pai.
Mesmo assim, alguns foram criminosamente censurados pela Santa Inquisição.
A sua obra com as devidas ideias, localiza-se na transição da Idade Média para o Renascimento.
Sabe-se que escreveu, pelo menos, 47 peças mas quatro delas ("Auto da Vida no Paço", "Jubileu de Amores", "Auto da Aderência do Paço" e "A Caça dos Segredos") perderam-se. E o "Auto da Festa", só séculos volvidos, foi encontrado pelo Conde de Sabugosa.
A estreia de Gil Vicente foi auspiciosa quando, na Corte, na noite de 8 de Junho de 1502, apresentou e interpretou o seu texto "Monólogo do Vaqueiro" (ou "Auto da Visitação). O seu caminho para este seu inspirado talento, às vezes místico e outras, bem crítico e mordaz, estava apontado. Dizem que o nosso popular Teatro de Revista tem a sua base nos textos de Mestre Gil. Ficou famoso além fronteiras
e sabe-se até que o filósofo holandês Erasmo de Roterdão estudou o idioma português para apreciar as suas obras no original.
E vieram peças atrás de peças, como: "Quem Tem Farelos?", "Auto da Alma", "Auto da Índia", "O Velho da Horta", "Auto da Barca do Inferno", "Auto da Barca do Purgatório", "Auto da Barca da Glória", "Cortes de Júpiter, "Farsa do Juiz da Beira", "Auto do Amadis de Gaula", "Auto da Índia", "Farsa de Inês Pereira", "Auto de Mofina Mendes" e, a última que escreveu, em 1536, "Floresta de Enganos". Depois, retirou-se para Évora onde faleceu nesse ano (ou no seguinte...), estando sepultado no Mosteiro de S. Francisco, em cuja campa está o epitáfio que previamente escrevera.
É considerado o "pai do Teatro Português", o que não é rigorosamente verdade, pois nos princípios da nossa nacionalidade já havia manifestações teatrais em festividades religiosas e também na corte de D. Sancho I (que reinou de 1185 a 1211) com a representação  dos "arremedilhos", onde se celebrizaram os mais antigos actores portugueses de que há memória: Bonamis e Acompaniado. 
Mas é com Gil Vicente que o Teatro Português se regista a sério, tanto mais que ele inspirou e bem, outros autores da época: António Ribeiro Chiado, Luiz Vaz de Camões, Baltazar Dias, António Ferreira, Sá de Miranda, etc.
E a Banda Desenhada no meio disto tudo?
Pois já lá vão bons anos, a saudosa desenhista Manuela Torres criou, em três pranchas, "O Ourives da Corte" , reproduzida no n.º 2 de "Cadernos SobredaBD", do qual, infelizmente, ainda não temos imagens para disponibilizar.
Manuel Ferreira publicou no "Camarada", em duas pranchas, a vida de Gil Vicente...
"Gil Vicente", por Manuel Ferreira, in "Camarada" #10 (1965)

Em duas pranchas, também Baptista Mendes criou uma biografia de Gil Vicente, com primeira publicação no "Jornal do Exército".
"Gil Vicente", por Baptista Mendes (Jornal do Exército, 1975)

E, enfim, cinco notáveis álbuns!
Com o talento de José Ruy e pela Editorial Notícias: 
"Auto da Índia / Farsa de Inês Pereira"...
 
Capa e prancha de "Auto da India", por José Ruy (Editorial de Notícias)

...e "Os Autos das Barcas" (Auto da Barca do Inferno, Auto da Barca do Purgatório e Auto da Barca da Glória).
 
Capa de "Os Autos das Barcas" e prancha de "Auto da Barca do Inferno",
por José Ruy (Editorial de Notícias)

Com a mestria humorística de Artur Correia e pela Bertrand Editora, outros dois álbuns: "Auto da Barca do Inferno"...
"Auto da Barca do Inferno", por Artur Correia (Bertrand Editora, 2007)

...e "Farsa de Inês Pereira". 
Capa e prancha de "Farsa de Inês Pereira", por Artur Correia (Bertrand Editora)

Com base noutra peça de Mestre Gil, Artur Correia está a elaborar o "Auto de Mofina Mendes" (Venha ele!).

Por fim, com desenho de Laudo Ferreira e cores de Omar Viñole, temos, em edição brasileira, o "Auto da Barca do Inferno", da série "Clássicos em HQ".
Capa e prancha de "Auto da Barca do Inferno", de Laudo Ferreira e Omar Viñole
(Editora Peirópolis - Brasil, 2011)

Conselho: leiam, pela Literatura em si ou pela Banda Desenhada (ou vejam-nas, se algum peça estiver em cena) as obras  do autor aqui recordado. 
A Cultura portuguesa e Gil Vicente agradecem.
LB

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

NOVIDADES EDITORIAIS (45)

AS ÁGUIAS DE ROMA / 4 - Edição Asa. Autor: Enrico Marini.
Esta magnífica série focando as lutas da Germânia (mais ou menos com os vários povos unidos pelo valoroso Ermanamer ou Arminius) contra o Império Romano, está cada vez mais deslumbrante. E neste quarto tomo, Enrico Marini esmerou-se nas espectaculares cenas de batalhas e no ilustrar sem qualquer reserva, momentos violentos e típicos dessas épocas.
Praticamente em simultâneo com esta publicação em português, editou-se a versão francesa, "Les Aigles de Rome / Livre IV", pela Dargaud Éditeur.

 
DRACULEA - Edição Casterman. Autores: Jerry Frissen e Jean-Luc Cornette como co-argumentistas, traço de Jean Pleyers e cores por Corinne Pleyers.
"Draculea" é o 14.º tomo da série "Jhen", que teve início sob a parceria Jacques Martin-Jean Pleyers. O argumento deste tomo narra a deslocação do jovem e destemido arquitecto Jhen Roque até à Valáquia, região do histórico e lendário Drácula.
Nada indica aqui o mito do vampirismo, mas apenas sobeja crueldade, muito sangue e dementes paixões incontroladas. Não deixa de ser um álbum de aplauso.
Nota: a série "Jhen" continua inédita em português!...

 
LE ROI POURRI - Edição Delcourt. Argumento de Thierry Gloris e arte gráfica de Joël Mouclier.
"Le Roi Pourri" é o terceiro e último tomo da exuberante e escaldante série "Merídia", com momentos bem insólitos e uma alta e atrevida licenciosidade no que toca ao erotismo. Claro que tem cenas chocantes, mas para mentes apardaladas e falsamente moralistas. 
Aplausos plenos!

 
L'ONDE SEPTIMUS - Edição Dargaud / Blake et Mortimer. Continuando a série "Blake e Mortimer" criada por Edgar-Pierre Jacobs, este é o 22.º tomo, com argumento de Jean Dufaux, traço de Antoine Aubin e Étienne Schréder e cores de Laurence Croix.
É como que uma continuação do famoso tomo "A Marca Amarela", que se registou como o melhor de toda a série. E Jean Dufaux agarrou bem esta ideia.
Um pequeno grupo de admiradores e saudosistas do diabólico Prof. Jonathan Septimus, tenta avançar com as pesquisas deste, enquanto que, por sua vez, o Prof. Mortimer, procura o mesmo... São audácias de avanço muito perigosas. O fantasma de Septimus entra em cena e desdobra-se assustadoramente, em busca da sua cobaia por excelência, "Guinea Pig", ou seja, o sinistro coronel Olrik. E por todo este desenrolar, Francis Blake, descobre no subsolo londrino uma grande e enigmática astronave...
Este álbum foi também logo editado em português pela Asa.

MASSALIA! MARSEILLE - Edição Casterman. Continuando a série "Les Voyages d'Alix" de Jacques Martin, Gilbert Bouchard ilustra profusamente a história da cidade de Marselha (França), desde a sua fundação pelos fenícios, que lhe deram o nome de Massália, até à sua conquista por Júlio César, tendo a  cidade tomado então o nome de Massília.
Interessante e didáctico, o prefácio assinado pelo arqueólogo Manuel Moliner.

domingo, 22 de dezembro de 2013

BOAS FESTAS

O BDBD deseja a todos os seus amigos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!

Tira da série "RIbanho" (publicada a 24.12.2010, no Diário do Alentejo) da autoria de LuCa

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A BD A PRETO E BRANCO (3) - As escolhas de Luiz Beira (3)

EDUARDO TEIXEIRA COELHO (1919-2005). 
Cidadão português nascido nos Açores, faleceu em Itália, onde residia há muito. Foi sem dúvida o "mestre" de muitos dos seus "pares do reino". Tem obra imensa e vigorosa (contos de Eça de Queiroz, a série "Falcão Negro", "Decameron", "Ragnar, o Viking", "O Caminho do Oriente", "Lobo Cinzento" e toda uma quase infindável lista de títulos). Para aqui, optamos pelo exemplo de "Os Doze de Inglaterra", uma grande criação sua que parece "apagada" na memória dos bedéfilos...


"Os Doze de Inglaterra" (com legendas didascálicas)...
...e uma prancha de "A Peste" (história publicada na revista "Selecções BD"),
já com a utilização do balão.


EMÍLIO FREIXAS (1899-1976). 
É um dos inesquecíveis talentos da Banda Desenhada espanhola. Com um traço firme e elegante, desde as aventuras ficcionadas às adaptações de clássicos literários de Jules Verne, Jonathan Swift e Rafael Sabatini. Em Portugal, publicaram-se alguns exemplos das suas criações.
"Capitão Aço no México", publicado no "Jornal do Cuto"...
...e prancha de "It Was Love", publicada na revista inglesa "Valentine".



ÉTIENNE LE RALLIC (1891-1968). 
Francês de alto e fino talento, muitas criações suas têm a abordagem ao "western" e a ambientes da capa-e-espada. 
E daqui, a famosa e extensa obra "Capitão Flamberge", maravilhando qualquer leitor sempre que a lê ou relê.



"Capitão Flamberge"...
...e uma prancha do primeiro episódio de "Poncho Libertas" (1947)

Nota: A rubrica "A BD a Preto e Branco" é subdividida entre as escolhas pessoais de Luiz Beira (10 posts e 30 autores) e de Carlos Rico (idem), num total de 60 autores! As duas imagens que ilustram a obra de cada autor foram criteriosamente escolhidas por Luiz Beira e Carlos Rico e por esta ordem serão sempre apresentadas.