O artista belga (flamengo) Willy Vandersteen (aliás, Willebrod Vandersteen) é mestre criador de uma larga obra de Banda Desenhada: “Bob et Bobette”, “Bessy”, “Safari”, “Thyl Ulllenspiegel”, “Prince Riri”, “Le Chevalier Rouge”, “Robert et Bertrand”, etc.
De toda as séries que criou, o fenómeno reside em “Bob e Bobette”, série desde logo tão popular que ainda não terminou e que já conta com mais de 300 álbuns e mais 39 na versão integral.
Vandersteen nasceu em 1913 e faleceu em 1990.
Willy Vandersteen (1913-1990) |
Exactamente em 2013, quando do primeiro centenário do seu nascimento, Moura e Viseu, organizaram uma exposição alusiva com um panorama geral da sua obra.
“Bob et Bobette” surgiram a 30 de Março de 1945 no jornal flamengo “De Nieuwe Standaart”, com os nomes de “Suske en Wiske”, e só em 1948 aparecem em francês na revista “Tintin”. O êxito da série foi tamanho, que Vandersteen acabou por criar um estúdio e uma equipa de assistentes-colaboradores. A revista “Tintin”, em paralelo, tinha a edição flamenga, “Kuifje”.
Claro que com a extensão da quantidade, nem todas as narrativas são merecedoras de aplausos, mas salientam-se fenomenais “loucuras”, como: “Le Fantôme Espagnol” (publicada em Portugal na revista “Diabrete”, do n.º 730 ao n.º 866, com o título de “O Mistério do Quadro Flamengo”), “La Trompette Magique” (publicada no nosso País como “A Corneta Mágica”, em “Mundo de Aventuras”), “Le Cheval d’Or” (publicada em Portugal no suplemento “Nau Catrineta” do matutino “Diário de Notícias”, como “Pepita, a Égua Dourada”), “Les Martiens Sont Là!” (também publicada na “Nau Catrineta”, com o título de “O Mistério dos Discos Voadores”), “La Casque Tartare”, “La Clef de Bronze”, “Le Tombeau Hindoue”, “Le Poignard d’Or”, etc, etc.
A primeira aventura chama-se “Ricky et Bobette”, sendo Ricky o irmão mais velho de Bobette, vivendo ambos com a tia Sidonie.
No segundo episódio já surge Bob, que tomará lugar principal ao lado da jovem, enquanto Ricky desaparece da série. Depois, mais três personagens vêm engrossar a "família" desta série: o Sr.Lambique (destemido e trapalhão), o atlético Jérôme e o sábio Prof. Barabas.
"A Corneta Mágica", numa capa do "Mundo de Aventuras" |
Capa e prancha de "Le Fantôme Espagnol"
Capa e prancha de "Le Cheval d'Or"
Capa e prancha de "Les Martiens Sont Lá"
Capa de "Ricky et Bobette", a primeira aventura da série |
Em Portugal, só se publicaram dois álbuns pelas Edições Bonecos Rebeldes: “O Paraíso dos Cães” (Le Paradis des Chiens) e “A Dama de Ouros” (La Dame de Carreau), que, infelizmente, não são episódios muito valorosos da série.
Capas de "O Paraíso dos Cães" e "A Dama de Ouros", Edição Bonecos Rebeldes
Entretanto, outros nomes foram prosseguindo a série, como os desenhistas Paul Geerts, Luc Morjaeu e Marc Verhaegen.
A série “Bob e Bobette” não ficou esquecida pelo Cinema/Televisão: uma série com fantoches (1955) e outra em Cinema de Animação (1975/1976) e ainda, também em Animação, em 2009, o filme “Les Diables du Texas”.
Mas antes, em 2004, foi feito um filme com actores, “Le Diamant Sombre”, com realização de Rudi Van Den Bossch e como protagonistas Joeri Busschots (Bob), Céline Verbeeck (Bobette), Dirk Roofthooft (Lambique), Peter Van Den Begin (Sidonie), Stany Crets (Jérôme) e Tuur De Weert (Barabas).
Na Bélgica, há estátuas alusivas em Antuérpia, Middelkerke e Kalmthout. Aqui, precisamente, existe o Museu de Bob e Bobette, que é altamente visitado.
"Bob et Bobette: Les Diables du Texas" - filme completo
Mas antes, em 2004, foi feito um filme com actores, “Le Diamant Sombre”, com realização de Rudi Van Den Bossch e como protagonistas Joeri Busschots (Bob), Céline Verbeeck (Bobette), Dirk Roofthooft (Lambique), Peter Van Den Begin (Sidonie), Stany Crets (Jérôme) e Tuur De Weert (Barabas).
"Bob et Bobette: Le diamant sombre" - filme completo
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