domingo, 5 de fevereiro de 2017

GUTENBERG: BIOGRAFIA EM VÁRIOS ESTILOS

Gutenberg (1398-1468)
Desta vez, não se trata de uma obra literária em si, mas de vários estilos da BD que abordaram a biografia de Johannes Gutenberg (1398-1468).
Nasceu em Mongúcia (Alemanha), onde faleceu a 3 de Fevereiro de 1468, tendo vivido alguns anos em Estrasburgo.
Seu nome completo: Johannes Gensfleisch Zur Laden Zum Gutenberg.
Desde muito jovem que se interessou pela leitura, lendo todas as obras que existiam em casa de seus pais. Cedo também se começou a familiarizar com o estudo da fundição de metais, dos tipos de papel e do uso das cores.
Erradamente, diz-se que foi o inventor da Imprensa (ou das impressoras). Não, não foi! Foi sim, um genial inovador para as impressões de textos e gravuras... pois, já nos distantes tempos da Suméria, havia aí um sistema muito rudimentar para se imprimirem certos textos.
Todavia, o grande salto para o futuro desta técnica, surgiu com o chinês Bi Sheng (990-1051), que inventou a imprensa de tipos móveis por volta de 1041 a 1048, que fabricou com base na porcelana chinesa. Depois, cerca do ano 1234, no Reino de Koryo (na actual Coreia), este povo experimentou o sistema chinês, passando da porcelana para a madeira e o ferro, que entretanto Sheng foi apostando para metais mais resistentes e duráveis.
Só séculos depois, pelos anos de 1400, é que Gutenberg entra em acção com a sua inovação e reinvenção da Imprensa, apesar de desconhecer os antigos (e já vigentes) sistemas asiáticos.
Até à época de Gutenberg, todos os textos, gravuras, etc, na Europa, eram copiados à mão por monges, alunos e escribas, o que tornava tudo muito mais moroso, dispendioso e com frequentes erros, quiçá, indeléveis. Com Gutenberg, há uma verdadeira invenção para a modernidade, resultado de experiências na base do chumbo fundido para os famosos tipos móveis e reutilizáveis. Só bons séculos volvidos, apareceram outras máquinas e outros processos que, se bem que eficazes, jamais apagarão a força em papel, de livros, documentos, jornais e revistas.
Merecidamente, a vida de Gutenberg não tem ficado olvidada, com destaque para a Banda Desenhada.
Por esta vertente artística, salienta-se a versão criada pelo nosso José Ruy, em 13 pranchas (12+1), que foi publicada no “Número Especial do Outono de 1954”, da revista “Cavaleiro Andante”.
"Gutenberg", por José Ruy, in "Cavaleiro Andante" Número Especial de Outono (1954)

O segundo destaque vai para a versão em 4 pranchas, por Dino Attanasio, sob argumento de Jean Graton, publicada na revista “Spirou” n.º 739 (1952) depois, entre nós, no “Álbum do Cavaleiro Andante” n.º 54 (1958).
"Gutemberg", por Dino Attanasio (desenho) e Jean Graton (texto), in "Álbum do Cavaleiro Andante" #54 (1958)

Algumas outras versões: “Strasbourg clé de l'Europe” com texto de Charly Damm e traço de François Abel, sob "Éditions du Signe" (Agosto/2016)...
"Strasbourg, clé de lÉurope" por Charly Damm (texto) e François Abel (desenho)
"Éditions du Signe" (2016)

...“L’Étrange Machine à Livres” da série Geronimo Stilton, com texto de Elizabetta Dami, sob edição Glénat...
 
“L’Étrange Machine à Livres” por Elizabetta Dami, Edição "Glénat" (2013)

...“Le Mystère Gutenberg”, com texto de Roland Oberle e Georges Foessel e ilustrações de Yves Lenoble, sob edição Serengeti...
“Le Mystère Gutenberg”, por Roland Oberle e Georges Foessel (texto) e
Yves Lenoble (ilustrações), "Serengeti Editions" (1994)

De autor(es) que não conseguimos descortinar, temos uma versão em duas pranchas publicada no #48 da revista "J2".
"Un Homme de Caractere", sem autor identificado, in revista "J2" #48 (Nov. 1967)

As Produções Walt Disney, obviamente, não deixaram de trabalhar este tema, colocando Goofy (conhecido por Pateta em Portugal e no Brasil) na pele de Gutenberg...
Duas capas com Goofy no papel de Gutenberg (Produções Disney)

Finalmente, e para terminar esta pequena série de exemplos, um dos números na colecção "Chamo-me...", da "Didactica Edições", é dedicado a Johannes Gutenberg, com texto de Lluis Borrás e ilustrações de Francesca Carabelli.
"Chamo-me.. Johannes Gutenberg", por Lluis Borrás (texto) e Francesca Carabelli (ilustrações), "Didactica Edições"

Johannes Gutenberg tem, pelo menos, uma estátua em homenagem eterna, na cidade de Estrasburgo.

Os cartunistas também não se têm esquecido do notável Gutenberg. Por isso, “em fim de festa”, aqui reproduzimos (com a devida vénia) um exemplo de Len Hawkins.

Agradecimento: a Luís Valadas pelo apoio prestado.
LB

2 comentários:

  1. Mais um grande trabalho de pesquisa!
    A minha sincera admiração.

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    1. Caro Geraldes Lino
      Muito obrigado pelo teu amável comentário.
      Um abraço
      Luiz Beira

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