domingo, 28 de junho de 2015

BREVES (10)

Os fundadores do Clube Português de Banda Desenhada (da esquerda para a direita): António Dias de Deus, José Sobral, Vasco Rivotti, Vítor Péon, Carlos Gonçalves, Jorge Magalhães e António Amaral. O último, à direita, é o jornalista Diamantino Bravo, que na altura os entrevistava (imagem retirada, com a devida vénia, do blogue do nosso amigo Jorge Magalhães, que podem consultar clicando em O Gato Alfarrabista).
O Clube Português de Banda Desenhada (CPBD) prepara-se para comemorar o seu trigésimo-nono aniversário com o habitual almoço de confraternização. As inscrições terminam na próxima sexta-feira, pelo que quem quiser comparecer neste convívio bedéfilo terá de "dar cordas aos sapatos"...

CIRCULAR DO CLUBE PORTUGUÊS DE BANDA DESENHADA
ALMOÇO DE CONFRATERNIZAÇÃO

Lisboa, 22 de Junho de 2015   

Caro/a Consórcio/a:

Ao longo dos anos o Clube Português de Banda Desenhada, apesar de não ter tido grande atividade no campo da Banda Desenhada e de se ter mantido modesto nas suas diligências, conseguiu no entanto, mercê de um conjunto de meia – dúzia de sócios, que suportaram a renda da sua Sede de modo a que este tenha funcionado até hoje, devido a uma quotização mensal entre todos. Tal permitiu que o CPBD se tenha mantido atual em três situações, que nunca foram abdicadas por estes sócios. Manter a edição da revista oficial do Clube, haver reuniões quinzenais para troca de impressões e celebrar todos os anos o aniversário deste, através de um almoço de confraternização. É pois deste que iremos falar a seguir. No dia 28 deste mês, completam-se 39 anos que o CPBD, mal ou bem, tem subsistido e, como tal, há que festejar e preparar o futuro desta Associação, que será aquilo que os sócios assim o desejarem, pois ela não funcionará em pleno se não houver esforço e dedicação por parte de todos, não só através da angariação de novos sócios, como colaborando em futuras ações de desenvolvimento das suas atividades. Será pois, no dia 4 (sábado) de Julho próximo, no Restaurante Moisés, sito na Av. Duque d’Ávila, nº. 123, em Lisboa, pelas 12H30/13H00, que será celebrado o seu aniversário. Agradecemos a sua comparência e a respetiva confirmação para os telemóveis: 962645028 (Carlos Gonçalves) e 919008172 (Paulo Duarte) ou para os e-mails: davisgoncalves@sapo.pt pmsduarte@iol.pt

O CLUBE PORTUGUÊS DE BANDA DESENHADA








VALÉRIAN NO CINEMA

O realizador francês Luc Besson está a preparar uma longa metragem versando o álbum da série “Valérian”, “O Império dos Mil Planetas”, a estrear em 2017.
Os actores principais são a inglesa Cara Delevigne e o norte-americano Dane De Haan.




ANIVERSÁRIOS EM JULHO

Dia 03 : Arlindo Fagundes
Dia 10 : Juan Espallardo (espanhol)
Dia 11 : João Mascarenhas
Dia 16 : Hugues Barthe (francês)
Dia 17 : Hermann (belga)

quinta-feira, 25 de junho de 2015

A VIDA INTERIOR DAS REDAÇÕES DOS JORNAIS INFANTO-JUVENIS na memória de José Ruy (8)


8) A NOVA REDAÇÃO E A TRANSFORMAÇÃO DO JORNAL

Tive oportunidade, no artigo anterior, de descrever as peripécias e modificações na redação d’O Papagaio, e a importância da arte gráfica no resultado do trabalho de desenho iniciado no estirador.

Em 1949 foi-nos anunciado, aos colaboradores do jornal "O Papagaio", de que ia haver uma fusão de publicações no Grupo Editorial «Renascença Gráfica» e que este jornal seria integrado como suplemento na revista "Flama", que existia já.
A redação passou a funcionar na instalação da União Gráfica, Rua de Santa Marta, n.º 48, primeiro andar, em Lisboa.
"O Papagaio" perdeu a sua independência e passou a ser um destacável da revista e impresso só a preto e uma cor.
Imagens destacadas de recentes anúncios de venda na Internet, de exemplares (já raros).
A revista "Flama" ficou com 24 páginas, sendo 12 impressas pelo processo «Rotogravura» que melhor se aproxima do aspeto da fotografia, com uma sobrecarga a vermelho, em tipografia, na capa e contracapa. O resto do interior era em tipografia, com algumas páginas a duas cores, onde foi incluído "O Papagaio" que passou a ser então uma «Secção Infantil» ou um «Suplemento».
Primeiro começou por ocupar três páginas da revista e mais tarde passou a duas , uma folha para dobrar ao meio fazendo quatro páginas mais pequenas, mas a pesar de tudo com melhor arrumação para o conteúdo. Havia contos nas páginas fora do suplemento que continuaram a ser ilustrados por nós.
O diretor da revista era o jovem desportista Mário Simas, e o chefe de redação o Frei Diogo, pessoa espetacular, conhecedor do que fazia e de um valor humano invulgar.
O Carlos Cascais manteve-se como responsável pelo suplemento e também por outras secções. Desta vez tínhamos um diretor presente e a relação entre nós, os colaboradores e os dirigentes era ótima.
Tínhamos menos espaço disponível na revista, por isso o aproveitamento passou a ser mais rigoroso e equilibrado. As Histórias em Quadrinhos ficaram praticamente entregues ao Vitor Silva e a mim.
Foi nesta fase que iniciei uma série a que chamei de «Lendas Japonesas», baseada em traduções de Wenceslau de Moraes, dando largas à minha apetência pelas culturas orientais.
Como o processo gráfico se tinha alterado tivemos de nos adaptar, o que me levou a criar soluções técnicas para tirar um melhor partido do efeito, mas tendo em conta não encarecer o orçamento oficinal da revista.
A cor que se sobrepunha aos originais a traço era agora desenhada separadamente por nós e reproduzida em zincogravura para o processo tipográfico.
Eis o primeiro modelo, com a página no formato da revista e, ao lado, depois da transformação em 4 páginas, metade do tamanho.  A cor sobre o preto variava entre o vermelho, o azul, o verde ou um tom-de-mel.
A ilustração de Natal é do meu amigo Vítor Silva.
Nas cores não tínhamos possibilidade de fazer meias-tintas, pois a zincogravura era só a traço, preto e branco; para o conseguirmos precisaríamos de utilizar a «fotogravura» que era bem mais cara e que não estava previsto no orçamento da revista.
Lembrei-me então de experimentar fazer o desenho da cor sobre papel Fabriano e empregar lápis litográfico (bem negro) tirando partido do grão do papel para criar esbatidos por meio do granitado.
Mostro aqui uma das vinhetas das «Lendas», que eram desenhadas ao dobro para beneficiarem da redução. A cor era feita sobre o papel «Fabriano» sobreposto ao original e trabalhada à transparência com tinta-da-china e lápis litográfico. Depois de feita a zincogravura a impressão final ficava com o aspeto da terceira imagem, dando realmente a ilusão de esbatidos. A cor era dada na máquina na altura da impressão.
Entretanto o Mesquita dos Santos dono da «UPI», União Portuguesa de Imprensa, frequentador das tertúlias n’O Mosquito, abordou-me por causa destas «Lendas Japonesas» que estava a publicar na "Flama". Sabendo que eram feitas zincogravuras para a impressão, e que estas depois da publicação ficavam postas de parte, pois a revista não iria repetir as histórias, avançou com uma proposta singular.
Eu passaria a fazer os desenhos para a agência que me pagava o mesmo que a "Flama", e a «UPI» encarregava-se de fazer as gravuras e cedê-las à revista por um preço simbólico, um quarto do seu custo, mais o preço dos desenhos. Depois da impressão as gravuras seriam devolvidas à agência.
A partir dessas gravuras a «UPI» faria «Flans» ou moldes num material especial, uma fibra muito leve parecida com o cartão. Derretendo chumbo sobre esse molde conseguia-se o equivalente à gravura original. Essa operação era chamada de «estereotipia».
Os «Flans», devido à sua leveza, podiam ser enviados pelo correio com portes acessíveis, para jornais de África, por exemplo, destinados a novas publicações.
No destino, depois de feita a estereotipia, podiam inserir as ilustrações nas revistas e livros. Nos anos 40 a tipografia era o processo mais usado nessas paragens. Eu receberia 50% do que cada jornal pagasse. Era uma novidade, pois pela primeira vez este tipo de operação se fazia em Portugal relativamente a Histórias em Quadrinhos nacionais.
Quando o Mesquita dos Santos apresentou a proposta à "Flama" a administração mostrou-se desconfiada. Onde estaria o lucro da agência, se lhe cediam as gravuras por um preço muito abaixo do custo? Embora o Mesquita lhes explicasse o plano, custou a convencerem-se, mas venceu o facto de pouparem dinheiro. Por isso a partir de certa altura no cabeçalho das «Lendas» surgiu o nome da «UPI».
O Mesquita dos Santos enviou as propostas para jornais de África…

(Continua)



No próximo artigo: A ARTE GRÁFICA E AS ILUSTRAÇÕES

segunda-feira, 22 de junho de 2015

NOVIDADES EDITORIAIS (73)

VOLTA - Edição Polvo. Argumento de André Oliveira e arte de André Caetano.
Num belíssimo preto-e-branco, “Volta: O Segredo do Vale das Sombras”, conta-nos a história de um ciclista que perdeu a memória e o rumo e vai dar a uma estranha aldeia, afastada do mundo e vivendo temores, hábitos e superstições do passado.
Uma muito estranha e muito entusiasmante narrativa.

PSICOPATOS - Edição Arcádia. Autor: Miguel Montenegro.
Foi uma grata surpresa lermos este divertido álbum de Miguel Montenegro, autor que havia “desaparecido” dos meus contactos, sabendo apenas  que se editava em
publicações da norte-americana Marvel... E tão pouco o conhecíamos na linha humorística.
Este álbum, “Psicopatos - Entre Loucos, Quem Tem Juízo É Pato”, é uma maravilhoso delírio de análise e críticas, com aspectos sarcásticos, algum non sense e tudo o mais que nos alerta e diverte.
Aconselhamos vivamente a leitura desta obra.

NE PAS CRAINDRE LA MORT - Edição Lombard. Argumento de Patrick Weber, traço de Christophe Simon e cores de Alexandre Carpentier. Aparentemente, com este terceiro tomo, termina a série “Sparte”.
Christophe Simon, que foi discípulo de mestre Jacques Martin, está cada vez mais firme no seu talento e saber de bem desenhar. O enredo de Weber, para além dos
aspectos de ficção, leva-nos a rever o que se aprendeu no liceu sobre os usos, costumes e leis da clássica Esparta.

AS BARBAS DO IMPERADOR - Edição Schwarcz. Argumento de Lilia Moritz Schwarcz e arte gráfica de Spacca (aliás, João Spacca de Oliveira).
Já há alguns anos havíamos aplaudido uma outra obra desta parceria, “D. João Carioca”. Agora, neste precioso álbum, relatam-nos a vida do segundo e último imperador do Brasil, D. Pedro II. Mas não só! Narra-nos toda uma rica e agitada História do Brasil desses tempos e a admirável personalidade do monarca, inteligente, culto e patriota.
É mais uma obra-BD cuja leitura vivamente aconselhamos... se a encontrarem à venda em Portugal. Foi apresentada ao público bedéfilo no XI Festival Internacional de BD de Beja.
LB

sexta-feira, 19 de junho de 2015

UMA OBRA... VÁRIOS ESTILOS (3) - BEAU GESTE


A Legião Estrangeira, a francesa (porque houve e talvez ainda exista a espanhola... bem mais violenta), sempre foi um fascínio e/ou um fantasma romântico da Literatura e do Cinema. Só isso, para fazer pulsar paixões de todo o género, mas sem força de qualquer verdade na crueza plena do seu autêntico realismo. É que a Legião Estrangeira é só para homens de acentuada virilidade e de coragem absoluta, pois senão...que a tal ninguém se arrisque.
Muito e muito, quase mais que as areias do deserto, se tem escrito e descrito sobre a valente Legião Estrangeira. Valente, briosa e honrosa!
Pois é por esta força de Honra e do seu conotado romantismo, que aqui nos focamos agora.
O tema de “Beau Geste” tem apaixonado assolapadamente, sobretudo escritores e cineastas, não se escapando também a outras vertentes artísticas. E pela Banda Desenhada, para além de inúmeras outras apostas, citamos apenas dois exemplos, talvez os mais conseguidos:
HENRY C. KIEFER , que desenhou para a publicação “Classics Illustrated”, depois com esta sua versão editada em português, no Brasil, na “Edição Maravilhosa” #47, em 1952.
"Beau Geste", por Henry C. Kiefer (in "Edição Maravilhosa", #47, 1952)
Capa de Antonio Euzébio 

FERNANDO BENTO, exímio artista da BD Portuguesa, nesta sua adaptação aprimorou-se com uma das suas criações de honra que até foi, em devido tempo, editada na Bélgica, pelo menos em edição flamenga. Em Portugal, a versão foi editada semanalmente no “Cavaleiro Andante” do #1 ao #52. Posteriormente, em 1982, surgiu em álbum, hoje esgotado, pelas extintas edições Futura. É urgente
ler ou reler esta versão-BD!
"Beau Geste", por Fernando Bento (in "Cavaleiro Andante", #1 a #52)

Rodapé:
1)  A este tema, a Legião Estrangeira e extra-Beau Geste, pela Banda Desenhada, outras duas obras importantes: “Sob Duas Bandeiras” de Ouida e grafismo de Maurice Del Buorgo (em “Obras-Primas Ilustradas” #5), e “Palo Quiri” por José Garcês, que foi publicada em “Titã” (1955), “Mundo de Aventuras” (1980) e “Jornal de Almada” (1994).
2)  Dos inúmeros livros-crónicas, salientamos duas obras de peso: “Doze Anos na Legião Estrangeira” de Sidney Tremayne e tradução de Frederico Carvalho, sob edição Livraria Clássica Editora-1936, esgotado; e “Chegar É Já em Si Bastante” de José da Câmara Leme, sob edição Bertrand-1966.
3)  Pelo Cinema e afins, pois há por aí muita fantasia para fazer facilmente sonhar, suspirar e... algumas  versões até, para fazer rir. Para ver e esquecer!

Nosso habitual agradecimento aos apoios prestados por Carlos Gonçalves e a José Manuel Vilela.
LB

terça-feira, 16 de junho de 2015

CIRCULAR DO CLUBE PORTUGUÊS DE BANDA DESENHADA

Logótipo do Clube Português de Banda Desenhada

Recebemos, através do nosso amigo Carlos Gonçalves, uma circular que nos dá conta do "renascer" do Clube Português de Banda Desenhada (CPBD), entidade que - como é sabido - teve, durante largos anos, papel activo na divulgação da 9.ª Arte, nomeadamente através do Festival BD de Lisboa (entretanto extinto) e do Boletim do CPBD (que ainda hoje edita).
Esta nova vida do CPBD - que já tem uma estratégica parceria com a Bedeteca da Amadora - promete desenvolver uma actividade muito mais regular e com iniciativas bastante interessantes. Precisa, no entanto, do apoio de todos nós, gente da BD, de forma a conseguir pôr em prática todos os objectivos a que se propõe.
Está, por isso, a lançar uma campanha de angariação de sócios que se deseja de sucesso, para que, finalmente, o Clube Português de Banda Desenhada reocupe o lugar que merece no nosso panorama bedéfilo.
Aqui fica a nota do CPBD, na íntegra:


LEILÕES DE BANDA DESENHADA, ATELIÊ DE DESENHO, EXPOSIÇÕES, COLÓQUIOS, LANÇAMENTO DE NOVAS PUBLICAÇÕES (DAS EDITORAS), CURSOS DE BANDA DESENHADA E DEBATES         

Lisboa, 24 de Maio de 2015
Amigo(a) e futuro(a) sócio(a)

Esta é a meta que se propõe atingir o Clube Português de Banda Desenhada (agora renovado). Mas para tal, o CPBD precisa de sócios(as) e da sua preciosa ajuda, pois de outro modo irá manter-se amorfo e quase sem atividade.
Ao longo destes últimos quase 40 anos, e depois de grandes sucessos a nível de exposições, tais como a dos “100 Anos de Histórias aos Quadradinhos” (que se realizou na FIL, em 1978, e se tornaria itinerante), exposições nas Belas Artes, no Fórum Picoas e no Palácio da Independência, o CPBD caiu no esquecimento de todos.
Criou Festivais, que se tornariam um marco no panorama da Banda Desenhada portuguesa, onde foram instituídos os prémios “O Mosquito”, que distinguiam pessoas que se tinham evidenciado no campo da 9.ª Arte, quer por trabalhos efetuados quer pela sua divulgação.
Hoje consegue unicamente manter a publicação do seu Boletim aperiódico, o fanzine mais antigo que se publica em Portugal. Queremos fazer mais e chegou a altura de se tornar sócio do CPBD, se ainda não o é, ou de renovar a sua assinatura se já pertencer aos seus associados.
Mercê de uma parceria com a Câmara Municipal da Amadora/Festival de Banda Desenhada e com novas instalações a serem-nos cedidas por esta edilidade, sitas na Avenida Brasil 52-A - Falagueira - Amadora, o CPBD está perante o abrir de um novo futuro, com toda as iniciativas que agora se propõe levar a bom termo. Ajude-nos a concretizá-las.
As instalações são amplas e oferecem grandes possibilidades para a concretização de qualquer evento. O comboio fica perto e brevemente serão servidas pelo Metro.
Para ser sócio(a) do CPBD a quota mensal é de € 2.00, totalizando € 24.00 anuais. Os sócios(as) que renovem a sua adesão ou se iniciem como sócios(as), pagarão este ano o valor de € 14.00 respeitantes aos últimos sete meses do ano.
Futuramente e para simplificar o sistema, poderão fazer a transferência anual da sua quotização através do Multibanco.
Se souber desta iniciativa, visite-nos na Tertúlia da Banda Desenhada que se realiza todas as primeiras terça-feiras do mês, a partir das 20h00 na Casa do Alentejo - Rua das Portas de Santo Antão - Lisboa.
Enquanto não existir endereço eletrónico do CPBD, os contactos poderão ser efetuados para:

ou por escrito para a Av.ª Duque d’Ávila n.º 26, 2.º, 1000-141 Lisboa.

Melhores cumprimentos
O CLUBE PORTUGUÊS DE BANDA DESENHADA

sexta-feira, 12 de junho de 2015

NOVIDADES EDITORIAIS (72)

TERRE PROMISE - Edição Delcourt. Argumento de Leo e Rodolphe e traço de Zoran Janjetov. “Terre Promise” é o primeiro tomo da série “Centaurus”.
O planeta Terra tornou-se impossível para a vida. A bordo de uma gigantesca “nave-mundo”, os nossos descendentes atravessam o espaço em busca de um planeta de acolhimento, que julgam existir na constelação do Centauro... Mas cuidado com as armadilhas!


LE PRIX DE LA DÉFAITE - Edição Lombard. Argumento de Juanra Fenández, traço de Mateo Guerrero e cores de Javi Montes. É o segundo tomo da série “Gloria Victis”.
O jovem Aelio prometera que jamais seguiria a profissão de seu pai, um notável auriga que morreu tragicamente numa corrida de carros. Mas, doze anos depois, por diversas circunstâncias e pressões, o jovem irá seguir esse destino...


CONQUISTADOR / IV - Edição Glénat. Argumento de Jean Dufaux, traço de Philippe Xavier e cores de Jean-Jacques Chagnaud. É precisamente, o quarto tomo da série “Conquistador”.
A obra é soberba, relatando a fúria ambiciosa dos espanhóis para dominarem o império asteca e se apoderarem do respectivo imenso tesoiro. Pelo caminho, muitas traições e crimes e também... insólitas intervenções justiceiras da Natureza...
Apesar de toda a beleza desta série, o argumento não segue a realidade dos factos históricos.


R.I.P. RIC! - Edição Lombard. Argumento de Zidrou e traço de Simon Van Liemt. O que poderia ser o 79.º tomo da série “Ric Hochet”, é, afinal, o primeiro tomo de uma nova fase de aventuras com o mesmo herói.
O argumento é ousado e interessante, mas o traço de Liemt ainda não deslumbra e, fatalmente, não nos escapamos a compará-lo, mesmo sem querer, com o do saudoso Tibet. O futuro dirá como será a evolução...


SAUVAGE - Edição Lombard. Argumento de Jean Van Hamme e Didier Alcante e traço de Francis Vallès. É o quinto tomo da série “Rani”, localizada no decorrer do século XVIII, com início em França e prosseguindo depois na então Índia Francesa.
Uma bela e agitada série que merece bons e calorosos aplausos.


ERIN - Edição Soleil. Argumento de Corbeyran e arte gráfica de Ugo Pinson. É o primeiro tomo da série “Stonehenge”.
Para quem gosta das sedutoras história e lendas dos Celtas, esta é uma forte série que vai entusiasmar os leitores. A arte de Pinson é simplesmente magnífica.
A ler e a apreciar!
LB

quarta-feira, 10 de junho de 2015

E VÃO TRÊS!

Tira de "Garfield", por Jim Davis
Logo, à “hora do chá”, o BDBD sopra as três velas do bolo.
Exacto, amigos, este nosso (e vosso) blogue festeja hoje o seu terceiro aniversário. Tem sido uma bonita caminhada com algumas angústias, muitas alegrias e o sempre saudável carinho dos visitantes.
Haja pois saúde e boa disposição para se continuar com um vibrante entusiasmo. E, neste aniversário, da parte dos coordenadores, um enorme e reconhecido abraço a todos os que nos têm apoiado e incentivado.
Luiz Beira e Carlos Rico

segunda-feira, 8 de junho de 2015

PARABÉNS, BEJA BD!

Teve inauguração às 21 horas do dia 29 de Maio (e encerra a 14 de Junho) a 11.ª edição do Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja. Se não é a melhor e mais positiva edição desta festa da 9.ª Arte, é mesmo uma das melhores.
Cada vez com mais prestígio nacional e internacionalmente, tudo isso se deve ao empenho absoluto de Paulo Monteiro e sua equipa, onde se inclui o grato e atento apoio da Câmara Municipal de Beja.
Com actividades variadas e diversos aspectos sedutores - a feira dos álbuns, a tasquinha, a exibição na inauguração do Grupo Coral de Beja (que vozes!)... - por aqui marcaram presença, através dos três primeiros dias, gente “de peso”, de que indicamos alguns nomes: para além dos dois coordenadores do BDBD, os desenhistas José Ruy, Artur Correia, Baptista Mendes, Luís Louro, João Amaral, Álvaro, Ricardo Cabral, Rui Pimentel, Manuel Morgado, Miguel Montenegro, Pedro Mota, entre outros, pela parte portuguesa. E também alguns responsáveis de edições: Maria José Pereira, José Freitas, Machado Dias, Geraldes Lino , João Lameiras e Rui Brito.
Dodo Nitá, em momentos diferentes, teve duas interessantes intervenções sobre a BD na e da Roménia.
A Polónia, que é “o país de honra” desta edição, esteve representada pelo argumentista e editor Pawel Timofiejuk e pelo tradutor Jakub Jankowski.
O Brasil brilhou com artistas seus, de entre eles João Spacca, Marcelo Quintanilla, Sama e Sérgio Chaves.
A França contou com o afável Stanislas. O outro francês anunciado, Ted Benoît, ficou no seu país devido a um grave problema de saúde.
Por sua vez, o belga Yslaire, com presença anunciada, não deu sinal de vida!...
Também a Espanha tem obras expostas.
Muito e muito público interessado e belo convívio entre os criadores de BD de várias gerações.
Parabéns “Beja-BD” e que venha de lá a edição de 2016!
LB
A exposição do brasileiro Spacca, à entrada do Festival
"Improvisos na Toalha de Mesa", a exposição dos esboços que Geraldes Lino há muitos anos colecciona
Entrada da exposição do francês Stanislas
Vinheta de "Volta: o Segredo do Vale das Sombras", de André Oliveira e André Caetano
"Volta: o Segredo do Vale das Sombras": sem dúvida, um grande projecto
e uma das melhores exposições do Festival.

Baptista Mendes, Artur Correia e esposa deste visitando a bela exposição de Spacca 
Muito divertidos, João Amaral, Luís Louro, Carlos Rico, Luiz Beira, Machado Dias e Spacca
Maria José Pereira num momento de convívio
Miguel Montenegro a autografar
João Amaral personalizando um livro de autógrafos
O autógrafo de João Amaral
José Ruy na entrevista conduzida por Cristina Gouveia
Dodo Nitá falou sobre "Tintin na Roménia", com Pedro Mota
Paulo Monteiro, o director do Festival, com Dodo Nitá

sexta-feira, 5 de junho de 2015

EVOCANDO (15)... MANUELA TORRES

Manuela Torres (1934-2007)
Da pequena galeria das desenhistas portuguesas, já que não são em grande número, destaca-se MANUELA TORRES, que faleceu, faz hoje oito anos.
Nasceu em Lisboa a 7 de Junho de 1934 e deixou-nos na madrugada de 5 de Junho de 2007, em Mira-Sintra, onde residia com o marido e os dois filhos.
Professora, pintora e desenhista, era visita assídua, para não dizer constante, nos salões-BD da Sobreda, sempre afável, sorridente e optimista, tendo a sua última aparição aí acontecido na derradeira edição deste Salão, em 2006. Precisamente neste Salão-BD, foi homenageada na edição de 1991, em simultâneo com Carlos Alberto e o espanhol Tito.
Licenciada em Pintura pela Escola Superior de Belas Artes e em Cenografia pelo Conservatório Nacional, pelos anos 50 viveu algum tempo na capital de Moçambique, onde se estreou na Banda Desenhada no vespertino “Notícias da Tarde”.
Em Portugal, colaborou para diversas publicações como “Joaninha”, “Lusitas”, “Fagulha”, “Girassol” e ainda no “Almada-BD Fanzine” e “Cadernos Sobreda-BD” e, talvez como seu derradeiro trabalho nesta Arte, no fanzine “Efeméride" #2, sob edição de Geraldes Lino.
Capas da revista "Girassol", por Manuela Torres

"Férias na Praia", in revista "Girassol"
Capa para o "Almada BD Fanzine" #4 (1990)
Pranchas de "Sobreviver", in "Almada BD Fanzine" #4 (1990)
Capa de "Cadernos Sobreda BD" #2 (1991), com desenho de Manuela Torres
"O Príncipe Valente no Século XXI", in "Efeméride" #2 (Edição Geraldes Lino),
o último trabalho de Manuela Torres
Foi com surpresa e muita tristeza que o nosso mundo bedéfilo tomou conhecimento do seu inesperado falecimento, tanto mais que quase ninguém sabia que padecia de um mal cancerígeno.
Tal como no caso de José Antunes (já aqui focado no nosso post de 27 de Março), o GBS (pelo menos o seu fundador) espera que a Junta de Freguesia de Sobreda (Almada) registe com a devida e merecida honra, o nome de Manuela Torres e o do já citado José Antunes, na toponímia sobredense. É tempo, e é de consciência digna e cultural. E de gratidão também!...
Pelo mundo da nossa BD, Manuela Torres jamais será esquecida.
LB

"Bigodi, o Gatinho Sábio", por Manuela Torres (desenho) e Maria Guedes (texto)

Pranchas de "O Ourives da Corte"
Pranchas de "A Peste"