sábado, 10 de agosto de 2013

HERÓIS INESQUECÍVEIS (16) - JOHNNY HAZARD

Por encomenda da King Features Syndicate, Frank Robbins criou, no sistema de tiras (mais tarde vieram a acontecer também as pranchas), o herói Johnny Hazard, que teve a sua estreia a 5 de Junho de 1944.
Frank Robbins (1917-1994)
Na origem, é um piloto da Força Aérea dos Estados Unidos. Por vezes, tem como companheiros, o jornalista Snap, a bela navegadora Gabby Gillespsie, o seu amigo Scotty e a fotógrafa loiraças Brandy.
Tudo começa quando Hazard se consegue evadir de um campo de prisioneiros dos nazis. Junta-se às forças aliadas e vem a ter aventuras e proezas pelas zonas banhadas pelo Oceano Pacífico (China, Japão, etc.). Mais tarde torna-se agente secreto, em paralelo com Steve Canyon de Milton Caniff.
 
Vigoroso e corajoso, é também  um incorrigível sedutor. Mas por aqui, deve ter cuidado, pois esbarra com frequência com atrevidas e sensuais mulheres a apostar na sua perda, como Velvet, Paradise, Kitty Hawke, etc.
Com o decorrer dos anos, a popularidade da série vai perdendo o forte apoio da parte dos editores, vindo a terminar a 20 de Agosto de 1977.
Em Portugal, apareceu pela primeira vez a 18 de Agosto de 1949, no n.º 1 da revista "Mundo de Aventuras", onde foi mais frequente. Mas passou também pelas páginas de "Condor", "Tigre", "Condor Popular", "Colecção Audácia", "Ciclone", etc. Conheceu apenas um álbum em português que foi editado pela Futura em 1983 (no n.º 8 da Colecção "Antologia da BD Clássica").
 

 

Nota curiosa final: Johnny Hazard, foi dos heróis-BD atingidos imbecilmente com um nome português, sendo então "João Tempestade". Alguns outros exemplos: Flash Gordon (Roldão, o Temerário), Big Ben Bolt (Luís Euripo), Steve Canyon (Luís Ciclone), Joe Palooka (Zé Sopapo), Prof. Tournesol (Prof. Pintadinho de Branco), Monsieur Lambique (Tio Pantaleão), Brick Bradford (Brigue Forte), etc, etc. Haja Deus!...

Johnny Hazard no "Mundo de Aventuras" (n.º 63, V série, de 12.12.1974)
Um caso raro nas aventuras de Johnny Hazard: sequência de 16 vinhetas sem qualquer legenda.


2 comentários:

  1. Li e gostei. Esta escola americana de tiras de aventuras é das BD's (?) que mais gosto. Engraçado é que também permite um alinhamento de maneira a formar um álbum franco/belga! Como fizeram a Futura!
    Gostei do aparte sobre a "tradução" dos nomes! Pois parece que a imbecilidade continua viva e bem viva. Astérix é um bom exemplo!

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    1. Caro Mário José
      Muito obrigado pelas suas palavras.
      Um abraço
      Luiz Beira

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