domingo, 18 de fevereiro de 2018

NOVIDADES EDITORIAIS (139)

DES MIETTES AU FESTIN - Edição Soleil. Autores: argumento de Olivier Pery e arte de Francesco Mucciacito. “Cosme 1er, Des Miettes au Festin”, é o 4.º  e penúltimo tomo da apaixonante série “Medicis”.
Interessante da série: tem um “narrador” que é, nem mais nem menos, que a própria cidade de Florença (Firenze), contando a sua agitada história, sobretudo, com o governo da famosa família Médici, uma atrevida, grandiosa e poderosa dinastia política.
No álbum, na contracapa, cita-se: “Nós, os Médici, somos os príncipes de um tempo novo, as nossas acções não têm a grandeza e a nobreza dos de antigamente, mas são a imagem das nossas batalhas. Sórdidas, sem coragem e oportunistas”.
Todos os Médici amaram, profundamente e à sua maneira, a região da Toscânia e a sua principal urbe, Florença. Por essa história, muita intriga (e alguns “convenientes” assassinatos), ambições políticas e não só, pois desta família existiram quatro Papas, e também a paixão e protecção pelas Artes, a par de muita depravação sexual.
Adolescentes, três primos são muito “amigos”: Alessandro (que será assassinado por Lorenzino, que por sua vez será assassinado em Veneza ), Lorenzaccio (o mesmo Lorenzino) e, o mais novo, Cosimo, aparentemente ingénuo e um tanto “gata borralheira” deste trio. Já jovem adulto, Cosimo, lutou por ele e pela sua Florença, sem se importar com os meios para atingir os fins. Foi o segundo Duque de Florença e o primeiro Grão-Duque da Toscânia.
É pois todo este período da sua vida (1519-1574) que é narrado neste tomo, com o belo grafismo de Mucciacito.

HORS D’OEUVRE - Edição Dupuis. Autores: traço de Luc Brahy, argumento de Delphine Lehericey e Fanny Demarès e cores de Bertrand Denoulet.
É o primeiro tomo da série “Étoilé”, a despertar gulosos apetites e com descaradas intrigas  no esquema.
Está na moda, nos jornais, revistas e televisão, falar-se ou escrever-se muito sobre culinária. E até há frequentes concursos televisivos!... Tudo para “encher a pança” e forjar vaidades nas vedetas deste ramo para bem comer...
A  Banda Desenhada tem estado atenta e agarrou o assunto, pelo menos, com uma série muito interessante, “Étoilé”, pela belga Dupuis.
E vai daí, aconselhamos esta obra com a bela arte de Luc Brahy.


LE COSMOS EST MON CAMPEMENT - Edição Delcourt. Autores: segundo a novela de Alain Damasio, tem argumento e traço de Éric Henninot e cores de Gaétan Georges. É o primeiro tomo da série “La Horde du Contevent”.
Notória ficção amarga e seca. Tudo se passa num clima de pesadelo, num planeta árido, constantemente fustigado por ventos implacáveis. Alguns corajosos tentam chegar à fonte dos ventos e estancá-los. Mas...
Na continuação desta série, veremos onde tudo isto vai dar.


QI 148 - Editor: Edgard Guimarães (Brasil).
Recebemos mais um excelente número do fanzine "QI" - um caso raro de publicação amadora com vida tão longa e ininterrupta - e a verdade é que, com quase centena e meia de números editados, nos continua a impressionar pela sua qualidade gráfica e pelo interessante conteúdo. 
Começando pela capa (da autoria do próprio Edgard Guimarães), passando pela rubrica "Fórum" (sempre uma das mais consistentes), a entrevista ao malogrado Fernando Bonini, um interessante artigo de E. Figueiredo sobre "Robin Hood e o seu espírito maçom", o habitual catálogo de edições independentes recebidas e, também, mais um encarte, o 9.º da colecção "Artigos sobre Histórias em Quadrinhos", com texto e pesquisa de Carlos Gonçalves, desta feita sobre a monumental obra "A História do Oeste". 
Como sempre, nota dez para o meritório trabalho do nosso amigo Edgard!
Contacto: edgard.faria.guimaraes@gmail.com
Nota a posterioriO "QI" também pode ser obtido em pdf (embora sem todos os suplementos) aqui.

3 comentários:

  1. O QI também pode ser obtido em pdf (embora sem todos os suplementos) no site da editora Marca de Fantasia
    marcadefantasia.com/revistas/qi/qi.html

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    1. Obrigado, Quiof, por esta informação que já adicionámos ao post.
      Saudações bedéfilas,
      Carlos Rico

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    2. De nada! Aqui há um outro fanzine longevo, o Tchê, publicado há 30 anos, mas não sei a periodicidade, tem menos edições.

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