sábado, 19 de janeiro de 2019

AS HISTÓRIAS QUE RESIDEM NA GAVETA (7) por José Ruy

Na sequência das histórias que tenho mantido na «gaveta das não publicadas», retiro agora esta, que tenho preparada há mais de seis anos.
É um tema muito trabalhado em «Quadrinhos», mas que mantém sempre grande interesse, principalmente pelo mistério que envolveu a sua extinção.
Trata-se de «Os Templários».
Por isso mesmo tentei abordar o assunto de uma maneira diferente. Conto-vos como tudo começou.
Um professor meu amigo, com quem tenho trabalhado em algumas sessões em escolas onde ele vai sendo destacado, fez-me este desafio, pois é natural de Tomar e gostaria de ver este tema tratado por mim. Isto passou-se em 2012, e nessa altura afigurou-se-me a possibilidade de publicação, por isso meti «ombros à obra».
Há muito que esta Ordem religiosa e militar me fascina, sobretudo pelo mistério que a envolve aquando da sua extinção criminosamente perpetrada por um monarca de cognome Belo, mas que de beleza de alma nada tinha.
Ao longo dos anos tenho reunido documentação, por isso foi-me fácil abordar o assunto. Imaginei um argumento, como sempre faço, de modo a envolver os factos históricos, mas com qualquer coisa de diferente do que conheço das várias versões publicadas já em Quadrinhos.
O enredo inicia-se em Portugal no princípio da nossa nacionalidade, como podem acompanhar nos esboços juntos.
Como tenho informado nos artigos anteriores faço sempre um registo destas histórias, pois normalmente o seu ciclo passa por um período de observação nas editoras e assim estou salvaguardado e à vontade ao fazer esta divulgação.
O texto, embora esteja já desenhado nos balões, estará sujeito a uma revisão por parte dos editores antes da publicação, por isso nesta fase não me preocupo muito, havendo por vezes gralhas devido à velocidade com que faço o trabalho. Não se admirem se as encontrarem.
Esta rubrica das «Histórias Residentes na Gaveta» foi inspirada na ideia do amigo Luiz Beira, coautor deste Blogue, de dar ao conhecimento do público leitor o material que os autores de Histórias em Quadrinhos têm prontas e não conseguem publicar, por uma ou outra razão.
Prontas totalmente, de modo a poderem ser publicadas de imediato.
No meu caso, estas histórias estão neste estádio de esboço acabado, antes de executar os originais definitivos a tinta da china. É a prévia planificação desenhada de toda a história, com a pesquisa indispensável e o texto já elaborado, o que para mim significa ser o mais trabalhoso. Por isso em qualquer altura posso completar «rapidamente» as pranchas para serem publicadas.
Mas tive já uma história totalmente pronta, mesmo com a cor dada nos originais, durante 8 anos à espera de editor. E de repente surgiu a oportunidade de a publicar em parceria com dois editores numa coedição. Foi «A Ilha do Futuro» levada à estampa pela «Faialentejo Editora» (dos Açores) e a «Meribérica/Liber» (do continente).
É preciso ter paciência e não desistir. 

Continuaremos no próximo artigo a publicar mais imagens e algumas informações sobre o desenrolar deste projeto.

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