Na
sequência das histórias que tenho mantido na «gaveta das não publicadas», retiro
agora esta, que tenho preparada há mais de seis anos.
É um
tema muito trabalhado em «Quadrinhos», mas que mantém sempre grande interesse, principalmente
pelo mistério que envolveu a sua extinção.
Trata-se
de «Os Templários».
Por
isso mesmo tentei abordar o assunto de uma maneira diferente. Conto-vos como
tudo começou.
Um
professor meu amigo, com quem tenho trabalhado em algumas sessões em escolas
onde ele vai sendo destacado, fez-me este desafio, pois é natural de Tomar e
gostaria de ver este tema tratado por mim. Isto passou-se em 2012, e nessa
altura afigurou-se-me a possibilidade de publicação, por isso meti «ombros à obra».
Há
muito que esta Ordem religiosa e militar me fascina, sobretudo pelo mistério
que a envolve aquando da sua extinção criminosamente perpetrada por um monarca
de cognome Belo, mas que de beleza de alma nada tinha.
Ao
longo dos anos tenho reunido documentação, por isso foi-me fácil abordar o
assunto. Imaginei um argumento, como sempre faço, de modo a envolver os factos
históricos, mas com qualquer coisa de diferente do que conheço das várias
versões publicadas já em Quadrinhos.
O
enredo inicia-se em Portugal no princípio da nossa nacionalidade, como podem
acompanhar nos esboços juntos.
Como
tenho informado nos artigos anteriores faço sempre um registo destas histórias,
pois normalmente o seu ciclo passa por um período de observação nas editoras e assim
estou salvaguardado e à vontade ao fazer esta divulgação.
O
texto, embora esteja já desenhado nos balões, estará sujeito a uma revisão por
parte dos editores antes da publicação, por isso nesta fase não me preocupo
muito, havendo por vezes gralhas devido à velocidade com que faço o trabalho.
Não se admirem se as encontrarem.
Esta
rubrica das «Histórias Residentes na Gaveta» foi inspirada na ideia do amigo
Luiz Beira, coautor deste Blogue, de dar ao conhecimento do público leitor o
material que os autores de Histórias em Quadrinhos têm prontas e não conseguem
publicar, por uma ou outra razão.
Prontas
totalmente, de modo a poderem ser publicadas de imediato.
No
meu caso, estas histórias estão neste estádio de esboço acabado, antes de
executar os originais definitivos a tinta da china. É a prévia planificação
desenhada de toda a história, com a pesquisa indispensável e o texto já
elaborado, o que para mim significa ser o mais trabalhoso. Por isso em qualquer
altura posso completar «rapidamente» as pranchas para serem publicadas.
Mas
tive já uma história totalmente pronta, mesmo com a cor dada nos originais,
durante 8 anos à espera de editor. E de repente surgiu a oportunidade de a
publicar em parceria com dois editores numa coedição. Foi «A Ilha do Futuro»
levada à estampa pela «Faialentejo Editora» (dos Açores) e a «Meribérica/Liber» (do continente).
É
preciso ter paciência e não desistir.
Continuaremos
no próximo artigo a publicar mais imagens e algumas informações sobre o
desenrolar deste projeto.
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