Descrevo agora como foi o seu lançamento na Ilha do Corvo e mostro-vos imagens gentilmente cedidas pelo Ecomuseu desta Ilha e do editor da «Âncora Editora», que esteve presente.
Em
cima o cartaz realizado pelo Ecomuseu do corvo e que esteve exposto em todos os
sítios do lugar, para informação dos habitantes da Ilha.
No
dia 13 de julho chegámos aos Açores na companhia de duas operadoras do programa
«LITERATURAQUI» da RTP 2, que já haviam
estado a colher imagens no meu ateliê e fizeram a cobertura do evento ao pormenor.Do aeroporto da Horta, no Faial, partimos para o Corvo.
O
lançamento do livro foi no domingo, 15 de julho de 2018, pelas 20,30 horas
locais.
Como
vos expliquei nos artigos anteriores, o presidente da Câmara Municipal do Corvo
teve a ideia de mandar fazer um painel de azulejos com a cena da capa do livro,
para que esta história fique perpetuada nas futuras gerações, e que daqui a
muitas décadas, pelo menos algum jovem pergunte: «o que é que isto representa?»
e haver alguém de proveta idade que lhe explique o ato heroico do povo corvino
no século XVII quando repeliu o ataque dos piratas. Palavras suas.O
painel foi descerrado no local com uma vista privilegiada para a falésia onde
se deu a refrega, protegido dos ventos fortes que assolam a Ilha, e benzido
pelo Padre João Carlos.
A
cortina foi retirada pelo presidente da Câmara José Manuel da Silva, pelo
representante da Direção Regional da Cultura (que se deslocou à Ilha) e por
mim.
Após
esta cerimónia que levou muito povo e turistas ao local, procedeu-se ao
lançamento do livro, em duas eiras comunitárias geminadas, logo acima da parede
onde ficou incrustado o painel.
Infelizmente
o fundador do Ecomuseu nesta Ilha, Eduardo Guimarães, que foi da ideia de eu
fazer esta história em quadrinhos, não pôde estar presente devido à doença
súbita de um membro chegado da sua família, que o obrigou a viajar para o
continente.
Depois da apresentação da cocoordenadora do Ecomuseu do Corvo Andreia Silva, falaram o presidente da Câmara, o representante da Direção Regional da Cultura e o editor da Âncora sendo eu o último. Projetei um PowerPoint onde resumidamente mostrei as diversas fases da execução da história. O Sol estava no ocaso e a diminuição da luminosidade facilitou a projeção.
Depois da apresentação da cocoordenadora do Ecomuseu do Corvo Andreia Silva, falaram o presidente da Câmara, o representante da Direção Regional da Cultura e o editor da Âncora sendo eu o último. Projetei um PowerPoint onde resumidamente mostrei as diversas fases da execução da história. O Sol estava no ocaso e a diminuição da luminosidade facilitou a projeção.
Ao
terminar, esbocei articular uma frase e fui interrompido por um estrondo
ampliado pelas colunas de som, que surpreendeu a assistência, não a mim, que
estava dentro do que ia acontecer. Imediatamente a seguir, da assistência ouve-se
um grito: «OS CATALUNHOS! VÊM AÍ OS CATALUNHOS‼!».
Era
uma teatralização baseada no argumento do livro. «Catalunhos» era o nome dado
pelos corvinos aos piratas, no século XVII.
Misturados
pela assistência, as corvinas e os corvinos que me serviram de modelos para as
personagens, diziam as frases que escrevi no livro. A surpresa foi geral, pois
tudo isto fora ensaiado na sexta feira e no sábado, uma ideia da cocoordenadora
do Ecomuseu, pessoa dinâmica e com uma capacidade de trabalho impressionante.
Cada
personagem ia seguindo numa folha, a sua deixa para intervir na altura certa. A
Andreia Silva fizera uma gravação com sons, que ia interpondo nas diversas
cenas, como o ribombar dos canhões das naus, o estalido dos disparos dos
mosquetes dos piratas, ou o ruído das pedras a rolarem pela falésia com que os
corvinos se defendiam.
Resultou muito bem.
Seguiu-se
uma sessão de autógrafos que ultrapassou em muito a centena, e por isso se
prolongou pela noite que descia nas eiras. A Câmara Municipal ofereceu um
exemplar do livro a todos os que estiveram presentes.
Alguns turistas estavam deliciados pois não esperavam assistir a um avento como este naquela Ilha, a mais pequena dos Açores, mas muito rica em acolhimento e encanto. Um deles disse-me que tinha a «Peregrinação» que fiz em Quadrinhos e estava surpreso em encontrar-me tão longe.
Alguns turistas estavam deliciados pois não esperavam assistir a um avento como este naquela Ilha, a mais pequena dos Açores, mas muito rica em acolhimento e encanto. Um deles disse-me que tinha a «Peregrinação» que fiz em Quadrinhos e estava surpreso em encontrar-me tão longe.
Entretanto
houve provas de doçaria feita com «JUNÇA». No século XVII era o alimento dado
aos porcos, mas os corvinos na sua pobreza moíam e faziam pão, que apresentava um
aspecto negro. Hoje em Espanha e no Brasil, a «Junça» é comercializada
atribuindo-se-lhe muitas propriedades.
Este
livro está a ser distribuído pela Direção Regional de Cultura pelas Câmaras
Municipais de todas as nove ilhas do Arquipélago, e pelas suas Bibliotecas
Públicas e escolas. No
continente, é a Âncora Editora que garante a colocação em todos os postos de
venda.
O
meu editor, que foi convidado a estar presente neste evento, sensibilizado com
a hospitalidade e simpatia dos corvinos, resolveu oferecer à Biblioteca
Municipal e ao Ecomuseu do Corvo, uma coleção de livros de minha autoria e de outros
colegas.
Agora uma chamada de atenção para um pormenor que achei delicioso e vou partilhar convosco: as garrafas de água que estiveram na mesa do lançamento e que também foram distribuídas pela assistência, tinham um rótulo muito original.
Agora uma chamada de atenção para um pormenor que achei delicioso e vou partilhar convosco: as garrafas de água que estiveram na mesa do lançamento e que também foram distribuídas pela assistência, tinham um rótulo muito original.
São os desenhos de alguns dos corvinos e corvinas que se prestaram a figurarem como personagens, com o título do livro como uma marca de água, quase como «marca d’água». Foi mais uma maneira simpática de divulgação. Ideia do Ecomuseu do Corvo. Parabéns Andreia, Ana e Bruno! Viva o CORVO!
Esta
história não termina aqui, é apenas o fim de uma etapa, para então começar a
verdadeira vida do livro; a minha posição de apoio continua, com apresentações
e sessões de autógrafos, como quem acompanha os filhos mesmo depois da idade
adulta.
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Na
véspera, sábado dia 14 de julho, as pessoas que me serviram de modelo para as personagens,
estiveram a ver os originais que levei comigo.
Ainda
tive tempo para fazer alguns croquis muito rápidos, enquanto a equipa da «LITERATURAQUI»
colhia imagens.
Mostro
apenas estes dois para não sobrecarregar o artigo.
Boa
leitura e obrigado pela atenção que dedicaram a estes artigos.
Um obrigado ao BDBDBlogue pela abertura do seu espaço.
Um obrigado ao BDBDBlogue pela abertura do seu espaço.
José
Ruy
Julho
de 2018
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