Joséphine Baker (1906-1975) |
Joséphine Baker, nome artístico de Freda Joséphine McDonald, nasceu em Saint Louis (Estados Unidos) a 3 de Junho de 1906 e faleceu em Paris a 12 de Abril de 1975.
Corria nas suas veias sangue de várias raças, incluindo africano e ameríndio apalache.
Nasceu pobre, mas transpirava talento e ousadia. Ainda criança, cantava e dançava na rua. Aos 15 anos, já participava em espectáculos de Saint Louis Chorus e, em 1921 e 1924, participou em espectáculos na Broadway (Nova Iorque).
Em Outubro de 1925, estreou-se de uma maneira retumbante no Théatre des Champs Élysées (Paris), com uma dança erótica e exótica, onde aparecia praticamente nua em cena: a famosa “Dança das Bananas”...
De novo na sua América natal, sofreu as perseguições racistas e a infundada suspeita de que era comunista, segundo o cruel e absurdo “macartismo”...
Em Outubro de 1925, estreou-se de uma maneira retumbante no Théatre des Champs Élysées (Paris), com uma dança erótica e exótica, onde aparecia praticamente nua em cena: a famosa “Dança das Bananas”...
Estabeleceu-se definitivamente em França e, em 1937, naturalizou-se cidadã francesa.
Mais bailarina e cantora do que actriz, foi sempre uma deslumbrante e sensual cabeça de cartaz.
Durante a 2.ª Grande Guerra, trabalhou com a Resistência, como espia.
Recebeu honrosas condecorações do governo francês.
Pela sua América de origem, lutou contra o racismo e pela emancipação dos negros, apoiando o Movimento dos Direitos Civis de Martin Luther King.
Residia na mansão acastelada de Milandes, nos arredores de Paris.
Com o drama de não poder ter filhos - embora tivesse casado cinco vezes -, sublimou tal situação adoptando doze crianças órfãs de diversas nacionalidades.
Amiga de animais, o seu favorito era a fiel chita Chiquita, com que passeava frequentemente, com uma trela, pelos parisienses Campos Elíseos.
Joséphine Baker e Chiquita |
No rol dos seus grandes admiradores contam-se o pintor Pablo Picasso e o arquitecto Le Corbusier. O escritor belga Georges Simenon chegou a ter com ela uma fugaz paixoneta.
Muitos a trataram, com admiração, por “Vénus Negra” ou “Deusa Creoula”, mas devido às imensas despesas que enfrentava, as suas economias começaram a degradar-se. Sabendo disso, a princesa Grace Kelly ofereceu-lhe uma bela moradia no Mónaco.
Muitos a trataram, com admiração, por “Vénus Negra” ou “Deusa Creoula”, mas devido às imensas despesas que enfrentava, as suas economias começaram a degradar-se. Sabendo disso, a princesa Grace Kelly ofereceu-lhe uma bela moradia no Mónaco.
Aos 68 anos, quando, em Paris, se preparava para festejar os seus 50 anos de palco, teve uma síncope e faleceu pouco depois.
Da sua imensa discografia, o trecho de honra é “A Conga de Blicoti”, várias vezes editada. Na sua curta filmografia, destacam-se os filmes “Fausse Alerte” (1945), “Princesa Tam-Tam” (1936), “Zuzu” (1934, onde contracena com Jean Gabin) e “A Sereia dos Trópicos” (1927).
Em 1986, o realizador britânico Christopher Ralling dirigiu o documentário biográfico, “Chasing a Rainbow: The Life of Josephine Baker”.
Em 1986, o realizador britânico Christopher Ralling dirigiu o documentário biográfico, “Chasing a Rainbow: The Life of Josephine Baker”.
Pois também a Banda Desenhada a honra (e muito bem!).
No México, a excelente revista "Mujeres Célebres" publicou, num dos seus números, uma BD com Joséphine Baker (da qual, infelizmente, só conseguimos imagens da capa).
A parceria francófona Yann e Laurent Verron, incluiu-a em três tomos da hilariante série “Les Exploits de Odilon Verjus” (ed. Lombard), a saber:
“Adolf”
“Vade Retro Hollywood”
e “Folies Zeppelin”.
Por sua vez, pela Casterman, foi editado em 2016, o álbum biográfico “Joséphine Baker”, da parceria Catel e Jean-Louis Bocquet.
No México, a excelente revista "Mujeres Célebres" publicou, num dos seus números, uma BD com Joséphine Baker (da qual, infelizmente, só conseguimos imagens da capa).
Capa do #67 de "Mujeres Célebres" - Editorial Novaro (México), 01.10.1965 |
“Adolf”
"Adolf", por Yann e Laurent Verron - Ed. Lombard (1999)
"Vade Retro Holliwood", por Yann e Laurent Verron - Ed. Lombard (2002)
"Folies Zeppelin", por Yann e Laurent Verron - Ed. Lombard (2006)
Capas da primeira e segunda edições de "Joséphine Baker", por Catel e Bouquet,
e duas pranchas desta obra - Edição Casterman (2016)
e duas pranchas desta obra - Edição Casterman (2016)
Em França, tem uma emotiva estátua em sua honra, país onde a respectiva Filatelia lhe editou um selo em 1994.
Nosso reconhecimento a António Lança Guerreiro pelo apoio gentilmente prestado.
LB
Saudações,
ResponderEliminarSe me permitem, indico um link donde podem ver a edição nº67 da "Mujeres Celebres" sobre a Joséphine Baker:
http://misinolvidablestebeos.blogspot.pt/2017/05/mujeres-celebres-coleccion-casi.html
Caro A. Santos, muito obrigado pela dica. Infelizmente não estamos a conseguir abrir o ficheiro. Logo que consigamos perceber porquê publicaremos aqui algumas páginas dessa edição.
ResponderEliminarSaudações bedéfilas,
Carlos Rico