LA MONTAGNE DES MORTS - Edição Casterman. Segundo a série original “Alix” de Jacques Martin, este sexto tomo da série “Alix Senator”, tem argumento de Valérie Mangin, traço de Thierry Démarez e cores de Jean-Jacques Chagnaud.
A situação está muito complicada para Alix e o seu protegido Khephren, o filho carnal de Enak. Andam pelo Egipto, onde o rebelde filho de Enak procura encontrar uma mágica estátua de Cibele, para se tornar num segundo Alexandre, o Grande, e também, para se curar (provavelmente) da aparente castração que sofreu (no episódio anterior) às mãos de uma sinistra seita religiosa de eunucos.
Enak, por sua vez, banido politicamente na região, só secretamente se encontra com Alix, seu íntimo amigo de sempre.
Neste ambiente escaldante, o povo Siwi é implacável, pois odeia de morte todos os que ocuparam o território que é deles, sejam egípcios, gregos ou romanos...
Para baralhar esta feroz situação, o clero egípcio de Amon, na mais dissimulada acção, pactua com políticos romanos corruptos...
Neste ambiente escaldante, o povo Siwi é implacável, pois odeia de morte todos os que ocuparam o território que é deles, sejam egípcios, gregos ou romanos...
Para baralhar esta feroz situação, o clero egípcio de Amon, na mais dissimulada acção, pactua com políticos romanos corruptos...
Tudo se vai agravando e o tomo termina com uma situação bem angustiante: Enak acaba de ser cruelmente enterrado vivo pelos siwis...
A ver vamos se se salva e como... lá para o sétimo tomo.
LA NUIT MANGE LE JOUR - Edição Glénat. Maravilhosamente a preto-e-branco, tem argumento de Hubert Boulard e arte gráfica de Paul Burckel.
Obra espantosamente difícil, ferozmente chocante e admirável, que no livro logo indica: “Para pessoas advertidas”... Topam? É pois numa implacável e infernal atmosfera que tudo se desenrola... sem quaisquer contemplações.
No mundo da noite ou das sombras quotidianas das sociedades, na frontal linha homoerótica, desenrola-se todo um ambiente pesado e de quase total sufoco, entre três personagens: o jovem adulto Thomas, o quarentão (provável) de musculado físico Fred e o “fantasma” do belo e pervertido jovem Alex...
Cenas de sexo explícito são constantes, como também as de ternura, bem como eventuais momentos de sadomasoquismo e, até, de intrigantes suspeitas de crimes de morte que ficam apenas no imaginário dos leitores...
Lemos, a propósito deste obra-BD, “La Nuit Mange le Jour” (A Noite Devora - ou Come - o Dia), o seguinte: “Uma exploração sem precedentes nas vertentes obscuras das maneiras de ser da homossexualidade masculina. Um mergulho cativante em toda a sua tensão ao interior dos personagens e dos seus desejos”.
E agora, há que ler esta obra com calma, inteligência e sem preconceitos suspeitos...
KURDY MALLOY ET MAMA OLGA - Edição Dupuis. Autor: Hermann.
Este 35.º álbum da série de culto “Jeremiah”, concebida pelo extraordinário Hermann, traz-nos uma surpresa muito interessante: Jeremiah nunca aparece e toda a história está focada na juventude, ou melhor, no fim da adolescência, de Kurdy Malloy, bem antes de conhecer e de vir a ser amigo inseparável do dito Jeremiah.
Desta vez, Hermann, leva-nos, no seu estilo belo e implacável, a conhecer os primeiros tempos de notabilidade do desbragado e simpático Kurdy. E a imensa Olga, de físico, idade e astúcia, vai ajudar Kurdy a tentar salvar o seu amigo Chorizo, que está internado (ou prisioneiro?) num bizarro, intragável e desumano “campo de reabilitação”...
Mas o melhor, ò bedéfilos, é ler e apreciar este belo álbum.
LB
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