A ILHA DO CORVO QUE VENCEU OS PIRATAS (11)

Caros leitores deste prestigiado Blogue, volto ao vosso contacto para dar mais uma novidade referente a esta História em Quadrinhos.

O livro, como têm conhecimento, está pronto a imprimir, numa versão em português e outra em inglês da América, mas encontra-se pendente do desbloqueio de verbas que possam definir a quantidade de exemplares a serem distribuídos no Arquipélago dos Açores, pelas Bibliotecas de todas as Ilhas.

Pela responsabilidade da decisão, é compreensível a espera que todos pacientemente aceitamos.

Mas surge agora um dado novo.

A Câmara Municipal do Corvo decidiu fazer um painel em azulejo a colocar no local de onde os corvinos no século XVII enfrentaram os piratas assaltantes, com o estrondoso êxito que ficou registado.

Para isso o Presidente da Edilidade, Senhor José Manuel Silva, teve a amabilidade de me consultar para fazer uma composição para o efeito. 

O local é este, de onde os corvinos começaram a descarregar pedras sobre os piratas a partir do ponto (1) seguindo depois para o ponto (2).

É no sítio assinalado com o (1) que irá ser instalado o painel.

A arriba era no século XVII mais abrupta, pois durante os séculos tem havido derrocadas. No ponto (2) havia uma rocha proeminente sobre o mar, e o local ainda hoje tem o nome de «Canada da Rocha». Esta foi abatendo, e quando se construiu o pontão para um novo porto de abrigo, uma parte dela foi dinamitada para aproveitar a pedra como matéria prima.

Baseado no desenho da capa do livro «A Ilha do Corvo, que Venceu os Piratas» fiz esta reconstituição, tendo em linha de conta que ainda não havia as casas que se veem na foto atual, e mostrando aqui como era o promontório com a tal rocha.

Segundo sugestões do Ecomuseu do Corvo, em íntima colaboração com a Câmara Municipal, chegaram a um acordo, de complementar o painel com uma inscrição que explicasse aos turistas e a quem de outras ilhas visitasse o Corvo, o significado da imagem.

O painel, a ser executado numa azulejaria da Ilha Terceira, vai ser colocado no topo da falésia, num local de passagem, e de onde se observa a mesma perspetiva desenhada.

Esse local está assinalado na foto abaixo, onde se vê a seta a vermelho.

É uma maneira de chamar a atenção para este episódio histórico e também para o livro existente que o conta pormenorizadamente.

Os leitores assíduos do BDBD Blogue são os primeiros a ter conhecimento desta iniciativa, e conforme o desenrolar da sua realização, prometo informa-los de todos os detalhes.

Quantos dos que leram estes artigos não se decidirão a visitar a Ilha do Corvo e confirmar a maravilha da sua paisagem e das suas gentes tão acolhedoras?

Faço votos para que o façam. 

Setembro 2017

José Ruy