O que se pode esperar desta tribo de autores, sempre pronta para a paródia? O resultado é uma sucessão de gargalhadas.
Ludivine é o que se pode definir em vocábulo corrente, uma sedutora boazona.
Oh, se é!... Com o apoio do seu amigo (e secretamente apaixonado por ela) Jean-Baptiste, ela tenta desenvolver uma tese sobre a influência do sexo através da História. Um arrojo divertido e maroto que, por misteriosa partida do computador, a arrebata e “aprisiona” através de várias épocas.
Oh, se é!... Com o apoio do seu amigo (e secretamente apaixonado por ela) Jean-Baptiste, ela tenta desenvolver uma tese sobre a influência do sexo através da História. Um arrojo divertido e maroto que, por misteriosa partida do computador, a arrebata e “aprisiona” através de várias épocas.
Trogloditas da Idade da Pedra, Júlio César e Marco António, Joana d’Arc, Henri IV de França, Molière, os “Sans-Culotte”, Toulouse-Lautrec, etc, com todos se vai encontrando a irresistível Ludivine, por muito que Jean-Baptiste se esforce por resgatá-la de dentro do computador.
Enfim, muita risota e um divertido erotismo!...
LE DERNIER ACTE DE LUDWIG.LONDRES - Edição Lombard. Autores: Stephen Desberg (argumento), Magda (traço) e Jérôme Maffre (cores), segundo os personagens criados por Griffo e Desberg.
É o sétimo tomo da série “Sherman”, plena de mistérios inquietantes, desde um assassinato (o do tenor Ludwig Melchior) por desvendar, e todas as conotações políticas que ensombram a família Sherman...
L’ÉPOUSE BARBARE - Edição Casterman. Autores: argumento de Blandine Le Callet e arte de Nancy Peña. “L’Épouse Barbare” é o terceiro tomo da série “Medée” (Medeia).
O mito da princesa (e feiticeira) da Cólquida (onde hoje se situa a República da Geórgia) tem a grande popularidade graças à bela tragédia teatral de Eurípides. Não esqueçamos que para além de Eurípides e de autores clássicos como Apolónio de Rodes e Apolodoro, muitos outros abordaram este tema através dos tempos.
Medeia também se registou em força na Escultura, na Pintura (com Paul Cézanne, por exemplo), na Ópera, no Teatro (no Brasil, por exemplo, num texto de Chico Buarque e Paulo Pontes) e no Cinema... Pela 7.ª Arte, há duas fabulosas versões: a do italiano Pier Paolo Pasolini em 1972, com Maria Callas e a do dinamarquês Lars Von Trier, em 1988, com a actriz Kirsten Olesen.
Há muitas versões sobre o mito de Medeia, bela, apaixonada, conspiradora, feiticeira e e repulsivamente cruel.Todas as versões, mais ponto menos ponto, vão coincidindo. Todavia, agora nesta versão em Banda Desenhada, vamos encontrar a história-lenda por ela “própria” narrada...
Parabéns às corajosas autoras!
DEMOCRACIA - Edição Bertrand. Autores: argumento de Abraham Kawa, arte de Alecos Papadatos e cores de Annie Di Donna. Tradução de Joana Neves.
Quanto ao correctíssimo desenhista grego Alecos Papadatos, já aqui fizemos referência quando de “A BD da Grécia” e da sua obra em português, “Logicomix” (Ed. Gradiva). Agora, calha-nos uma obra de alto valor: “Democracia”.
Esta digna formatação política e genialmente inventada pelos Gregos de antanho, é muito ideal e bonita... mas será que funcionou bem através dos tempos? Tem funcionado mesmo?!...
Papadatos e seus “companheiros de estrada”, nesta obra, são magníficos. Sem esquecer uma certa e subentendida ironia...
Obra de leitura obrigatória!
OS XII TRABALHOS DE ASTÉRIX Edição Asa. Autor: Albert Uderzo, consoante texto do saudoso René Goscinny.
Apesar do belo e luxuoso aspecto deste álbum, desta vez não aplaudimos. Porquê?
Pois em consciência, estamos fartos de por dá cá aquela palha, surjam edições especulativas só para engordar a vaidade e a conta bancária do senhor Uderzo. Não, não e não! Não pactuamos com a fábula da raposa e o corvo!... Entendem?
E com tanta obra-BD, nacional e estrangeira, à espera de justas edições, acontecer esta... Por favor, haja Deus!
LB
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