O argumento desta história em Quadrinhos foi criado por mim e desenrola-se na época em que os corvinos, numa decisão notável, resolveram fazer frente aos piratas argelinos que lhes assolavam a ilha para roubarem e fazerem escravos.
Quando da minha presença na Ilha do Corvo, não só colhi elementos importantes sob a direção do Ecomuseu do Corvo, como tive o privilégio da participação espontânea dos habitantes, que não só escolheram os nomes para as personagens, como também decidiram sobre algumas situações criadas no enredo, e até se disponibilizaram a ser desenhados.
Apontamentos do corvino que se chama Fábio Fraga na vida real e que vai servir de modelo para a personagem (por coincidência) com o mesmo nome de FRAGA. Na história, esta figura acaba de enviuvar, e fica só com a filha Inês.
Estes nomes foram atribuídos pelo conselho dos corvinos em janeiro de 2016 quando da minha presença no local.
Embora ainda em esboço, procuro que as personagens mostrem já indícios da fisionomia dos corvinos escolhidos.
Esta vinheta pertence à página 01, como estão lembrados, mas tem uma particularidade na fala do Fraga. Dizia ele ao Vigário que punha na boca da falecida uma moeda perdida por piratas aquando de uma das aguadas feitas na ilha. Por indicação preciosa do Dr. Carlos Riley, Docente e Investigador da Universidade dos Açores, e que está generosamente a supervisionar a obra, as aguadas eram feitas pacificamente por corsários e não da mesma maneira pelos piratas que aportavam só para atacar. Emendei já a legenda.
Com o resultado da minha visita à ilha, estou a refazer todos os primeiros esboços desenhados. No artigo anterior mostrei a página 02. Agora junto a 03 e a 04.
Para se poder fazer uma comparação entre o esboço e a arte final, mostro a primeira vinheta da página 01 definitiva e por baixo o rascunho.
No próximo artigo apresentarei mais rostos de corvinos que vão entrar como personagens nesta história.
José Ruy
26 de fevereiro de 2016
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