Criado em 1946 pelo belga Morris (pseudónimo que advém da
pronúncia do primeiro nome do artista Maurice De Bevere), Lucky Luke é um dos
personagens mais célebres da banda desenhada e um dos poucos dentro do género western/humorístico (a par de Chic Bill, outra série europeia criada pelo frânces Tibet).
Em 1955, René Goscinny (notável criador de argumentos
humorísticos, e co-autor de, entre outros, Astérix, Iznougud, Spaghetti ou Humpá-Pá) juntou-se a
Morris, ficando este responsável apenas pelo desenho. Esta fase, que só
terminou com a morte de Goscinny em 1977, é considerada a melhor da série.
Apesar de ser um cow-boy
(isto é, um vaqueiro), Lucky Luke actua na maior parte das suas aventuras como
guia, explorador ou guarda-costas de alguém.
Sempre acompanhado por Jolly
Jumper, o cavalo mais esperto do
Mundo, e, por vezes, por Rantamplan,
o cão mais estúpido do Universo (que, mais tarde, se tornaria protagonista das suas próprias aventuras em álbum),
Lucky Luke encontra, com regularidade, personagens míticos do velho
Oeste como Billy The Kid, Calamity Jane,
Jesse James, Bufallo Bill, Sarah Bernhardt, ou os Irmãos Dalton. Estes últimos, que Morris, pela mão de Lucky Luke,
decidiu eliminar da série (Lucky Luke mata os Irmãos Dalton durante uma
aventura naquela que é a primeira e a única vez que o cow-boy utiliza o seu revolver de forma tão radical) acabarão por
regressar sob a forma de mais quatro irmãos Dalton, primos dos primeiros. Morris
emendou, assim, a mão, quando percebeu a enorme potencialidade destes impagáveis
personagens (cujo gag mais famoso
talvez seja aquele em que os quatro irmãos, presos na mesma cela, decidem abrir
quatro buracos na parede para se evadirem!).
Outra nota curiosa da série prende-se com o cigarro que
Lucky Luke usou durante anos ao canto da boca e que Morris substituiu,
em 1983, por uma palha. Este gesto valeu-lhe uma medalha outorgada pela Organização Mundial de Saúde, nas Jornadas Mundiais Sem Tabaco, em 1988.
Alguns dos personagens da série: Rantanplan, Billy the Kid, Calamity Jane, Jolly Jumper, Lucky Luke e os impagáveis irmãos Dalton (Averell, William, Jack e Joe) |
Morris faleceu em 2001 mas Lucky Luke continua a viver novas
aventuras pela mão de outros artistas como Achdé, Bob De Groot, Jean Léturgie,
etc…
Em 1995, numa tentativa de atrair um público mais jovem, Léturgie e Pearce criaram "Kid Lucky", uma versão das aventuras de Lucky Luke enquanto criança.
Em Portugal a série estreou em 1958, no "Cavaleiro Andante" #340. Desde essa altura, Lucky Luke tem sido publicado em revistas como "Zorro", "Nau Catrineta", "Flecha 2000", "Jornal da BD", "Tintin" ou "Selecções BD" (2.ª série).
Têm sido também publicados álbuns com regularidade por várias editoras portuguesas (Editorial Íbis, Bertrand Editora, Méribérica, Público/Asa), bem como pelo jornal "Correio da Manhã".
Em 1985 as aventuras de Lucky Luke foram adaptadas ao cinema de animação.
Nos anos 90, Lucky Luke (em carne e osso) estreou-se nos ecrãs através de uma série televisiva e de dois filmes protagonizados por Terence Hill.
Em 2004, novo filme, desta vez com Til Schweigwe a dar corpo ao personagem.
Em 2009, foi a vez de James Huth realizar e Jean Dujardin interpretar "Lucky Luke".
Passados que estão quase setenta anos(!) desde que foi criado por Morris, Lucky Luke continua a fazer-nos rir com as suas hilariantes aventuras.
Um caso muito sério de longevidade (e de popularidade) na banda desenhada europeia e mundial.
Em 1995, numa tentativa de atrair um público mais jovem, Léturgie e Pearce criaram "Kid Lucky", uma versão das aventuras de Lucky Luke enquanto criança.
Em Portugal a série estreou em 1958, no "Cavaleiro Andante" #340. Desde essa altura, Lucky Luke tem sido publicado em revistas como "Zorro", "Nau Catrineta", "Flecha 2000", "Jornal da BD", "Tintin" ou "Selecções BD" (2.ª série).
Têm sido também publicados álbuns com regularidade por várias editoras portuguesas (Editorial Íbis, Bertrand Editora, Méribérica, Público/Asa), bem como pelo jornal "Correio da Manhã".
Duas pranchas de "O Esconderijo dos Dalton", com texto e desenhos de Morris, in revista "Tintin" #9 (1981) |
"Billy, the Kid", um episódio completo da série de animação dos anos 80
Nos anos 90, Lucky Luke (em carne e osso) estreou-se nos ecrãs através de uma série televisiva e de dois filmes protagonizados por Terence Hill.
Em 2004, novo filme, desta vez com Til Schweigwe a dar corpo ao personagem.
Em 2009, foi a vez de James Huth realizar e Jean Dujardin interpretar "Lucky Luke".
Passados que estão quase setenta anos(!) desde que foi criado por Morris, Lucky Luke continua a fazer-nos rir com as suas hilariantes aventuras.
Um caso muito sério de longevidade (e de popularidade) na banda desenhada europeia e mundial.
CR
"La Mine d'Or de Dick Digger" e "Arizona", os dois primeiros álbuns de Lucky Luke.
Note-se a fisionomia do personagem, bastante diferente ainda da sua imagem actual.
Pranchas de "O Grão-Duque", com texto de Goscinny e desenhos de Morris, in revista "Tintin" #14 (1974) |
Pranchas de "O Grão-Duque", com texto de Goscinny e desenhos de Morris, in revista "Tintin" #15 (1974) |
"La Caravane", publicado em 1964, talvez o melhor álbum da série.
Cartaz do filme "Lucky Luke", realizado por James Huth, com Jean Dujardin como protagonista.
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Lucky Luke cavalgando Jolly Jumper, com o Sol a por-se no horizonte. Uma imagem de marca que perdura desde que a série foi criada. |
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