sábado, 9 de outubro de 2021

​NOVIDADES EDITORIAIS (225)

O ÚLTIMO FARAÓ - ​Edição Gradiva. Autores, segundo Jacques Martin: argumento de Valérie Mangin e arte de Thierry Démarez. Tradução de Jorge Lima.
Em português, é o segundo tomo da empolgante e vigorosa série "Alix Senator", uma grandiosa continuação com os mistérios, as implacáveis conspirações, as loucuras e a grandeza de Roma. Falcões contra águias vice-versa!
Alix e os seus companheiros, sobretudo seu filho Tito e Kaphren (filho do "desaparecido" Enak), correm o perigo de serem assassinados por ordem de um faraó demente, Cesarião.
Aqui, com estranhos poderes, surge o enigmático Heb, que não é outro senão Enak, disfarçado até boa parte da narrativa, que se centra no jovem príncipe egípcio Ptolomeu XV, dito Cesarião, pressuposto filho de Cleópatra VII e de Júlio César, embora este jamais o tenha reconhecido como seu filho. Aos 17 anos, foi aprisionado e levado para Roma, onde acabou por ser executado ou assassinado sob as ordens de Octaviano.
Octaviano ou Octávio Augusto, pela História, foi o sucessor de Júlio César. Cesarião é mais lendário do que histórico e não passou de um mártir joguete político entre Roma e Alexandria...


SURCOUF - 4 - ​Edição Glénat. Autores: argumento de Arnaud Delalande e Eric Surcouf (bisneto do famoso corsário) e arte pelo jovem haitiano (residente em Paris) Guy Michel.
Passou "algum" tempo para finalmente aparecer este quarto e derradeiro tomo da série "Surcouf", onde a arte gráfica de Guy Michel só merece aplausos.
De qualquer modo, registe-se, em paralelo, a obra homónima do grande mestre belga que foi Victor Hubinon. Cada um, Hubinon e Michel, tem o seu lugar e valor, pelos seus estilos pessoais...
Robert Surcouf foi um bem destemido senhor dos mares, sobretudo no espaço dos mares pelo Oceano Índico. Foi herói, foi temido e terrível e foi também nobre.
Terá acabado bem os seus dias de vida... Ámen!


UM OCEANO DE PEDRA - ​Edição Gradiva. Autores: argumento de Matz (aliás, Alexis Nolent), arte de Philippe Xavier e cores por Jean-Jacques Chagnaud. Tradução de Guilherme Valente.
É o primeiro tomo da série "Tango" que, num certo jeito de "western", se localiza na América Latina (Bolívia, Argentina, Equador, Panamá, etc).
O herói, "John Tango", julga encontrar o devido sossego e recomeçar a sua vida num local isolado na cordilheira dos Andes...
E no entanto, os fados programaram-lhe a quebra de qualquer tranquilidade, com momentos violentos, impiedosos e sem contemplações....
Com a bela e cativante arte do francês Philippe Xavier, a série promete conquistar em pleno o entusiasmo dos nossos bedéfilos.
Parabéns, Gradiva!


NARCISSE & PYGMALION - ​Edition Glénat, série "Sagesse des Mythes". Autores, sob a orientação do historiador-investigador Luc Ferry: argumento de Clotilde Bruneau, traço de Diego Oddi, cores de Ruby e capa de Fred Vignaux. E um elucidativo dossiê final por Luc Ferry..
Aqui constam, seguidas, duas lendas da Mitologia Grega: a de "Narciso" e a de "Pigmalião". Para além destas versões em Banda Desenhada, o que nos relatam as mais diversas versões sobre estes mitos?
Pelas normas mais usadas: NARCISO, que na Mitologia Romana é Valentim, era filho do deus-rio Cefiso e da ninfa Leríope. Quando nasceu, o adivinho Tirésias vaticinou que ele teria uma vida longa, desde que nunca contemplasse a sua própria figura. Mas não foi bem assim: extremamente belo e quase irresistível, vendo-se refletido nas águas de um rio (ou de um lago) apaixonou-se perdidamente por ele próprio. E afastava, com um certo nojo, todos os que se apaixonavam por ele, como foram os casos mais acentuados com a ninfa Eco e o jovem Amínias. Na sua desbragada auto-paixão, foi definhando e morreu. A deusa Afrodite, condoída, transformou-o na flor que tem o seu nome. O seu mito ficou a marcar o drama do individualismo.
PIGMALIÃO, era um rei de Chipre. Também escultor, e daqui, esculpiu uma linda mulher por quem se apaixonou. Mas nada a fazer, pois era uma estátua!
Infeliz por este amor impossível, decide viver em celibato... No entanto, a deusa Afrodite escutou os seus lamentos e transformou a estátua numa mulher de carne e osso, chamada então de Galateia, que casou com Pigmalião, donde resultou descendência.

LB

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