Além de irmãos, eram bem amigos e cúmplices na arte ilustrativa (com a BD incluída), de apelido Fernandes.
Estão registados em textos dos nossos investigadores-cronistas, o veteraníssimo
A. J. Ferreira e António Dias de Deus (este último falecido em 2018).
SÉRGIO LUIZ nasceu em Praia da Granja a 30 de Setembro de 1921.
De 1923 a 1939, viveu em Leiria, onde o pai, o escultor Luís Fernandes, fora colocado como professor na Escola Comercial e Industrial Domingos Sequeira. Entusiasmado pela Cultura, Sérgio Luiz dedicou-se também à Linguística, à Música e ao Xadrez. Todavia - ò cruel destino! - já com 13 anos de idade, começou a sofrer de uma tuberculosa renal. Por este facto inquietante e por razões de clima, a família mudou-se para Lisboa, onde Sérgio Luiz, com 21 anos de idade, vem a falecer a 24 de Janeiro de 1943.
GÜY MANUEL era seu irmão "caçula". Nasceu a 24 de Março de 1923, em Leiria, falecendo com vinte anos, também vítima de uma complicada tuberculose. Terrível e angustiante esta dupla verdade: no mesmo ano, em curtíssimo espaço de meses, dois irmãos talentosos e vintões, deixam para sempre de luto e no vazio, não só a própria família, como a Banda Desenhada Portuguesa.
Adolfo Simões Müller (1909-1989), que dirigiu "O Papagaio", "Diabrete", "Cavaleiro Andante", "Foguetão", etc., cedo deu a mão a estes jovens irmãos Fernandes. Obrigado, atento director!
A seu tempo, Sérgio Luiz e Güy Manuel (às vezes com textos de Zé João) colaboraram, em conjunto e/ou isoladamente, em publicações como "O Papagaio", "Diabrete" "O Faísca" ou no suplemento "Pim-Pam-Pum", do extinto diário "O Século".
A breve e trágica vida de Sérgio Luiz e Güy Manuel é um exemplo valoroso e talvez "incómodo", sobretudo para as novas gerações bedistas, que sabem tudo e que, salvo raríssimas excepções, garatujam mais do que desenham.
A Câmara Municipal de Leiria / Museu de Leiria, após uma bela exposição alusiva que esteve patente de Abri-2017 a Dezembro-2018, arrojou-se, corajosa e exemplarmente, à edição em conjunto de luxo, de cinco álbuns da autoria destas jovens desenhistas: "Aventuras do Boneco Rebelde", "O Livro Mágico", "O Boneco Torna a Sair do Frasco", "A Ilha Misteriosa" e "Rebeldes".
Não há mais palavras por este gesto imenso de justa sensibilidade. É um ardente e magnífico exemplo para tantos outros Municípios e para a vaidade gananciosa de algumas editoras-BD do nosso País…
Viva Leiria! Obrigado Leiria!
Estão registados em textos dos nossos investigadores-cronistas, o veteraníssimo
A. J. Ferreira e António Dias de Deus (este último falecido em 2018).
SÉRGIO LUIZ nasceu em Praia da Granja a 30 de Setembro de 1921.
De 1923 a 1939, viveu em Leiria, onde o pai, o escultor Luís Fernandes, fora colocado como professor na Escola Comercial e Industrial Domingos Sequeira. Entusiasmado pela Cultura, Sérgio Luiz dedicou-se também à Linguística, à Música e ao Xadrez. Todavia - ò cruel destino! - já com 13 anos de idade, começou a sofrer de uma tuberculosa renal. Por este facto inquietante e por razões de clima, a família mudou-se para Lisboa, onde Sérgio Luiz, com 21 anos de idade, vem a falecer a 24 de Janeiro de 1943.
GÜY MANUEL era seu irmão "caçula". Nasceu a 24 de Março de 1923, em Leiria, falecendo com vinte anos, também vítima de uma complicada tuberculose. Terrível e angustiante esta dupla verdade: no mesmo ano, em curtíssimo espaço de meses, dois irmãos talentosos e vintões, deixam para sempre de luto e no vazio, não só a própria família, como a Banda Desenhada Portuguesa.
Adolfo Simões Müller (1909-1989), que dirigiu "O Papagaio", "Diabrete", "Cavaleiro Andante", "Foguetão", etc., cedo deu a mão a estes jovens irmãos Fernandes. Obrigado, atento director!
A seu tempo, Sérgio Luiz e Güy Manuel (às vezes com textos de Zé João) colaboraram, em conjunto e/ou isoladamente, em publicações como "O Papagaio", "Diabrete" "O Faísca" ou no suplemento "Pim-Pam-Pum", do extinto diário "O Século".
A breve e trágica vida de Sérgio Luiz e Güy Manuel é um exemplo valoroso e talvez "incómodo", sobretudo para as novas gerações bedistas, que sabem tudo e que, salvo raríssimas excepções, garatujam mais do que desenham.
A Câmara Municipal de Leiria / Museu de Leiria, após uma bela exposição alusiva que esteve patente de Abri-2017 a Dezembro-2018, arrojou-se, corajosa e exemplarmente, à edição em conjunto de luxo, de cinco álbuns da autoria destas jovens desenhistas: "Aventuras do Boneco Rebelde", "O Livro Mágico", "O Boneco Torna a Sair do Frasco", "A Ilha Misteriosa" e "Rebeldes".
Viva Leiria! Obrigado Leiria!
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