segunda-feira, 27 de junho de 2016

NOVIDADES EDITORIAIS (96)

GOLD BLACK - Edição Lombard. Tem argumento de Benec, traço de Thomas Legrain e cores de Elvire De Cock. Trata-se do 9.º tomo da série “Sisco”.
Como todo o bom agente secreto, Sisco é corajoso, astuto, frio, etc, insinuando-se com as suas destemidas apostas pessoais, pelos mais diversos meandros das sujeiras políticas e das mais “divinas” corrupções.
Todavia, Sisco, havia abdicado da sua carreira oficial e profissional. Digamos que queria viver em paz...
Pois sim, pois não! Quem de direito do Governo Francês (Sisco é ou era um agente francês) convida-o para uma acção delicada e explosiva nas negociatas sujas do petróleo, algures pelas zonas de vários territórios do Oceano Pacífico... Pensa recusar, mas fica a saber que a sua paixoneta fora raptada no Sudão... E pronto, aceita o desafio!...
“Sisco” é uma série plena de acção e sem contemplações de qualquer género, que deve ser lida e acompanhada.

EDIBAR - Edição HQ Maniacs Editora, Lda. Autor: Lúcio Oliveira, com um prefácio de Marcelo Alencar.
Para os que usam dentadura e pensam que ela está segura, é conveniente firmá-la bem antes de começar a ler este álbum (tamanhas serão as gargalhadas!...), que foi apresentado pelo autor no Festival de BD de Beja deste ano.
Edibar é um personagem fantástico, um tanto gabarolas e aldrabão, fanaticamente doido por cerveja, e que vive com uma esposa horrenda e resmungona, Edimunda, e que, volta não volta, tem ainda de suportar a sua sogra, Ana Conda, ainda mais horrenda e repulsiva que a filha...
Com tudo isto, é só risota garantida.
Curiosamente, há um veterano desenhista romeno, Marian Radu, que aborda similarmente as paródias anti-sogra no álbum “Bem-Vinda Querida Sogra!” (Bine Ai Venit, Mamã Soacrã!), do qual e do seu próprio bolso, Radu fez uma curta edição em português que ofereceu aos presentes no Salão Internacional de Viseu-2009.
Aplausos a Lúcio Oliveira!


SANTO ANTÓNIO - Edição Europress. Autor: José Garcês.
Na antevéspera do Dia de Santo António, com o matutino “Público”, foi posto à venda um novo álbum elaborado por mestre José Garcês, actualmente o decano dos desenhistas portugueses: “Santo António”.
Sabíamos que era um velho sonho de Garcês, mas o álbum lá apareceu, digamos que de surpresa. E no entanto, já em 1959, no n.º 12 da revista “Camarada” (2.ª fase), aí se encontra noutra versão e apenas numa prancha, o mesmo e
nosso Santo António, que os italianos querem à força que seja de Pádua, quando ele é de Lisboa.
Santo António, o mais popular santo português, merecia esta honra em Banda Desenhada. No entanto, que não se propale para aí, que é o Padroeiro de Lisboa. Não, não é!... O Padroeiro de Lisboa é S. Vicente, martirizado e morto em Espanha, mais tarde enterrado no Algarve e cujos restos mortais, D. Afonso Henriques, fez transladar para Lisboa.
De Santo António, que começou por ser Fernando de Bulhões, conhecem-se melhor as lendas populares que a verdade histórica da sua passagem por esta vida. De qualquer modo, é interessante conhecer-se esta obra de José Garcês.
LB

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