NOËL GLOESNER (1917-1995).
Francês, pleno de um invejável, encantador e elegante grafismo, talvez devido à sua natural humildade, quase nunca lhe fizeram (ou fazem) a devida justiça pela sua arte. Algumas obras suas foram logo editadas com côr. Mas, pelo seu tão apreciado preto e branco, temos, por exemplo, "Mademoiselle Demi-Solde", "L'Orpheline du Far-West", "Boule de Neige ", etc., e acima de todas, a espantosa, longa e emotiva narrativa "Perdida na Tempestade" (Mademoiselle Ci-Devant), publicada em Portugal no "Cavaleiro Andante" (do n.º 210 ao n.º 313), tendo então feito um furor imenso no entusiasmo dos bedéfilos portugueses.
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| Arte de Noël Gloesner |
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| Prancha de "Hello Jim" |
PUIU MANU (1928).
É um dos mais consagrados desenhistas romenos, sempre jovem e imparável a desenhar. Embora algumas vezes tenha abordado a cor, a sua vastíssima obra assenta sobretudo numa correcta linha a preto e branco. Da sua extensa bibliografia, salientam-se os títulos "Ionita Tunsu", "Trei Luni de Vacantâ in Trecut", "Invincibilul", "Toate Pânsele Sus!", etc.
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| Prancha de "Ionita Tunsu" |
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| Mais uma prancha de "Ionita Tunsu" |
VÍTOR PÉON (1923-1991).
Um português sempre pleno de entusiasmo criativo. Imenso!... Abordou diversos temas, do humorístico ao histórico e ao "western". Claro que a maioria só o relaciona ao herói "Tomahawak Tom". Mas Péon criou uma infinidade de narrativas (excluindo as que deixou incompletas ou apenas idealizadas), como "Ted Kirk" (duas narrativas), "Pirro", "A Reconquista de Angola", "João Davus", "A Vingança do Jaguar", "Gesta Heróica", "As Viagens de Diogo Cão", etc. Mas, para aqui, escolhi uma prancha de ""Aventura na Selva"...
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| Arte de Vítor Péon |
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| Prancha de "Reg Tooper, o Renegado" |
Nota: A rubrica "A BD a Preto e Branco" é subdividida entre as escolhas pessoais de Luiz Beira (10 posts e 30 autores) e de Carlos Rico (idem), num total de 60 autores! As duas imagens que ilustram a obra de cada autor foram criteriosamente escolhidas por Luiz Beira e Carlos Rico e por esta ordem serão sempre apresentadas.
Sou demasiado novo para ter tido contacto com o velho "Cavaleiro Andante". Contudo, há uns anos, tive a sorte de ler um excerto de "Perdida na Tempestade" e fiquei fascinado pelo desenrolar da história.
ResponderEliminarTanto quanto sei acho que nunca houve uma publicação em album, desta história, em França. Será possível conseguir encontrar a obra original, em formato digital, na Net?
Infelizmente, não disponho dos meios (tempo e dinheiro) para poder encontrar as edições do "C.A." contendo a história em questão. :(
Caro amigo
EliminarDe facto, "Perdida na Tempestade", pelo genial Noël Gloesner, é um maravilhoso monumento da BD. Em álbum, não consta que algum país a tenha publicado!... Pela Net, tão pouco tenho
qualquer informação... A narrativa é bastante longa e saiu no "Cavaleiro Andante", do nº 210 ao 313, donde, algumas vezes, apareceram pranchas a cores (num total de 23).
Lamento, mas mais não te posso valer.
Um grande abraço
Luiz Beira
É pena que esta série (bem como outras) nunca tenha sido alvo de publicação em álbum.
EliminarInterrogo-me sobre qual será o futuro destas criações que apenas viram a sua divulgação em revistas.
Será que, com o tempo, estas BD seriadas não correrão o risco de desaparecer. Acho que urge um tipo de trabalho (a nível mundial) de digitalização e posterior distribuição de tais trabalhos.
Pois é, caro amigo: esse sonho é muito lindo, mas quem serão os capazes de o fazer acontecer?
EliminarSaudações bedéfilas do
Luiz Beira