Ruy Mendes |
Somos amigos (eu, LB, e ele) há longos anos... vamos lá, desde meados dos anos 60.
Pois tenho-o abordado, volta não volta pelo telefone, para uma entrevista. É difícil, muito difícil mesmo, atendendo à sua ocupação pela carreira onde funciona. E seria para uma entrevista que, precisamente, iria versar, no essencial, a Banda Desenhada... É por isso que aqui o "trago" hoje. E que ele me perdoe se alguma "asneira" aqui registo.
Pois tenho-o abordado, volta não volta pelo telefone, para uma entrevista. É difícil, muito difícil mesmo, atendendo à sua ocupação pela carreira onde funciona. E seria para uma entrevista que, precisamente, iria versar, no essencial, a Banda Desenhada... É por isso que aqui o "trago" hoje. E que ele me perdoe se alguma "asneira" aqui registo.
Pois este artista nasceu em Coimbra a 19 de Julho de 1937 e seu nome completo é Rui Jorge Albuquerque Mendes. Reside, mais ou menos, na zona de Lisboa.
Como actor, teve belas interpretações no Cinema em filmes como "Raça", "Dom Roberto", "Os Abismos da Meia-Noite", "A Hora da Liberdade", etc.
No Teatro, onde se estreou em 1956 com "A Ilha do Tesouro", destacou-se em peças como "A Tia de Charley", "Knack", "Tio Vânia", "O Rapaz dos Bonecos", etc, etc.
Foi co-fundador do Grupo 4/Teatro Aberto e do Teatro Adoque.
Foi co-fundador do Grupo 4/Teatro Aberto e do Teatro Adoque.
Cursou Arquitectura e, quase no fim, desistiu e não completou o curso.
Também fez Banda Desenhada. Exacto!
Foi na extinta revista-BD "Camarada", pelo menos, através do ano de 1958.
Tinha um personagem-herói humorístico, o "Procópio Banana", quase sempre em tiras e com textos do saudoso mestre António Manuel Couto Viana. Nesta revista, assinava tudo como Ruy (com ípsilon) Mendes.
Aventuras e Desventuras de Procópio Banana ("Camarada", n.º 3) |
Tira de Procópio Banana ("Camarada", n.º 5) |
Não há muito tempo, eu e o Rui/Ruy, cruzámo-nos na estreia de uma peça no Teatro da Trindade. Nessa balbúrdia vaidosa das estreias teatrais, que é sempre um espectáculo paralelo ao espectáculo em si, consegui falar-lhe mais uma vez na ideia da entrevista e foquei-lhe o Procópio Banana. Ele sorriu abertamente e disse-me: "Hiiii, isso foi há tanto tempo!..."
Pois foi! Mas a sua divertida arte desse tempo ficou. E mais: nesse momento, num breve "clic", percebi-lhe um certo brilho especial nos olhos. Que foi, Rui/Ruy? Uma saudade pela Banda Desenhada?...
LB
Tira de Procópio Banana ("Camarada", n.º 7) |
Procópio Banana ("Camarada, n.º 8) |
Tira de Procópio Banana ("Camarada, n.º 20) |
Tira de Procópio Banana ("Camarada", n.º 25) |
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