Recordo aos leitores deste Blogue uma série de artigos que escrevi sobre histórias em HQ que «residiam» na minha gaveta dos «encalhados».
E digo RESIDIAM, porque algumas vão deixando o limbo onde se encontravam. Precisamente, tinha nessas condições uma história sobre os Templários.
Um professor meu amigo, André Chico, aquando de uma sessão em que mostrei o meu método de trabalho, numa escola onde ele era docente em 2012, sugeriu que me debruçasse nesse tema que é do seu agrado, porque é natural de Tomar, onde vive.
Como o tema há muito me fascinava, entusiasmei-me a criar uma história em Quadrinhos, mas que na altura não teve oportunidade de edição.
Pois bem, 9 anos depois do «purgatório» desta história, um corajoso editor propôs-se presentemente publicar esse original. Trata-se do Rui Brito, que dirige a editora POLVO há muitos anos.
Eu tinha o argumento completo e toda a história já esquiçada a lápis e estruturada para 30 pranchas de desenho, o que daria um livro com 32 páginas.
Este esquema surgiu-me nos anos 1980 quando trabalhava na editora ASA e o seu responsável, Américo Augusto Areal, me pediu uma opinião técnica sobre uma situação crítica: a matéria prima subira em flecha e ele seria forçado a aumentar o preço de capa dos livros de Quadrinhos. Mas achava que as venda se iriam ressentir, pois a crise na altura afetava todos.
Foi quando lhe sugeri reduzir os custos da edição para poder manter os preços de capa, sem prejuízo do conteúdo.
Usávamos o esquema franco-belga, 48 páginas de papel, 44 de desenho e assim alargávamo-nos fazendo grandes desenhos a contar a história. Ora se condensássemos a narrativa em 30 páginas, contaríamos o mesmo, mas em desenhos mais reduzidos e poupava-se no papel, nos fotólitos das seleções fotográficas, que ainda se usavam na altura, e na impressão.
O caso é que o esquema resultou e pegou; os meus colegas na ASA passaram a usa-lo, e eu continuei a mante-lo até hoje.
Mas o editor Rui Brito achou agora que esta história dos Templários merecia ser contada em 44 páginas.
Portanto, mantendo o argumento, alterei o guião para o reajustar para esse número de páginas, o que permitiu dar mais ênfase a certas cenas e desenvolver alguns pormenores dando-lhe até mais visibilidade.
Foi como sair de um espartilho.
Neste momento a história está toda desenhada em definitivo, a tinta da china, e estou na fase da cor, que faço agora pelo Photoshop.
A edição está prevista para o corrente ano de 2022, em capa dura.Foi como sair de um espartilho.
Neste momento a história está toda desenhada em definitivo, a tinta da china, e estou na fase da cor, que faço agora pelo Photoshop.
Apresento uma visão diferente sobre o destino dos misteriosos tesouros dos Templários, e do que constavam. É uma história com uma grande base histórica «temperada» com ficção quanto baste.
E aqui está, em traços largos, como precisamos de ter paciência e esperar por uma ocasião que mais tarde ou mais cedo sempre chega. Mesmo que se tenha de esperar 9 anos.
A minha filosofia baseia-se em que se tivermos tudo pronto, ao surgir uma oportunidade rapidamente pode fazer-se a edição.
Desejo-vos boa leitura.
A minha filosofia baseia-se em que se tivermos tudo pronto, ao surgir uma oportunidade rapidamente pode fazer-se a edição.
Desejo-vos boa leitura.
José Ruy
Sem comentários:
Enviar um comentário