quinta-feira, 9 de setembro de 2021

ILUSTRAÇÕES E HISTÓRIAS EM QUADRINHOS por José Ruy (3)

Normalmente Adolfo Simões Müller tinha Fernando Bento como o seu ilustrador de excelência, mas abria exceções e além de mim, também o Vítor Peon ilustrou algumas obras suas.
Entre este livro e o anterior, passaram 9 anos. Estávamos em 1966.
A capa, tal como a do livro sobre «Gutenberg», foi toda desenhada, só as letras no rodapé e as que se lêem de baixo para cima foram aproveitadas da fôrma da coleção.
As capitulares ilustradas eram uma característica desta coleção e embora sendo apenas uma alegoria, davam mais uma ajuda ao ambiente descrito.
Abriam cada capítulo, e vou mostrar apenas algumas.

Estas miniaturas foram desenhadas em formato maior para poder incluir bastantes pormenores. No fundo, eram ilustrações que iam decorando as páginas do livro, tornando-o mais apelativo.
Como no outro livro, as gravuras a partir dos desenhos foram feitas em zinco tipográfico e o livro impresso em tipografia.

Este tema de Marco Polo também me fascinou, pela aventura, como a «Peregrinação de Fernão Mendes Pinto» que publicara em Quadrinhos
n’O Cavaleiro Andante, a partir de 1957.

Também como no livro «Exército Imortal» havia um extratexto a cores. Neste caso não foi em página dupla, mas em duas páginas separadas.

A vida aventurosa desta personagem permitiu mostrar uma diversidade de elementos das regiões por onde os irmãos Polo passaram.
Os desenhos a preto e branco foram executados a tinta da china sobre papel «contínuo» (como expliquei nos artigos anteriores) com aparo de aço e pincel.


Eis a segunda ilustração em quadricromia, também impressa em tipografia.
A técnica usada foi com ligeiro traço a tinta da china e aguarela.


A contracapa também foi aproveitada para mais um desenho, neste caso a cores.

As ilustrações sempre funcionaram como meio aliciante para prender o leitor, não só pela imagem viva dos ambientes como, muitas vezes, para incentivar à leitura do texto despertando a curiosidade em saber mais para além do que era mostrado naquela imagem.





No próximo artigo:
O estratagema que arranjei para ilustrar um livro que não tinha verba para pagar os desenhos, pois as zincogravuras eram dispendiosas.

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