Em 1956 (ai, como o tempo nos devora!...), o saudoso mestre Artur Correia, teve a belíssima inspiração de criar para a revista "Cavaleiro Andante", do #220 ao #234, a primeira - que se ficou por única - narrativa com uma impagável parceria de heróis: D. João e Cebolinha.
Foi um delirante estoiro que logo agarrou o entusiasmo total dos nossos bedéfilos.
Uma inesperada paródia…
Uma inesperada paródia…
Considere-se que D. João é uma caricatura bem achada àquele galã corajoso, aventureiro e "conquistador", quiçá com atitudes um tanto gabarolas… Cebolinha é o contraponto e também o mais divertido.
Os actores António Vilar (1912-1995), que até foi o protagonista, em 1950, do filme espanhol "D.Juan", e Costinha (1891-1976), cremos, inspiraram voluntária ou por acaso, em genial caricatura na nossa BD, estes inapagáveis personagens.
Esta narrativa foi republicada na íntegra no #14 da colecção "Antologia da BD Portuguesa" (Ed. Futura), que cedo se finou…
Os actores António Vilar (1912-1995), que até foi o protagonista, em 1950, do filme espanhol "D.Juan", e Costinha (1891-1976), cremos, inspiraram voluntária ou por acaso, em genial caricatura na nossa BD, estes inapagáveis personagens.
Esta narrativa foi republicada na íntegra no #14 da colecção "Antologia da BD Portuguesa" (Ed. Futura), que cedo se finou…
Capa e pranchas de "Aventuras de D. João e Cebolinha", por Artur Correia
in Coleccção Antologia da BD Portuguesa #14, Editorial Futura (1985)
D. João e Cebolinha, de qualquer modo e graças à arte e ao humor de Artur Correia, e ainda pelo imediato êxito que obtiveram, ficaram para sempre registados na lista dos nossos inolvidáveis heróis-BD.
Atenção: o álbum citado parece que está mais do que esgotado!... Alguém o reedita?...
LB
Obrigado por permitir recordar esta série que poderia, noutro país, ter tido um outro percurso.
ResponderEliminarTomei conhecimento deste episódio na reedição feita pelo Mundo de Aventuras em 1980, ficando com água na boca, na expectativa que pudesse haver mais. Como se sabe, era um episódio único, algo que na ápoca eu desconhecia.
Pesquisas mais recentes permitiram-me verificar dois factos.
1 - O diretor do Cavaleiro Andante parece ter apostado fortemente nesta série, pois todas as páginas foram publicadas a 4 cores, o que não sucedia com as outras séries, fossem portuguesas ou estrangeiras.
2 – O público parece não ter apreciado a serie e dai talvez a sua não continuidade. Um inquérito feito aos leitores, publicado no nº 248 da revista, mostrou que entre as 19 séries votadas, publicadas nos meses anteriores, esta era a menos apreciada por quem lia o Cavaleiro Andante.
Tendo em conta a diferença desta série, em desenho e argumento, relativamente ao que os leitores consumiam naquelas páginas, não é de estranhar o resultado.
O tempo, no entanto, permitiu fazer uma leitura diferente da série.
Paulo Viegas