Esta dupla popular e irresistível viu a luz do dia a 16 de Maio de 1896, na publicação inglesa “Illustrated Chips”. Seu autor: Tom Browne (1870-1910).
Na sua versão original, chamavam-se Weary Willie (o esticadinho Serafim) e Tired Tim (o gordo Malacueco). As suas astutas e/ou aparatosas aventuras foram sempre publicadas com honra de primeira página, pormenor que aconteceu também quando publicadas em Portugal pela primeira vez, na revista “O Mosquito” #209, de 1940.
No nosso país, "Serafim e Malaqueco" foram também publicados na "Colecção de Aventuras" (1940/42), na última etapa de "O Mosquito" (1952/53), na revista "Valente" (meados dos anos 50) e, nos anos setenta, no "Jornal do Cuto" (que recuperou histórias anteriormente publicadas n' "O Mosquito").
A primeira prancha de "Weary Willie and Tired Tim", publicada
na revista "Ilustrated Chips" #298 (16.05.1896)
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Tom Browne (1870-1910) |
No nosso país, "Serafim e Malaqueco" foram também publicados na "Colecção de Aventuras" (1940/42), na última etapa de "O Mosquito" (1952/53), na revista "Valente" (meados dos anos 50) e, nos anos setenta, no "Jornal do Cuto" (que recuperou histórias anteriormente publicadas n' "O Mosquito").
A série que divertia uma multidão de bedéfilos em vários países, terminou a 12 de Setembro de 1953.
Tom Browne desenhou-a de1896 a 1900, sendo prosseguida por Arthur Jenner e depois, por Percy Cocking.
Por volta de 1903, a série conheceu algumas adaptações ao Cinema, em curtas metragens, com realização de William Haggar, que usou dois dos seus filhos como protagonistas: James Haggar (Tired Tim) e Walter Haggar (Weary Willie).
Esta dupla é a de dois vagabundos que tudo fazem para viver bem, graças à sua esperteza... nem sempre triunfante.
De certo modo, foram inspirados em Don Quixote e Sancho Panza. Mesmo assim, estes dois “heróis”, inspiraram muitas parcerias semelhantes, tanto na BD como no Cinema, como foi o caso de Oliver Hardy (Bucha) e Stan Laurel (Estica).
Ainda hoje, com carinho e nostalgia, se relêem com muito agrado estas tão divertidas tropelias.
"Weary Willie and Tired Tim", in "Ilustrated Chips" #2813 (05.07.1947) |
"Serafim e Malacueco", in "O Mosquito" #1125 (Abril.1950) |
"Serafim e Malacueco" na primeira página de "O Mosquito" #1126 (08.04.1950) |
A popularidade destes personagens no nosso país acabou por torna-los alvo de alguns pastiches por parte de consagrados autores portugueses, que, dessa forma, homenagearam as suas divertidas aventuras.
Tais foram os casos de José Abrantes e Jorge Magalhães, que publicaram no "Almanaque O Mosquito", em 1987, uma aventura em quatro pranchas (que foi, vinte anos mais tarde, reeditada no #7 dos "Cadernos Moura BD")...
Tais foram os casos de José Abrantes e Jorge Magalhães, que publicaram no "Almanaque O Mosquito", em 1987, uma aventura em quatro pranchas (que foi, vinte anos mais tarde, reeditada no #7 dos "Cadernos Moura BD")...
"O Regresso de Serafim e Malacueco", por Jorge Magalhães (texto)
e José Abrantes (desenhos), in "Almanaque O Mosquito" (1987)
... e de Eugénio Silva que realizou, para o fanzine de Geraldes Lino, "Efeméride", uma divertida prancha humorística (algo pouco usual neste autor).
LB/CR
"Serafim e Malacuéco", por Eugénio Silva (texto e desenhos), in fanzine "Efeméride" #6 (parte 3 de 4), Edição: Geraldes Lino (2015) |
Nota: gratos pela amável colaboração de Jorge Magalhães.
Mais um belíssimo "post" do BDBD... sobre uma dupla que ficou célebre nos anais da BD europeia e que em Portugal ainda hoje muitos bedéfilos recordam! Vocês enchem-nos as medidas, não há dúvida!
ResponderEliminarDesde já te peço licença, caro Luiz, para reproduzir este texto (com os devidos créditos) no meu blogue "O Voo d'O Mosquito", onde Serafim e Malacueco farão, em breve, um curto estágio.
Convém frisar, no entanto, que os dois inseparáveis vagabundos apareceram pela 1ª vez no nº 209 (1940) de "O Mosquito" e, por sinal, logo na capa. Depois disso, surgiram com frequência noutros números, também com honras de capa, e na "Colecção de Aventuras" (1940/42), durante um longo período. Desde essa data, estiveram sempre presentes no imaginário dos leitores de "O Mosquito", que ainda os publicou na sua última etapa (1952/53).
Foi-me grato recordar a história que fiz com o Zé Abrantes para "O Almanaque O Mosquito" da Futura (até parece que foi ontem!), assim como a do Eugénio Silva, num surpreendente estilo caricatural. Mas a série já tinha balões na sua última fase do "Chips" (como mostra uma das imagens) e alguns desses episódios, ainda desenhados por Percy Cocking, surgiram também na revista "Valente", editada por Roussado Pinto em meados dos anos 1950 (e hoje bastante rara). Na década de 1970, R. Pinto relançou a série no "Jornal do Cuto", com histórias extraídas de "O Mosquito".
Um grande abraço para o Luiz e outro para o Carlos.
JM
Caro Jorge
EliminarUm abração por este teu belo comentário e outro ainda, pelas boas achegas complementares ao post, de que nos informas. Bem-hajas!
Com amizade
Luiz Beira