domingo, 4 de outubro de 2015

BREVES (15)

José Vilhena (1927-2015)
FALECEU  JOSÉ VILHENA
Nascido a 7 de Julho de 1927, José Vilhena (aliás, José Alfredo de Vilhena Rodrigues), que há muito estava doente, faleceu a 3 de Outubro do corrente ano.
Grandioso no seu humor cáustico e implacavelmente mordaz, fundou e dirigiu famosas revistas, como “O Mundo Ri”, “Gaiola Aberta”, “Fala Barato”, “O Cavaco” ou “O Moralista”.
Foi igualmente o autor de dezenas de delirantes livros (textos, ilustrações e fotos), donde, alguns títulos: a trilogia “História Universal da Pulhice Humana” (“Pré-História”, “O Egipto” e “Os Judeus”), “Branca de Neve e os 700 Anões”, “Julieta das Minhocas”, “Arre Burro!”, “O Depoimento de Américo Thomaz”, “O Evangelho Segundo José Vilhena”, “Os Reis de Portugal, suas Taras e Pulhices”, “Cinto de Castidade”, “O Filho da Mãe”, “A Vingança do Filho da Mãe”“A Boa Viúva”, etc.
Escreveu também Teatro, como “Os Infiéis Defuntos” e “As Calcinhas Amarelas”. Esta farsa estreou nos anos 70 no então Teatro Laura Alves (Lisboa) com interpretações de Irene Izidro, Barroso Lopes, Carlos Miguel, Luís Horta, Teresa Ziloc, Manuela Maria e outros, tendo sido um enorme êxito.
José Vilhena deixou-nos fisicamente, mas a sua obra fica e é para ser lida e relida. Que descanse em paz!



Liliane Funcken (1927-2015)
ADEUS, LILIANE!
Foi com muita tristeza pelo mundo bedéfilo que se soube do falecimento, aos 88 anos, de Liliane Funcken no passado dia 26 de Setembro. Viúva do seu companheiro de sempre, sobreviveu apenas dois anos à morte do marido, Fred Funcken (1927- 2013).
Liliane Schorils nasceu também em 1927, vindo a adoptar o apelido do marido quando se casou em 1959. Foi neste ano que se viram pela primeira e, num amor à primeira vista, ele durou para sempre.
Fred e Liliane, além de um casal exemplarmente apaixonado, formavam uma dupla extraordinária pela extensa Banda Desenhada que criavam. Sempre muito cúmplices nos seus trabalhos e nas suas investigações, dificilmente se consegue separar o que era de Fred e o que era de Liliane.
Que descanse em paz. Adeus, Liliane!




BALBÚRDIA TINTINESCA
Volta não volta, os media, tocam no assunto: os herdeiros de Hergé (Fanny Rodwell e Nick Rodwell) vão ou não permitir um novo álbum de Tintin, ante tanta e mais alguma pressão com que constantemente são bombardeados neste sentido?
Proibiram a conclusão de “Tintin et l’Alpha Art”, mas o jovem canadiano Yves Rodier, admirador absoluto da obra de Hergé, atreveu-se a ir em frente: com dados que tinha, concluiu o álbum que tem versões em francês, em inglês, em castelhano e em português (no Brasil).
Os Rodwell pensaram depois em editar “Tintin Entre os Sovietes” a cores... mas a ideia foi por água abaixo. Agora, para que ao fim de 70 anos da morte do autor, não percam os direitos e estes passem para o domínio público em 2053, põem a hipótese de que uma outra narrativa há muito iniciada e depois posta de parte pelo mestre, “Tintin et le Thermozéro”, seja retomada e concluída até... 2052!
Será? E terá mesmo de ser nessa data limite?
O corajoso jovem Yves Rodier já tentou pegar no tema...
LB

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