sexta-feira, 18 de julho de 2014

NOVIDADES EDITORIAIS (56)

BRITANNIA - Edição Casterman. Segundo as narrativas do herói-série "Alix" sob criação de mestre Jacques Martin, "Britannia" é o 33.º tomo, com argumento de Mathieu Bréda, traço de Marc Jailloux e cores de Corinne Billon.
Júlio César tinha tanto de grandeza como de perfídia e caturras teimosias. Em guerras para apaziguar e dominar os gauleses e noutras lutas contra o seu adversário Pompeu, resolve invadir a Britannia (hoje, Inglaterra)... E agora, a ficção deste enredo: a pretexto de auxiliar o jovem príncipe britânico Mancios e de lhe devolver o trono, já como legítimo rei, em Camulodunon (actual Colchester) e dominado pelas adulações de um comerciante e intriguista gaulês, Viridoros, arrasta Alix e Enak para essa temerária aventura, esquecendo-se do vigoroso e resistente orgulho celta...
A aventura é muito interessante, com o senão da letragem ser muito pequena, dificultando a leitura pelos olhos de muito boa gente. Por sua vez, o grafismo de Marc Jailloux está correcto, não traindo o dos seus mestres Jacques Martin e Gilles Chaillet.


 
LE GRAAL - Edição Akileos. Argumento de Jordan Mechner e traço de LeUyen e Alex Puvilland. "Le Graal" é o segundo e último tomo da série "Templiers".
Embora com bastante ficção, a série relata a história  dos Cavaleiros do Templo, os Templários, agora abordando já o fim trágico que tiveram, devido ao carácter sinistro e cruel de Filipe IV de França (dito, O Belo) e à tibieza do papa Clemente V. 
Filipe IV, também conhecido como o "Rei de Mármore" e/ou  "Rei de Ferro", não olhava a meios para conseguir os seus fins. E devidamente apoiado pelo seu ministro não menos cruel, Nogaret... 
Sobretudo queria ouro e outras riquezas para continuar os suas implicativas e constantes campanhas militares. Como régio caloteiro, já devia bons dinheiros aos Templários, mas para resolver a sua desmedida paranóia, nada melhor do que apanhar-lhes tudo e liquidá-los de vez. 
Tudo isto a História regista. E no entanto, o lendário "tesouro dos Templários" jamais foi achado! Há quem afirme, pois, que esse tesoiro não era material, mas era sim o conhecimento que os Templários tinham sobre a Vida, o Mundo, o Universo...
E se estiver aqui a verdade?


 
18 MINUTES POUR SURVIVRE - Edição Bamboo (Grand Angle). Argumento de Patrice Ordas e Patrick Cothias e arte gráfica de Jacques Manini. 
"18 Minutes Pour Survivre" é o segundo tomo (ainda haverá um terceiro) da série "S.O.S. Lusitania", relatando com alguma necessária ficção e romance, um dos mais trágicos episódios nos mares do Atlântico Norte.
Decorria, em 1915, a Primeira Grande Guerra e os Estados Unidos ainda estavam neutros e aquém dos belicosos factos que decorriam na Europa (mas também em África e em zonas asiáticas). Um luxuoso paquete inglês, o "Lusitania", recheado de passageiros das mais diversas idades, ruma de Nova Iorque à cidade inglesa de Liverpool. Um navio de guerra escolta-o, mas cedo deixa o "Lusitania" à sua sorte, sob o comando do experiente e heróico William Thomas Turner. Porquê esse abandono inglês, quando se sabia que os submarinos alemães tinham indicações para torpedear qualquer barco inglês?!... E foi o que aconteceu a 7 de Maio de 1915, por acção do submarino U-20 sob o comando de Walther Schwieger. Em 18 minutos, o "Lusitania" (que afinal também levava muito material de guerra camuflado) afundou-se. Dos 2975 passageiros e 950 tripulantes, apenas 723 pessoas sobreviveram.
Nota sobre este tema: com o título "A Tragédia do Lusitânia", o "Mundo de Aventuras" (2.ª fase) n.º 449 (1982), publicou em quatro pranchas este episódio da História, com argumento de Yves Duval e grafismo de Fernand Cheneval.


KOLIA - Edição Casterman. Argumento de Valérie Lemaire e grafismo de Olivier Neuray. "Kolia" é o segundo e último tomo de "Les Cosaques d'Hitler".
Os cossacos, tradicionalmente povo-nação de muita coragem, valentia e cioso da sua independência, cedo se viram perseguidos pelas caprichosas e cruéis perseguições de Estaline, que nada ficava (nem ficou) a dever às paranóias de Hitler. No sufoco em que estavam, preferiram aliar-se ao líder nazi, então a somar vitórias... Mas Hitler perdeu a guerra e os cossacos ficaram mal, aparentemente protegidos pelos ingleses que, bem cedo e hipocritamente, os entregaram aos soviéticos. Uma canalhice imperdoável, pois os mandantes de Londres sabiam muito bem o que iria acontecer a este povo. Mais um gesto repugnante da parte dos ingleses!
Em "Kolia", sobressai sobretudo, o relato do que sofreram as mulheres e as crianças nos gulags na Sibéria.
Esta curta série é extremamente dramática, comovente e indicada para uma leitura obrigatória.

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