Paralelamente com o
trabalho de reajustar no argumento os novos elementos que colhi na Ilha do
Corvo em janeiro de 2016, avancei com a primeira página em definitivo, já com a
cor aplicada, para que pudessem ver como toda a história ia ficar depois de
pronta para ser publicada em livro.
Para mostrar que nada está
em definitivo, mesmo com a aparência de terminado, esta página sofreu
entretanto modificação na vinheta 3, pois tive depois informação mais concreta,
de que a ermida existente no século XVII, não possuía cobertura de telha, mas
sim de colmo e nada a distinguia das outras casas. Também não tinha sino.
Estas descobertas são o resultado de aturadas pesquisas dos amigos que colaboram gentilmente comigo nesta obra, os lentes da Universidade dos Açores João Saramago, linguista, José Neto, arqueólogo, e Carlos Riley, historiador.
Estas descobertas são o resultado de aturadas pesquisas dos amigos que colaboram gentilmente comigo nesta obra, os lentes da Universidade dos Açores João Saramago, linguista, José Neto, arqueólogo, e Carlos Riley, historiador.
O coordenador do Ecomuseu
do Corvo, Eduardo Guimarães, também recolhe muita documentação que me fornece.
Uma equipa de luxo a
acompanhar-me. Sou uma pessoa com sorte.
Mostro também mais alguns
estudos que fiz das fisionomias de pessoas do Corvo, que se prestaram a servir
de modelo para as várias personagens incluídas na história.
E a seguir, os esboços das
páginas 5, 6 e 7, com o desenrolar da narrativa. Por enquanto vou contando
costumes e vivências dos habitantes da Ilha no século XVII, até culminar com o
ataque dos piratas e a forte resistência dos corvinos. Mesmo assim, nestes esboços
vamos acrescentando constantemente dados novos. Por exemplo, o linguista João Saramago
forneceu-me uma lista de termos antigos usados pelos corvinos, e que assentámos
fazer parte dos diálogos, com a explicação na base de cada vinheta.
Mas cada um destes doutos
especialistas, não se restringe à sua área e colabora no que conhece, indicando
livros e documentos onde eu possa colher elementos indispensáveis para que o
trabalho fique enriquecido.
Neste momento estamos à
volta da reconstituição do interior das casas em 1632, como eram a divisões,
onde faziam o fogo nas lajes do lar, sem chaminé para saída do fumo. No próximo artigo mostrarei
os estudos para este pormenor importante.
Claro que estes esboços são
simples apontamentos informais, sem a preocupação do rigor dos trajos exatos
nem das fisionomias que corresponderão depois às dos corvinos que estiveram a
posar. Servem apenas para enquadrar as composições nas vinhetas. E é
extraordinário como não só as entidades da Ilha, mas também a sua população entenderam
perfeitamente a intenção.
Mas o inédito está na
participação dos corvinos a darem alvitres e opiniões quanto a atitudes das
personagens em certas situações do argumento.
José Ruy
13 de abril de 2016
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