domingo, 29 de junho de 2014

NOVIDADES EDITORIAIS (54)

LE PEINTRE DES MORTS - Edição Lombard. Argumento de Stephen Desberg e grafismo de Henri Reculé. 
É o oitavo tomo da empolgante série "Cassio", demarcando-se como o segundo e último do "Ciclo da Múmia". Entre o passado e o presente, prossegue a pesada história plena de intrigas e vinganças, envolvendo o estranho assassinato de Lucius Aurelius Cassio. O temível e sinistro sacerdote egípcio Reptah é incansável a perseguir Cassio, pois nada garante que este, na actualidade, não esteja ainda vivo!... É esse tamanho mistério que a arqueóloga italiana Ornella Grazzi, apoiada pela freira Irmã Maria, tenta desvendar.
A aventura continua...

BOB - Edição Paquet. Argumento de Marc Legendre e grafismo de Charel Cambré, segundo Willy Vandersteen.
"Bob" é o primeiro tomo da série "Amphoria", o recomeço da famosíssima série "Bob e Bobette", criada por Vandersteen.
Mas aqui, já não estamos naquela pueril série engraçada. Agora, estamos um tanto lá para a frente no século XXI. Bob e Bobette não são mais aqueles petizes traquinas e arrojados. São dois jovens adultos bem corajosos, prontos a enfrentar situações um tanto dramáticas, sobretudo ante o jurado inimigo Krimson. Com uma certa tangência à série original, pois não deixam de estar presentes, o Prof. Barabás, Lambique, Jérôme e Sidónia.
É, da parte de Legendre e de Cambré, uma aposta arrojada e interessante a que estaremos atentos.

 
O CAPITÃO BARRIGUDO CASTANHO - Edição Gailivro (do grupo Leya). Autor: Pedro Leitão.
Da série "As Aventuras de Zé Leitão e Maria Cavalinho", este é o sétimo tomo.
São muito raras as séries infantis no panorama da Banda Desenhada Portuguesa. Pedro Leitão apostou (e muito bem!) por este campo.
Com aspectos divertidos e ingénuos, necessários para a compreensão e entusiasmo dos leitores infantis, Pedro Leitão tem essa magia de bem saber chegar a tal encanto.
Toca a continuar, Pedro Leitão!

 
IL  SALAÏNO - Edição Noctambule (do grupo Soleil). Autores: Bejamin Lacombe e Paul Echegoyen.
Um grande e misterioso senhor e mestre da Renascença europeia, disse pensamentos como: "Quem pensa pouco, engana-se muito", "A força nasce pela violência e morre pela liberdade" "A Pintura é uma poesia que se vê em vez de se sentir e a Poesia é uma pintura que se sente em vez de se ver"... Esse grande génio é conhecido por Leonardo da Vinci.
Muito e muito se tem dito, escrito e fantasiado sobre este raro génio da Humanidade, e tal vai continuar pelos tempos adiante. E no entanto, como é que ele viveu, amou e sofreu?
É esse retrato sensível e fascinante de um artista, criador e inventor, jamais igualado, que nos é indicado magnificamente por Lacombe e Echegoyen nesta curta série, "Léonard & Salaï", cujo primeiro tomo tem o título de "Il Salaïno". Atenção, pois!...


SAGA  VALTA / 2 - Edição Lombard. Argumento do belga Jean Dufaux e grafismo do argelino Mohamed Aouamri.
Há muito que se aguardava o segundo tomo desta espantosa e breve série, "Saga Valta"... Pressupunha-se que este seria o tomo final, mas haverá ainda um terceiro, já programado.
A digna inspiração da obra vem das maravilhosas lendas islandesas. Em "Saga Valta", lá se registam as regras sócio-políticas, as guerras, os enlouquecedores apetites sexuais e as intervenções do respectivo mundo mitológico.
Se Dufaux nos entusiasma pela sua perícia como argumentista, a arte de Aouamri é simplesmente bela e soberba.
Um grande "Bravo!" a esta parceria.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

JIJÉ COMEMORADO EM MOURA - A reportagem fotográfica

Inserida num programa vasto que a Câmara Municipal de Moura preparou para comemorar o feriado municipal daquela cidade, a 24 de Junho, foi inaugurada a exposição sobre o Centenário de Jijé, no Espaço Inovinter - um local que, nos últimos anos, tem albergado exposições de banda desenhada e cartune de assinalável qualidade. 
Com a presença do Presidente da Câmara, Santiago Macias e de Romain Gillain, neto de Jijé a residir há alguns anos no nosso país (que se deslocou a Moura propositadamente para assistir à inauguração), a mostra abriu portas às 11:00 horas, perante um público interessado e muito atento à visita guiada.
Romain (um profundo conhecedor da obra do avô), acabou por fazer de cicerone, tendo a oportunidade de explicar aos presentes alguns detalhes sobre personagens ou séries desenhadas por Jijé, facto que valorizou (e muito) a visita, e que deixou os visitantes - entendidos e menos entendidos - com uma noção muito mais clara sobre a importância da obra deste autor belga.
Nota curiosa também para o facto de, no espaço onde decorre a exposição, estarem constantemente a passar vídeos com imagens, por exemplo, de Jijé a desenhar ou com reportagens sobre o Museu dedicado a este autor, em Bruxelas.
É caso para dizer que Jijé está, de facto, em Moura...
CR

Momentos antes da abertura ao público. Em primeiro plano, uma das vitrinas com material que Romain Gillain trouxe propositadamente para mostrar em Moura
O neto de Jijé revelando aos presentes algumas curiosidades sobre "Spirou" e "Fantásio"
Romain Gillain afirmou que a biografia de "Don Bosco" só recentemente foi traduzida em Itália,
onde está a obter um grande sucesso.
"Jerry Spring", personagem que imortalizou Jijé, tem, naturalmente, posição de destaque nesta exposição
Romain explicando as razões porque o polémico álbum "Gringos Loucos" (que retrata uma viagem de Jijé,
Morris e Franquin aos Estados Unidos) não foi completamente do agrado da família Gillain.
Santiago Macias, o Presidente da Câmara de Moura, Romain Gillain e Carlos Rico
folheando algumas edições Moura BD que foram oferecidas ao neto de Jijé.

Nota: Agradecemos à Câmara Municipal de Moura a disponibilização das fotografias que ilustram este post.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

A BD A PRETO E BRANCO (15) - As escolhas de Carlos Rico (5)

JOSE ORTIZ (1932-2013)
Começou a carreira após ganhar um concurso instituído pela revista "Chicos". A partir daí, tornou-se num dos nomes maiores da banda desenhada espanhola e mundial.
Personagens como "Sigur, el vikingo", "Vampirella", "Tex", "Mágico Vento", "Ken Parker" ou "Tarzan" foram maravilhosamente ilustrados por Ortiz, um artista multifacetado que trabalhou em temas tão diferentes como a BD de terror, o western ou a BD bélica.


O Tex de Jose Ortiz
Prancha de "Apocalypse"




GIL KANE (1926-2000)
Nascido na Letónia, Gil Kane é o mais famoso pseudónimo de Eli Katz (Gil Stack, Stack Til, Phil Martell, Scott Edward ou Pen Star foram outras assinaturas do artista). Veio para os Estados Unidos com três anos, tendo mais tarde aí construído uma carreira notável como banda-desenhista.
Desenhou "Lanterna Verde", "Hulk", "Capitão América", "Homem-Aranha" e outros personagens famosos, aos quais acrescentou um traço dinâmico e elegante. 
Um dos seus trabalhos mais elogiados é a série "Star Hawks", onde Kane trabalha o preto e branco de forma magistral.
Uma tira de "Star Hawks"...

...e duas pranchas da mesma série.




VÍCTOR DE LA FUENTE (1927-2010)
Outro gigante da banda desenhada espanhola foi, sem dúvida, Víctor de la Fuente. Como primeira obra de vulto desenhou "Sunday", um excelente western, com guião de Victor Mora. Também "Los Gringos", "Trelawney", "Mathai-Dor" ou "Haxtur" são obras de referência deste grande mestre do preto e branco que, curiosamente, foi o primeiro não italiano a desenhar "Tex".
Foi premiado com o prestigiado Troféu Yellow Kid, no Festival de Lucca (Itália), em 1980, e com o Grande Prémio do Salon del Comic de Barcelona, em 2006. 


Episódio de "Mathai-Dor".


Duas pranchas de "Sunday", publicadas na revista "Jaguar" (n.º 4)

Com os agradecimentos a Jorge Magalhães pelas correcções efectuadas a uma das gravuras deste post.


Nota: A rubrica "A BD a Preto e Branco" será subdividida entre as escolhas pessoais de Luiz Beira (10 posts e 30 autores) e de Carlos Rico (idem), num total de 60 autores! As duas imagens que ilustram a obra de cada autor foram criteriosamente escolhidas por Luiz Beira e Carlos Rico e por esta ordem serão sempre apresentadas.

sábado, 14 de junho de 2014

CENTENÁRIO DE JIJÉ COMEMORADO EM MOURA


Inaugura em Moura, no dia 24 de Junho (feriado municipal naquela cidade), uma exposição comemorativa do primeiro centenário do nascimento de Jijé, um dos maiores autores da BD belga.
Personagens ou séries inesquecíveis como Jerry Spring, Blondin et Cirage, Spirou et Fantásio, Tanguy et Laverdure, Jean Vallardi, Baden Powell ou Barbe Rouge desfilam pelos 16 quadros que compõem esta exposição, comissariada por Luiz Beira.  
A mostra poderá ser visitada até 21 de Julho, no Espaço Inovinter, no centro histórico da bela cidade alentejana.
A organização é da Câmara Municipal de Moura e do Gicav - Grupo de Intervenção e Criatividade Artística de Viseu, tendo como colaboradores a Inovinter, a Câmara Municipal de Viseu e o Instituto Português do Desporto e Juventude.
Após o encerramento em Moura, a exposição segue para Viseu, onde inaugurará em data e local a designar oportunamente.
CR

Mais matéria sobre Jijé poderá ser consultada aqui.

terça-feira, 10 de junho de 2014

BDBD - 2.º aniversário!

Tira de "Garfield", por Jim Davis
Faz hoje precisamente dois anos que iniciámos esta aventura chamada BDBD e a verdade é que só temos palavras para agradecer a receptividade com que fomos brindados pela grande maioria dos nossos visitantes - com uma ou outra excepção, claro, que esta coisa de agradar a todos não é tarefa fácil... 
Durante este tempo, tentámos manter a nossa identidade enquanto blogue, divulgando a BD de que gostamos, independentemente das qualidades e dos méritos que existem noutros géneros de banda desenhada de que aqui nunca falámos.
Rubricas como "A BD dos outros", "Heróis inesquecíveis", "A BD a preto e branco", "Literatura e BD", "Entrevistas", "BD e História de Portugal" ou "Novidades editoriais" continuarão a fazer parte deste blogue e a elas se juntarão, em breve, novos e interessantes temas.
Esperamos continuar a merecer a vossa visita e o vosso apoio. 
Já sabem que o BDBD vai manter-se por aqui.

Estatística do BDBD:

Posts...................................................................... 203
Comentários .......................................................... 307
Seguidores .............................................................. 79
Visitas ............................................................... 63.801

sábado, 7 de junho de 2014

LITERATURA E BD (4) - CAMÕES E "OS LUSÍADAS"

Estátua de Camões, em Lisboa
No próximo dia 10 de Junho, evoca-se o 434.º aniversário do falecimento do Poeta dos poetas da História de Portugal, quando exalou o seu último (e amargurado) suspiro: Luiz Vaz de Camões.
Deixou uma herança magnífica para a posteridade: a epopeia "Os Lusíadas", uma vasta, maravilhosa e invejável poesia lírica (o livro "Rimas") e, pelo menos, três peças teatrais ("Filodemo", "Auto de El-Rei Seleuco" e "Anfitriões"). Um outro livro de rimas, "Parnaso", foi-lhe criminosamente roubado quando vivia, na miséria, na cidade-ilha de Moçambique...
Sua sofredora mãe, Ana de Sá e Macedo, e o lendário e fidelíssimo "escravo" Jau (ou Jarco, como se cita numa versão mexicana), terão sobrevivido ao seu passamento.
Onde estão os seus ossos?... Ninguém sabe! Aquele belo túmulo no Mosteiro dos Jerónimos (onde tanto "chefe-de-estado" vai cerimoniosamente depôr uma coroa de flores e fazer uma insensível e hipócrita vénia), se tem lá algum esqueleto é, de certeza, de um qualquer ilustre desconhecido. Camões não está lá!...
Admirado pelo mundo inteiro (pelo menos pelos "Lusíadas"), tem estátuas em Portugal, Brasil, Moçambique, Goa, Angola, Macau. 
E pela Literatura mundial, não faltam obras alusivas via teatro, romances e ensaios. 
No Cinema, regista-se um filme de luxo, "Camões", realizado por Leitão de Barros em 1946, com a magistral interpretação do nosso saudoso actor António Vilar.
Luiz Vaz de Camões, português absoluto, atrevido, corajoso, espadachim, namoradeiro, valente soldado (que até perdeu um olho ao norte de Marrocos), amigo de paródias, sempre apaixonado por esta ou aquela, várias vezes conheceu a prisão ou o degredo. Viveu também em Marrocos, Goa, Macau e Moçambique, tendo sofrido um dramático naufrágio quando regressava de Macau para Goa, na costa do Camboja. 
A "Santa Inquisição" e alguns poetas rivais e invejosos, tiveram-no sempre "à perna". Mas foi ele que ficou, magnífico, para sempre!
Está bem lembrado pela nossa (e não só) Banda Desenhada. Ora vejamos o que nos foi possível apurar até agora:

DE AUTOR DESCONHECIDO - Foi publicada, no Séc. XIX, numa folha volante com 25 vinhetas, possivelmente a primeira versão em banda desenhada da "Vida de Camões".
"Vida de Camões" - Folha volante datada de 1880
in "Dicionário de Banda Desenhada - Léxico Disléxico", de Leonardo De Sá (Ed. Pedranocharco, 2010)


FERNANDO BENTO E ADOLFO SIMÕES MÜLLER - História publicada no "Diabrete", mais tarde reeditada num mini-álbum pela Gulbenkian e depois num álbum pela Futura. 
Duas pranchas de "Luís de Camões", in "Diabrete", dos n.ºs 702 a 730 (1950)

Capas das edições da Gulbenkian e da Futura, respectivamente

Ainda por este saudoso desenhista, o "Cavaleiro Andante" publicou ilustrações de algumas estâncias de "Os Lusíadas".
Capa de Fernando Bento ("Cavaleiro Andante", n.º 232)

Ilustrações sobre "Os Lusíadas", in "Cavaleiro Andante" n.º 61 e 76, respectivamente (1953).


JOBAT (ou José Batista) - Tem uma versão antiga, publicada no Diário Popular, em 1972, e que foi editada em francês, com argumento de Michel Gérac. Tornou a ser publicada, mais tarde, no semanário algarvio "O Louletano", na página "9.ª Arte: Memórias da Banda Desenhada", que Jobat coordenava.
Capa e vinheta de "La Vie Passionnante et Passionné de Camões",
de Michel Gérac e José Baptista (Jobat)

Prancha de "A Vida Apaixonada e Apaixonante de Camões",
publicada no semanário "O Louletano" (2003)

Tem também outra versão, mais curta, "O Trinca-Fortes", publicada no n.º 49 do "Jornal do Cuto".
Capa e pranchas 1 e 6 de "Trinca-Fortes", por José Baptista,
in "Jornal do Cuto", n.º 49 (1972)


CARLOS ALBERTO E JOSÉ DE OLIVEIRA COSME - Pela Agência Portuguesa de Revistas, o espantoso mini-álbum, a preto e branco, "Camões, sua vida aventurosa". Este exemplar é raríssimo de se encontrar. Esta obra foi reeditada a cores, pela Asa, em 1990. Consta que está esgotado...
Capa de "Camões, sua vida aventurosa"
(Edição da "Agência Portuguesa de Revistas", 1972)

"Camões, sua vida aventurosa", por Carlos Alberto e José de Oliveira Cosme,
em versão a preto e branco...

Capa da versão a cores - Edições ASA (1990)

Também com ilustrações de Carlos Alberto foi editada, em 1966 (com várias reedições posteriores), a caderneta de cromos "Camões" que, não sendo exactamente uma obra em banda desenhada, consideramos ter todo o interesse em aqui referir.
Capa e contra-capa da caderneta de cromos "Camões"...
...e duas páginas interiores da mesma.


JOSÉ MANUEL SOARES E RAUL COSTA - Existe um álbum, que já teve segunda edição, publicado pela Câmara Municipal de Odemira.
Capa do álbum "Luis Vaz de Camões", com edição da Câmara Municipal de Odemira (1990)...
...e duas pranchas do mesmo álbum.


RUI PIMENTEL E JORGE SERRÃO - "Camões aos Quadradinhos", numa adaptação da peça teatral homónima de Helder Costa. Tem edição da Agência Portuguesa de Revistas.
Capa e pranchas de "Camões aos Quadradinhos",
por Rui Pimentel (desenhos) e Jorge Serrão (argumento)
(Agência Portuguesa de Revistas)


RICARDO CABRITA - Camões participa no mini-álbum "Tágide: Um Poema à Constância".
 
Capa e prancha de "Tágide: um poema à Constância", de Ricardo Cabrita


LUÍS AFONSO - Tiras humorísticas publicadas no vespertino "Público". Camões aparece sempre nas tiras de 10 de Junho. Deixamos aqui apenas dois exemplos.
"Bartoon", por Luís Afonso (jornal "Público", 10.06.2011)
"Bartoon", por Luís Afonso (jornal "Público", 10.06.2009)


PEDRO CASTRO - Na sua "aceitável" colecção "Heróis", editou o último fascículo, o n.º 8, dedicado a Camões.
"Luís de Camões", por Pedro Castro (in "Heróis", n.º 8)


JORGE MIGUEL - Tem o belo álbum "Camões, De Vós Não Conhecido Nem Sonhado?", sob edição Plátano.
"Camões - De vós não conhecido nem sonhado?", por Jorge Miguel (Plátano Editora, 2008)


JOSÉ ANTUNES - Publicou, em 1957, na revista "Mundo de Aventuras" (entre os n.ºs 386 e 411) uma história chamada "Trinca-Fortes"... 

 
Capa e três pranchas de "Trinca-Fortes", por José Antunes, in "Mundo de Aventuras" (1957)

...e em duas pranchas publicadas no n.º 18 da revista "Camarada", em 1963, e reeditadas nos "Cadernos Moura BD", pela Câmara Municipal de Moura...
"Luís de Camões", por José Antunes, in "Cadernos Moura BD", n.º 5 (2004)

Publicou ainda uma capa na revista "Pisca-Pisca", onde se anuncia uma história completa sobre Camões (desenhada por Fernand Cheneval e à qual mais adiante faremos referência).
Capa da revista "Pisca-Pisca", n.º 6 (Junho de 1968), desenhada por José Antunes


EUGÉNIO SILVA E PEDRO CARVALHO - "Luís de Camões", em duas pranchas, para um livro escolar... 
"Lições de História Pátria - 3.ª classe", com desenhos de Eugénio Silva e texto de Pedro Carvalho
(Porto Editora, 1967)


...e também para um livro escolar e igualmente em duas pranchas, desenhou "Aventuras de um Poeta - Camões". 


JOSÉ GARCÊS - Das abordagens deste nosso mestre da BD, salientamos  as referências ao poeta em "Camões, o Autor da Epopeia Moderna", no n.º 134 da revista "Girassol", em 1972...
"Camões, o Herói da Epopeia Moderna", por José Garcês,
in revista "Girassol", n.º 134 (1972)

...e, em parceria com A. do Carmo Reis (autor do texto), na "História de Portugal em BD" (2.º volume).
 

Capa e prancha do segundo volume da "A História de Portugal em BD"
(Edições Asa, 1985)



JOSÉ RUY - Sob edição da Editorial de Notícias, adaptou "Os Lusiadas" em três tomos...
Capa e prancha do primeiro volume.

Capa e prancha do segundo volume.

Capa e prancha do terceiro volume.

...e para a revista "Mama Sume" abordou Camões (segundo Almeida Garrett) em duas pranchas.
Camões visto por José Ruy na revista "Mama Sume"


BAPTISTA MENDES - Tem "A Vida de Camões", numa versão curta estreada no "Jornal do Exército" e depois incluída no álbum "Por Mares Nunca Dantes Navegados" (ed. Futura)...
"A Vida de Camões", por Baptista Mendes - Edições Futura (1980)

...e numa versão longa e a cores, ainda inédita.
"Camões", por Baptista Mendes (versão inédita)


ARTUR CORREIA E MANUEL PINHEIRO CHAGAS - Obviamente, incluíram o Poeta na divertida e didáctica "História Alegre de Portugal".
 
"História Alegre de Portugal" (volume 1), 
de Artur Correia e Manuel Pinheiro Chagas (Bertrand Editora, 2008)

VÍTOR PÉON - Também outro dos nossos grandes desenhadores, Vítor Péon, abordou Camões e "Os Lusíadas" em "Gesta Heróica" (obra editada em dois volumes).

Pranchas de "Gesta Heróica - Factos e Aventuras da História de Portugal"
(Editorial O Livro, 1983), por Vítor Péon

Finalmente, deixamos aqui uma versão que descobrimos ao acaso, enquanto navegávamos na net, cujo autor é (supomos) Vítor Oliveira. Foi inserida no manual escolar do 10.º ano "Das Palavras aos Actos", publicado pela Asa. 
Versão de Vítor Oliveira (?), in "Das Palavras aos Actos" (Edições Asa, 2007)


Existirão mais desenhistas portugueses que tenham abordado este tema? É bem possível...
Vejamos agora o que conseguimos registar pelo estrangeiro.

BÉLGICA:

GAL - Da autoria de Gal (aliás, Georges Langlais), em quatro pranchas, "Camoëns, le Poète Soldat", publicada  na revista "Spirou" n.º 853, em 1954. 

"Camöens, le Poète Soldat", por Gal ("Spirou" belga, n.º 853)


YVES DUVAL E FERNAND CHENEVAL - "Luís de Camões, Herói e Poeta de Génio", também em quatro pranchas, publicada no "Pisca-Pisca" (n.º 6), em 1968, e mais tarde reeditada no "Mundo de Aventuras" (n.º 375), em 1980.
"Luís de Camões, Herói e Poeta de Génio" por Yves Duval e Fernand Cheneval 


BRASIL:

NICO ROSSO E PEDRO ANÍSIO- Em 1973, sob edição Ebal, o álbum "Os Lusíadas", com uma prévia versão curta sobre a vida de Camões, pelo desenhista italo-brasileiro Nico Rosso e o argumentista Pedro Anísio. 
Capa de "Os Lusíadas", por Nico Rosso, Edições EBAL (Brasil) (Out./1973)
...e duas pranchas por Pedro Anísio (texto) e Nico Rosso (desenho) 


LAILSON CAVALCANTI - Em 2006, a editora Companhia Editorial Nacional, publicou "Lusíadas 2005" por Lailson Cavalcanti, uma adaptação verdadeiramente aberrante, por muito que o artista se tivesse convencido que a adaptação (?!!...) era inovadora. Achámo-la repulsiva e desrespeitosa a Camões e a Portugal.
"Lusíadas 2005" por Laílson Cavalcanti (Companhia Editorial Nacional)


FIDO NESTI - adaptou "Os Lusíadas" para a colecção "Clássicos em HQ".
"Os Lusíadas em Quadrinhos", adaptação do brasileiro Fido Nesti para a série
"Clássicos em HQ" - Editora Peirópolis (2006)


MÉXICO:

JUAN MANUEL CAMPOS - Há uma versão de Juan Manuel Campos, "Los Luisiadas - Luis de Camoens", da qual, e até agora, só conseguimos obter a capa que reproduzimos. 
"Los Luisiadas - Luis de Camoens" (Niesa Editores)


ALFONSO TIRADO - Por sua vez, em 1963, as Ediciones Recreativas, no fascículo ou mini-álbum n.º 87 de "Vidas Ilustres", editaram "Luis de Camoens" com grafismo de Alfonso Tirado.
"Luis de Camoens", por Alfonso Tirado (Ediciones Recreativas) (1963)

E, pelo Estrangeiro, quantas mais versões existirão que ainda não conseguimos "descobrir"?...

Para a elaboração deste post, agradecemos os apoios gentilmente prestados por Artur Correia, Baptista Mendes, Carlos Gonçalves, Eugénio Silva, Jorge Magalhães, José Coelho, José Eduardo Monteiro, José Garcês, José Manuel Vilela, José Ruy, Leonardo De Sá e Luís Afonso (e que nos perdoem se algum nome mais aqui nos escapou).
Viva CAMÕES!