Séra |
Filho de mãe francesa e de pai cambojano, sofreu os horrores da guerra civil no seu país natal e tinha 14 anos de idade quando o seu progenitor foi assassinado pela gentalha do cruel e sanguinário ditador Pol Pot.
Ele, a mãe e os irmãos, refugiaram-se na embaixada de França e pouco depois foram residir para Paris. Este "inferno", amargamente por ele vivido, marcou a sua personalidade e tem marcado em geral a sua obra, onde denuncia horrores, mas onde também há uma doce e nostálgica poesia.
No entanto, é um cidadão jovial e bem sociável e, uma vez, disse-nos: "Sou um revoltado positivo".
Já esteve em Portugal. A última vez foi quando foi homenageado no salão "Sobreda-BD / 2002". Ultimamente, reparte-se entre a França e o "seu" Camboja (em acções relativas à Banda Desenhada).
Com um estilo muito pessoal e inusitado, na sua bibliografia, já bem vasta, contam-se obras como:
Uma biografia da inolvidável actriz Rita Hayworth; os dramáticos e admiráveis temas cambojanos "Impasse et Rouge", "L'Eau et la Terre", "Lendemains de Cendres" e "3 Pas dans le Pagode Bleue"...
...a enigmática trilogia "Les Processionaires", com argumento de Philippe Saimbert; o segundo tomo da trilogia draculiana "Sur les Traces de Dracula", sob argumento de Yves Huppen, " Bram Stoker"...
...e, entre outros mais álbuns, "Antichambre de la Nuit", "Flic", "H.K.O.", "Secteur 7", "Sortie de Route", "Le Temps de Vivre", etc, tendo bem no topo, o maravilhoso, terno e poético, "Mon Frère, le Fou".
...a enigmática trilogia "Les Processionaires", com argumento de Philippe Saimbert; o segundo tomo da trilogia draculiana "Sur les Traces de Dracula", sob argumento de Yves Huppen, " Bram Stoker"...
Capa e prancha de "Bram Stoker" (da série "Sur les traces de Dracula"),
com argumento de Yves Huppen (Ed. Casterman, 2006)
...e, entre outros mais álbuns, "Antichambre de la Nuit", "Flic", "H.K.O.", "Secteur 7", "Sortie de Route", "Le Temps de Vivre", etc, tendo bem no topo, o maravilhoso, terno e poético, "Mon Frère, le Fou".
Dado a nossa plena amizade com Séra (pronuncia-se, sêrá), enviámos-lhe uma boa dose de questões para uma entrevista. Respondeu-nos que estava muito ocupado no Camboja, e que nos enviaria as respostas logo que pudesse... Se ele não se esquecer e o vier a fazer, aqui marcaremos um post com a programada entrevista.
Até lá, o nosso desafio aos leitores bedéfilos para que leiam (em francês) a sua obra e a todas as nossas corajosas editoras-BD para que o publiquem em português.
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