quarta-feira, 20 de novembro de 2013

NOVIDADES EDITORIAIS (43)

LA MORT, SOUS TOUTES LES FORMES - Edição Lombard. Argumento de Stephen Desberg e traço de Bernard Vrancken. Trata-se do primeiro tomo da série "H.ELL" (claro, um jogo com o termo inglês "hell", que significa inferno).
Num país e num tempo imaginados, o nobre e tão respeitado cavaleiro Harmond Ellander, de repente, cai em desgraça e é banido da corte e despojado de tudo. Até sua esposa Erline, logo o abandona e o jovem nobre fica mesmo proibido de ver os seus filhos, Arthaud (que aceita com entusiasmo sir Allaman, amante de sua mãe) e Helmia (que sofre por não ver o pai).
Mas Ellmander não é condenado à morte nem encerrado numa masmorra. É nomeado pelo rei como questor, encarregado de fazer justiça (ou coisa que o valha) ante os piores criminosos da ralé da cidade. Acerta com as letras do seu nome, e adopta o "nome de guerra" H.ELL. E assim começa a sua turbulenta lenda com muita violência e muito conveniente erotismo.
Maravilhosa arte gráfica complementada com as cores de Mikl.


BD JORNAL / 30 - Edição BD Jornal, sob coordenação de J. Machado-Dias. Este exemplar foi lançado durante o recente Festival da Amadora e vem recheado de belíssimos artigos, contendo também uma entrevista com Nuno Saraiva. E, claro, mais uma vez, uma viagem (já cansativa) ao mundo do herói "Tex", com dezassete páginas, quando, como soe dizer-se, "o que é demais, farta!"...


KAH-ANIEL - Edição Lombard. Com argumento de Yves Sente e a belíssima arte gráfica de Grzegorz Rosinski, "Kah-Aniel", é o 34.º álbum da série "de culto" (assim merecidamente adjectivada pelas maiorias), "Thorgal".
O misterioso (extraterrestre?) Thorgal, feito viquingue por adopção, desta vez embrenha-se pelos desertos escaldantes de zonas mais ou menos arábicas... Acima de tudo, quer salvar e recuperar o seu filho mais novo, o pequenote Ariel, que foi "docemente" raptado pela fanática seita dos "Magos Vermelhos", sendo preparado para ser sacrificado e ser incorporado pelo líder abatido Abdel El Hal...
Curiosos aspectos que aqui se encontram: a bela Shazade terá sido inspirada na famosa Xerazade. A mangnífica cidade Bag Dadh, é muito certamente buscada na actual Bagdad (capital do também actual Iraque).
E, num plano mais sério e cruel, o confronto hipócrita e sinistro entre o Califa Ahmed Al Walond e o Grão Vizir Idriss Bin Hofar será certamente repescado da tão divertida série "Iznogoud"... Estes aspectos serão apenas má interpretação nossa?... Todavia, é um álbum espectacular e a merecer aplausos.


L'OMBRE DES CATHARES - Edição Casterman. Da série "Jhen", criada pelo saudoso mestre Jacques Martin, este é o 13.º tomo, tendo Hugues Payen no argumento e Jean Pleyers no traço e Corinne Pleyers nas cores. Bizarramente, esta vigorosa e controversa (pelos enredos) série, mantém-se rigorosamente inédita em Portugal! Estranha desatenção da parte dos nossos editores de Banda Desenhada!...


GAUGUIN - Edição Lombard. Argumento de Maximien Le Roy e arte gráfica de Christophe Gaultier. Tema: de certo modo, é a biografia do grande pintor (e não só) Paul Gauguin (1848-1903), sobretudo no seu exílio voluntário nas Ilhas Marquesas no Pacífico do Sul, tendo-se então afastado de sua esposa e dos seus cinco filhos, que ficaram em França.
Sempre irreverente e contestatário foi, até ao fim da sua vida, um corajoso rebelde contra muitos aspectos da sociedade, como a polícia, a religião, o casamento, etc. No Pacífico do Sul sentia-se livre, inspirado e feliz, no meio da Natureza e do povo local que bem o estimava.
LB

2 comentários:

  1. Caríssimo Luíz Beira, esta frase: - E, claro, mais uma vez, uma viagem (já cansativa) ao mundo do herói "Tex", com dezassete páginas, quando, como soe dizer-se, "o que é demais, farta!"... - que escreves aqui no BDBD sobre o BDjornal #30 revela que não leste sequer o dito BDjornal. O que te fica mal. Uma vez que as dezassete páginas que referes não são sobre o "mundo de Tex", mas sim sobre Os Desenhadores de Tex - Ensaios Biográficos e que tentam desenterrar (sob o "manto diáfano" da fantasia texiana) as biografias de dezenas de grandes desenhadores italianos e não só, porque o Tex foi desenhado por outros grandes nomes da BD mundial. Portanto, a tua "crítica" é um bocadinho desajustada (porque não leste a matéria em causa e falas portanto do que não sabes), uma vez que estou a realizar nesta série uma maneira de mostrar, de certa forma, a História dos Fumetti. OK?

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    1. Caro Jorge Machado-Dias
      Sem qualquer polémica, pois não vou entrar por aí, sempre te digo que li bem o tema, mas tal não invalida o meu parecer. São pontos de vista, meu amigo, pontos de vista...
      Um abraço
      Luiz Beira

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