Raymond Reding (1920-1999) |
Foi pianista de jazz, nadador e tenista. Durante a Grande Guerra, chegou a vender jornais e a ser professor de inglês. Recebeu o título de Cavaleiro da Ordem de Leopold e o Lápis de Oiro, prémio este atribuído pela cidade de Bruxelas.
Como desenhista e argumentista, a sua obra BD centra-se essencialmente em temas desportivos.
Começou a sua carreira em 1944, para a revista "Bravo". Três anos depois, criou Monsieur Cro, um detective, para o jornal "La Dernière Heure".
Em 1949, trabalha fugazmente para o "L'Aiglon" e, em 1950, ingressa na equipa da revista "Tintin". Estava plenamente aberto o caminho para uma carreira com vastos e belos resultados.
Em 1949, trabalha fugazmente para o "L'Aiglon" e, em 1950, ingressa na equipa da revista "Tintin". Estava plenamente aberto o caminho para uma carreira com vastos e belos resultados.
Em 1951, criou "Monsieur Vincent, l'Ami des Pauvres", seguindo-se "Le Pacte de Pashutan" e "Le Chinois au Manteau Rouillé". Passa algum tempo pelas revistas "Spirou" e "Line". Regressa à equipa "Tintin" onde, em 1957, se inicia a sua primeira glória, a série Jari, passada no ambiente do ténis, de que, em breve, aqui faremos a devida referência.
Em 1963, iniciou a série Vincent Larcher, onde aspectos do mundo do futebol e situações insólitas e/ou paranormais funcionam em simbiose.
Vincent Larcher: "O Zoo do Dr. Ketzal" |
Em 1972, aparece nova série: "Section R", onde se relatam as rocambolescas aventuras de dois ex-desportistas, Sophie Ravenne e Django Riva, agora a funcionar como jornalistas nos diversos sectores do Desporto.
Em 1979, Reding, deixa a revista "Tintin" e passa-se, juntamente com a série "Section R", para a "Footy", uma revista sobre futebol.
E, neste mesmo ano, com a sua colega argumentista Françoise Hughes, inicia a série Eric Castel, outro futebolista de ficção, campeão do "Barça" e onde dá todo o apoio ao jovem Pablito Varela e seus amigos, os "pablitos".
Foram no entanto publicados três álbuns isolados: "Fondation King", "Le Grand Chelem" e "Pytha" que, pressupostamente, seriam os primeiros tomos para novas séries...
Como cita o crítico e de certo modo biógrafo, Michel Denni: "Reding construiu um universo profundamente original, com um grafismo simples, dinâmico e preciso".
Raymond Reding é um talento da 9.ª Arte europeia que merece ser condignamente descoberto ou redescoberto.
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